Deep Space Nine
Temporada 2

Análise do episódio por
Luiz Castanheira



 









 

MANCHETE DO EPISÓDIO
Mistérios de Garak constituem um dos
mais ricos personagens da série

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Sinopse:

Data Estelar: desconhecida.

Garak se sente muito mal em um dos encontros semanais para almoçar com Bashir, mas ele recusa a ajuda médica do doutor e adia o encontro sem mesmo querer admitir que está sofrendo. Bashir fica intrigado, ainda mais quando observa, à distância, Garak conversando com Quark, uma conversa em que o Cardassiano encomenda um peça de equipamento ao Ferengi. Quando Bashir pergunta a Quark sobre a natureza do encontro, o Ferengi sai pela tangente.

Algum tempo depois, Quark chama Bashir ao seu bar, para dar conta de um Garak bêbado e claramente com muita dor. Garak recusa novamente o tratamento de Bashir, mas agora não há remédio pois o Cardassiano tem um colapso e cai ao solo. Ao examinar o Cardassiano, Bashir descobre um misterioso dipositivo implantado em seu cérebro. Com a ajuda de Odo, nosso bom doutor descobre que Quark tentou obter o item encomendado por Garak com outro Cardassiano de nome Boheeka. Infelizmente a peça de biotecnologia procurada era confidencial, levando o contato de Quark ao desespero por ser um material feito secretamente pela temida Ordem Obsidiana Cardassiana, o serviço secreto de Cardássia.

Bashir vai até os aposentos de Garak, onde encontra o Cardassiano tomando doses cavalares de sedativos. Quando Bashir informa que Quark não poderá trazer a sua encomenda, o Cardassiano acaba admitindo que o implante é um dispositivo anti-tortura, projetado para estimular os centros de prazer do seu cérebro, para que ele pudesse resistir a qualquer interrogatório. Entretanto, ele perverteu a utilização do implante, deixando-o ligado direto durantes os dois últimos anos, para que ele pudesse suportar a dor que representa o seu exílio em Deep Space Nine. Agora o implante está falhando, e ele está morrendo.

Garak diz que Bashir não pensaria em ajudá-lo se soubesse a verdade sobre o seu passado. Ele revela que foi um Gul no tempo da ocupação e que tinha um ajudante de nome "Elim", então. Garak diz que para impedir a fuga de alguns prisioneiros Bajorianos ele ordenou a destruição de uma nave cheia de Cardassianos civis inocentes e do próprio Elim. Um dos passageiros Cardassianos era filho de um militar muito importante, que exilou Garak. Bashir diz que não se importa com o passado do Cardassiano e consegue convencer Garak a desligar o implante.

Mais tarde, Garak, com um severo ataque de abstinência, começa a destruir os seus aposentos e agredir verbalmente a todos, incluindo Bashir e a ele próprio. Ele oferece uma nova versão para a sua história, uma em que ela era um protegido de Enabran Tain na Ordem Obsidiana e "Elim" era também um agente. Uma vez, quando os dois interrogavam um bando de crianças Bajorianas sujas e fedidas, Garak ficou saturado pelo absurdo da situação, deu o dinheiro que tinha nos bolsos a elas e as mandou embora, o que levou ao seu exílio. Após o ataque, Garak desmaia de novo. Algum tempo depois, Bashir descobre que o mero fato de desligar o implante não foi suficiente para parar a deterioração das células de Garak --sua própria fisiologia se tornou dependente do aparelho.

Quando Bashir sugere uma reativação temporária do implante, para que ele tivesse mais tempo para procurar uma cura defintiva, Garak diz que prefere morrer a ter seu implante reativado. Aparentemente acreditando estar às portas da morte, Garak conta ainda outra versão de sua história, uma em que "Elim" era o seu mais querido amigo, quando do surgimento de um tremendo escândalo na Ordem. Garak armou tudo para que "Elim" ficasse com a culpa em seu lugar, para ao final descobrir que "Elim" tinha feito o mesmo com ele, só que antes --isso teria levado Garak ao exílio.

Bashir, determinado a salvar Garak, vai ao encontro do aposentado Enabran Tain no santuário do ex-mentor de Garak, em território Cardassiano. Tain mostra imediatamente saber tudo sobre Bashir e a condição terminal de Garak e concorda em fornecer informação crucial para o tratamento do seu ex-protegido, esperando que ele possa viver uma longa e terrível vida no exílio. Perguntado sobre "Elim", Tain diz que Garak nada mudou e diz a Bashir que "Elim" é o primeiro nome de Garak. Tain pede que Bashir diga a Garak que ele sente muita falta do antigo pupilo.

