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Sinopse:
A Enterprise muda de curso para
estudar um berçário estelar, quando detecta uma nave nas
proximidades. Ao entrar em contato, Archer pergunta o que os alienígenas
fazem por ali e é informado pelo capitão da nave, Fraddock, de
que um grupo de peregrinos está a bordo para observar um singular
fenômeno astronômico que ocorre a cada onze anos naquela região
--a explosão de nêutrons na superfície de uma jovem
protoestrela.
A ocasião,
conhecida por esses alienígenas como a "Grande Pluma de Agosoria",
tem uma conotação religiosa para eles, que representa os ciclos
de constante criação pelos quais passa o Universo. Diante do
singular grupo, Archer oferece a hospitalidade da Enterprise ao
capitão Fraddock, convidando-os para um tour pela nave.
Sem o conhecimento da tripulação da Enterprise, um dos membros
do grupo que vem a bordo é Silik, o Suliban que Archer enfrentou
meses atrás. Ele foi enviado para uma missão a bordo da
Enterprise por um misterioso ser do futuro, que troca com os
Sulibans tecnologia genética por obediência.
Enquanto os visitantes estão a bordo, a Enterprise começa a
passar por uma série de eventos turbulentos no interior da nuvem.
As descargas que disparam na direção da nave acabam provocando
um curto nos sistemas da engenharia, que eventualmente levariam a
uma cascata que atingiria o reator de dobra e explodiria toda a
nave. Isso só não aconteceu porque Silik desconectou um dos
cabos de conexão da engenharia, sem que ninguém percebesse.
Os peregrinos voltam à nave alienígena, levando junto o dr.
Phlox, que fará um estudo mais detalhado de sua cultura a pedido
do capitão Archer. Enquanto isso, Tucker determina o que evitou
que a Enterprise fosse pelos ares, mas constata que nenhum de seus
oficiais desconectou o cabo. A desconfiança recai sobre algum dos
peregrinos, uma vez que alguns deles demonstraram grande
conhecimento da tecnologia de dobra.
Archer
contata o capitão Fraddock, mas o alienígena diz que seus
passageiros todos negam participação no evento. O capitão da
Enterprise dá prosseguimento a seu trabalho, quando é abordado
por Daniels, um de seus oficiais. Ele diz que precisa urgentemente
conversar com o capitão, mas Archer diz que não tem tempo. Só
quando revela conhecer o que aconteceu entre o capitão e Silik na
Hélice é que Archer decide dar ouvidos a seu subordinado.
A pedido de Daniels, os dois vão até os aposentos do tenente,
que só então revela que não é um oficial da Frota Estelar, mas
sim um espião infiltrado na tripulação de Archer. Ele diz ter
vindo do século 31 para proteger a linha do tempo das intervenções
dos Sulibans, na chamada Guerra Fria Temporal. Depois de
demonstrar tecnologia altamente avançada, ao acionar um aparelho
que imediatamente transformou as imediações do quarto em uma espécie
de observatório temporal, Daniels revela que foi Silik quem
evitou a destruição da Enterprise e pede ajuda do capitão para
capturá-lo.
Archer diz que precisa conferenciar com seus oficiais superiores
antes de tomar uma decisão. Ele se reúne com Tucker e T'Pol e
revela tudo o que Daniels lhe disse. A Vulcana é cética,
descredenciando a possibilidade de viagem no tempo com base em
estudos científicos feitos por cientistas Vulcanos. Tucker parece
acreditar mais na história, mas se incomoda com ajudar Daniels a
capturar o responsável pela salvação da Enterprise.
Quando o capitão
é informado de que os peregrinos e Phlox estão de volta à nave,
para observar o pico de atividade da Grande Pluma, ele decide que
não há mais tempo para debate. Ele ordena que Tucker e T'Pol
auxiliem Daniels a conectar seu equipamento aos sensores da nave,
para detectar a presença de Silik.
A dupla e Daniels começam a trabalhar na engenharia, enquanto
Archer vai até o refeitório para observar os visitantes, na
tentativa de encontrar Silik. A cerimônia de observação ocorre
como o previsto, com Phlox conduzindo as preces, e Archer se
recolhe a seus aposentos. Lá, ele é surpreendido por Silik.
