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MANCHETE
DO EPISÓDIO
Mistérios
de Garak constituem um dos
mais ricos personagens da série
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episódio
Sinopse:
Data Estelar:
desconhecida.
Garak se sente muito mal em um dos
encontros semanais para almoçar com Bashir, mas ele recusa a
ajuda médica do doutor e adia o encontro sem mesmo querer admitir
que está sofrendo. Bashir fica intrigado, ainda mais quando
observa, à distância, Garak conversando com Quark, uma conversa
em que o Cardassiano encomenda um peça de equipamento ao Ferengi.
Quando Bashir pergunta a Quark sobre a natureza do encontro, o
Ferengi sai pela tangente.
Algum
tempo depois, Quark chama Bashir ao seu bar, para dar conta de um
Garak bêbado e claramente com muita dor. Garak recusa novamente o
tratamento de Bashir, mas agora não há remédio pois o
Cardassiano tem um colapso e cai ao solo. Ao examinar o
Cardassiano, Bashir descobre um misterioso dipositivo implantado
em seu cérebro. Com a ajuda de Odo, nosso bom doutor descobre que
Quark tentou obter o item encomendado por Garak com outro
Cardassiano de nome Boheeka. Infelizmente a peça de biotecnologia
procurada era confidencial, levando o contato de Quark ao
desespero por ser um material feito secretamente pela temida Ordem
Obsidiana Cardassiana, o serviço secreto de Cardássia.
Bashir vai até os aposentos de Garak, onde encontra o Cardassiano
tomando doses cavalares de sedativos. Quando Bashir informa que
Quark não poderá trazer a sua encomenda, o Cardassiano acaba
admitindo que o implante é um dispositivo anti-tortura, projetado
para estimular os centros de prazer do seu cérebro, para que ele
pudesse resistir a qualquer interrogatório. Entretanto, ele
perverteu a utilização do implante, deixando-o ligado direto
durantes os dois últimos anos, para que ele pudesse suportar a
dor que representa o seu exílio em Deep Space Nine. Agora o
implante está falhando, e ele está morrendo.
Garak
diz que Bashir não pensaria em ajudá-lo se soubesse a verdade
sobre o seu passado. Ele revela que foi um Gul no tempo da ocupação
e que tinha um ajudante de nome "Elim", então. Garak
diz que para impedir a fuga de alguns prisioneiros Bajorianos ele
ordenou a destruição de uma nave cheia de Cardassianos civis
inocentes e do próprio Elim. Um dos passageiros Cardassianos era
filho de um militar muito importante, que exilou Garak. Bashir diz
que não se importa com o passado do Cardassiano e consegue
convencer Garak a desligar o implante.
Mais tarde, Garak, com um severo ataque de abstinência, começa a
destruir os seus aposentos e agredir verbalmente a todos,
incluindo Bashir e a ele próprio. Ele oferece uma nova versão
para a sua história, uma em que ela era um protegido de Enabran
Tain na Ordem Obsidiana e "Elim" era também um agente.
Uma vez, quando os dois interrogavam um bando de crianças
Bajorianas sujas e fedidas, Garak ficou saturado pelo absurdo da
situação, deu o dinheiro que tinha nos bolsos a elas e as mandou
embora, o que levou ao seu exílio. Após o ataque, Garak desmaia
de novo. Algum tempo depois, Bashir descobre que o mero fato de
desligar o implante não foi suficiente para parar a deterioração
das células de Garak --sua própria fisiologia se tornou
dependente do aparelho.
Quando Bashir sugere uma reativação temporária do implante,
para que ele tivesse mais tempo para procurar uma cura defintiva,
Garak diz que prefere morrer a ter seu implante reativado.
Aparentemente acreditando estar às portas da morte, Garak conta
ainda outra versão de sua história, uma em que "Elim"
era o seu mais querido amigo, quando do surgimento de um tremendo
escândalo na Ordem. Garak armou tudo para que "Elim"
ficasse com a culpa em seu lugar, para ao final descobrir que
"Elim" tinha feito o mesmo com ele, só que antes --isso
teria levado Garak ao exílio.