Dez dias depois, Bashir e um convalescente Garak se reunem para mais uma refeição. Bashir se diz intrigado por todas as histórias contadas pelo alfaiate e pergunta a Garak quais são verdadeiras e quais são falsas, ao que o Cardassiano retruca, dizendo que todas são verdadeiras --ESPECIALMENTE as mentiras.

 

Comentários:

Por obra destes "maravilhosos, misteriosos e complexos Cardassianos", chega um dos melhores momentos desta temporada e de toda a série, catapultando Garak ao estrelato da série e de todo o cânone de Jornada. Saiba mais detalhes nas linhas abaixo, felizmente sem a necessidade de ter um implante em seu cérebro para perfeita compreensão.

Talvez o maior mérito do roteiro do episódio tenha sido o de não cair na fácil rota (especialmente em se tratando de Jornada Nas Estrelas) da pregação anti-drogas. E olha que um "implante-produtor-de-prazer" constitui um prato cheio para mais uma infame e horrorosa "mensagem da semana". Aqui o "implante" é apenas um conveniente (e robusto) elemento que nos permite entrar na mente de Garak.

A trama do episódio é minimalista e sem furos. Uma boa escolha foi adiantar qualquer mistério sobre o implante e chegar o mais rápido possível ao cerne da questão: Garak. Uma premissa simples, respostas de todos os personagens dentro de suas respectivas caracterizações à premissa e, principalmente, um desfecho não-manipulativo consistente com tal premissa. Grande drama, sem dúvida alguma. Bravo!

Kira e Sisko não tiveram praticamente nada pra fazer no episódio. O comandante, entretanto, teve uma bela fala sobre "falar alto" com almirantes. Em vista dos eventos em "The Maquis", isso faz um bocado de sentido. Interessante também é uma cena com O'Brien, em que é formalmente estabelecido pelo Engenheiro que os Cardassianos sabotaram os computadores da estação antes de a deixarem para trás. Temos também uma boa cena entre Bashir e Dax logo no começo do primeiro ato, em que a Trill tenta oferecer alguma perspectiva a Julian sobre o relacionamento dele com Garak, apresentando de passagem uma referência a Keiko O'Brien, permitindo que Bashir dispare um autêntico "McCoyismo" ("Eu sou um médico, não um botânico").

Brilhante a cena entre Quark e Garak e como o Ferengi desconversa quando Bashir tenta obter informações sobre tal encontro. A conversa entre Boheeka e Quark ilustra novamente a melhor caracterização do "Barman" e sugere de forma clara como foram as transações de Quark com os Cardassianos no tempo da ocupação Bajoriana.

O lado mais sombrio de Odo emerge com força total no episódio, em sua admiração pela eficiência da Ordem Obsidiana, em sua maneira de justificar a sua espionagem a Quark e na forma como ele insiste em interrogar Garak, mesmo podendo pôr em risco a vida do Cardassiano. Todas essas são atitudes nunca vistas em nenhum personagem regular de nenhuma série de Jornada nas Estrelas até então.

Este episódio é sem dúvida o ponto alto de Bashir até então na série, elevando o relacionamento dele com Garak alguns furos acima do que já havia sido estabelecido em "Cardassians", no começo da segunda temporada. É simplesmente fantástico ver as ilusões de Bashir se estilhaçando à medida que Garak vai exibindo as suas diferentes versões para a história do seu passado. Tais experiências serão muito importantes para Bashir encontrar sua maturidade ao longo da série: ele vai perder sua inocência e ingenuidade, mas não sua ética e decência.

É particularmente digno de nota o fato de Bashir encarar de frente Odo quando o Comissário insiste em interrogar Garak a todo custo, sem pedir nenhuma espécie de apoio a Sisko (isso é extremamente importante, especialmente se levarmos em consideração o quanto Odo é apresentado de forma sombria no episódio). Ainda mais notável foi o fato de ele ir visitar o "leão em sua toca" (digo, Tain em seu santuário) e trazer de volta o "prêmio" procurado. Tal pequena viagem poderia realmente ter acabado muito mal para o bom doutor.

A idéia do implante foi extremamente original e consistente, oferecendo uma explicação de como Garak pode oferecer um exterior tão tranqüilo e confortável, mesmo em um ambiente tão inóspito para um Cardassiano, como uma estação cheia de Bajorianos. É sempre divertido tentar "traduzir" as histórias de Garak --e o mais incrível é que diferentes pessoas podem chegar a diferentes interpretações de tais histórias--, mas acredito que o objetivo (alcançado, sem nenhuma dúvida) aqui é oferecer uma espécie de "impressão" da personalidade de Garak ao espectador, onde não é de fato importante identificar o que seja mentira ou verdade.