O Suliban diz ao capitão que Daniels mente, e que é ele que na
verdade tem intenção de mudar a linha do tempo --Silik teria
sido enviado para impedir que Daniels conseguisse fazer isso,
destruindo a Enterprise. O Suliban entretanto não sabe quem está
atrás dele, e pede a cooperação de Archer. O capitão em princípio
não concorda, mas é logo contatado por T'Pol que comunica que as
modificações estão concluídas e que Daniels está ansioso para
começar o rastreamento. Ao descobrir quem está atrás dele e
onde, Silik tonteia Archer e vai até a engenharia.
Lá, Daniels detecta sua presença e pede a Tucker que providencie
a evacuação do local. A engenharia é esvaziada, mas Silik
consegue surpreender Daniels e matá-lo. Tucker e T'Pol,
observando do lado de fora da engenharia, tentam comunicar Archer
do que está acontecendo. Ao não ouvir resposta do capitão,
convocam Phlox aos aposentos do capitão e se encontram lá.
Phlox acorda Archer, que fica sabendo do que aconteceu e decide ir
atrás de Silik. O capitão passa nos aposentos de Daniels,
somente para descobrir que o Suliban roubou o equipamento que cria
o observatório temporal. Com a tecnologia recém-instalada na
Enterprise, a tripulação consegue determinar em que local da
nave está Silik, e Archer passa a segui-lo.
Os dois
têm um confronto na baía dos shuttlepods, onde Archer consegue
danificar o equipamento roubado por Silik. O Suliban então decide
partir. Ele despressuriza a baía, quase atirando Archer ao espaço,
e então mergulha rumo a sua nave, que parte em seguida, em
velocidade de dobra. Archer quase morre pelo vácuo da baía
despressurizada, mas consegue restabelecer o ar no compartimento
antes de sufocar.
A ponte comunica que Silik está fugindo e pergunta se a
Enterprise deve segui-lo, ao que Archer ordena que a nave mantenha
posição. Finalmente, antes de escrever um complicado relatório
para a Frota Estelar, o capitão instrui Reed a selar os antigos
aposentos de Daniels, pois não se sabe que outros segredos aquela
sala ainda pode guardar.
Comentários:
Na primeira vez em que ouvi alguns fãs mencionarem o
grande arco da Guerra Fria Temporal que permeia o conceito de Enterprise
como sendo a "mitologia da série", achei que eles
estavam apenas "colando" de "Arquivo-X". Lá
que se ouvia o tempo todo essa história de mitologia para lá,
mitologia para cá...
Pois bem, "Cold Front" provou que esses fãs
tinham razão. Tal e qual está se desenhando, o arco da Guerra
Fria Temporal é muito mais parecido com uma trama saída de
"Arquivo-X" do que de qualquer outro arco produzido em Jornada
nas Estrelas.
Isso porque as bases desse conceito são o suspense e o mistério,
e não simplesmente o de uma história épica e de longa e
continuada duração, como foram os arcos de Deep Space Nine,
ou mesmo os "quase-arcos" de A Nova Geração.
E o papel de "Cold Front" nessa mitologia é
justamente o de adicionar ingredientes de suspense e mistério, em
vez de movimentar personagens e eventos. Praticamente nada de novo
se aprende sobre a tal da Guerra Fria Temporal ou de seus agentes.
Muito ao contrário, os Sulibans, que até então eram os vilões
assumidos da série, ganharam neste episódio uma conotação
muito mais misteriosa. Afinal, Silik é o responsável pelo fato
de a Enterprise estar inteira para o episódio seguinte!
Isso colocou esses supostos vilões em seu devido lugar. Não como
uma raça malévola por definição, mas apenas como a força-tarefa
de uma organização de outra época cujas intenções ainda são
desconhecidas.
No episódio, finalmente temos a chance de ver, ao menos de
relance, com quem os Sulibans estão travando essa guerra
temporal. Daniels parece ser um dos "good guys", mas
aposto que ninguém, nem Archer, colocaria a mão no fogo por ele.
Isso ajuda ainda mais a colocar lenha nessa interessante linha de
história que está sendo desenvolvida ao longo da série.
