Série Clássica
Temporada 1

Análise do episódio por
Carlos Santos



 









 

MANCHETE DO EPISÓDIO
Kirk exagera na dose em episódio
com feições bastante militaristas

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Sinopse:

Data Estelar: 3045.6.

Atendendo a um convite de um comodoro famoso por sua hospitalidade, a Enterprise chega a Cestus III, um posto avançado da Federação situado em espaço profundo. Um grupo de desembarque que além de Kirk, McCoy e Spock inclui ainda (aparentemente a pedido dos próprios habitantes do posto avançado) o “pessoal tático” da nave, desce a superfície, onde descobre rapidamente que todas as instalações foram destruídas por um atacante desconhecido.

Após comunicar a situação a Sulu, que ficou no comando da Enterprise, e encontrar um sobrevivente gravemente ferido, o grupo de descida é atacado aparentemente pelos mesmos responsáveis pelo ataque ao posto avançado. Kirk requisita transporte de volta a bordo, mas Sulu informa que a nave está agora também sob ataque o que o impede de baixar os escudos sem se expor ao fogo inimigo. Sulu recebe ordens expressas de Kirk para defender a nave a qualquer custo e para cumprir tal ordem o tenente é obrigado a deixar a órbita de Cestus III, deixando o grupo de desembarque para trás.

Em terra, Kirk e seu pessoal são obrigados a se virar como podem para se defender e após perder dois homens, conseguem contra-atacar, usando um item do arsenal do próprio posto avançado. O ataque sob o grupo em solo é encerrado ao mesmo tempo em que Sulu retoma as comunicações informando que a nave que antes atacava a Enterprise partiu um pouco depois de um sinal de tele-transporte ter sido captado.

Kirk ordena o envio de um novo grupo de descida para procurar por sobreviventes e retorna a nave trazendo junto com ele o sobrevivente encontrado em terra iniciando uma perseguição à nave atacante.

Kirk decide, a despeito do ceticismo de Spock, que o ataque (e o convite falso enviado) foi uma trama a fim de trazer a Enterprise a Cestus III com o propósito de destruí-la e em seguida iniciar uma invasão a Federação, então decide aproximar-se da nave atacante com intenção de destruí-la.

Quando a Enterprise começa a se aproximar do inimigo, Uhura informa que a nave está sendo sondada por um sinal não identificado proveniente de um sistema estelar próximo à rota seguida pela nave perseguida. Logo em seguida a nave inimiga perde força de dobra e para completamente no espaço e ao perceber isto Kirk ordena a aproximação final para o ataque, mas subitamente a Enterprise também perde sua toda sua força e para.

Spock identifica o sistema estelar que haviam notado antes como a fonte dos problemas da nave. Neste momento, seres que se identificam como Metrons se comunicam com a Enterprise, informando que esta havia entrado em seu espaço, e que tal ato motivado por razões violentas não seria tolerado. Os Metrons revelam que a nave a qual a Enterprise perseguia era pertencente a uma raça chamada Gorn. Kirk e o capitão da nave Gorn são transportados pelos Metrons para um planeta onde deverão combater até a morte, cabendo ao vencedor passagem livre de volta para casa e ao perdedor a destruição de sua nave e sua tripulação.

Kirk é transportado então ao planeta onde já se encontra seu oponente, uma criatura que lembra algum tipo de réptil, muito forte e violento, e que imediatamente tenta atacá-lo. Kirk consegue fugir (seu oponente se move de forma muito lenta) e percebendo que não terá chances em um combate corpo a corpo, começa a procurar por algum material que lhe permita construir algum tipo de arma - material que os Metrons garantiram existir no planeta - enquanto os oficiais da Enterprise tentam sem frutos fazer retornar a força da nave.

Spock insiste em tentar restabelecer contato com os Metrons, mas é ignorado. Enquanto isto, Kirk prossegue com dificuldades a luta por sua sobrevivência, algo que os próprios Metrons julgam estar seriamente ameaçada. Estes resolvem entrar em contato com os Federados apenas para informar a tripulação da Enterprise para que se preparem para serem destruídos, e permitem que o fim da batalha seja assistido pela tripulação da ponte da Enterprise através da tela visual.