De todas as muitas histórias contadas por Garak, nós podemos extrair as seguintes verdades irrefutáveis: ele nunca fez parte do Comando Central, nunca foi um militar, foi um dia um alto agente da Ordem Obsidiana, um protegido do próprio Enabran Tain (com quem ele tem um relacionamento extremamente especial) e, por razões e circunstâncias desconhecidas (que aliás não ficam claras em nenhum ponto da série --para benefício do próprio personagem), ele foi exilado (com alguma participação crucial de Tain) em Deep Space Nine, na época da retirada das forças Cardassianas do setor Bajoriano.

A concepção da Ordem Obsidiana foi simplesmente genial, e fazê-la, desde sua introdução, um análogo e superior à Tal-Shiar Romulana (introduzida no excelente episódio da sexta temporada da Nova Geração "Face Of the Enemy") foi mais do que adequado. A forma como Boheeka (teoricamente um militar bastante experiente) entrou em pânico quando a "Ordem" mostrou estar envolvida em sua pequena transação com Quark foi uma maneira perfeita de apresentar o poder da organização. Por trás de todo este poder temos a figura de (um aposentado) Enabran Tain, que não desaponta nesse sentido ao dar uma casual amostra de tal poder, ao demonstrar saber detalhes mesmo sobre as preferências pessoais de Bashir, do relacionamento do doutor com Garak e mesmo sobre a condição terminal do alfaiate. Ao afirmar que quer que Garak viva uma longa vida de sofrimento no exílio e ao mesmo tempo que sente falta do seu antigo discípulo nos apresenta mais uma amostra da complexidade da caracterização Cardassiana em geral e do relacionamento entre Garak e Tain em particular. Esse relacionamento movimentará ainda mais três episódios clássicos no curso da série.

A direção de Friedman é absolutamente brilhante, em um episódio bastante difícil por conter, em sua maior parte, cenas envolvendo simplesmente diálogos entre duas pessoas. A diretora utilizou tomadas com câmera na mão, de forma a dar mais dinâmica a tais cenas. A cena dos aposentos de Garak, que acaba por ser o ponto alto do episódio, foi tão bem dirigida quanto as mais bem dirigidas cenas de drama televisivo americando dos últimos tempos. Uma verdadeira obra-prima desde o seu início, com uma bela montagem mostrando a dedicação de Bashir a recuperação de Garak, até um festival de câmera na mão: colada no rosto no atores, com grandes ângulos --especialmente quando Garak começa a quebrar a mobília, seguindo os atores, rodando a volta dos atores etc.

Todos os regulares foram realmente perfeitos no que foi pedido pelo episódio. O jogo de cintura de Shimerman e a implacabilidade de Auberjonois foram grandes destaques. Mas, acima de todos, El Fadil, em seu melhor momento na série até então, projetando claramente um interior ainda ingênuo e inexperiente, superimposto a um extremo senso de dever e competência, uma coisa nada fácil de se apresentar, especialmente de forma tão cristalina.

Robinson teve outra atuação fenômenal. De fato, não é exagero considerar a cena nos aposentos de Garak, que acaba levando ao colapso do personagem, como a melhor amostra de interpretação (entre tantas atuações memoráveis) em toda a série. Dooley parece que nasceu para viver Tain: o nível de ameaça que ele consegue projetar sem nenhum atributo físico específico é impressionante. Skaggs foi uma grande surpresa como Boheeka e Gillespie fez o pedido como Jabara. 

Ainda que simplesmente uma linha jogada na época, a guerra futura entre Klingons e Cardassianos contida no livro "Meditation on a Crimson Shadow" (um belo título, por sinal) indicado por Garak a Bashir ao final do episódio, de fato iria ocorrer no curso da série. O mais interessante é que a guerra entre a Federação (Klingons e, mais tarde, os proprios Romulanos) e o Dominion (Cardassianos e, mais tarde, os Breen), que dominaria tematicamente a série em suas duas últimas temporadas, tem, de certa forma, as suas origens neste conflito. O final da guerra Dominion, em que Garak foi peça fundamental em sua resolução, sela o trágico destino do Cardassiano definitivamente, evocando um clima de "Meditação sobre uma sombra escarlate", o pensamento sobre o ocaso de toda uma civilização e a eterna esperança e lembrança para que algo assim nunca se repita.

