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Sinopse:
Archer e Mayweather acordam
deitados em colchões pouco confortáveis em um salão
mal-iluminado e com altas janelas engradadas. Eles não têm idéia
do que estão fazendo ali; sua última lembrança foi a de terem
seu shuttlepod abatido por alienígenas, enquanto investigavam
estranhas leituras em uma lua. Do lado de fora do salão, eles
encontram dezenas de Sulibans, e a dupla logo conclui que a Cabal
tem algo a ver com sua presença ali.
Eles confrontam uma velha Suliban, quando um alarme soa pelos
corredores. Rapidamente, cada Suliban sai de seu alojamento e se
alinha diante da porta, no corredor onde estão Archer e
Mayweather. Em seguida, alienígenas bem parecidos com os humanos,
claramente parte de uma força militar, entram no recinto. Eles
estão fazendo revistas nos Sulibans, e se dirigem para Archer.
Os militares
pedem que o capitão e Mayweather os acompanhem. Eles são levados
ao coronel Grat, o administrador daquela instalação --um campo
de concentração montado por sua espécie, os Tandarans, para
conter a ameaça da Cabal Suliban. Grat lamenta pela situação em
que ele se apresenta a Archer e Mayweather e revela que os dois
estão ali por terem trespassado área militar Tandaran com seu
shuttlepod. Uma audiência será realizada em Tandar Prime em três
dias, quando eles serão liberados pela Justiça. Até lá, eles
devem permanecer no campo de concentração. Grat os aconselha a
tomar cuidado com os Sulibans e aguardar pacificamente a chegada
do transporte que os levará a Tandar Prime. Archer pede para se
comunicar com a Enterprise, ao menos para avisar da situação,
mas Grat diz que isso não é permitido. Mesmo assim, o coronel se
compromete a contatar a Enterprise pessoalmente e comunicar o
ocorrido.
Archer e Mayweather voltam à prisão e procuram ficar longe dos
Sulibans. No fim da noite, Archer vai buscar água em uma torneira
não muito longe de seus alojamentos e encontra um Suliban com sua
filha. Revoltado, ele pergunta como aquele sujeito teve a coragem
de já permitir que sua filha entrasse para a Cabal. O sujeito,
Danik, diz que Archer não sabe do que está falando. Naquele
momento, é dado o toque de recolher, mas a discussão entre Danik
e Archer acaba atrasando o Suliban. Quando os oficiais Tandarans
entram no campo, ele ainda está ali, longe de seu alojamento.
Como punição por não respeitar o toque de recolher, ele será
levado para a solitária, dizem os guardas. Archer tenta intervir,
dizendo que foi culpado pelo atraso de Danik, mas o guarda não
quer nem saber. A filha de Danik é levada aos alojamentos dele e
o Suliban vai para a solitária.
Na volta de Danik, Archer está intrigado pela situação, pois
parece que o Suliban não fez nada errado. Ele decide se aproximar
e perguntar a Danik o que está havendo. O Suliban revela que
todos estão presos ali apenas por serem de sua raça, embora
nenhum deles faça parte da Cabal ou seja geneticamente alterado.
O planeta-natal Suliban se tornou inabitável há 300 anos e
muitos de sua espécie colonizaram pacificamente mundos do setor
Tandaran. Até que, há oito anos, a Cabal iniciou sua onda de
terror, atacando os Tandarans e trazendo a morte. O resultado foi
que os alienígenas decidiram manter todos os Sulibans, inclusive
os não-envolvidos com a Cabal, em campos de concentração, sob a
justificativa de os estar "protegendo".
Percebendo
o sofrimento de Danik, que está sem ver a esposa desde que os
dois foram separados e enviados para diferentes campos de
concentração, Archer começa a se revoltar com a atitude dos
Tandarans. A conversa entre ele é Danik é interrompida quando
soa o alarme de mais uma revista. Os guardas novamente vão até
Archer e dizem que Grat quer vê-lo. Mas desta vez, Mayweather não
pode acompanhá-lo.
Archer é levado a Grat, e o coronel revela algumas descobertas
que fez sobre o passado do capitão da Enterprise com os Sulibans.
