MANCHETE
DO EPISÓDIO
Enredo
com Nog e Sisko se dá melhor
que trama criada para Kira e Odo
Episódio
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episódio
Sinopse:
Data Estelar: 48521.5.
Odo e Kira em um explorador, de
volta de uma missão na fronteira Cardassiana, perseguem uma nave
Maquis com um tripulante até a lua de um planeta gigante gasoso.
Eles descobrem os destroços da outra nave e procuram o Maqui em
um sistema de cavernas próximo --a superfície da lua é desfavorável
à vida. Existe também uma forte interferência iônica que
impede o funcionamento dos sensores, tricorders, transportes e
comunicações de longa distância. Os dois se separam e Kira
acaba ficando com o pé preso em uma estrutura cristalina que é
imune aos feisers manuais. O pior é que tal estrutura está se
expandindo e ameaça encapsular completamente o corpo de Kira e
matá-la em pouco tempo.
Em
DS9, Nog completa a maioridade e (como todo bom Ferengi) oferece
um suborno a Sisko para que ele escreva uma carta de recomendação
para que ele possa tentar a admissão na Academia da Frota
Estelar. Sisko, surpreso e curioso pelo desejo de Nog, lhe confere
a tarefa de fazer o inventário de uma área de carga. Nog faz um
ótimo trabalho e em tempo recorde, mas Sisko ainda tem dúvidas.
Nas cavernas, temos sucessivos desmoronamentos enquanto o
crescimento do cristal começa a dificultar a respiração de
Kira. Kira sugere que Odo vá embora, mas o comissário quer
ficar. Ele vem com a idéia de um gerador ultra-sônico para
tentar estilhaçar o cristal. Enquanto o gerador tenta encontrar a
freqüência de ressonância correta, Odo conta de suas aventuras
com O'Brien, a bordo de um caiaque, na holo-suíte. Conta também
da origem de seu nome. Quando ele era apenas um monte de goma no
laboratório do doutor Mora, ele ocupava um recipiente com o rótulo
de Odo'Ital (que quer dizer "nada" em Cardassiano). Ele
brincou por um tempo como se essa designação fosse um nome
Bajoriano, Odo Ital e finalmente ficou só com Odo.
Novos tremores acontecem, o desabamento da caverna parece iminente
e o gerador não produz o efeito desejado. Kira ordena que Odo vá
embora. Odo fica e diz que não irá partir de forma alguma porque
a ama. Para espanto do comissário a major diz que o sentimento é
recíproco.
Sisko diz a Nog que decidiu negar o seu pedido. Nog diz que seu
desejo não é simplesmente um impulso ou algum truque. Ele não
quer acabar como seu pai, servindo mesas no "Quark's",
apesar de Rom ter talento para ser um excelente engenheiro. O
jovem Ferengi quer que a sua vida tenha sentido e acha que pode se
realizar como oficial da Frota Estelar e ter as chances que seu
pai nunca teve. Sisko fica tocado com os motivos de Nog e decide
escrever a carta.
Com
a surpreendente "revelação" de Kira, Odo começa a
suspeitar de todo o cenário, desde a perseguição ao Maqui até
a morte iminente de Kira. Odo diz que a verdadeira major não o
ama e não mentiria para ele sobre isso. Ele aponta o feiser para
a major e pergunta quem é ela na verdade. Então o cristal e a
"major" se transformam na Fundadora. Ela também era o
"maquis" que eles perseguiram. A Fundadora diz que
suspeitava dos sentimentos de Odo por Kira e de que estes seriam o
motivo para ele ficar entre os "sólidos". Ela planejou
tudo para que Kira fosse dada como morta e Odo se sentisse
inclinado a voltar ao "Grande Elo".
Odo se recusa e obriga a Fundadora a dizer onde que a verdadeira
Kira está. Ela assim o faz e se transporta dali. Odo resgata Kira
e de volta à estação conta por alto do plano da Fundadora, mas
sem contar dos seus sentimentos pela major, que permanecem só
para o comissário.
Comentários:
Tivemos uma melhora em relação à semana passada, mas ainda
ficamos com um episódio medíocre, na melhor das hipóteses. A
história principal do episódio (de Odo e "Kira" na
caverna) é arrastada e visualmente pouco interessante. E ainda
que se beneficie de uma inesperada reviravolta no final, não
consegue afastar a sensação de parecer um exercício em redundância.
