Série Clássica
Temporada 1

Análise do episódio por
Carlos Santos



 









 

MANCHETE DO EPISÓDIO

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Sinopse:

Data Estelar: 3141.9.

Investigando um contato dos sensores, a USS Enterprise descobre uma nave perdida emitindo um sinal de socorro automático, que logo é identificada como uma antiga nave terrestre, lançada no final dos anos 90 do século XX e levando um grupo de pessoas em animação suspensa. Kirk vai a bordo junto com Spock, McCoy, Scott e a tenente Marla McGivers, uma historiadora que serve a bordo, a fim de identificar quem são os viajantes. Uma vez lá, após descobrirem que as pessoas são terrestres, percebem que o sistema de uma das câmaras parece iniciar a reanimação de seu ocupante. Apesar do equipamento apresentar problemas McCoy consegue salvar o ocupante, que é levado a Enterprise.

Enquanto McCoy trata o sobrevivente removido, Scott está a bordo examinando a antiga nave, chamada S.S. Botany Bay, onde existem mais 72 pessoas vivas aguardando para serem revividas.  Spock informa não haver nenhum registro da Botany Bay enquanto Kirk especula que a nave poderia ser uma nave de deportação. Spock discorda, mas não consegue apresentar outra teoria além da de Kirk, que decide rebocar a nave até a base estelar mais próxima.

Enquanto isto McCoy informa que o homem recuperado irá sobreviver principalmente por causa das suas capacidades especiais, dando a Kirk motivos para crer que se trata de uma pessoa geneticamente alterada, um dos motivos das “Guerras Eugênicas” que quase destruíram a Terra na época. Neste meio tempo, Kirk repreende a tenente McGivers (que havia vindo à enfermaria para ver o paciente) por sua atuação no grupo de desembarque, julgando que ela se sentiu atraída pelo homem que haviam resgatado, mas ela nega, alegando que suas motivações puramente profissionais.

Algum tempo depois, o paciente acorda e surpreende McCoy, ameaçando-o com um bisturi quando este se aproxima para examiná-lo e exigindo informações sobre onde está. Embora com a faca literalmente em seu pescoço McCoy se nega, então o homem desiste libertando o médico. McCoy então informa que o homem está a bordo da Enterprise após ser resgatado de um sono de cerca de duzentos anos e que sua nave está sendo rebocada. McCoy chama Kirk e informa sobre o despertar do paciente.

Kirk chega a enfermaria e se apresenta ao homem como capitão da nave, perguntando então pelo seu nome, mas ele se nega e pergunta pelo seu curso e pelas outras pessoas de sua nave. Kirk informa estar indo a base estelar 12, o que obviamente não diz muito a uma pessoa resgatada do século XX.

Informa também que existem 72 pessoas nas câmaras de hibernação a bordo da Botany Bay, e os quais o passageiro exige que sejam revividos. Kirk diz que só fará isto quando chegarem a base Estelar 12. O Homem declara então que seu nome é Khan, mas sem entrar em mais detalhes. Kirk insiste em saber mais detalhes sobre a data da partida e natureza da viagem de Khan, mas este apela a McCoy alegando cansaço. O doutor convence então a Kirk que espere, porém antes que este deixa a enfermaria Khan pede a Kirk para ter acesso aos manuais técnicos da Enterprise, com o que capitão concorda.

De volta a ponte Kirk discute com McCoy sobre qual seria a origem de Khan, estando Spock inclinado a concluir que seu passageiro era um ser humano geneticamente melhorado, resultado de experiências para melhoria da raça humana realizadas por cientistas da Terra do século XX. Estes seres se rebelaram e tomaram o poder em várias nações do mundo, o que começou o período chamado de “guerras eugênicas” e que ao final quase resultou na destruição total da Terra. Spock especula ainda que ao final da guerra deveria haver cerca de oitenta a noventa destes tais “super-homens” no planeta, numero muito próximo da quantidade de pessoas transportadas pela “Botany Bay”.

Na enfermaria Khan recebe a visita da tenente Marla McGivers alegando curiosidade cientifica, entretanto Khan tenta abertamente seduzi-la. Marla francamente atraída por Khan deixa a enfermaria, mas logo depois este a procura em seus alojamentos pedindo que ela o leve ao jantar, proposto por ela mesmo em homenagem a chegada de Khan ao século XXIII. Desta vez Marla não resiste aos encantos de Khan.

Logo depois, durante o jantar, Khan é sabatinado por Kirk e Spock até que este se irrita a ponto de finalmente se revelar, não deixando duvidas de que este realmente é o que Spock pensava que fosse. Ao perceber o que havia acontecido Khan deixa o jantar e volta para seu alojamento, sendo seguido por McGivers. Ele revela que pretende tomar a nave e exige que a tenente o ajude. McGivers cede e promete ajudar Khan.

