Série Clássica
Temporada 2

Análise do episódio por
Carlos Santos



 









 

MANCHETE DO EPISÓDIO
Segmento clássico desenvolve
caráter de Spock e cultura Vulcana

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Sinopse:

Data Estelar: 3372.7

Enquanto o doutor McCoy conversa com Kirk em um dos corredores da Enterprise sobre o o que o médico considera um comportamento atípico do primeiro oficial da Enterprise, este, em uma crise de fúria, expulsa a enfermeira Chapel de seus alojamentos. Após fazer a enfermeira sair correndo pelo corredor, ele percebe a presença de Kirk e praticamente exige que Kirk lhe conceda uma licença em seu planeta natal.

Após essa cena, Kirk conversa com Spock, totalmente transtornado, a respeito de sua licença, mas este permanece irredutível em não dizer ao capitão o que está acontecendo. Apesar do mistério, Kirk permite a mudança de curso. Entretanto, uma necessidade diplomática obriga o capitão a mudar a rota novamente para o destino inicial, que era Altair VI.

Momentos depois, em seu alojamento, Kirk descobre que Spock ordenou uma nova mudança de curso para o planeta Vulcano, sem comunicá-lo. Quando o capitão o confronta a este respeito, Spock responde que pode tê-lo feito, mas que não se lembra. O capitão então ordena que Spock apresente-se a McCoy na enfermaria para exames.

A contragosto, Spock vai até a enfermaria, mas após apresentar-se ao médico diz que não pretende ser examinado. McCoy protesta e insiste até que Spock cede. Após terminar o exame, o médico invade o alojamento do capitão dizendo que se Spock não for levado a seu planeta natal em uma semana, morrerá.

McCoy explica o pouco que sabe e Kirk mais uma vez vai a Spock e insiste em saber o que está acontecendo. Spock finalmente cede e explica com muita dificuldade que a biologia Vulcana faz com o corpo sofra violentas transformações a cada sete anos num processo chamado Pon Farr. O capitão promete sigilo e que diz tentará arrumar um jeito de levar a Spock a Vulcano.

O capitão e McCoy tentam convencer o almirante Komack, do comando da Frota Estelar, a permitir o desvio de rota e um pequeno atraso na chegada da nave a Altair, mas ele permanece irredutível. Mesmo assim, Kirk ordena a mudança de curso para Vulcano.

Chapel, que ouvia a conversa dos dois, sai em direção aos alojamentos de Spock com intenção de dar-lhe a notícia. Desta vez o comportamento dele estranhamente parece apontar para um certo flerte com a enfermeira, e esta se mostra bastante satisfeita com tal insinuação. Spock pede que ela lhe faça um pouco de sopa Ploo mek, e ela sai bastante feliz.

A Enterprise chega a Vulcano com Spock mais controlado. Prestes a descer para o planeta onde deverá participar de uma cerimônia, para a qual ele convida Kirk e McCoy, convite aceito por ambos. Kirk recebe permissão da central espacial Vulcana para pôr a Enterprise em órbita, e em seguida uma mensagem para Spock. Surge na tela uma mulher Vulcana chamada T’Pring -- para surpresa de todos, a esposa de Spock. Entre os surpresos, uma desapontada enfermeira Chapel.

O trio é transportado direto a uma área pertencente a família de Spock, onde se dará a cerimônia Vulcana chamada Koon-ut-kal-if-fee, um antigo ritual onde os Vulcanos lutavam por suas mulheres. Spock explica a Kirk que os Vulcanos são prometidos a seus a pares quando têm sete anos de idade e, quando chegam à idade correta, ambos completam o casamento.

Minutos depois, o cortejo que oficializará o casamento chega ao local, e dele faz parte T’Pau, segundo Kirk e McCoy, uma importantíssima pessoa da política Vulcana. Esta interpela Spock por causa da presença dos alienígenas, mas o Vulcano refuta, dizendo que eles são seus amigos e que é seu direito pedir sua presença.