Sua trama secundária (de Nog querendo entrar na Frota Estelar),
apesar de uma certa ingenuidade, ganha em tela uma vida que não
tinha no papel. Saibam mais detalhes, sem precisar ser encapsulado
vivo por uma rocha no processo, nas linhas abaixo.
O episódio traz, em sua história principal, uma "grande
surpresa"(TM) na revelação de que era a Fundadora que
estava se passando por Kira e "presa na rocha" o tempo
todo. Cabe examinar o episódio uma segunda vez e verificar se tal
história faz sentido com o final conhecido e se pistas foram
deixadas para que tal conclusão pudesse ser antecipada.
A
principal dúvida fica no fato da Fundadora conseguir imitar tão
bem Kira. Se levarmos em conta que Kira nem teve o seu perfil
psicográfico estabelecido pelos Fundadores em "The
Search", tal habilidade da Fundadora aqui é
espantosa e isto se vê ao longo da série com outros Fundadores
também (este é um dos motivos que torna o Dominion um adversário
tão forte). Fica o debate sobre a abertura ou não "de mais
uma caixa de vermes aqui"(TM), mas não chega a ser uma falha
do episódio em si, caindo na categoria do "fato novo
estabelecido".
A outra grande dúvida é por que Odo não conseguiu identificar a
Fundadora como tal (ela chega até a mudar de forma na frente
dele, se expandindo). Aparentemente faltava experiência do comissário
com os da sua raça, mas ao longo da série ele consegue
"perceber" (com uma espécie de intuição), ainda que não
em todos os casos, outros Fundadores em sua forma não mais
obviamente identificável.
Desde o começo, pelo fato de todos os equipamentos que poderiam
ser utilizados para uma fuga não funcionarem, tínhamos a impressão
de que a situação havia sido planejada por alguém. Com o
transporte da Fundadora ao final, ficou claro que nenhum dos dois
transmorfos correu qualquer perigo o tempo todo. Outras dicas: a
atuação meio diferenciada (ou ruim mesmo) de Nana Visitor, o
fato de o cristal "mutar" enquanto o gerador tentava
encontrar a freqüência de ressonância, Kira tentando usar a sua
patente para fazer Odo ir embora etc.
(As cenas em que a "falsa Kira" fica sozinha não
funcionam muito bem em uma segunda assistida. Ela parece que está
realmente preocupada com a situação.)
O fato de os Fundadores terem meios para armar tal situação não
se discute. O fato de o "Grande Elo" ter tanto trabalho
para trazer Odo "de volta ao rebanho" está relacionado
diretamente ao fato de os Fundadores verem a si próprios como
deuses. À volta de Odo tem um peso e um significado especiais
para os do seu povo (imaginem um deus do Olimpo ou de Asgard,
vivendo por vontade própria entre os mortais por ser contrário a
tudo que os seus irmãos representam --esta é a situação aqui).
Os Fundadores passam a série toda tentando trazer Odo de volta ao
"Grande Elo". Eles o manipulam sim, mas nunca o forçam.
Sempre foi dele a decisão em cada uma das situações que
surgiram. É de se presumir que a Fundadora tenha descoberto os
sentimentos de Odo por Kira durante o seu "elo" com o
comissário. Aqui ela fez um teste prático, colocando Odo em uma
situação absolutamente extrema. Ela precisava disso para ter
certeza (senão resolver o seu "problema" de uma vez).
(Entretanto, cabe ressaltar que os detalhes do que acontece
durante o "elo", especialmente quanto à partilha de
informação, nunca foram absolutamente estabelecidos durante a série.
Tivemos algumas variações de comportamento. Mais sobre isso na
época adequada.)
Então
Odo ama Kira e ele sabe que a major não o ama. A major não ama
Odo e não sabe que ele a ama. Até aí o episódio não trouxe
nada de novo para a mesa. O real motivo para Odo não se juntar ao
"Grande Elo" é o seu amor por Kira, algo que vai
acompanhá-lo até o final da série. É verdade que (em "The
Search, Part II"), antes de sua raça se revelar como
a dos Fundadores do Dominion, Odo estava inclinado a ficar com
eles (com ou sem Kira), mas cabe lembrar do imenso poder que o
"elo" tem sobre Odo. Ele vai quase sucumbir uma vez no
curso da série (durante o arco de seis episódios que abre a
sexta temporada de DS9) e só vai conseguir enfrentar a Fundadora
de igual para igual no último episódio da série.