Além de trazer a saga iniciada em "Broken
Bow" de volta à ordem do dia, o episódio aproveita
para tocar, de forma cruzada, em um outro elemento relativamente
pouco abordado em Jornada nas Estrelas: religião. Aqui ela
não é discutida proeminentemente, já que seu papel é bastante
irrelevante. Entretanto, ninguém pode deixar de registrar quando
religiões terrestres são mencionadas. Os roteiristas foram
especialmente espertos ao ligar com a religiosidade do nosso capitão.
Quando perguntado sobre o assunto, Archer preferiu desconversar:
"Procuro manter a mente aberta", respondeu.
Mais uma vez são
grandes agentes da história apenas Archer, T'Pol e Tucker, além
dos convidados Daniels e Silik. Mas parece que nesse episódio os
roteiristas conseguiram um incrível equilíbrio da participação
dos outros regulares da série, envolvendo-os em boas interações
uns com os outros, mas sem necessariamente tomar parte na história
principal.
É um modo mais sutil de explorar todos os personagens da série
do que o usado, por exemplo, em Deep Space Nine, onde duas
histórias paralelas iriam andar juntas ao longo de um episódio
para colocar todos os personagens para fazer alguma coisa.
Entretanto, nem por isso é menos efetivo.
Os diálogos entre Hoshi, Mayweather e Reed na ponte são agradáveis
de se acompanhar, e conseguem dizer bastante sobre os personagens
em pouco tempo. O tom intelectual de Hoshi surge quando ela
demonstra preferir um bom livro a um filme; Mayweather mostra sua
empolgação de estar na Enterprise, ao decidir, após uma marota
sugestão de Hoshi, sentar na cadeira do capitão depois que Reed
o deixa no comando; e o oficial de armamentos mostra todo o seu
sarcasmo ao pedir a um embaraçado Mayweather, ainda na cadeira do
capitão, autorização para retomar seu posto na ponte.
É incrível como duas linhas de roteiro bem escritas valem mais
que mil com teor desinteressante. Essa cena com Mayweather fez
muito mais pelo personagem (apesar da reminiscência inevitável
com o pobre Harry Kim, de Voyager) do que um episódio
inteiro devotado a ele, no caso, "Fortunate
Son". A sequência toda também ajuda a nos mostrar o
modo de vida dos humanos do século 22, que claramente ainda
conseguem obter bom entretenimento de filmes "B" de ficção
científica.
Reed claramente é um adepto desse gênero. O diálogo dele com
Mayweather na ponte, mais uma vez em tom sarcástico, dá a
entender que ele tem algo a ver com a escolha do filme exibido a
bordo da nave na noite anterior. E isso só vem a confirmar a
frase do capitão Archer em "Fight or
Flight": "Você anda vendo muitos filmes de ficção
científica". Mais um ponto para a caracterização do
personagem.
Phlox também teve sua chance de brilhar ao realizar um intercâmbio
com os alienígenas, visitando sua nave e descobrindo mais sobre
sua cultura. A cena em que ele entoa a prece para a Grande Pluma
é bem executada e Billingsley, como de costume, manda uma
convincente atuação para seu personagem.
Outra característica interessante que brota do médico da
Enterprise é a do observador e bisbilhoteiro. Em onze episódios,
Phlox já especulou sobre a atividade sexual de tripulantes ("Fight
or Flight"), a gravidez de Tucker ("Unexpected"),
a vida pessoal de T'Pol ("Breaking
the Ice") e, agora, ele já pega no ar a inquietação
de Archer e, sem rodeios, tenta inquiri-lo sobre o que estaria
incomodando o capitão. Sem dúvida, ninguém pode reclamar de
comportamento esquizofrênico ou incoerente do médico de bordo.
T'Pol
está bastante apagada aqui, apenas cumprindo a função de ser a
"cética de bordo". Tucker conquista a audiência com
seus maneirismos, mas não dá grande contribuição. Archer acaba
recebendo o melhor tratamento do trio, mas mesmo assim não diz
muito sobre seu personagem.
Ainda assim, sobra um osso para ele. A cena em que Archer não diz
nada e apenas se senta em sua cadeira no centro da ponte, no fim
do episódio, diz muito mais sobre sua inquietação e confusão
do que os 40 minutos anteriores do episódio. Vai aí um crédito
a Scott Bakula pela excelente interpretação, em uma cena que não
exigia muito mais que o seu silêncio.
