MANCHETE
DO EPISÓDIO
Ron
Moore faz milagre e cria uma boa
história com Ferengis e Klingons
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episódio
Sinopse:
Data Estelar:
desconhecida.
Os negócios vão mal para o bar do
Quark, com a ameaça do Dominion. O único cliente da noite que
sobrou é um Klingon bêbado de nome Kozak. Kozak quer colocar a
sua conta "no pendura" e Quark obviamente não concorda
com isso. Kozak não gosta da recusa do Ferengi em lhe dar crédito
e saca sua faca. A luta entre os dois é breve e Kozak acaba
caindo "de maduro" na sua própria lâmina e morrendo.
Logo chegam Bashir e Odo para investigar o ocorrido e uma multidão
começa a se formar do lado de fora do Quark´s, motivada por uma
curiosidade mórbida em saber mais da morte do Klingon.
Quark percebe uma oportunidade de ouro para aumentar os seus
lucros e começa a contar (e interpretar) uma história em que ele
venceu o Klingon em combate. Apesar de Odo avisar que podem surgir
parentes do morto na estação para procurar por vingança, Quark
não liga, pois diz sempre poder contar a verdade se tal fato
acontecer e se inocentar, e se proclama: "Quark: o carrasco
dos Klingons!"
Keiko informa a O´Brien que fechou permanentemente a sua escola
por falta de alunos --o Dominion está realmente assustando todo
mundo e o pessoal da estação está partindo em massa, daí o
problema. O´Brien sente a sua esposa muito triste e que ela está
em negação quanto a isso, não ter nenhuma função em DS9,
muito menos ser uma botânica, a sua verdadeira profissão.
Logo
em seguida um Klingon (de nome D'Ghor, dizendo ser irmão de
Kozak) toma Quark de assalto e diz que veio à procura da verdade,
que o assustado barman lhe dá sem pestanejar. Entretanto o
Klingon indica que se ele morreu em um combate com honra não
haveria motivos para vingança. Quark concorda e continua com sua
farsa.
O'Brien planeja um jantar surpresa para Keiko, que parece aliviar
a angústia dela por um tempo, mas quando ele sai pra trabalhar na
manhã seguinte, sente que nada mudou de verdade.
Em compensação, os negócios vão bem para Quark, com toda essa
história de "carrasco Klingon". Eis que surge, no Quark´s,
em uma noite após o fechamento da casa, uma Klingon (Grilka, a viúva
de Kozak) que também quer saber a verdade, que ela rapidamente
descobre e em seguida rapta Quark.
Em Kronos (mundo natal Klingon), Tumek (braço direito de Grilka)
conta a Quark que a mentira dele custou caro a Grilka. Se Kozak
tivesse morrido em um acidente, o Alto Conselho poderia ter
oferecido uma licença especial para ela tocar a sua
"Casa" por si própria, mas como ele "morreu de
forma honrada em combate", isso não poderá acontecer, e sem
herdeiros machos a Casa de Kozak irá à ruína e sua propriedade
será tomada pela Casa de D´Ghor (que é na realidade um inimigo
de longa data da Casa de Kozak, e que já testemunhou perante o
Alto Conselho Klingon sobre a "história" de Quark).
Grilka joga uma cartada arriscada dentro da lei Klingon que
permite que aquele que matar um Klingon em combate honrado pode
tomar a sua viúva e sua "casa". Grilka casa com Quark
em uma cerimônia instantânea.
Na DS9, O'Brien pede permissão a Sisko para transformar um hangar
de carga em um arboreto para Keiko cuidar e (espera ele) se sentir
útil e feliz.
Grilka apresenta Quark ao Alto Conselho para surpresa de todos.
D'Ghor quer tomar todos os ativos da Casa de Kozak. Gowron fica em
dúvida com esta confusão e diz que vai precisar de um tempo para
pensar e formaliza a Casa de Kozak como a Casa de Quark por ora. O´Brien
e Bashir conversam e o doutor diz que o arboreto vai ser apenas um
paliativo e que Keiko nunca vai ser feliz se não puder ser uma
botânica de novo.
Quark,
percebendo que Grilka não tem mais nada na manga, se oferece para
rever os registros financeiros de sua "Casa". Quark
descobre imediatamente que D´Ghor vem atacando financeiramente e
de modo sistemático a Casa de Kozak e agora também ficou como
cobrador de todas a dívidas de jogo do falecido Klingon. Quark
apresenta seus achados para o Alto Conselho Klingon. D'Ghor nega
tudo e traz evidência (o próprio Rom) de que Quark não matou
Kozak e que o mesmo morreu em um acidente. D'Ghor demanda vingança
em combate pessoal, pelas "calúnias" levantadas por
Quark.