Bashir, determinado a salvar Garak, vai ao encontro do aposentado
Enabran Tain no santuário do ex-mentor de Garak, em território
Cardassiano. Tain mostra imediatamente saber tudo sobre Bashir e a
condição terminal de Garak e concorda em fornecer informação
crucial para o tratamento do seu ex-protegido, esperando que ele
possa viver uma longa e terrível vida no exílio. Perguntado
sobre "Elim", Tain diz que Garak nada mudou e diz a
Bashir que "Elim" é o primeiro nome de Garak. Tain pede
que Bashir diga a Garak que ele sente muita falta do antigo
pupilo.
Dez dias depois, Bashir e um convalescente Garak se reunem para
mais uma refeição. Bashir se diz intrigado por todas as histórias
contadas pelo alfaiate e pergunta a Garak quais são verdadeiras e
quais são falsas, ao que o Cardassiano retruca, dizendo que todas
são verdadeiras --ESPECIALMENTE as mentiras.
Comentários:
Por obra destes "maravilhosos, misteriosos e complexos
Cardassianos", chega um dos melhores momentos desta temporada
e de toda a série, catapultando Garak ao estrelato da série e de
todo o cânone de Jornada. Saiba mais detalhes nas linhas
abaixo, felizmente sem a necessidade de ter um implante em seu cérebro
para perfeita compreensão.
Talvez
o maior mérito do roteiro do episódio tenha sido o de não cair
na fácil rota (especialmente em se tratando de Jornada Nas
Estrelas) da pregação anti-drogas. E olha que um
"implante-produtor-de-prazer" constitui um prato cheio
para mais uma infame e horrorosa "mensagem da semana".
Aqui o "implante" é apenas um conveniente (e robusto)
elemento que nos permite entrar na mente de Garak.
A trama do episódio é minimalista e sem furos. Uma boa escolha
foi adiantar qualquer mistério sobre o implante e chegar o mais rápido
possível ao cerne da questão: Garak. Uma premissa simples,
respostas de todos os personagens dentro de suas respectivas
caracterizações à premissa e, principalmente, um desfecho não-manipulativo
consistente com tal premissa. Grande drama, sem dúvida alguma.
Bravo!
Kira e Sisko não tiveram praticamente nada pra fazer no episódio.
O comandante, entretanto, teve uma bela fala sobre "falar
alto" com almirantes. Em vista dos eventos em "The
Maquis", isso faz um bocado de sentido. Interessante
também é uma cena com O'Brien, em que é formalmente
estabelecido pelo Engenheiro que os Cardassianos sabotaram os
computadores da estação antes de a deixarem para trás. Temos
também uma boa cena entre Bashir e Dax logo no começo do
primeiro ato, em que a Trill tenta oferecer alguma perspectiva a
Julian sobre o relacionamento dele com Garak, apresentando de
passagem uma referência a Keiko O'Brien, permitindo que Bashir
dispare um autêntico "McCoyismo" ("Eu sou um médico,
não um botânico").
Brilhante a cena entre Quark e Garak e como o Ferengi desconversa
quando Bashir tenta obter informações sobre tal encontro. A
conversa entre Boheeka e Quark ilustra novamente a melhor
caracterização do "Barman" e sugere de forma clara
como foram as transações de Quark com os Cardassianos no tempo
da ocupação Bajoriana.
O lado mais sombrio de Odo emerge com força total no episódio,
em sua admiração pela eficiência da Ordem Obsidiana, em sua
maneira de justificar a sua espionagem a Quark e na forma como ele
insiste em interrogar Garak, mesmo podendo pôr em risco a vida do
Cardassiano. Todas essas são atitudes nunca vistas em nenhum
personagem regular de nenhuma série de Jornada nas Estrelas
até então.