Eles se preparam para o início da cerimônia, mas, quando Spock dá prosseguimento, algo inesperado acontece: T’Pring pede pelo combate. Por ser um estrangeiro, T´Pau permite que Kirk deixe o local neste momento, mas Kirk escolhe ficar, falando também por McCoy. Agora Spock, retomado pela febre e loucura do Pon Farr, terá que lutar com um adversário escolhido por T’Pring. Para nova surpresa de todos, esta escolhe Kirk. Um Vulcano de nome Stonn, que acompanhava o grupo em silêncio, protesta, reclamando para ele o direito de lutar por T’Pring, mas T’Pau o repreende.

Mais uma vez T’Pau dá a Kirk a escolha de não aceitar lutar e ir embora, mas este novamente escolhe seguir de acordo com a tradição Vulcana e aceita o desafio, apesar de Spock tentar interceder por ele junto a T’Pau. Os dois se preparam para o combate. McCoy tenta demover Kirk de sua intenção, mas este se diz preocupado com Spock, pois se Kirk não lutar, T’Pring escolherá outro "campeão", que ele acredita que será Stonn, e nem o capitão nem o doutor acham que seu amigo está em condição de vencer tal adversário.

Ele se apresenta a T’Pau e reafirma sua intenção de aceitar o desafio, então as armas do combate são apresentadas, uma "Lirpa" para cada um deles, um bastão com uma lâmina afiada em uma extremidade e um martelo na outra. T’Pau declara que se ambos sobreviverem a esta arma, outras serão trazidas até que haja um vencedor, e só então Kirk compreende que o combate entre eles será até a morte.

Ele e McCoy tentam protestar, mas é em vão. A luta se inicia e Kirk logo se vê em desvantagem. Spock é mais forte e está mais familiarizado com o tipo de luta, além de estar totalmente tomado pela insanidade. Kirk, por sua vez, luta contra o ar rarefeito e o calor de Vulcano, e sua incapacidade de ferir o amigo.

Spock quase consegue um golpe mortal, então McCoy intercede, pedindo a T´Pau que deixe-o injetar em kirk uma droga que irá melhorar a capacidade aeróbica de Kirk, dando-lhe alguma chance de lutar com melhores chances. O pedido do médico é aceito, ele injeta a substância e a luta recomeça. Kirk resiste mais um pouco, mas não é páreo para Spock, que mata seu capitão e vence o desafio. Assim que Kirk morre, Spock se liberta da insanidade, e imediatamente percebe o que fez.

McCoy lembra que, com a morte de Kirk, Spock está no comando, e pergunta a este quais são as próximas ordens. Este manda que o médico retorne à nave e mande Chekov preparar um curso para a base estelar mais próxima onde ele pretende se entregar as autoridades da Frota Estelar.

Assim que McCoy deixa o local, Spock pede a T’Pring que se explique. Ela diz que deseja Stonn e vice-versa, mas Spock não entende o por que desta preferência. T’Pring diz que Spock virou uma lenda entre seu povo e que ela não queria ser a esposa de uma lenda, mas que não havia outro de jeito dela se divorciar, de acordo com as leis de Vulcano. Escolhendo Kirk, caso ele vencesse ela sabia que Kirk não a desejaria, e caso ele perdesse, Spock não poderia ficar com ela, tendo que libertá-la de seu compromisso ou então deixá-la em Vulcano para seguir com sua carreira na Frota Estelar. Em qualquer um dos casos ela ficaria com Stonn. Spock finalmente reconhece a lógica do pensamento de T’Pring, e a liberta de seu compromisso. Ele se despede de T’pau e retorna à Enterprise.

A bordo da Enterprise ele segue direto para enfermaria, preocupado com os procedimentos de sua prisão, onde fica sabendo que Kirk está vivo. McCoy diz ter aplicado uma droga que paralisou seu sistema nervoso e não um composto para a melhorar sua respiração, fazendo com que Kirk parecesse morto. Kirk recebe uma mensagem do comando da Frota Estelar autorizando atraso em sua chegada ao compromisso em Altair VI, a pedido de T’Pau, o que evitará alguns problemas com o comando da Frota Estelar. Eles retomam o curso para cumprir a agenda inicial.

 

Comentários:

Não por acaso "Amok Time" é um dos clássicos da Série Clássica, com perdão do trocadilho. A loucura do Pon Farr de Spock proporcionou a oportunidade de um episódio com nuances absolutamente incríveis e importantes não só para este personagem como para o que seria o universo da franquia nas suas gerações seguintes.