Grat pressiona Archer para obter mais informações sobre Silik,
Sarin, a Guerra Fria Temporal, a Hélice e a Cabal, mas o capitão
prefere não revelar nada, em vez disso questionando o general
pelo aprisionamento sumário dos Sulibans inocentes. Insatisfeito
com a falta de cooperação de Archer, Grat decide impedi-lo de ir
a Tandar Prime para ser liberado. A próxima oportunidade só
viria em 60 dias.
O capitão volta ao campo de concentração e pergunta a Danik se
nunca ninguém tentou escapar dali. O Suliban revelou que houve
uma tentativa fracassada, que resultou na morte de três detentos,
mas Archer rebateu dizendo que, se tivessem ajuda externa, eles
teriam conseguido, adicionando que a Enterprise logo viria à
procura dele e de Mayweather. Logo ele e Danik começam a
trabalhar em um plano de fuga em massa. Após sair do campo, os
Sulibans fugiriam usando suas velhas naves, armazenadas a uns cem
metros dali.
Enquanto isso,
Grat contata a Enterprise e avisa que haverá um atraso no
julgamento de Archer e Mayweather. T'Pol, no comando da nave,
decide seguir o conselho de Tucker e investigar sobre o paradeiro
do capitão, a partir do rastreio da origem do sinal emitido por
Grat. Logo eles estão próximos do planeta em que o campo de
concentração está instalado. Após localizar Archer e
Mayweather com os sensores, eles transportam um comunicador, com o
qual fazem contato com o capitão.
Archer informa T'Pol sobre a situação e revela que pretende
ajudar os Sulibans a fugir. Juntos, eles bolam um plano para
ajudar os detentos. Enquanto T'Pol contata Grat, sob o pretexto de
convidá-lo para um jantar a bordo, ela sobrecarrega o sistema
Tandaran enviando o banco de dados completo da Enterprise, sob uma
falsa bandeira de cooperação. Com o sistema de sensores Tandaran
temporariamente desativado, eles teleportam Malcolm Reed, disfarçado
como um Suliban, para o campo de concentração.
Enquanto isso, Archer é chamado mais uma vez ao escritório de
Grat. O coronel informa ao capitão que um traço de energia havia
sido detectado pelos sensores na noite passada, proveniente de seu
alojamento. Archer nega ter qualquer conhecimento do que se
tratava, mas Grat está um passo adiante. Ele aperta um botão e
oficiais Tandarans trazem Mayweather, devidamente espancado, à
sala do general. Grat diz que seus homens encontraram um
comunicador no bolso do piloto de Archer, mas avisa que todo e
qualquer movimento será inútil.
Mayweather é devolvido ao alojamento, mas Archer é levado à
solitária. Reed, disfarçado e já na superfície, vai ao
encontro do alferes, onde os dois, aliados a Danik, planejam os
detalhes da fuga dos Sulibans e da libertação de Archer. Depois
de implantar uma bomba que permitiria que os Sulibans escapassem,
Reed se dedica à tarefa de resgatar o capitão na solitária.
Enquanto isso, a Enterprise enfrenta forças Tandarans em órbita,
e Tucker, a bordo de um shuttlepod, destrói a infra-estrutura
Tandaran no campo de concentração, facilitando a fuga.
Reed
consegue encontrar o capitão, mas quando os dois estão saindo,
ele é surpreendido por Grat. O coronel põe Reed a nocaute e diz
a Archer que ele não tem a menor idéia do que acaba de fazer,
ajudando os Sulibans a fugir. Grat parece estar realmente disposto
a acertar o capitão, mas não tem tempo, pois Reed logo se
recupera e ajuda Archer a desarmá-lo. Com isso, a fuga deles e
dos Sulibans tem sucesso. Em órbita, a Enterprise conseguiu
superar suas dificuldades com as naves Tandarans e está pronta
para receber o shuttlepod com seus tripulantes. Os Sulibans
fugiram em suas naves para além do setor Tandaran. Mesmo assim,
Archer completa sua missão incerto de que os prisioneiros que ele
acaba de libertar tenham um futuro brilhante pela frente...