Este episódio é sem dúvida o ponto alto de Bashir até então
na série, elevando o relacionamento dele com Garak alguns furos
acima do que já havia sido estabelecido em "Cardassians",
no começo da segunda temporada. É simplesmente fantástico ver
as ilusões de Bashir se estilhaçando à medida que Garak vai
exibindo as suas diferentes versões para a história do seu
passado. Tais experiências serão muito importantes para Bashir
encontrar sua maturidade ao longo da série: ele vai perder sua
inocência e ingenuidade, mas não sua ética e decência.
É
particularmente digno de nota o fato de Bashir encarar de frente
Odo quando o Comissário insiste em interrogar Garak a todo custo,
sem pedir nenhuma espécie de apoio a Sisko (isso é extremamente
importante, especialmente se levarmos em consideração o quanto
Odo é apresentado de forma sombria no episódio). Ainda mais notável
foi o fato de ele ir visitar o "leão em sua toca"
(digo, Tain em seu santuário) e trazer de volta o "prêmio"
procurado. Tal pequena viagem poderia realmente ter acabado muito
mal para o bom doutor.
A idéia do implante foi extremamente original e consistente,
oferecendo uma explicação de como Garak pode oferecer um
exterior tão tranqüilo e confortável, mesmo em um ambiente tão
inóspito para um Cardassiano, como uma estação cheia de
Bajorianos. É sempre divertido tentar "traduzir" as
histórias de Garak --e o mais incrível é que diferentes pessoas
podem chegar a diferentes interpretações de tais histórias--,
mas acredito que o objetivo (alcançado, sem nenhuma dúvida) aqui
é oferecer uma espécie de "impressão" da
personalidade de Garak ao espectador, onde não é de fato
importante identificar o que seja mentira ou verdade.
De todas as muitas histórias contadas por Garak, nós podemos
extrair as seguintes verdades irrefutáveis: ele nunca fez parte
do Comando Central, nunca foi um militar, foi um dia um alto
agente da Ordem Obsidiana, um protegido do próprio Enabran Tain
(com quem ele tem um relacionamento extremamente especial) e, por
razões e circunstâncias desconhecidas (que aliás não ficam
claras em nenhum ponto da série --para benefício do próprio
personagem), ele foi exilado (com alguma participação crucial de
Tain) em Deep Space Nine, na época da retirada das forças
Cardassianas do setor Bajoriano.
A concepção da Ordem Obsidiana foi simplesmente genial, e fazê-la,
desde sua introdução, um análogo e superior à Tal-Shiar
Romulana (introduzida no excelente episódio da sexta temporada da
Nova Geração "Face Of the Enemy") foi mais do
que adequado. A forma como Boheeka (teoricamente um militar
bastante experiente) entrou em pânico quando a "Ordem"
mostrou estar envolvida em sua pequena transação com Quark foi
uma maneira perfeita de apresentar o poder da organização. Por
trás de todo este poder temos a figura de (um aposentado) Enabran
Tain, que não desaponta nesse sentido ao dar uma casual amostra
de tal poder, ao demonstrar saber detalhes mesmo sobre as preferências
pessoais de Bashir, do relacionamento do doutor com Garak e mesmo
sobre a condição terminal do alfaiate. Ao afirmar que quer que
Garak viva uma longa vida de sofrimento no exílio e ao mesmo
tempo que sente falta do seu antigo discípulo nos apresenta mais
uma amostra da complexidade da caracterização Cardassiana em
geral e do relacionamento entre Garak e Tain em particular. Esse
relacionamento movimentará ainda mais três episódios clássicos
no curso da série.