Na superfície do planeta, o capitão dos Gorns se comunica com Kirk, revelando que o posto de Cestus III havia sido destruído por estar em seu território. Kirk começa então a montar uma arma, uma espécie de canhão primitivo construído a base de substâncias encontráveis no planeta, conforme os Metrons haviam dito no inicio.

Kirk dispara seu canhão contra a criatura e consegue imobilizar o Gorn, que fica a sua mercê, inconsciente, mas reluta em dar o golpe final, finalmente racionalizando que o ataque ao posto não fosse o prelúdio de uma invasão, mas sim uma defesa territorial.

Um dos Metrons aparece e fascinado pelo ato de Kirk decide libertá-lo junto com sua tripulação. Kirk pede ainda que os Gorns sejam também libertados e em seguida retorna a nave, que é lançada para longe de sua posição inicial no espaço Metron. Kirk ordena a Sulu então que a nave retome o curso para Cestus III.


Comentários:

A primeira coisa que chama a atenção em “Arena” é o seu tom extremamente militarista, e por isto estranha-se que ele tenha passado pelo crivo de Gene Roddenberry que sempre se apresentou como contrario a mostrar a Frota Estelar como uma organização primariamente militar. Nicholas Meyer sofreu pressão durante a produção de Jornada nas Estrelas VI: A Terra Desconhecida, por que sempre viu a Frota Estelar como uma organização formalmente militar e não “para militar” como insistia Roddenberry (posição tornada cristalina especialmente no período de sua vida do final dos anos setenta até a sua morte).

Todas as ações de Kirk após a descoberta da destruição de Cestus III demonstram um “Modus Operandi” (MO) típico de caserna, e não de um capitão pertencente a uma organização cuja meta primária seja a pacífica exploração espacial e este clima ou sentimento define boa parte das ações iniciais da história.

Embora um ataque de uma raça desconhecida a um posto avançado da Federação seja um motivo mais do que suficiente para que sejam tomadas providências, as conclusões de Kirk, baseadas puramente em especulações, beiram a esquizofrenia e a paranóia, afinal, imaginar que um ataque a um longínquo posto avançado fosse o prenuncio de uma invasão ao território da Federação é algo quase fantasioso. Além disto, a informação de que a Enterprise seria a única defesa daquele setor é algo difícil de acreditar, principalmente se levarmos em conta à premissa básica da Série Clássica, afinal a Enterprise é uma nave em missão de pesquisa e exploração cientifica de cinco anos, o que obrigatoriamente a levaria a espaço desconhecido, e não uma nave destinada a patrulhar um determinado e conhecido setor do espaço da Federação contra hipotéticas ameaças, o que daria uma conotação totalmente militarista a missão da mais famosa nave da Federação!?

Mais do que isto, James Kirk, baseado apenas em tais suposições e especulações decide colocar a nave em uma perseguição com único objetivo de destruir o agressor, e sem nenhuma preocupação em informar seu comando sobre o ataque a Cestus III. Como Spock bem disse pouco tempo depois, na sequência do episodio, este seria um assunto mais bem resolvido por diplomatas. Além disto, fosse a ameaça verdadeira e a Enterprise destruída no processo a Federação seria pega totalmente de surpresa pela força invasora. Fica óbvio que a prioridade de Kirk deveria ser coletar o máximo de informações possível e levá-las ao Comando da Frota Estelar. Mesmo que uma resolução de Guerra fosse tomada não caberia a Kirk e a Enterprise tomar esta decisão.

Toda a falácia belicista (o ataque gorn a Cestus III e a tentativa de contra-ataque) e intervencionista do episódio, presente em frases como “É uma questão de política, aqui somos os únicos patrulheiros e um crime foi cometido!” Peca gravemente contra o espírito que os fãs mais apreciam na série, e faz do capitão da Enterprise o portador de uma mensagem de mau gosto.

É claro que não há como afastar a Frota Estelar de sua estreita relação com nossos atuais serviços militares, por mais que Roddenberry quisesse negar isto, mas existem “maneiras e maneiras” de se tratar certos assuntos, e o melhor exemplo para contraste está dentro da própria Série Clássica e nesta mesma primeira temporada.