Silik se mostra um recorrente mais interessante do que em "Broken
Bow", confirmando a perspectiva de que ele poderia
ser mais desenvolvido do que vimos no piloto da série. E a interação
dele com Archer é, no mínimo, interessante. O fato de ele sempre
chamar o capitão de John dá um tom terrivelmente opressor às
cenas, tornando-o um vilão bastante atraente. Silik sempre se
pronuncia com um tom de que "eu sei mais do que você imagina
sobre tudo isso, John", o que só traz brilho ao confronto
dos dois.
E por falar em confronto, os dois mais uma vez se enfrentam no
estilo Série Clássica, com muitos socos e pontapés, o
que ajuda a estabelecer o novo padrão de Enterprise,
comparando a série com suas predecessoras imediatas. Nada contra
isso. Na briga dos dois, só me incomodou mesmo o fato de Archer
ter sobrevivido tanto tempo em um ambiente a vácuo. Não só por
conseguir não ser sugado para o espaço, o que já foi uma grande
façanha, mas por ter suportado tanto tempo um ambiente de pressão
zero sem simplesmente explodir. Os roteiristas muitas vezes
esquecem que a falta de ar para respirar é o menor dos problemas
de quem está no vácuo. Pois é, esqueceram de novo.
Em termos de enredo esse é o único porém do episódio, que em
geral apresenta poucos e contornáveis furos da perspectiva do
roteiro. Já do ponto de vista da execução, a forçada e longa
cena entre Archer e Daniels logo no começo do episódio dá uma
desnecessária dica ao telespectador de que esse tripulante não
vai ser um "zé mané" ao longo da história. Sem dúvida
uma surpresa que poderiam ter guardado para depois.
De resto, a direção
de Robert Duncan McNeill mostrou a confiança e a habilidade
usuais do ator convertido em diretor. A música de Jay Chattaway
foi perfeita, mostrando como esse compositor está tendo mais
facilidade para criar o novo ambiente musical de Jornada nas
Estrelas. Os efeitos são espetaculares, diferentes de tudo
que já vimos no franchise. O visual do observatório temporal é
incrível, assim como do berçário estelar.
E a cena final, em que a câmera se aproxima lentamente da porta
dos aposentos lacrados de Daniels enquanto surgem os créditos dos
produtores-executivos, é simplesmente sensacional. Dispensa
totalmente o letreiro "To be continued...". Mas não se
preocupe: "Cold Front" foi só o começo.
Citações:
Mayweather - "We've
got 50,000 movies in the database. There must be something worth
watching."
("Temos 50.000 filmes na base de dados. Deve haver algo a que
valha a pena assistir.")
Sato - "You could always read a book."
("Você sempre pode ler um livro.")
Mayweather - "The bridge looks a lot different from here.
Think anyone would mind if I fired a torpedo?"
("A ponte parece bem diferente daqui. Você acha que alguém
se incomodaria se eu disparasse um torpedo?")
Reed - "Permission to take my station?"
("Permissão para assumir meu posto?")
Mayweather - "Sorry, sir."
("Desculpe, senhor.")
Archer - "You're asking me to capture someone who just
saved my ship. Why should I trust you?"
("Você está pedindo para eu capturar alguém que acabou de
salvar minha nave. Por que deveria confiar em você?"
Daniels - "You like your scrambled eggs soft. Have I ever
brought them to you any other way?"
("Você gosta dos seus ovos mexidos moles. Eu já os trouxe
de algum outro modo?")
T'Pol - "The Vulcan Science Directorate has studied the
question of time travel in great detail. They found no evidence
that it exists or that it can exist."
("O Diretório de Ciência Vulcano estudou a questão de
viagens no temo em grande detalhe. Eles não encontraram evidência
de que exista ou de que possa existir.")
Tucker - "I always knew we'd be meeting people from other
planets, but... other centuries? You're not buying any of this,
are you?"
("Eu sempre pensei que iríamos encontrar pessoas de outros
planetas, mas... de outros séculos? Você não está engolindo
nada disso, está?")
T'Pol - "If Daniels could travel through time, then why
not simply go back one more day into the past and prevent Silik
from boarding this ship in the first place?"
("Se Daniels pudesse viajar pelo tempo, então por que não
simplesmente voltar um dia a mais no passado e evitar que Silik
venha a bordo desta nave em primeiro lugar?")