A
direção de Friedman é absolutamente brilhante, em um episódio
bastante difícil por conter, em sua maior parte, cenas envolvendo
simplesmente diálogos entre duas pessoas. A diretora utilizou
tomadas com câmera na mão, de forma a dar mais dinâmica a tais
cenas. A cena dos aposentos de Garak, que acaba por ser o ponto
alto do episódio, foi tão bem dirigida quanto as mais bem
dirigidas cenas de drama televisivo americando dos últimos
tempos. Uma verdadeira obra-prima desde o seu início, com uma
bela montagem mostrando a dedicação de Bashir a recuperação de
Garak, até um festival de câmera na mão: colada no rosto no
atores, com grandes ângulos --especialmente quando Garak começa
a quebrar a mobília, seguindo os atores, rodando a volta dos
atores etc.
Todos os regulares foram realmente perfeitos no que foi pedido
pelo episódio. O jogo de cintura de Shimerman e a implacabilidade
de Auberjonois foram grandes destaques. Mas, acima de todos, El
Fadil, em seu melhor momento na série até então, projetando
claramente um interior ainda ingênuo e inexperiente, superimposto
a um extremo senso de dever e competência, uma coisa nada fácil
de se apresentar, especialmente de forma tão cristalina.
Robinson teve outra atuação fenômenal. De fato, não é exagero
considerar a cena nos aposentos de Garak, que acaba levando ao
colapso do personagem, como a melhor amostra de interpretação
(entre tantas atuações memoráveis) em toda a série. Dooley
parece que nasceu para viver Tain: o nível de ameaça que ele
consegue projetar sem nenhum atributo físico específico é
impressionante. Skaggs foi uma grande surpresa como Boheeka e
Gillespie fez o pedido como Jabara.
Ainda que simplesmente uma linha jogada na época, a guerra futura
entre Klingons e Cardassianos contida no livro "Meditation on
a Crimson Shadow" (um belo título, por sinal) indicado por
Garak a Bashir ao final do episódio, de fato iria ocorrer no
curso da série. O mais interessante é que a guerra entre a
Federação (Klingons e, mais tarde, os proprios Romulanos) e o
Dominion (Cardassianos e, mais tarde, os Breen), que dominaria
tematicamente a série em suas duas últimas temporadas, tem, de
certa forma, as suas origens neste conflito. O final da guerra
Dominion, em que Garak foi peça fundamental em sua resolução,
sela o trágico destino do Cardassiano definitivamente, evocando
um clima de "Meditação sobre uma sombra escarlate", o
pensamento sobre o ocaso de toda uma civilização e a eterna
esperança e lembrança para que algo assim nunca se repita.
Existe um certo problema com o final, no sentido de que ele sugere
que a versão de Garak "sem o implante e livre da fase de
abstinência" é exatamente igual a versão de Garak
"com implante funcional e submerso em um oceano de
endorfinas". Isso também é sugerido nos episódios
seguintes envolvendo o Cardassiano, em que possíveis diferenças
entre "estas suas duas versões" não são claramente
exploradas. Como usual, debita-se este problema na conta da série
como um todo, mas vale ressaltar que o nível de provações pelas
quais Garak passa ao longo da série mais de uma vez o coloca a
beira de um colapso completo. Quando o momento oportuno chegar,
prometo retornar a este ponto do Garak com/sem implante.
"The Wire" é um estupendo drama que examina de
forma muito próxima e com propriedade a mente do personagem mais
complexo da série, Garak; empresta a Bashir admiráveis características
de compaixão e determinação, trazendo o personagem
definitivamente à vida e, por outro lado, também iniciando-o em
um caminho de "perda da inocência"; e planta preciosas
sementes que, juntamente com outros elementos introduzidos até lá,
servem como base para o legendário episódio duplo da terceira
temporada, "Improbable Cause"/"The Die Is
Cast".
Citações
Bashir - "In my expert
medical opinion, I'd say it's... sick."
("Em minha opinião de especialista médico, eu diria que ele
está... doente.")
Bashir - "There's always Quark's."
("Sempre tem o Quark's.")
Garak - "True, but I'm really not in the mood for noisy,
crowded and vulgar today."
("Verdade, mas não estou no clima para o barulhento, lotado
e vulgar hoje.")