Olhando em retrospectiva, o fato de Odo ser da raça dos
Fundadores do Dominion tem sido usado de forma medíocre até aqui
("The
Search, Part II", "The
Abandoned" e "Heart of Stone"). Isso
vai mudar em breve com o legendário duplo "Improbable
Cause"/"The Die is Cast" e com o
excelente "The Adversary", que encerra está
terceira temporada.
Quanto à história secundária não temos nenhum problema grave
de trama, apesar de termos que levar em conta as caracterizações
tanto de Rom quando de Nog até aqui na série e ver como elas são
compatíveis ou não com os eventos desta semana.
Rom foi, por várias vezes, chamado de idiota no passado, apesar
de ter mostrado aptidão tecnológica (em "Necessary
Evil", por exemplo). É um pouco difícil aceitar Rom
como um "gênio da mecânica" (mas não impossível) e
isso foi mantido de forma tão consistente no resto da série que
é francamente perdoável (definitivamente não foi o caso
"de um filho falando do próprio pai", pois tal coisa
foi explicitada como uma verdade de fato ao longo da série).
Outro ponto de dúvida é quanto à capacidade (não o desejo) de
Nog entrar na Academia. Na primeira temporada de DS9 ele
ainda estava brigando com a leitura do inglês e aqui o próprio
Sisko menciona suas notas pouco alentadoras na escola (sem falar
na óbvia ignorância dele, em conceitos aparentemente elementares
do funcionamento de um explorador, em "The
Jem'Hadar", e isso sem contar seu passado de delinqüente).
Se considerarmos que mesmo o superdotado Wesley Crusher falhou em
sua primeira tentativa para ingressar na Academia, fica um pouco
difícil aceitar que Nog venha a conseguir tal feito. Aqui que
entra uma "suspensão de descrença"(TM) que normalmente
os fãs de Jornada estão dispostos a fazer. E se levarmos
em conta o benefício que isto trouxe ao personagem Nog, isso nem
passa perto de ser um problema.
O curioso é que Nog em nenhum momento mostra estar querendo abraçar
os valores da Federação (daí não entrando em choque com as
suas atitudes em "Life
Support", da semana passada), tanto que ele inicia a
transação no modo Ferengi, tentando "comprar" Sisko.
Ele vê Sisko como um caminho para fazer algo com sua vida, obter
respeito dos outros, algo que ele acha que o seu pai não possui.
A dinâmica familiar é ainda mais curiosa. Sisko acabou se
tornando mentor do melhor amigo do seu filho, uma amizade à qual
ele era contrário em primeiro lugar. Nog acabou tomando, com a
ajuda do comandante, o caminho que Sisko imaginava para Jake, que
não o seguiu profissionalmente. O mais curioso é que Sisko usou
uma prisão de Nog para "convencer" Quark a ficar em DS9
em primeiro lugar (em "Emissary").
Da mesma forma que Rom apoiou a ida de Nog para a Academia, a
atitude de seu filho o inspirou a dar uma reviravolta na própria
vida e passar a trabalhar na estação (na equipe de O'Brien), em "Bar
Association", da próxima temporada, deixando seu serviço
no Quark's (mais tarde Rom acaba se casando e vira o sucessor de
Zek como Grande Nagus Ferengi).
Singer teve uma direção bastante interessante na estação,
apesar de ter sido muito prejudicado pelos cenários das cavernas,
especialmente por aquela bendita "rocha". A melhor cena
do episódio é aquela em que Bashir e Sisko falam sobre o alferes
Vilix'pran em uma tomada única ao longo do segundo piso do
Promenade. Logo em seguida Nog interrompe Sisko sozinho na mesma
caminhada, mas já em outra tomada.