Tucker - "Maybe that's plan B."
("Talvez esse seja o plano B.")
Archer - "You keep saying you're here to help us. But I
can't stop wondering what kind of genetic enhancements you'll get
for bringing back that little prize. Eyes in the back of your head?
A pair of wings?"
("Você fica dizendo que está aqui para nos ajudar. Mas não
posso parar de pensar que tipo de melhoria genética você ganhará
por levar esse pequeno prêmio. Olhos na nuca? Um par de
asas?")
Silik - "That's a cynical attitude, John. I thought your
species was more trusting."
("Essa é uma atitude cínica, John. Pensei que sua espécie
fosse mais crédula.")
Trivia:
Robert Duncan McNeill é mais conhecido dos fãs como o Tom Paris,
de Voyager. Mas ele já tem uma carreira relativamente
desenvolta como diretor de TV, incluindo quatro episódio de Voyager,
um episódio de "Dawson's Creek" e um curta-metragem
chamado "9mm of Love". McNeill também esteve observando
as filmagens de "The West Wing", como potencial diretor
para a série.
Em entrevista ao Trek
Brasilis, McNeill revelou como foi sua primeira experiência
dirigindo um episódio de Enterprise. "Minha experiência
lá foi diferente do que esperava. É divertido quando você é um
ator naquela série, e eu conhecia todos os outros atores muito
bem, tínhamos atalhos, você sabe, eu poderia usar um exemplo de
algo com que todos fôssemos familiares e eles pegariam a idéia
imediatamente. Com Enterprise, é tudo novo em folha, e eu
não conheço os atores muito bem, então foi bem incomum. Fiquei
surpreso em ver quão desafiador foi, porque a maioria dos meus
episódios de Voyager foi um verdadeiro prazer, e eles
foram trabalho duro, mas eles foram... tudo fluiu junto
suavemente, e o de Enterprise foi um pouco mais desafiador.
Mas a outra coisa interessante foi que Enterprise, no episódio
que dirigi, era incomum para Jornada nas Estrelas, porque não
teve realmente um final. Você sabe, normalmente no fim de um episódio
de Jornada nas Estrelas, há uma moral para a história e
as coisas acabam meio que bem, e esse aqui foi deixado com o final
em aberto. Você sabe, Silik escapa da Enterprise e não há
lição a ser aprendida, exceto a de que pode haver mais problemas
no caminho."
O roteirista Andre Bormanis aproveitou "Cold Front"
para comentar a abordagem própria que Enterprise terá
sobre viagens no tempo. "Algo que distinguiu Enterprise
de outras Jornadas é que um conceito como viagem no tempo
é uma legítima 'coisa de maluco' para Archer e cia.",
disse. "Eles pensam nisso como ficção científica, enquanto
nas outras séries era fato estabelecido."
Bormanis também comentou sobre a exploração de religião na série.
"Eu não sei se os temas espirituais serão desenvolvidos em Enterprise
do jeito que foram em Deep Space Nine, mas eles vão
aparecer de tempos em tempos."
"Cold Front" apresenta o primeiro uso de Porthos,
o cachorro do capitão Archer, como um personagem atuante. Ele é
o único capaz de identificar a presença do Suliban Silik a
bordo.
John Fleck faz sua segunda aparição na série como Silik, sendo
a primeira em "Broken Bow".
Ele já havia sido ator convidado de A Nova Geração, Deep
Space Nine e Voyager. Mas, curiosamente, quando Silik
está disfarçado como um peregrino, é outro ator que interpreta
o personagem.
Matt Winston faz sua estréia em Jornada, como Daniels. Ele
já interpretou papéis em filmes de ficção como
"A.I." e "Galaxy Quest". Micheal O'Hagan (Fraddock)
já apareceu em filmes como "Velocidade Máxima 2" e
"Fim dos Dias". Joseph Hindy (Prah Mantoos) já
participou de séries como "Lei & Ordem" e "Judging
Amy". Leonard Kelly-Young (Sonsorra) também fez séries
conhecidas, como "C.S.I." e "Beverly Hills
90210".
Ficha
técnica:
Escrito por Steve Beck &
Tim Finch
Direção de Robert Duncan McNeill
Exibido em 28/11/2001
Produção: 011