Todas estas questões foram levantadas e tratadas de forma muito mais competente no clássico episódio “Balance of Terror” (do qual “Arena” parece um remake mal feito em diversos sentidos), que tem todos os elementos descritos acima, mas resulta em um inesquecível episodio.

Naquele episodio, temos um posto avançado da Frota Estelar atacado, uma chamada a Enterprise para investigar, e uma perseguição com o firme e único propósito de destruir o inimigo, entretanto detalhes aparentemente discretos criam um abismo de qualidade entre ambos os segmentos. Em “Balance Of Terror”, os inimigos tem uma historia anterior de conflito com a Terra (não a Federação), tem um forte senso de propósito e existe um conhecimento, embora limitado, da forma de pensar e agir destes inimigos: no caso os Romulanos. Mais ainda existe uma clara e inequívoca determinação do comando da Frota Estelar quanto a uma eventual situação critica envolvendo um encontro entre forças de ambas às potências. Existe um tratado que diz que o ato de atravessar a fronteira estabelecida significa um ato de guerra, logo Kirk não age a partir de especulações.

Outra lição que podemos tirar de “Balance of Terror” é a importância que os antagonistas tem para um bom desenvolvimento da trama. Esta lição parece ter sido esquecida em “Arena”, pois os Gorns, ao destruírem um posto da Frota Estelar da forma como foi retratado no segmento, ou seja, sem aviso, de forma traiçoeira simplesmente por que o posto “estava lá” e ainda preparando uma armadilha com o intuito de aumentar seu numero de vitimas, são jogados na vala comum de estereotipo do típico “vilão hollywoodiano”, que age e mata pela simples razão de dar ao “mocinho” do filme o que fazer.

Não bastasse este erro de concepção, os erros de execução também não contribuem muito para o bom andamento do episodio. Kirk desce a Cestus III com sua “equipe tática”, invenção de roteiro que nunca apareceu antes e que jamais apareceria depois. (alguém se lembra da “equipe tática” presente em “Balance of Terror”?) e que se reduz a três pessoas, incluindo ai um “camisa vermelha” (um daqueles oficiais de segurança que aparentemente tem o único propósito de descer a um planeta e ser morto), e após andar com relativa tranqüilidade pelo local destruído, encontra um sobrevivente, segundo McCoy gravemente ferido. A primeira reação de Kirk é mantê-lo vivo “para saber o que aconteceu”, e que se dane o resto, mas ninguém pensa em levá-lo de volta a nave imediatamente. Em seguida ele manda o tal “camisa vermelha” adiante, que para bem na posição onde devia haver um “X” e uma inscrição “você morre aqui”. Tudo bem que o tripulante “tenha” que morrer, mas precisa ficar em pé com aquela vistosa camisa vermelha e dar um grito para Kirk que estava a exatos três passos de distância dele? Igual sutileza só pode ser vista em estouros de rinocerontes.

O “camisa vermelha” morre, desintegrado por arma de energia eficiente e silenciosa e precisa e então, começa um bombardeio sobre o grupo de descida, inexplicável após vermos como o alferes O'Herlihy foi morto. Explosões começam a pipocar por todos os lados, com direito ao zunido das bombas voando e tudo mais. Mas se um desruptor é uma arma de energia, de onde viria este som? Uma seqüência que deveria causar uma sensação de perigo eminente, mas que falha devido às inconsistências apontadas acima.

Começa então uma seção de corridas e piruetas dignas de risadas, primeiro de Kirk, depois de Spock. Corridas estas em busca de um arsenal, que foi construído de tal forma desprotegido que ficou totalmente acessível após o ataque. Impressionante também que os Gorns tenham tido tempo de descobrir como funcionava todo o protocolo da Frota Estelar, descobrindo o nome da nave mais próxima e de seu capitão a ponto de poder enviar a tal mensagem para Enterprise e não vasculharam o local em busca de armas, que estavam tão acessíveis. Incrível.