Tendo o personagem de Leonard Nimoy atingido já na época das primeiras exibições da série clássica um elevado patamar de popularidade era normal a curiosidade a respeito de Vulcano, seu lar, e por conseqüência de outros vulcanos, logo o background desenvolvido para esta edição da Série Clássica traz bem vindas informações a respeito do planeta natal de Spock. Tais informações seriam utilizadas ao longo da existência da franquia sempre que o assunto "Vulcanos" fosse requisitado.

Muita gente até hoje discute que o tom ritualístico atribuído a cultura vulcana contrasta com a lógica por vezes computadorizada mostrada por estes seres, mas tal escolha imputa uma aura de mistério que ajuda a compor ainda melhor o personagem Spock, justamente por revelar o oposto de uma sociedade mecanizada. Por terem abraçado a lógica como filosofia de vida, mas mantido as tradições ancestrais com seriedade e respeito, os Vulcanos da Série Clássica despertam ainda mais a nossa curiosidade.

Sobre Spock propriamente dito, ao ser submetido a violenta reação biológica do Pon Farr, podemos ter uma idéia de que tipo de emoções ele (ou qualquer outro Vulcano) tenta controlar dia após dia, através da disciplina da lógica. É claro que esta é reação bioquímica e que só se repete a cada sete anos de acordo como roteiro, mas demonstra uma tendência a ação por instinto e agressiva, e define um padrão do que é ser vulcano sem disciplina.

Mostrar que o personagem tem fraquezas que precisa superar ao invés de retratá-lo como um super homem quase indestrutível aumenta ainda mais a riqueza de Spock enquanto personagem. Devido à formula usada na Série Clássica, onde os episódios não guardavam nenhuma conexão entre si, isto não foi de grande impacto nos segmentos que vieram, mas com o passar dos anos tal legado foi efetivamente aproveitado nas edições cinematográficas da franquia, principalmente por Nicholas Meyer.

Cabe ainda uma pequena observação: Embora o autor não goste de se apegar ao tema de que Vulcanos e Romulanos têm a mesma origem, uma vez que tal afirmação parece ter sido uma estratégia pensada somente por conta das necessidades de roteiro dos eventos de "Balance of Terror", tal teoria permite traçar um comparativo de como seria um Vulcano sem lógica.

Mais do que biologia talvez seja o episodio que melhor defina a "id" de Spock e seu dilema clássico com a solidão absoluta. Ele está entre humanos, que o toleram, mais muitas vezes não o entendem o lógico e pragmático comportamento Vulcano, pois mesmo anos de convivência não conseguem eliminar diferenças culturais tão fortes. Spock é respeitado e mesmo querido, mas ainda assim é um alienígena entre seus melhores amigos.

Do outro lado ele não é bem visto entre os seus. Por ser um filho mestiço Spock não é considerado um Vulcano em seu planeta natal, como pode ser notado nas palavras de T´Pau. Por ter deixado o planeta e passado a conviver com os humanos, muitos como T’Pau, devem achar que Spock renega as tradições de Vulcano. Numa cultura que como nos vemos, venera a tradição, a dimensão de tal escolha é bem significativa. Por estes aspectos, não importa onde Spock esteja, ele está sempre só, seja entre humanos ou entre Vulcanos.

Entretanto outro aspecto do personagem fica marcado. O gesto de convidar Kirk e McCoy para lhe acompanhar na cerimônia, e depois confrontar T´Pau, a este respeito é uma mensagem clara a ambos os lados da moeda. Spock nunca abandona suas tradições e sua herança, como ele sempre faz questão de deixar claro, a todo momento, a bordo da Enterprise sempre que a situação exige, mas por outro lado ele também deixa claro que não se arrependeu de sua escolha quando traz seus amigos para sua casa a fim de compartilharem um de seus momentos mais particulares e ao fazer isto, Spock mostra que sabe quem é, que sabe o por que de suas escolhas e que não se arrepende delas, e que sabe sobretudo valorizar a amizade de Kirk e McCoy.