O Ferengi, temendo pela sua vida, deixa a casa de Grilka, para a
decepção da Klingon, mas, uma conversa com seu irmão, sobre
"respeito", o deixa pensativo.
No dia seguinte Quark aparece para o combate com Bat'leth em
punho. Entretanto, logo no início da contenda, ele joga a arma de
lado e se ajoelha e diz que não existe honra em permitir um
combate entre um Klingon e um Ferengi. Não é uma luta; é uma
execução. D'Ghor não liga a mínima e já se prepara para
decapitar Quark, mas Gowron intervém e diz agora acreditar nas
acusações de Quark e ordena um banimento para D'Ghor, que sai em
desgraça. Gowron faz o melhor de todo este circo dando uma licença
especial para Grilka poder comandar a própria casa. Agradecida,
ela concede o divórcio a Quark e lhe dá um beijo de despedida.
De volta à estação, O'Brien toma uma decisão difícil e
consegue uma vaga em uma missão de exploração agrobiológica em
Bajor para Keiko (que vai poder levar Molly com ela, em uma missão
que pode durar até seis meses). Quando os O'Brien se beijam, Rom
pede que Quark conte novamente a história do seu combate com
D'Ghor e, mesmo fingindo não ser lá grande coisa, Quark não
pode deixar de pensar no respeito que ele conquistou aos olhos do
seu irmão.
Comentários:
O bizarro encontro entre os Ferengis e os Klingons consegue
atingir resultados até satisfatórios (ainda que não fuja em
momento algum da categoria do "fofinho e inofensivo") e
seu desenrolar consegue até mesmo injetar um pouco de fibra na
pessoa de Quark. O episódio ainda traz O'Brien (o "homem
comum" de DS9), em uma pequena, doce e honesta história
sobre o seu crônico problema conjugal (que chega a uma importante
resolução aqui). Saibam mais detalhes, sem precisar matar um
Klingon e desposar a viúva do falecido no processo, nas linhas
abaixo.
Ainda que a menção aos eventos de "The
Search" seja um pouco tímida no episódio, as reações
da população da estação frente à ameaça do Dominion fazem
bastante sentido e levam ao declínio dos lucros de Quark e ao
fechamento da escola de Keiko. Este é o único elemento (além de
ambas tratarem de temas familiares) que as duas histórias
apresentadas no curso do segmento têm em comum.
A
menor, mais séria e mais bem-sucedida das duas histórias do episódio
é aquela que envolve o casal O'Brien, cujas raízes dos seus
problemas conjugais são claras para a audiência desde o piloto
de DS9 ("The
Emissary"): Keiko abriu mão de sua profissão para
viver com o marido (promovido e transferido) em DS9. Tal problema
é trazido claramente à tona e tratado de uma forma sensível e
sincera.
A maneira diferente como Sisko e Bashir tentam ajudar O'Brien é
totalmente condizente com a relação que o chefe tem com cada um
deles e o fato de Bashir ser mais efetivo só reforça essa idéia.
Foi também bastante interessante (e irônico) ver justo Bashir
dando conselhos maritais para O'Brien, especialmente à luz do que
foi discutido pelos dois em "The
Armageddon Game". A decisão final de O'Brien faz
sentido em termos de razão e emoção. Quanto a essa história
(entre Keiko e O'Brien) somente a pequena cena residual envolvendo
Kira e Dax salta aos olhos como realmente fraca. Tivemos uma ótima
"despedida" para Keiko (e Molly).
Um encontro entre os Ferengis e os Klingons tinha tudo para se
tornar um fracasso colossal. Felizmente foi trilhado um caminho
moderado em que fica bem entendido desde o início que a maior
piada é simplesmente colocar os dois diametralmente opostos modos
de vida lado a lado e ver o que acontece (e o roteiro faz um bom
trabalho em justificar tal encontro a maior parte do tempo).
Fortaleceu o episódio termos elementos a bordo que apontam para
um importante (e sério) evento: duas grandes Casas rivais, uma
figura nobre e extremamente leal a Grilka (Tumek), toda a
estrutura de poder Klingon (o "Grande Salão Klingon", o
Alto Conselho e o Chanceler Gowron) e mesmo o banimento de D'Ghor
no final.