Neste meio tempo Kirk e sua tripulação estão em reunião discutindo sobre Khan, agora que tem certeza de sua identidade: Khan Noonian Singh, o mais perigoso dos ditadores das guerras eugênicas. Após uma breve discussão sobre o homem, Kirk ordena que seja colocado um guarda a porta do alojamento de Khan. Pouco depois Kirk procura Khan e tenta saber mais sobre sua viagem, porém mais uma vez só obtêm evasivas, embora tenha ficado claro para Kirk o perigo que seu passageiro representa.

Khan foge após Kirk deixar seu alojamento, e com ajuda da tenente McGivers, ele retorna a Botany Bay e reanima o restante de seus homens. Na ponte Kirk recebe a informação da fuga de Khan e ordena um alerta de segurança, entretanto descobre que a comunicação da nave bem como elevadores foram incapacitados por Khan que assumiu o controle da nave a partir da engenharia. Com os sistemas de suporte de vida da ponte desligados Khan da a Kirk um ultimato: Entregar o comando da nave ou morrer junto com toda a tripulação da ponte, com o que Kirk não concorda. Logo toda a equipe do comando está inconsciente.

Khan assume o controle da nave e reúne os oficiais comandantes e chefes de equipe da nave, e tenta convencê-los a juntar-se ele e para isto ameaça matar Kirk, e depois dele outros  membros da tripulação até conseguir seu apoio, mas não tem sucesso.

A tenente McGivers deixa a sala, e logo depois o contato visual com a câmara onde Kirk estava sendo mantido é perdido. Acreditando que Kirk morreu Khan ordena a execução de Spock, mas neste meio tempo McGivers, que aparentemente mudou de idéia a respeito de Khan, vai até a sala onde Kirk está preso e após enganar o guarda que o vigiava, liberta o capitão da Enterprise. Neste momento, Spock chega, escoltado por um guarda que é posto inconsciente pelo vulcano após ser atacado por Kirk.

Kirk ordena Spock que inunde a nave com gás paralisante. Na sala de reuniões, Khan percebe que perdeu contato com seus homens no momento em que o gás começa a inundar o local. Ele foge e se refugia na engenharia, cruzando os circuitos de propulsão a fim de causar a explosão da nave. Kirk o segue e entra em combate corpo a corpo, e após derrotar Khan conserta os circuitos eliminando o perigo.

Com Khan e seus seguidores derrotados, Kirk agora tem a missão de julgá-los, incluindo a tenente McGivers. Ela dá então Khan a opção de ir para um planeta desabitado e tentar começar um novo mundo lá. Khan aceita, assim como McGivers, e são deixados em Ceti Alfa V onde tentarão sobreviver.

 

Comentários:

Vinte e três anos após o fantasma nazista (movido pela teoria da raça Ariana de Adolf Hitler) ter levado a humanidade a uma escalada de violência e destruição jamais vista, Jornada nas Estrelas voltaria a abordar o tema da melhoria genética dos seres humanos. O episodio que parecia uma releitura desta questão virou uma profecia, pois justamente nos anos noventa do nosso século XX é que o avanço da ciência na área da pesquisa genética veio a publico na forma de uma pauta que inclui o mapeamento de genoma e clonagem de seres humanos.

O sucesso de “Space Seed” é em grande parte devido à presença de Ricardo Montalban, que encarna o papel do super vilão com maestria. Embora ao longo do episodio Khan se esforce para provar a Kirk e Cia que suas intenções são boas (Ah, estes vilões!), Khan só consegue nos convencer de que é realmente perigoso e de que não devemos deixá-lo a solta, a questão é como, pois rapidamente Khan compreende o funcionamento das funções criticas da Enterprise e está preste a vencer Kirk em seu próprio terreno.

Um personagem dos mais complexos já apresentados pela franquia de Jornada nas Estrelas, implacável, inteligente e sagaz, cruelmente sincero, capaz de amar e odiar com a mesma intensidade e que usa de todos os recursos para atingir seus objetivos, o que faz dele um adversário formidável. Vale tudo, inclusive usar a admiração de McGivers para conseguir o que quer. Neste ponto o episodio corre sério risco, pois assume uma posição machista ao mostrar como calcanhar de Aquiles a fraqueza da tenente, que trai a tripulação da Enterprise por conta da sua atração por Khan. Talvez seja este  o maior reparo a se fazer ao segmento, que não parece neste momento demonstrar os ideais de igualdade geralmente promovidos pela série clássica.