Deixando um pouco Spock de lado, temos William Shatner muito bem em seu papel. O capitão da Enterprise mostra por que se tornou tão popular entre os fãs da série, pois se Kirk é audacioso, corajoso, e absolutamente ligado a sua nave e ao seu comando, também está ligado fortemente aos homens sob seu comando. O que seria um dilema – e é – para um oficial de carreira, não impede Kirk que comprometer o seu comando em para ajudar seu amigo, Spock.

Se a situação em Altair VI é um mero festim para a Federação não fornecendo um motivo de verdadeira duvida para Kirk, outro dilema se coloca sobre Kirk em Vulcano, quando ele decide lutar contra Spock para protegê-lo. Com a mesma facilidade com que chuta a primeira diretriz quando bem entende, ele coloca o bem estar de seu amigo além do seu próprio bem estar e de sua carreira. Pode não ser o certo sempre, e por diversas podem-se cometer erros até graves agindo desta maneira, mas não é isso que significa "ser humano" !?

Comprovando a máxima de que os opostos se atraem e completando o grande trio, está nosso médico favorito. McCoy mais uma vez é o elo entre eles. Ele é o primeiro a perceber que Spock não está bem, demonstrando sua preocupação com o amigo que ele irrita sempre que pode. Depois é McCoy quem diz a Kirk o que deve ser feito, e que se coloca ao lado de ambos em Vulcano. È interessante ver como aparentemente ele é o personagem mais frágil entre os três, mas é ao mesmo tempo o elemento fundamental de coesão, de forma simples e sóbria, McCoy está sempre presente, não com suas mágicas de "curandeiro", mas como amigo e conselheiro.

A seleção do elenco convidado também foi muito feliz. A linda e exótica Arlene Martel foi uma grande escolha para T’Pring, e embora apareça muito pouco sua presença, elegância e beleza acrescentam bastante, assim como Celia Lovsky, que consegue dar vida a uma Vulcana que ficou na memória de todo fã da serie. A pronúncia naturalmente estrangeira de Celia, nascida na Áustria, contribui com a sua performance e ajuda a dar mais credibilidade a personagem alienígena, então quem puder deve conferir a versão com som original.

Sobre os valores de produção pode-se dizer que os costumes criados para Vulcanos são muito eficientes, e o uso da câmara manual para mostrar a perspectiva de Spock também funciona muito bem, porém o cenário de papelão não ajuda muito. Este segmento ganharia muito se gravado em externas, o que infelizmente não foi possível devido as restrições orçamentárias.

Por fim é claro, a antológica explosão de alegria de Spock ao ver que Jim estava vivo, e o seu posterior constrangimento, regado a mais uma das provocações de McCoy dispensa qualquer tipo de comentário, devendo apenas ser guardada com carinho na memória dos fãs.

 

Citações:

Spock – "After a time, you may find that having is not so pleasing a thing, after all, as wanting. It is not logical, but it is often true."
("Depois um de tempo você vai perceber que ter algo pode não ser tão prazeroso quanto deseja-lo. Isto não é lógico, mas frequentemente é verdade.")

Spock – "We shield it with ritual and customs shrouded in antiquity. You humans have no conception. It strips our minds from us. It brings a madness which rips away the veneer of civilization. It is the Pon farr, the time of mating."
("Nos protegemos com antigos rituais e costumes antigos. Vocês humanos não tem idéia. Arranca nossas mentes. Isto trás uma loucura que rasga qualquer tipo de veneração a civilização. Isto é o Pon farr, o tempo de acasalar.")

Kirk – "I suppose most of us overlook the fact that even Vulcans aren't indestructible."
("Eu suponho que muitos de nos negligenciem o ato de que até mesmo os Vulcanos não são indestrutíveis.")

Kirk – "In the distant past Vulcans killed to win their mates."
("Em um passado distante Vulcanos matavam por seus pares.")

McCoy – "And they still go mad at this time. Perhaps the price they pay for having no emotions the rest of the time."
("E enlouquecem enquanto isto. Talvez seja o preço a pagar por não ter emoções o resto de tempo.")

Kirk – "I owe him my life a dozen times over - isn't that worth a career? He's my friend."
("Eu devo a ele a minha vida pelo menos uma dúzia de vezes, isto não vale uma carreira ? Ele é meu amigo.") 