Kozak
foi patético (felizmente isto fazia parte da premissa do episódio
--levantar a questão da "honra Klingon" ser mais uma
ferramenta de marketing para os estrangeiros, do que qualquer
outra coisa) e mal atuado (isso nunca faz parte de premissa
nenhuma). D'Ghor foi definitivamente o elo fraco, um vilão
absolutamente bidimensional sem a menor qualidade redentora e a
atuação de Carrasco não ajudou em nada também (em mãos mais
capazes uma escolha mais cômica poderia funcionar dentro do
contexto do segmento, o personagem como apresentado foi
simplesmente "um saco" de se assistir do começo ao
fim). A extrema transparência de D'Ghor, que sem pestanejar iria
executar Quark ao final, foi a pior coisa dessa parte da história
(e "uma fácil saída" para os produtores, devo
reconhecer).
Faltou Grilka dentre os Klingons. Uma boa coisa do roteiro foi não
mostrar (um grande clichê para "histórias com viúvas",
por sinal) Grilka se lamentando pelos seus anos com Kozak,
implicitamente difíceis, ou mesmo por sua perda, implicitamente
um alívio. Ela parece acreditar realmente no conceito da
sociedade Klingon e só querer seguir com sua vida sem mágoa ou
ressentimento (uma noção positiva e interessante). O final, em
que Gowron dá permissão para ela cuidar de sua própria
"casa", parece entender e passar esta noção. Ela vai
liderar uma "casa" que aparentemente ela já vinha
liderando há muito tempo (se considerarmos a "ficha
corrida" do defunto).
Não foi suficiente que Quark tivesse derrotado D'Ghor na
"arena Ferengi", ele precisava também fazê-lo na
"arena Klingon". Ele o fez sim, mas não pelo combate
(que equivaleria a um suicídio), mas com um apelo à
"honra" que aquele local (teoricamente) deveria
representar. Ele não deu uma solução fácil para Gowron e o
resto do conselho, que vivia de um líder de uma grande
"Casa" matando um outro, mas os fez pensar no que
realmente estava em jogo ali (além do transparente D'Ghor ter
dado uma "força" no final, para que Gowron tomasse tal
decisão, é claro). Rom foi um fiel escudeiro e um bom irmão
para Quark (o que foi o suficiente para os propósitos do episódio).
Les
Landau é usualmente um diretor com um toque suave, tanto no trato
da câmera. quanto no dos personagens, o que casa muito bem com o
presente episódio. O diretor parece incentivar o trabalho dos
atores ao fundo das tomadas, o que pode ser visto com clareza nas
reações da multidão quando Quark conta pela primeira vez a sua
história no bar. Foi uma ótima idéia começar e terminar o episódio
com cenas gêmeas, com Rom e Quark no bar. É sempre um prazer
reencontrar o cenário do "grande salão Klingon".
Talvez a única real patinada de direção tenha sido a forma como
a tristeza de Keiko foi capturada no início, olhando paras as
suas plantas nos seus aposentos. Foi meio grosseiro.
Shimerman trabalhou muito bem com Kay Adams (existe uma coisa bem
fluida entre os dois) e com Grodénchik, a primeira vez que Quark
conta a história foi interessante e a cena final do combate foi o
seu ponto alto.
Meaney também foi muito bem. Os jantares e o projeto do arboreto
poderiam soar extremamente chauvinistas em mãos menos capazes.
Meaney nos faz acreditar integralmente na sinceridade do
personagem o tempo todo. Um grande bônus vai para a expressão de
absoluta descrença de El Fadil quando Quark conta a sua história
pela primeira vez. Os demais regulares só cumpriram tabela.
Kay Adams mostrou bastante carisma e boa química com Shimerman
(além de não demonstrar nenhum pudor em cenas mais
"esquisitas" como a do "casamento", com
direito a uma rápida faca na garganta do "noivo" e a do
divórcio --a "cena da mão na coxa" foi ótima).
Ruskin, além de ter "a voz", trouxe também uma bela
atuação. O'Reilly foi uma boa presença, com seus olhos
infinitamente abertos e uma atitude ponderada. Grodénchik segurou
o seu lado mais histriônico esta semana e definitivamente foi
mais interessante de assistir. Chao honrou o pagamento e Carrasco
e Bennett foram simplesmente péssimos.
Acredito que o ritual realizado por Grilka corresponda à
"versão Las Vegas" da cerimônia de casamento Klingon.
Em "You Are Cordially Invited", da sexta
temporada, vamos ver um real casamento Klingon (entre Worf e
Jadzia Dax), com uma cerimônia extremamente complexa.