Comentários:
"Detained" é um episódio que merece
destaque por fugir ao ritmo usual de Enterprise. Ao contrário
do que se viu na maior parte da primeira temporada, temos aqui um
segmento que combina de forma efetiva ação, ritmo acelerado, um
bom enredo e uso interessante dos personagens principais.
Quem vê a
premissa do segmento, antecipa mais uma tentativa, bem no estilo Jornada
nas Estrelas, de impor uma moral ou uma mensagem específicas
via uma metáfora. Embora ela não deixe de estar presente, não
é o que mais chama a atenção. A tal "mensagem" do
episódio é bastante óbvia e bem conectada a fatos contemporâneos,
de forma que não produz nenhum tipo de discussão filosófica.
Alguns identificam um defeito nisso, mas na verdade tudo é uma
questão de ponto de vista. Ao simplificar um potencial dilema, os
produtores puderam se concentrar na aventura, o que neste caso
funcionou. Ademais, nem sempre uma questão filosófica precisa
ser "insolúvel" para ser válida.
Em poucas palavras, tudo que ela diz é: "não julgue os
outros por sua aparência, ou condene um grupo pela culpa de uns
poucos só porque todos são parecidos". Nada que não seja
escandalosamente óbvio para um fã de Jornada que há mais
de 35 anos aprecia a mensagem de valorização das diferenças,
que está embebida no próprio conceito da série. Entretanto, em
tempos como os que a humanidade vive no momento da exibição
deste episódio, não dá para dizer que a mensagem, colocada
mesmo de forma subliminar na cabeça das pessoas, não seja
importante. De certa forma, "Detained" pode não
ser o supra-sumo do drama televisivo (certamente não é), mas
ajuda a manter a chama acesa de Jornada enquanto um veículo de
mobilização e conscientização social.
Parece um insulto à inteligência do telespectador, mas não é.
Existe uma necessidade constante de reforçar em uma pessoa que
perdeu um ente querido no World Trade Center a idéia de que um árabe
não é por definição um inimigo; é preciso o tempo todo
lembrar às pessoas que a guerra deve ser travada contra os atos
terroristas, não contra o grupo étnico ao qual pertencem as
pessoas que os perpetuam; é preciso sempre relembrar os terrores
da Segunda Guerra Mundial, por mais escandalosos e óbvios que
eles sejam, para evitar que novos ditadores de extrema direita
consigam chegar ao poder com um falso discurso populista, como o
que está quase acontecendo na França agora, em pleno século 21.
Se
a idéia é criticar o quanto essas coisas todas são absurdas, ou
reforçar o espírito humano que deve prevalecer em situações
como essas, considero totalmente válido o uso de uma metáfora
que é óbvia e que não faz um esforço tremendo em gerar
conflito e, por consequência, bom drama de televisão. Estou
satisfeito com o impacto social que a simples mensagem pode ter na
população que acompanhar o episódio.
Tirando essa crítica da frente, podemos agora nos dedicar a
apreciar e elogiar "Detained". A começar pelo
uso dos personagens. Finalmente Mayweather tem de fazer alguma
coisa importante, após 21 episódios! É até uma sensação
estranha acompanhar o personagem caminhando sozinho pelo campo de
concentração. O primeiro pensamento que passa pela cabeça da
audiência é, "Por que diabos estou seguindo esse 'camisa
vermelha'?".
Mas esse é o prelúdio da descoberta do piloto pela audiência.
Travis tem alguns momentos preciosos aqui, principalmente quando
atua na ausência de seu capitão. Aparentemente, a ausência de
Archer inibe o piloto; você quase pode ouvir seu pensamento:
"Ufa, o capitão está aqui, não preciso decidir nada e o
que eu precisar falar, ele vai falar por mim".
Aqui, nem sempre
Archer está por perto, e Mayweather tem algumas chances, como a
em que trava um belo e agressivo diálogo com Sajen, o colega de
Danik na prisão. Finalmente descobrimos que o piloto tem brios e
alguma personalidade! Já não era sem tempo.