Trivia:

Este episódio foi o primeiro da segunda temporada a ser exibido para o público originalmente. Isto aconteceu na Convenção Mundial de Ficção Cientifica de 1967, em Nova York, com apresentação pessoal de Gene Roddenberry.

Célia, nascida Caecilie Lvovsky em 21 de fevereiro de 1897 em Viena, Áustria, foi casada com o ator inglês Peter Lorre. Ela faleceu em de causas naturais 12 de outubro de 1979, ao 82 anos, na cidade de Los Angeles.

A atriz teve grande dificuldade de fazer "saudação vulcana", por isto fizeram um jogo de câmara que para que ela tivesse tempo de preparar o gesto. Já a saudação em si foi uma criação de Leonard Nimoy, que tirou o gesto de um símbolo judaico ortodoxo usado pelos sacerdotes como benção durante a páscoa. Os dedos da mão estendidas em "V" simbolizam a letra hebraica "shin", a primeira da palavra "shaddai", que quer dizer senhor.

A marcante trilha sonora de "Amok Time" foi composta por Sol Kaplan e Gerald Fried. Kaplan também foi responsável pela musica de dois memoráveis episódios da Série Clássica: "The Enemy Within" e "The Doomsday Machine".

Ao menos na literatura McCoy deve que dar conta de sua ação em "Amok Time" para T´Pau. Isto aconteceu no pocket "The Vulcan Academy Murders", publicado no Brasil pela Aleph sob o titulo "Crime em Vulcano". A Enterprise vai para o planeta de Spock em busca de um equipamento médico que ajude a salvar um tripulante gravemente ferido. A máquina tem uma pane e começa a matar seus pacientes. A próxima vítima é a mãe de Spock. Kirk tenta desvendar o mistério. Durante o desenrolar das ações Kirk tem que explicar a T´Pau por que McCoy interferiu no combate, durante os eventos de "Amok Time".

No roteiro original Kirk não depende da interferência de T´Pau para justificar o desvio da Enterprise. Ele conheceria os oficiais da Federação em Altair e arranja para que as festividades sejam atrasadas para que ele pudesse levar Spock a Vulcano.

Comida Alienígena: Primeira menção a famosa sopa plomeek.

O roteiro de "Amok Time" foi escrito por Theodore Sturgeon, que também escreveu "Shore Leave" para a Série Clássica.

Amok, algumas vezes pronunciado "amuck" é uma palavra do idioma malaio que significa fora de controle.

Além de Spock em "Amok Time" e em Jornada das Estrelas III, outros Vulcanos vieram a sofrer do Pon Farr. T´Pol em "Bounty" (Enterprise), e Vorik em "Blood Fever" (Voyager).

Lawrence Montaigne que interpretou Stonn também esteve presente em "Balance of Terror" como Decius.

Byron Morrow, o Almirante Komack, também estaria de volta em "For the World is Hollow and I have Touched the Sky" do terceiro ano série, como Westervliet.

Blooper: Quando Kirk tenta convencer T´Pau de que ele precisa falar com Spock, existem cortes rápidos entre os close-ups de Spock e longas tomadas de Kirk falando com a Vulcana. Na primeira destas tomadas Spock pode ser visto encostado em contra a parede, totalmente desligado da cena, para depois voltar a posição de cena.

Dicionário Vulcano:

Koon-ut-kal-if-fee: Casamento ou combate
Plak-tow: Febre do sangue

 

Ficha técnica:

Escrito por Theodore Sturgeon
Direção de Joseph Pevney
Exibido em 16/09/1967
Produção: 34

Elenco:

William Shatner
como James Tiberius Kirk
Leonard Nimoy
como Spock
DeForest Kelley
como Leonard H. McCoy
James Doohan como Montgomery Scott
Walter Koenig como Pavel Andreievich Chekov
Nichelle Nichols como Uhura
George Takei como Hikaru Sulu



Elenco convidado:

Celia Lovsky como T'Pau
Arlene Martel como T'Pring
Lawrence Montaigne como Stonn
Majel Barrett como Christine Chapel
Byron Morrow como almirante Komack

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