Brooks
foi ótimo no geral e absolutamente fenomenal na cena-chave entre
Sisko e Nog. Faltou pouco ele sacudir Eisenberg para "fazer a
verdade sair do Ferengi", mas o genuíno interesse do seu
personagem em ajudar Nog literalmente saltou da tela e tocou a
audiência. Bravo! Auberjonois fica com o destaque especialmente
por dois momentos-chave, quando Odo diz à "falsa Kira"
que a ama e quando o seu personagem, ouvindo o "eu te amo
também" da "falsa Kira", racionaliza que ela é
uma impostora. Visitor é que não esteve tão bem, parecendo
desconfortável (e devia estar mesmo). Curioso que em "Second
Skin" ela usou o seu desconforto em prol do episódio,
o que não foi o caso desta semana (apesar da sua expressão
facial, pouco antes da transformação da Fundadora, ter sido
apropriada). Os demais regulares estiveram todos bem.
Eisenberg teve o seu maior papel e também a sua melhor atuação
em DS9 até aqui, ficando com o destaque da semana. Grodénchik,
bastante contido, também foi bem. Jens foi perfeita como sempre.
Foram citados tanto os Maquis quanto o novo tratado de paz entre
Cardássia e Bajor, que, apesar da loucura da sua criação em "Life
Support", não será esquecido no curso da série.
Foi interessante usar Dax, a "defensora número um dos
Ferengis", como a voz da descrença quanto à admissão de
Nog na Academia.
Odo e O'Brien andando de caiaque foi uma idéia muito interessante
e O'Brien cantando "Louie, Louie", um verdadeiro clássico.
A origem do nome de Odo (Odo'Ital, Odo Ital, Odo) também foi um
doce só.
Que rádio a Fundadora (enquanto "falsa Kira") usou para
contatar Odo? Por que Odo, ao invés de usar uma rocha (que sempre
parece estúpido em tela), não utilizou as suas habilidades para
tentar libertar Kira? Desde quando a fronteira Cardassiana fica tão
longe de DS9? Curioso que nem Odo e nem a Fundadora tiveram que se
regenerar durante o curso do episódio.
Aparentemente a Fundadora colocou o feiser em baixa intensidade e
simulou um "aumento de volume do cristal se alimentando da
energia da arma". Observem que Odo não usa o feiser no
"cristal". Auberjonois não representou como se de fato
Odo fosse atirar na Fundadora. Como o leitor já deve ter
percebido, o dito que "nenhum transmorfo jamais feriu um
outro" vai ter um "payoff" muito em breve na série.
O fato de Odo conseguir montar o gerador é um pouco atípico para
o personagem, mas não totalmente absurdo (além do quê, o
gerador não teve o efeito procurado e pareceu ser uma coisa
relativamente simples, baseada em real ciência e não em
"tecnobaboseira").
"Heart of Stone" é mais uma fraca hora de DS9.
A história de Odo não traz rigorosamente nada de novo para mesa
em termos de seus personagens e evita qualquer comprometimento ao
seu final. A história de Nog, apesar de certas implausibilidades,
é definitivamente contagiante e praticamente carrega sozinha a
recomendação do segmento.
Citações
Quark - "Everything
that goes wrong around here is your fault; it's in your
contract."
("Tudo que sai errado aqui é sua culpa; está no seu
contrato.")
Odo - "If it helps any, he's the one who does all the
singing."
("Se servir de consolo, ele é o que faz toda a
cantoria.")
Odo - "After all, we've been in worse situations than this
one and come out all right."
("Afinal, já estivemos em situações piores que essa e saímos
muito bem.")
Kira - "Name three."
("Liste três.")
Fundadora - "No changeling has ever harmed another."
("Nenhum transmorfo já feriu outro antes.")
Odo - "There's always a first time."
("Sempre há uma primeira vez.")
Trivia:
Em "Heart of Stone", a história envolvendo Odo e
Kira claramente era a história primária do episódio (com referência
no título inclusive), mas a história secundária envolvendo Nog
querendo entrar na Academia da Frota ganhou muito mais aprovação
por parte da audiência. Ira Behr admite que isso aconteceu, a
história secundária se tornou a mais interessante durante a
produção do episódio. Todos atuaram muito bem na história
secundária e "também não tiveram aquela maldita 'rocha'
para atrapalhar", diz o mentor da série.