(Talvez seja ainda mais improvável o fato dos sensores da Enterprise não detectarem o posto avançado destruído a tropa inimiga em terra e muito menos a nave inimiga em órbita. É incrível que Kirk tenha que descer para daí dar o aviso de que ocorreu um ataque em Cestus III.)

No meio do caminho, Kirk fica “ditando” a Sulu o que fazer (erguer escudos, disparar feisers, disparar torpedos, etc, etc) apesar de estar em terra no meio de um bombardeio, numa demonstração de que não tem nenhuma confiança em seu staff de comando. Tivesse Sulu alguma dignidade continuaria na carreira de botânico.

Finalmente, Kirk encontra uma arma, e descobrimos que a raça humana descobriu a dobra espacial, construiu naves de altíssima tecnologia, mas não conseguiu pensar nada mais eficiente que um “obus” como arma de defesa, alias, uma arma que de acordo com o que vimos no episodio, segue os padrões de seu antecessor da época da segunda guerra, onde era usada contra blindados e tropas de terra. O que este tipo de armamento estaria fazendo em uma pacifica colônia da Federação?

Tudo isto para que se pudesse chegar ao “clímax do episodio”, ou seja, o primeiro “julgamento da humanidade por uma raça alienígena extremamente mais avançada” (TM), um dos clichês que viraram marca registrada da franquia. Os Metrons aparecem e se predispõe a resolver o problema de uma forma lógica, simples e limpa e se a proposta destes seres a primeira vista possa parecer pouco civilizada, devemos lembrar a esclarecedora fala do Metron: “Não era isto (destruírem um ao outro) que vocês pretendiam?”.

A aparição dos Metrons, além de remeter a alguns episódios da própria Série Clássica, também nos leva (entre outros segmentos da Franquia) ao episodio piloto de A Nova Geração, “Encounter At Farpoint”, onde nosso querido “Q” é introduzido, com o mesmo propósito de julgar os atos de seres humanos. Mas outra lembrança ainda mais forte pode ser a de outro episodio daquela mesma primeira temporada de A Nova Geração. Em “The Last Outpost” temos a Enterprise de Picard perseguindo uma nave Ferengi (raça que fez a sua estréia naquele episódio) até que ambas são imobilizadas por uma força desconhecida, que depois se descobre ser oriunda de um planeta próximo. Sendo tal “força” controlada pelo “guardião”, um membro de um império que não mais existia. Mais do que isto, ainda se vê naquele segmento mais uma prova formal para a raça humana, representada por Riker. Segundo os termos do guardião, o vencedor do desafio estaria livre para ir e para decidir o destino do oponente. Mera coincidência ou reciclagem mal disfarçada?

Voltando a “Arena”, o lagarto Gorn está certamente entre uma das mais ridículas criações do Staff de Jornada nas Estrelas. A roupa de borracha incapaz de realizar qualquer movimento de forma descente e que torna o oponente de Kirk lento e desajeitado, em momento algum permite que se credite alguma seriedade a situação do capitão da Enterprise. Tomem como exemplo a primeira “luta” dos dois oponentes, que tomou claros contornos de comedia involuntária.

A didática descrição fornecida por Kirk, literalmente “narrando” seus pensamentos e descobertas é absolutamente desnecessária e em momento algum consegue imprimir alguma dramaticidade (acreditando-se que fosse esta à intenção) principalmente, pois é obvio que Kirk está passeando por sobre os tais “materiais” oferecidos para a construção das supostas armas o tempo todo, aliás, a construção da tal arma, o primitivo canhão de Kirk, deve ter sido a inspiração para a criação do seriado “McGyver” e mesmo imaginando que nosso nobre capitão tenha sido capaz de lembrar de suas aulas de Química, acertando a composição e proporção dos elementos necessários para montar o seu brinquedinho, devemos nos perguntar se realmente devemos chamar de inteligente uma pessoa (ou um lagarto gigante) que caminha de forma lenta e estúpida em direção a um artefato que Kirk (que se sabia estar a fim de fazê-lo passar desta para melhor) apontava direto para seu peito. Pouco provável.