Para os que acharam absurdo o encontro de Quark (e dos Ferengis)
com os Klingons, se preparem para o encontro dos Ferengis com os
Profetas em "Prophet Motive", nesta mesma
temporada.
Não sou da segurança da Frota Estelar, mas tivemos mais um rapto
na estação esta semana. Por onde andará o tenente-comandante
Eddington?
Uma sociedade que preza tanto a honra quanto a sociedade Klingon,
teria de ter uma "equipe forense de honra" (ou coisa
parecida) para determinar o que acontece realmente em mortes como
a de Kozak. Seria interessante ver tal "equipe" em operação
aqui. Uma boa desculpa para a sua não-utilização aqui também
seria bem-vinda. Será a ausência de tal "equipe" mais
um indício de que esta história de "honra Klingon" é
mais propaganda do que qualquer outra coisa, como o episódio
sugere por várias vezes?
É difícil imaginar que não existam contadores Klingons (apesar
do velho clichê de "pasteurização das raças" em Jornada
sempre querer dizer o contrário). Eles definitivamente devem
sofrer um extremo preconceito, mesmo que teoricamente estejam
tentando defender o Império e viver com honra ao seu modo e no
seu trabalho. Vamos conhecer um advogado Klingon em "The
Rules of Engagement", da quarta temporada de DS9.
"The House of Quark" é um bom episódio que
consegue fazer funcionar (em sua história principal) uma premissa
extremamente arriscada: o encontro entre os Ferengis e os
Klingons. Estabelecendo situações e deixando a comédia nascer
destas situações naturalmente (a maior parte do tempo), o episódio
traz bom entretenimento, ainda que tenha a "consistência de
um marshmellow derretido" (TM). Dito isto, o real destaque da
semana vai para a pequena jóia de história (secundária)
envolvendo a família O´Brien, que chega a uma satisfatória
conclusão aqui.
Citações
Quark - "When Morn
leaves, it's all over."
("Quando o Morn sai, está tudo acabado.")
Bashir - "You can't ask her to turn a profession into a
hobby."
("Você não pode pedir que ela transforme uma profissão em
um hobby.")
Quark - "I am Quark, son of Keldar. And I have come to
answer the challenge of D'Ghor, son of... whatever."
("Eu sou Quark, filho de Keldar. E eu vim responder ao
desafio de D'Ghor, filho de... o que seja.")
Grilka- "How can I repay you?"
("Como posso recompensá-lo?")
"I would like a divorce, please, no offense."
("Eu gostaria do divórcio, por favor, sem ofensas.")
Trivia:
Após o seu primeiro roteiro em DS9, "The
Search, Part I", Ron Moore já tem uma nova tarefa e
agora em um assunto em que ele conhece como ninguém. De fato, após
escrever "Sins of the Father" (clássico da
terceira temporada de A Nova Geração), um verdadeiro
divisor de águas para a espécie de Worf, Ron passou a ser
referido pelos seus colegas de staff como o "guru dos
Klingons".
A história do episódio foi sugerida pelo editor (montador) Tom
Benko: "Quark mata um Klingon em defesa própria, ganha fama
de pistoleiro e tenta lucrar com tal situação". Ron admite
que o staff de A Nova Geração sempre tentou se afastar um
pouco do humor em seu produto final e que ele sempre quis explorar
um lado mais cômico envolvendo os Klingons e agora (com a história
de Benko) a chance parecia finalmente ter surgido. Benko teve uma
experiência única em montar uma história em que ele produziu o
conceito.
Ainda que a transição do personagem Gowron (Chanceler do Império
Klingon), de A Nova Geração para DS9, não
estivesse planejada a priori, isso surgiu de uma forma natural e
deixou o seu interprete Robert O'Reilly bastante animado. Ele
admite que trabalhar em uma nova série é sempre uma fonte de
apreensão pessoal, o que foi bastante amenizado com a presença
de um velho conhecido, Armim Shimerman. Um detalhe: devido à
utilização de fumaça, para aumentar a atmosfera das filmagens,
o ar-condicionado fora desligado, tornando a situação bastante
desagradável para os atores debaixo da maquiagem e das vestes
pesadas, fossem eles Klingons ou Ferengis.
Gowron aparece nos seguintes episódios de DS9: "The
House of Quark" (temporada 3), "The Way of the
Warrior" (duplo da temporada 4), "Broken
Link" (temporada 4), "Apocalypse Rising"
(temporada 5), "By Inferno's Light" (temporada
5), "When It Rains..." (temporada 7), "Tacking
Into the Wind" (temporada 7). O'Reilly viria a fazer um
contador em "Badda-Bing, Badda-Bang" (da
temporada 7 e creditado como Bobby Reilly).