Archer não apresenta grandes surpresas com relação à sua
caracterização --o que infelizmente não é uma boa notícia.
Mais uma vez vemos um capitão que parece não refletir muito
sobre as consequências de suas ações. Tudo que o guia é a noção
do que é certo e do que é errado, e ele toma suas decisões sem
mesmo poder se assegurar do que é correto de fato. Por mais que a
situação parece injusta para com os Sulibans detidos, ele
conhece muito pouco da realidade local para fazer um julgamento. Não
são as declarações de Danik, que poderiam muito bem ser falsas,
que resolvem o problema sobre quem tem razão.
De toda forma, ele continua sendo um sujeito simpático e com quem
podemos nos identificar, ou, ao menos, torcer por. O que é tudo
que importa aqui, num episódio em que o vilão claramente se expõe,
sem precisarmos pensar muito sobre quem tem razão. Grat aparece
inicialmente como uma figura simpática e até razoável, mas nas
seguidas reuniões com Archer ele se revela um militar não muito
diferente de seus subordinados, que maltratam os Sulibans na prisão.
Embora ele fique claramente exposto como vilão, ainda assim seu
personagem é bem construído, graças principalmente à atuação
viva e vibrante de Dean Stockwell. O personagem lhe caiu muito
bem, e Stockwell conseguiu imprimir certa dignidade ao coronel.
Chegamos até a pensar se ele realmente não acredita estar
protegendo os Sulibans ao mantê-los em cativeiro. E claramente
Grat não é movido por sentimentos malévolos; ele é
simplesmente um militar, tentando fazer seu trabalho da mesma
forma possível.
Talvez
esse seja o melhor aspecto filosófico a ser abordado em "Detained".
Embora seja o vilão, Grat pode muito bem ser um sujeito bem
intencionado. Trata-se de mais um aviso à humanidade do século
21 de que, de boas intenções, o inferno está cheio. É preciso
um esforço contínuo de racionalização e combate aos
preconceitos para que não cheguemos ao ponto de levar homens bons
a defender situações absurdas. Já aconteceu antes (o próprio
episódio cita a situação como similar aos campos feitos para
asiáticos-americanos durante a Segunda Guerra Mundial nos EUA).
Pode muito bem acontecer de novo.
O roteiro introduz vários detalhes históricos sobre os Sulibans,
que enriquecem o background dessa raça no contexto da série. Além
disso, há uma citação intensa dos eventos de "Broken
Bow" e de "Cold
Front" aqui, colocando o episódio facilmente na
lista do arco da Guerra Fria Temporal. Apesar disso, não
aprendemos nada sobre esse conflito em si, exceto pelo fato de que
os Tandarans parecem estar muito bem informados a respeito da
situação e ter uma equipe de inteligência e espionagem
extremamente competente. Com base no que vimos aqui, os Tandarans
bem poderiam se tornar uma parte ativa nesse conflito --o que
seria uma ótima desculpa para vermos Dean Stockwell novamente em
um futuro episódio...
A porção do episódio que se passa na Enterprise não é muito
grande, mas extremamente significativa. T'Pol mostra mais e mais
desenvoltura como uma capitã interina, ganhando a confiança da
tripulação (apesar dos sempre constantes questionamentos de
Tucker). Mas, exceto por ela e por Reed, que tem a chance de se
fantasiar de Suliban para se infiltrar no campo de concentração,
ninguém mais tem um papel importante na trama.
Apesar disso, há muita ação para os figurantes sem fala. Com
Tucker em um shuttlepod, Mayweather e Archer presos e Reed a
caminho do resgate, a ponte da Enterprise fica cheia de
figurantes. Eles não ficam só parados por lá, ocupando espaço,
mas participam ativamente da história, conduzindo a nave e
disparando torpedos. É uma sensação bem estranha para a audiência
--possivelmente a primeira vez que figuras desconhecidas atuam de
forma tão significativa na série.
Outras figuras pouco familiares, os Sulibans do episódio, são
muito bem retratados, e os atores convidados fazem um trabalho de
qualidade. Especialmente Dennis Christopher, que dá uma bela
dimensão e verossimilhança a Danik.