De qualquer maneira, Khan precisa de um elemento a bordo para fazer com que seu domínio da nave fosse mostrado de forma plausível. Por outro lado, Uhura salva a barra do corpo feminino da nave, ao se manter firme quando a situação exigiu. Porém, o papel de McGivers vai além de ser um simples objeto de trama, pois se Khan domina a Enterprise por causa de sua fraqueza, Kirk vence por que Mcgivers não tinha certeza de si mesma, e acaba dando a ele a chance de vencer Khan. Longe de ser um simples peão McGivers é na verdade a rainha do jogo de ambos, pois fica claro que sem a ajuda dela Khan não poderia ter dominado a nave, mesmo com todo alegada superioridade, e também sem ajuda dela Kirk não teria retomado a nave. Xeque mate!

Os dois adversários, Khan com seu intelecto superior e Kirk com sua firmeza de propósito, representam ambos o mesmo progresso que Roddenberry não rejeitava, mas para qual tinha receios, conforme é mostrado ao longo da Série Clássica. Se isto é intencional ou não, o fato é que a presença de McGivers e suas ações parecem querer dizer a todos nós que “nossa fraqueza é o que nos faz fortes”, uma mensagem que se encaixa bem no rosário de Jornada nas Estrelas. Nem Kirk nem Khan podiam vencer sem McGivers, elemento mais emocional do segmento, logo o mais humano.

Além disto o argumento de juntar um personagem mais contemporâneo ao espectador a tripulação da Enterprise é um dos elementos que sempre fizeram sucesso entre os fãs como foi em “Tomorrow is Yesterday” e voltaria a acontecer em “The City on The Edge of Forever”. Embora Khan seja oriundo de um passado que poderíamos chamar de “mais alternativo” do que o passado do capitão Christopher e de Edith Keeler, este tipo de situação parece criar um link do espectador com o episodio ganhando de imediato sua simpatia. Podemos comprovar isto logo no inicio do segmento, quando são confirmadas a origem e a provável data de lançamento da Botany Bay. Estes dados por si só já atiçam a curiosidade, e levantam diversas questões que vão sendo respondidas pelo roteiro no tempo certo.

Não bastasse a qualidade intrínseca do segmento, “Space Seed” tem também um grande impacto na mitologia de Jornada, pois nele temos referencia a terceira guerra mundial da Terra, as guerras eugênicas, ao período de tempo onde a Série Clássica inicialmente estaria situada, ou seja, final do século 22 (o ano de lançamento da Botany Bay é aproximadamente 1990, somados com os 200 anos de diferença citados em tela isto nos leva a uma estimativa de que o episódio se passa em 2190) data que posteriormente à própria franquia abandonou. Uma outra citação feita refere-se a data de 2018 feita por McGivers, pois ela declara que até esta data as viagens espaciais duravam anos, dando a entender que algo teria acontecido neste ano referente as viagens espaciais. Em todo caso tudo isto foi pulverizado ao longo do tempo e serve apenas para alimentar discussões dos fãs em diversos fóruns espalhados por ai.

Além de Ricardo Montalban, o elenco regular também está muito bem neste segmento. Shatner domina bem a sua participação em todo o episodio com uma atuação segura e eficiente, encarnando um dos melhores momentos de seu personagem na TV. O mesmo vale para Nimoy, embora não apareça no mesmo plano de seus outros dois colegas dramaticamente falando.

Deforest Kelley embora apareça pouco, quando o faz é de forma marcante principalmente em sua cena com Montalban, quando este aperta uma faca contra seu pescoço.

O roteiro colabora para isto trazendo em doses corretas um pouco do melhor bom humor da série, (Kirk caçoando de Spock por ter se enganado ao determinar a possível origem da nave DY100 ou a pequena discussão entre o Vulcano e McCoy a respeito das Guerras Eugênicas, por exemplo) e dando coisas importantes para as pessoas (leia-se o “grande trio” e Montalban) fazerem, inclusive colocando em termos melhores a relação de Kirk e Spock enquanto capitão e primeiro oficial.

A cena onde os Kirk e Spock conversam na ponte sobre Khan e sobre como proceder a respeito dele e seu grupo investe o papel de primeiro oficial de Kirk de uma relevância poucas vezes vista. Até mesmo alguns detalhes menores geralmente ignorados são mais bem tratados aqui, ou alguém discorda que tão poucas vezes um grupo avançado da Série Clássica foi tão bem formado como o que desembarcou na Botany Bay?

Além disto o episodio também tem algo de continuidade ao reacender a discussão “Poder absoluto corrompe de forma absoluta” iniciada em “Where No Man has Gone Before”, ou a questão da “selvageria” inerente a raça a humana já apontada em “A Taste of Armageddon” trazendo novos aspectos desta discussão.