Sisko - "I wasn't yelling. I was just expressing my
opinion, LOUDLY."
("Eu não estava gritando. Estava apenas expressando minha
opinião, ALTO.")
Bashir - "I hope you don't have one of those little bugs
hidden in my quarters."
("Espero que você não tenha um daqueles pequenos grampos
escondidos nos meus aposentos.")
Odo - "Should I?"
("Eu deveria?")
Garak - "Doctor, did anyone ever tell you that you are an
infuriating pest?!"
("Doutor, alguém já disse que você é uma peste de
enfurecer?!")
Bashir - "Chief O'Brien, ALL the time, and I don't pay any
attention to HIM either."
("O chefe O'Brien, TODO o tempo, e eu não presto atenção
NELE também.")
Garak - "My dear doctor, they're all true."
("Meu caro doutor, elas são todas verdade.")
Bashir - "Even the lies?"
("Mesmo as mentiras?")
Garak - "Especially the lies."
("Especialmente as mentiras.")
Trivia:
Estréia de Paul Dooley como Enabran
Tain, que retornaria mais tarde em mais 3 episódios no decorrer
da série, todos clássicos. Na terceira temporada no legendário
episódio duplo "Improbable Cause"/"The
Die Is Cast" e na quinta temporada no não menos
sensacional "In Purgatory's Shadow".
Paul Dooley, nascido Paul Brown em 22
de fevereiro de 1928 em Parkersburg, West Virginia, EUA, já
participou de filmes como "Madison" (2000),
"Runaway Bride" (1999), "Little Shop of
Horrors" (1986), "Popeye" (1980) e vários outros
filmes do diretor Robert Altman, como "A Wedding" (1978)
e "A Perfect Couple" (1979). Mas talvez seja mais
lembrado no cinema em papéis de pais amorosos e deseperados como
em "Breaking Away" (1979, como pai do personagem de
Dennis Christopher) e "Sixteen Candles" (1983, como pai
da personagem de Molly Ringwald). Paul também é um bom
cartunista, mágico, palhaço e cômico de auditório. Dooley já
trabalhou em séries de TV como "Get Smart", "L.A.
Law", "Dream On", "E.R.", "Ally
McBeal", "Dharma & Greg",
"Millennium", "Chicago Hope" e "The
Practice", no papel do juíz Philip Swackheim, que lhe valeu
uma indicação ao prêmio Emmy na temporada 1999/2000.
Presença de Garak, interpretado
pelo ator Andrew J. Robinson (ou Andrew Robinson, ou Andy
Robinson). Andrew Jordt Robinson, nascido em 14 de fevereiro de
1942 em Nova York, Nova York, EUA. Andy já trabalhou em filmes
como "Dirty Harry" (1971), no papel de Scorpio, que
acabaria por marcar para sempre a sua carreira,
"Liberace" (1988-TV), no papel título,
"Hellraiser" (1987), como Larry, "Cobra"
(1986), como o detetive Monte. Também atuou em séries como
"Bonanza", "Kung Fu", "The Twilight
Zone", "Moonlighting", "L.A. Law",
"Law & Order", "The X-Files",
"JAG" etc. Já dirigiu, para TV, episódios das séries
"Gilmore Girls", "Judging Amy", Deep Space
Nine (episódio "Looking for Par'Mach in All the Wrong
Places", da quinta temporada) e Voyager (episódio
"Blood Fever", da terceira temporada). Ele
recebeu uma indicação ao prêmio Emmy (o Oscar da TV) por sua
participação na série "Ryan's Hope" (1975-1977) e prêmios
recentes do "Los Angeles Drama Critics Circle" por suas
produções teatrais. Andy foi finalista para o papel de Odo,
perdendo para Rene Auberjonois. Sua filha Rachel Robinson
participou, como Melanie, do clássico episódio da quarta
temporada de DS9, "The Visitor". Rachel
também foi finalista para o papel de Ezri Dax, que acabou ficando
com Nicole de Boer. Andy será lembrado eternamente pelos fãs de DS9
como tendo trazido à vida, em seu Garak, o mais complexo
personagem da história de Jornada nas Estrelas, em episódios
como "Past
Prologue", "Cardassians",
"Profit
and Loss", "The Wire", "The
Search, Part II", "Second Skin", "Civil
Defense", "Distant Voices", "Improbable
Cause", "The Die is Cast", "The
Way of the Warrior", "Our Man Bashir", "For
the Cause", "Body Parts", "Broken
Link", "Things Past", "In
Purgatory's Shadow", "By Inferno's Light",
"Empok Nor", "Call to Arms", "A
Time to Stand", "Rocks and Shoals", "Favor
the Bold", "Sacrifice of Angels", "In
the Pale Moonlight", "Tears of the Prophets",
"Afterimage", "Inter Arma Enim Silent
Leges", "When It Rains...", "Tacking
Into the Wind", "Extreme Measures", "The
Dogs of War" e "What You Leave Behind".