Existe um certo problema com o final, no sentido de que ele sugere que a versão de Garak "sem o implante e livre da fase de abstinência" é exatamente igual a versão de Garak "com implante funcional e submerso em um oceano de endorfinas". Isso também é sugerido nos episódios seguintes envolvendo o Cardassiano, em que possíveis diferenças entre "estas suas duas versões" não são claramente exploradas. Como usual, debita-se este problema na conta da série como um todo, mas vale ressaltar que o nível de provações pelas quais Garak passa ao longo da série mais de uma vez o coloca a beira de um colapso completo. Quando o momento oportuno chegar, prometo retornar a este ponto do Garak com/sem implante.

"The Wire" é um estupendo drama que examina de forma muito próxima e com propriedade a mente do personagem mais complexo da série, Garak; empresta a Bashir admiráveis características de compaixão e determinação, trazendo o personagem definitivamente à vida e, por outro lado, também iniciando-o em um caminho de "perda da inocência"; e planta preciosas sementes que, juntamente com outros elementos introduzidos até lá, servem como base para o legendário episódio duplo da terceira temporada, "Improbable Cause"/"The Die Is Cast".




Citações

Bashir - "In my expert medical opinion, I'd say it's... sick."
("Em minha opinião de especialista médico, eu diria que ele está... doente.")

Bashir - "There's always Quark's."
("Sempre tem o Quark's.")
Garak - "True, but I'm really not in the mood for noisy, crowded and vulgar today."
("Verdade, mas não estou no clima para o barulhento, lotado e vulgar hoje.")

Sisko - "I wasn't yelling. I was just expressing my opinion, LOUDLY."
("Eu não estava gritando. Estava apenas expressando minha opinião, ALTO.")

Bashir - "I hope you don't have one of those little bugs hidden in my quarters."
("Espero que você não tenha um daqueles pequenos grampos escondidos nos meus aposentos.")
Odo - "Should I?"
("Eu deveria?")

Garak - "Doctor, did anyone ever tell you that you are an infuriating pest?!"
("Doutor, alguém já disse que você é uma peste de enfurecer?!")
Bashir - "Chief O'Brien, ALL the time, and I don't pay any attention to HIM either."
("O chefe O'Brien, TODO o tempo, e eu não presto atenção NELE também.")

Garak - "My dear doctor, they're all true."
("Meu caro doutor, elas são todas verdade.")
Bashir - "Even the lies?"
("Mesmo as mentiras?")
Garak - "Especially the lies."
("Especialmente as mentiras.")


Trivia:

int.jpg (476 bytes) Estréia de Paul Dooley como Enabran Tain, que retornaria mais tarde em mais 3 episódios no decorrer da série, todos clássicos. Na terceira temporada no legendário episódio duplo "Improbable Cause"/"The Die Is Cast" e na quinta temporada no não menos sensacional "In Purgatory's Shadow".

int.jpg (476 bytes) Paul Dooley, nascido Paul Brown em 22 de fevereiro de 1928 em Parkersburg, West Virginia, EUA, já participou de filmes como "Madison" (2000), "Runaway Bride" (1999), "Little Shop of Horrors" (1986), "Popeye" (1980) e vários outros filmes do diretor Robert Altman, como "A Wedding" (1978) e "A Perfect Couple" (1979). Mas talvez seja mais lembrado no cinema em papéis de pais amorosos e deseperados como em "Breaking Away" (1979, como pai do personagem de Dennis Christopher) e "Sixteen Candles" (1983, como pai da personagem de Molly Ringwald). Paul também é um bom cartunista, mágico, palhaço e cômico de auditório. Dooley já trabalhou em séries de TV como "Get Smart", "L.A. Law", "Dream On", "E.R.", "Ally McBeal", "Dharma & Greg", "Millennium", "Chicago Hope" e "The Practice", no papel do juíz Philip Swackheim, que lhe valeu uma indicação ao prêmio Emmy na temporada 1999/2000.