Mas nada supera a
empolgação da sequência final, com a Enterprise entrando na
alta atmosfera do planeta, Mayweather conduzindo os fugitivos
pelos corredores e Reed indo ao resgate de Archer, gerando um último
confronto entre o capitão e Grat --possivelmente a melhor cena de
todo o episódio, e uma patente demonstração da química entre
Scott Bakula e Dean Stockwell. Tudo isso salpicado por uma cena
que demonstra todo o poder das imagens geradas por computador, com
Tucker e seu shuttlepod botando para quebrar nas instalações
Tandarans. Literalmente uma conclusão explosiva, que deixa a audiência
querendo mais.
É com esse espírito que chegamos ao fim de "Detained"
--querendo mais. Por mais que se critique o enredo, a filosofia
barata ou os personagens, não é todo episódio que consegue
imprimir essa sensação. Claramente, histórias que trabalham com
a continuidade e os arcos contínuos da série fazem bem o
franchise. Aqui o roteiro funciona nos dois sentidos --tanto como
parte de um contexto maior, que abrange a série toda, quanto como
um episódio "stand-alone". Nada mal mesmo.
Citações:
T'Pol - "If
you want to explore alien cultures, you'll need to learn to
respect their laws."
("Se você quer explorar culturas alienígenas, você
precisará aprender a respeitar suas leis.")
T'Pol - "I thought you decided not to interfere with other
cultures."
("Eu pensei que você havia decidido não interferir com
outras culturas.")
Archer - "In this case I'm making an exception."
("Neste caso estou fazendo uma exceção.")
Reed - "Congratulations, ensign. Your case is about to be
dismissed."
("Parabéns, alferes. Seu caso está para ser
encerrado.")
Reed - "Tell the doctor to meet us in sickbay. My skin is
really starting to itch."
("Diga ao doutor para nos encontrar na enfermaria. Minha pele
está realmente começando a coçar.")
Trivia:
Dean Stockwell é um
ator bastante conhecido. Além de já ter sido indicado a um
Oscar, ele é famoso ao lado de Scott Bakula, tendo protagonizado
com ele a série "Quantum Leap"
("Contratempos").
Nas primeiras versões
do roteiro, os Tandarans eram chamados de Mazarites.
Embora tenha tido apenas
uma pequena cena em todo o episódio, John Billingsley comentou o
trabalho. "Temos outro episódio Suliban vindo aí, mas não
os Sulibans temporais. Há Sulibans bonzinhos neste episódio."
Segundo o
produtor-executivo Brannon Braga, essa era uma grande oportunidade
para voltar a reunir Dean Stockwell e Scott Bakula. "Dean
Stockwell está fazendo um grande vilão contra Scott Bakula. Ele
administra a prisão onde Sulibans inocentes estão sendo
mantidos. Archer e esse cara têm uma série de cenas bem filosóficas.
Parecia o episódio perfeito para pedir a Dean Stockwell para fazê-lo,
e ele muito generosamente concordou."
Bakula comentou sobre as
relações entre este episódio e o mundo contemporâneo.
"Archer e Mayweather se vêem em o que é de fato uma versão
espacial de um campo de concentração cercados por Sulibans, e são
forçados a confrontar seus sentimentos de preconceito. Obviamente
isso espelha algumas das experiências sobre os quais estamos
lendo sobre encontros com árabes-americanos desde o 11 de
setembro."
Stockwell vê com bons
olhos uma segunda aparição em Enterprise. "O
personagem que interpreto não morre no fim, então é uma porta
bem aberta para ter o retorno do personagem."
É
a primeira aparição de Stockwell em Jornada. Em compensação,
Christopher Shea já apareceu como o Vorta Keevan em dois episódios
de Deep Space Nine, e como Saowin, em "Think Tank",
de Voyager. Dennis Christopher interpretou antes o Vorta
Borath, em "The
Search, Part II", de Deep Space Nine.
Ficha
técnica:
História de Rick Berman
& Brannon Braga
Roteiro de Mike Sussman & Phyllis Strong
Direção de David Livingston
Exibido em 24/04/2002
Produção:
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