Gowron apareceu anteriormente nos seguintes episódios de A
Nova Geração "Reunion"
(temporada 4), "Redemption,
Part I" (temporada 4), "Redemption,
Part II" (temporada 5) e "Rightful Heir"
(temporada 6). O'Reilly também trabalhou em "Manhunt"
(da temporada 2).
Eis que em meio a fumaça das filmagens surge o renomado físico
inglês Stephen Hawking junto com Rick Berman. Armim ficou feliz
de vê-lo e até conseguiu uma foto com ele com recordação. Mas
a maioria da equipe de apoio estava mesmo surpresa em ver Berman
na filmagem.
Para contar com o "Grande Salão Klingon" no episódio e
manter os custos dentro do orçamento (o duplo "The
Search" custou bastante), o produtor-supervisor David
Livingston sugeriu um método: trabalhar apenas com metade do cenário
de cada vez e organizar as filmagens de forma que (com o auxílio
do diretor do episódio, Les Landau) tudo se torna uma perfeita
ilusão para a audiência (imaginando que todo o cenário
estivesse realmente lá). Moore insistiu na construção do cenário
e em colocar Quark lá.
Os créditos do episódio (como em muitas ocasiões em Jornada
nas Estrelas) nunca são completos, aqui todos os roteiristas
"meteram a colher". Por exemplo, foi idéia de Robert
Hewitt Wolfe o final em que Quark joga o Bat'leth para o lado e
fica de joelhos como se esperando uma execução.
Ver os Klingons confusos com tanto cálculo foi idéia de Moore,
mas foi O'Reilly que teve a idéia de jogar a calculadora longe.
Foi do ator também a idéia das palavras finais do Chanceler para
Quark.
Este episódio foi originalmente conhecido como "Fight to
the Death" e tem uma citação da famosa "sopa
Plomeek Vulcana" (do episódio "Amok Time"
da segunda temporada da Série Clássica), que Bashir
mostra gostar muito.
Tumek foi vivido por Joseph Ruskin, que participou como Galt de "The
Gamesters of Triskelion", da segunda temporada da Série
Clássica. Ruskin retornou nesta mesma temporada de DS9
para fazer um informante Cardassiano em "Improbable
Cause". Além disso, viveu um oficial Son'a no filme "Insurreição"
e um mestre Vulcano em "Gravity" (da quinta
temporada de Voyager).
Mary Kay Adams é conhecida dos fãs de "Babylon 5" por
ter vivido um das versões da personagem Narn Na'Toth, assistente
de G'Kar (personagem de Andreas Katsulas, que também já viveu o
Romulano Tomalak em Jornada). Ruskin e Kay Adams retornam
com seus personagens em "Looking For Par'Mach In All The
Wrong Places", da quinta temporada de DS9.
Carlos Carrasco também participa de "Shattered
Mirror" (da quarta temporada de DS9, como um
oficial Klingon), "Honor Among Thieves" (da sexta
temporada de DS9, como Krole) e em "Fair
Trade" (da terceira temporada de Voyager, como
Bahrat).
John Lendale Bennett retorna nesta temporada mesmo, como Gabriel
Bell, em "Past Tense, Part I". Depois ele
pareceria novamente como um Klingon em "Apocalypse
Rising" (que abre a quinta temporada de DS9).
Este episódio marca a "despedida de Keiko e Molly da estação".
Elas apareceriam apenas esporadicamente daqui pra frente. Isto
abriu caminho para a carreira cinematográfica de Colm Meaney e
para o aprofundamento da amizade entre Bashir e O'Brien, um dos
maiores desejos de Ira Steven Behr.
Ficha
técnica:
História de Tom Benko
Roteiro de Ronald D. Moore
Direção de Les Landau
Exibido em 10/10/1994
Produção: 049
Elenco:
Avery Brooks como
Benjamin Lafayette Sisko
René Auberjonois como Odo
Nana Visitor como Kira Nerys
Colm Meaney como Miles Edward O'Brien
Siddig El Fadil como Julian Subatoi Bashir
Armin Shimerman como Quark
Terry Farrell como Jadzia Dax
Cirroc Lofton como Jake Sisko
Elenco convidado:
Rosalind Chao
como Keiko O'Brien
Mary Kay Adams como Grilka
Carlos Carrasco como D'Ghor
Max Grodénchik como Rom
Robert O'Reilly como Gowron
Joseph Ruskin como Tumek
John Lendale Bennett como Kozak