Também participou dos seguintes episódios, como a versão
alternativa de Garak do "universo do Espelho": "Crossover",
"Through the Looking Glass", "Shattered
Mirror" e "The Emperor's New Cloak".
Neste episódio é estabelecido que o
nome completo de Bashir é Julian Subatoi Bashir.
Siddig El Fadil (doutor Bashir) adorou
o estilo do episódio que ele chamou de "Drama da velha
escola" o que é "sempre divertido" segundo o ator.
Ira Steven Behr também é um grande advogado do episódio, que
ela classificou com um real exemplo de drama. Ele é "sobre o
coração humano em conflito com si próprio", disse o
produtor-executivo entusiasticamente.
O episódio foi concebido por Wolfe
para "poupar dinheiro" e acabou se tornando um dos
melhores da temporada e da série como um todo, segundo a equipe
de produtores e roteiristas.
O rascunho original de Wolfe era
baseado mais diretamente no trato do problema de dependência de
drogas. Kira então, é que teria um vício desde os tempos da
resistência, mas era um roteiro muito difícil, especialmente difícil
era vislumbrar o que viria a partir disto para a Major no
decorrrer da série, dai a idéia original foi abandonada e
redirecionada para Garak
Kim Friedman foi a primeira mulher a
dirigir para DS9, e seu trabalho foi tão bem considerado
entre os produtores que ela voltou logo em seguida para dirigir o
último episódio desta segunda temporada, "The
Jem'Hadar", e o primeiro episódio da terceira temporada
, "The Search, Part I", além de outros episódios
mais a frente. Ela é uma grande fã do gênero Sci-Fi, mas não
havia ainda trabalhado no meio até então.
Robert Hewitt Wolfe mudou o nome do
serviço secreto Cardassiano (introduzido neste episódio) de
"Gray Order" para "Obsidian Order" devido a
similaridade do primeiro nome com o "Gray Council" dos
Minbari em "Babylon 5".
O episódio é o favorito de Andrew J.
Robinson (Garak), que considera que ele leva a relação entre
Bashir e Garak a um nível de complexidade único e que a indústria
de televisão poderia ser bem melhor com roteiros deste calibre.
Ficha
técnica:
Escrito por Robert Hewitt Wolfe
Direção de Kim Friedman
Exibido em 09/05/1994
Produção: 042
Elenco:
Avery Brooks como
Benjamin Lafayette Sisko
René Auberjonois como Odo
Nana Visitor como Kira Nerys
Colm Meaney como Miles Edward O'Brien
Siddig El Fadil como Julian Subatoi Bashir
Armin Shimerman como Quark
Terry Farrell como Jadzia Dax
Cirroc Lofton como Jake Sisko
Elenco convidado:
Andrew Robinson como Garak
Jimmie F. Skaggs como Glinn Boheeka
Ann Gillespie como enfermeira Jabara
Paul Dooley como Enabran Tain
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