A idéia de fazer a tripulação da ponte assistir ao que se passava em terra deve-se apenas a arrumar algo para ocupar os atores, e nada acrescenta ao episodio, a não ser mais uma didática e enfadonha narração (na realidade “narração da narração”), desta por Spock a bordo da Enterprise. Depois disto tudo, um final óbvio e previsível onde Kirk poupa seu inimigo, passando no primeiro grande teste da humanidade, pelo menos na Série Clássica, tudo totalmente artificial, assim como artificial foi a resolução final do episodio, que faz crer que toda a destruição causada pelos “Gorns” em Cestus III ficou por isto mesmo, depois que Kirk decidiu que o que aconteceu foi um acidente. E por falar nisto, Cestus III continuou sendo base da Federação ou não?  Não interessa, pois ela só estava lá para ser destruída e dar a Kirk uma motivação “legitima” para sair caçando répteis pelo espaço, em seu Jihad particular.

“Arena” é uma história que ignora o comportamento dos principais personagens da série em segmentos anteriores. Um James Kirk com julgamento embotado pelo sentimento de vingança, um Spock incapaz de cumprir sua tarefa de auxiliar seu capitão na busca de um melhor posicionamento durante uma situação potencialmente critica, e um McCoy inerte, bem longe daquele personagem de personalidade forte e decidido que por vezes contestou tanto Kirk quanto McCoy quando isto foi necessário. Usa e abusa dos clichês de Jornada, como os infames “camisas vermelhas”, a tradicional luta corpo a corpo estilizada de Kirk, a fixação de Kirk para com a segurança da nave e tudo isto para introduzir o infame clichê do julgamento da humanidade por uma super raça, e somados a isto, a péssima execução do episódio que não pode ser creditada somente a dificuldade relacionada aos efeitos especiais disponíveis, pois, se olharmos bem, os efeitos utilizados aqui, não são dos piores para os padrões da Série Clássica, o que demonstra uma certa falta de competência para se usar o que se tinha a mão. Este foi o primeiro trabalho creditado de Gene L. Coon para a Série Clássica, que felizmente teve dias melhores na franquia posteriormente.


Citações:

Kirk - "An incredible fortune in stones...yet I would trade them all for a hand-phaser, or a good, solid club."
Gorn - "Schshschshchsch."

Kirk - "We're a most promising species, Mr. Spock, as predators go. Did you know that?"
Spock - "I frequently have my doubts."
Kirk - "I don't. Not any more. And maybe in a thousand years or so, we'll be able to prove it."

Metron - "Sparing your helpless enemy who surely would have destroyed you, you demonstrated the advanced trait of mercy, something we hardly expected. We feel that there may be hope for your kind. Therefore you will not be destroyed. It would not be civilized."

Metron - "You are still half-savage, but there is hope."


Trivia:

O conto de Frederic L. Brown que deu origem à “Arena” também deu origem ao episódio “Fun And Games” da série “The Outer Limits”.

A aceitação das diferenças e o combate ao preconceito constituíam temas recorrentes dos roteiros de Gene Coon como em “The Devil In The Dark” e “Metamorphosis” entre outros.

Vic Perrin, o narrador da abertura da série “The Outer Limits”, faz a voz tanto do Gorn quanto do Metron

O posto avançado foi filmado no rancho da Paramount em Agoura, Califórnia. As cenas com o Gorn foram filmadas em “Vasquez Rocks”, uma área vista diversas vezes na série, inclusive em Jornada Nas Estrelas IV: A Volta Para Casa. A fantasia Gorn é uma criação de Wah Chang.

 

Ficha técnica:

Roteiro de Gene L. Coon
História de Frederic L. Brown

Direção de Joseph Pevney
Exibido em 19/01/1967
Produção: 19

Elenco:

William Shatner
como James Tiberius Kirk
Leonard Nimoy
como Spock
DeForest Kelley
como Leonard H. McCoy
Nichelle Nichols como Uhura
George Takei como Hikaru Sulu



Elenco convidado:

Carole Shelyne como Metron
Vic Perrin como voz Metron
Gary Coombs como o capitão Gorn
Bobby Clark como o capitão Gorn
Vic Perrin como Voz do Gorn
Grant Woods como Sr. Kelowitz
Sean Kenney como Sr. DePaul
Eddie Paskey como tenente Leslie

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