A claustrofóbica Nana Visitor absolutamente odiou a idéia da
rocha. Primeiro o seu pé foi literalmente rebitado no chão e
depois ela foi progressivamente sendo "vestida" com um
"apertado modelo exclusivo" cristalino. A produção
pelo menos teve o bom senso de colocar uma espécie de assento
dentro da estrutura para que a atriz pudesse relaxar um pouco
entre as tomadas.
Visitor detestou também o produto final, pois ficou aparente o
seu corpo transformando-se em rocha e não sendo envolvido por
uma, que era o efeito desejado. O diretor Alexander Singer
batalhou para tentar fazer a rocha visualmente mais interessante,
mesmo em pós-produção, mas ele reconhece o fracasso.
A atriz Salome Jens gentilmente permitiu que os seus créditos
fossem colocados apenas ao final do episódio para manter o
suspense até o fim. O roteirista René Echevarrria disse, na época,
que o modo como Odo descobriu que a "falsa Kira" não
era a verdadeira, racionalizando a partir do fato de ela dizer que
o amava, deve ter sido extremamente doloroso para o personagem.
Na primeira lida do roteiro, Aron Eisenberg (o ator de Nog) ficou
com muito medo de estar sendo sacado da série. Só quando Rick
Berman veio falar com ele pessoalmente é que o seu medo passou.
Quando leu de novo o texto é que percebeu o tamanho do presente
que estava ganhando. Seu personagem foi recebendo cada vez mais e
mais desenvolvimento ao longo das temporadas (ganhando bem mais
importância do que Jake ao final da série inclusive). Na quarta
temporada ele vai para a Academia, na quinta ele inicia um
programa de treinamento em DS9 e nas duas últimas ele participa
ativamente (já como alferes da Frota Estelar) da Guerra com o
Dominion, em campo e pilotando a Defiant em várias batalhas. O
personagem é um dos que mais sofre com os horrores da Guerra,
como pode ser visto em "The Siege of AR558" e "It's
Only a Paper Moon", ambos da sétima temporada. A última
cena na série, uma das últimas de "What You Leave
Behind", do tenente Nog, que se refere diretamente ao
episódio desta semana, é extremamente tocante. Nog permanece
como o maior exemplo de desenvolvimento de personagens em DS9,
basta colocar a primeira (de "Emissary")
e a última cena dele na série lado a lado. Outro momento
inesquecível do personagem se dá quando ele (como capitão)
comanda a Defiant no futuro alternativo do clássico absoluto "The
Visitor", da quarta temporada.
No episódio descobrimos que O'Brien continua gostando de praticar
canoismo (hábito dos tempos da Enterprise de Picard) no holodeck
e agora com a companhia de Odo, e que o comissário continua
gostando dos livros policiais do chefe. Robert Wolfe queria
inclusive que René Auberjonois cantasse "Louie, Louie",
mas a produção não conseguiu os direitos da canção, que Odo
diz que o Miles adora cantar enquanto está remando.
Wolfe e Behr também citaram pela primeira vez o alferes
Vilix'pran na série. Bashir e Sisko comentam sobre o chá de bebê
do alferes que vai dar a luz. Só que além de ser macho ele se
reproduz "desabrochando". Seus filhos nascem e passam o
início de suas vidas em um pequeno reservatório d'água que
O'Brien está construindo. Ele tinha asas na cabeça dos
produtores, mas tal coisa não chegou na versão final do roteiro.
Ele, por motivos óbvios, não aparece em cena na série, mas é
citado novamente em "Apocalypse Rising" e "Business
as Usual", ambos da quinta temporada.
Ficha
técnica:
Escrito por Ira Steven Behr
& Robert Hewitt Wolfe
Direção de Alexander Singer
Exibido em 06/02/1995
Produção: 060
Elenco:
Avery Brooks como
Benjamin Lafayette Sisko
René Auberjonois como Odo
Nana Visitor como Kira Nerys
Colm Meaney como Miles Edward O'Brien
Siddig El Fadil como Julian Subatoi Bashir
Armin Shimerman como Quark
Terry Farrell como Jadzia Dax
Cirroc Lofton como Jake Sisko
Elenco convidado:
Max Grodénchik
como Rom
Aron Eisenberg como Nog
Salome Jens a Fundadora
Majel Barrett-Roddenberry como a voz do computador