int.jpg (476 bytes) Presença de Garak, interpretado pelo ator Andrew J. Robinson (ou Andrew Robinson, ou Andy Robinson). Andrew Jordt Robinson, nascido em 14 de fevereiro de 1942 em Nova York, Nova York, EUA. Andy já trabalhou em filmes como "Dirty Harry" (1971), no papel de Scorpio, que acabaria por marcar para sempre a sua carreira, "Liberace" (1988-TV), no papel título, "Hellraiser" (1987), como Larry, "Cobra" (1986), como o detetive Monte. Também atuou em séries como "Bonanza", "Kung Fu", "The Twilight Zone", "Moonlighting", "L.A. Law", "Law & Order", "The X-Files", "JAG" etc. Já dirigiu, para TV, episódios das séries "Gilmore Girls", "Judging Amy", Deep Space Nine (episódio "Looking for Par'Mach in All the Wrong Places", da quinta temporada) e Voyager (episódio "Blood Fever", da terceira temporada). Ele recebeu uma indicação ao prêmio Emmy (o Oscar da TV) por sua participação na série "Ryan's Hope" (1975-1977) e prêmios recentes do "Los Angeles Drama Critics Circle" por suas produções teatrais. Andy foi finalista para o papel de Odo, perdendo para Rene Auberjonois. Sua filha Rachel Robinson participou, como Melanie, do clássico episódio da quarta temporada de DS9, "The Visitor". Rachel também foi finalista para o papel de Ezri Dax, que acabou ficando com Nicole de Boer. Andy será lembrado eternamente pelos fãs de DS9 como tendo trazido à vida, em seu Garak, o mais complexo personagem da história de Jornada nas Estrelas, em episódios como "Past Prologue", "Cardassians", "Profit and Loss", "The Wire", "The Search, Part II", "Second Skin", "Civil Defense", "Distant Voices", "Improbable Cause", "The Die is Cast", "The Way of the Warrior", "Our Man Bashir", "For the Cause", "Body Parts", "Broken Link", "Things Past", "In Purgatory's Shadow", "By Inferno's Light", "Empok Nor", "Call to Arms", "A Time to Stand", "Rocks and Shoals", "Favor the Bold", "Sacrifice of Angels", "In the Pale Moonlight", "Tears of the Prophets", "Afterimage", "Inter Arma Enim Silent Leges", "When It Rains...", "Tacking Into the Wind", "Extreme Measures", "The Dogs of War" e "What You Leave Behind". Também participou dos seguintes episódios, como a versão alternativa de Garak do "universo do Espelho": "Crossover", "Through the Looking Glass", "Shattered Mirror" e "The Emperor's New Cloak".

int.jpg (476 bytes) Neste episódio é estabelecido que o nome completo de Bashir é Julian Subatoi Bashir.

int.jpg (476 bytes) Siddig El Fadil (doutor Bashir) adorou o estilo do episódio que ele chamou de "Drama da velha escola" o que é "sempre divertido" segundo o ator. Ira Steven Behr também é um grande advogado do episódio, que ela classificou com um real exemplo de drama. Ele é "sobre o coração humano em conflito com si próprio", disse o produtor-executivo entusiasticamente.

int.jpg (476 bytes) O episódio foi concebido por Wolfe para "poupar dinheiro" e acabou se tornando um dos melhores da temporada e da série como um todo, segundo a equipe de produtores e roteiristas.

int.jpg (476 bytes) O rascunho original de Wolfe era baseado mais diretamente no trato do problema de dependência de drogas. Kira então, é que teria um vício desde os tempos da resistência, mas era um roteiro muito difícil, especialmente difícil era vislumbrar o que viria a partir disto para a Major no decorrrer da série, dai a idéia original foi abandonada e redirecionada para Garak

int.jpg (476 bytes) Kim Friedman foi a primeira mulher a dirigir para DS9, e seu trabalho foi tão bem considerado entre os produtores que ela voltou logo em seguida para dirigir o último episódio desta segunda temporada, "The Jem'Hadar", e o primeiro episódio da terceira temporada , "The Search, Part I", além de outros episódios mais a frente. Ela é uma grande fã do gênero Sci-Fi, mas não havia ainda trabalhado no meio até então. 

int.jpg (476 bytes) Robert Hewitt Wolfe mudou o nome do serviço secreto Cardassiano (introduzido neste episódio) de "Gray Order" para "Obsidian Order" devido a similaridade do primeiro nome com o "Gray Council" dos Minbari em "Babylon 5".

int.jpg (476 bytes) O episódio é o favorito de Andrew J. Robinson (Garak), que considera que ele leva a relação entre Bashir e Garak a um nível de complexidade único e que a indústria de televisão poderia ser bem melhor com roteiros deste calibre.


Ficha técnica:

Escrito por Robert Hewitt Wolfe
Direção de Kim Friedman

Exibido em 09/05/1994
Produção: 042

Elenco:

Avery Brooks como Benjamin Lafayette Sisko
René Auberjonois como Odo
Nana Visitor como Kira Nerys
Colm Meaney como Miles Edward O'Brien
Siddig El Fadil como Julian Subatoi Bashir
Armin Shimerman como Quark
Terry Farrell como Jadzia Dax
Cirroc Lofton como Jake Sisko

Elenco convidado:

Andrew Robinson como Garak 
Jimmie F. Skaggs como Glinn Boheeka 
Ann Gillespie como enfermeira Jabara 
Paul Dooley como Enabran Tain

 

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