Tudo bem que é difícil explicar o que uma historiadora fazia a bordo da Enterprise, ou como é que a biblioteca técnica da Enterprise não é considerada material classificado principalmente para desconhecidos recém a bordo, e mais uma vez a autoridade de Kirk parece tremendamente exagerada no que diz respeito à solução adotada sobre o que fazer com Khan e seus seguidores. A importância histórica deste grupo de pessoas seria enorme conforme o episodio faz questão de frisar, além disto o perigo de deixar estas pessoas à solta, mesmo num planeta ermo é algo que extrapola (ou deveria) a autoridade de um simples capitão. Em nome das qualidades deste segmento como um todo, vamos esquecer tais questões desta vez.

 

Citações:

Kirk: I thought you said it couldn't possibly be an Earth vessel.
("Achei que você disse que não poderia ser uma nave humana.")
Spock: I fail to understand why it gives you pleasure to see me proven wrong.
("Não consigo entender por que provar que estou errado lhe dá prazer.")
Kirk: An emotional Earth weakness of mine
.
("É uma fraqueza emocional humana minha.")

Kirk: You ready, Bones?
("Você está pronto, Magro?")
McCoy: No. I signed aboard this ship to practice medicine, not to have my atoms scattered across space by this gadget.
("Não. Eu me alistei nesta nave para praticar medicina, não para ter meus átomos espalhados pelo espaço por essa geringonça.")
Kirk: You're an old-fashioned boy, McCoy.
("Você é um rapaz antiquado, McCoy.")

Khan: Where am I?
("Onde estou?")
McCoy: You're-- You're in bed, holding a knife at your doctor's throat.
("Você está na cama, segurando uma faca na garganta do seu médico.")
Khan: Answer my question.
("Responda a minha pergunta.")
McCoy: It would be most effective if you would cut the carotid artery, just under the left ear.
("Seria mais eficaz se você cortasse a artéria carótida, bem abaixo da orelha esquerda.")
Khan: I like a brave man.
("Eu gosto de um homem corajoso.")
McCoy: I was simply trying to avoid an argument.
("Eu só estava tentando evitar uma discussão.")

Spock: Gentlemen.
("Senhores.")
Kirk: Mr. Spock, you misunderstand us. We can be against him and admire him all at the same time.
("Sr. Spock, você não nos entende. Podemos estar contra ele e admirá-lo ao mesmo tempo.")
Spock: Illogical.
("Ilógico.")
Kirk: Totally.
("Totalmente.")

Spock: It would be interesting, Captain, to return to that world in a hundred years  and to learn  what crop has sprung from the seed you planted today.
("Seria interessante, capitão, voltar para aquele mundo em cem anos para ver que colheita saiu da semente que o senhor plantou hoje.")
Kirk: Yes, Mr. Spock, it would indeed.
("Sim, Sr. Spock, seria mesmo.")

 

Trivia:

Na versão original do roteiro (de Carabatsos e Hammer) a Enterprise danifica seriamente e precisando de reparos somente realizáveis em Eminiar VII, entre em órbita contra a vontade do governo local e Kirk se transporta ao solo, só para descobrir sobre a guerra (nos moldes apresentados na versão filmada) com um planeta vizinho. Nesta versão Mea também é declarada uma baixa e planejava se casar com Sar. Kirk destrói o computador arriscando severo envenenamento radioativo. Nesta versão não era feita nenhuma menção em deixar diplomatas para trás para ajudar nas negociações de paz.

Botany Bay na atual cidade de Sydney é o local onde explorador inglês James Cook comandando o HM Bark Endeavour ancorou em 1770 na costa Australiana, então chamada de Nova Holanda e declarada soberania Britânica.  O barco deixou o Porto de Plymouth no dia oito de agosto de 1768, parou nos Açores para reabastecimento e aportou no Rio de Janeiro em 13 de novembro, em uma de suas escalas durante a viagem de volta ao mundo de três anos. A colônia penal citada por Kirk em “Space Seed” foi estabelecida em 1778 em território então inexplorado

John Milton (1608-1674) citado por Khan é autor de “Paradise Lost” (“O Paraíso Perdido"), obra a qual o roteiro faz referencia, um poema épico inglês baseado em assunto bíblico. Uma obra em 12 livros cujo tema é a criação do mundo, a queda de Lúcifer e o pecado original. Este livro assim como sua continuação “Paradise Regained” podem ser encontrados na estante de Khan em Ceti Alfa V quando Chekov acidentalmente descobre seu acampamento em Jornada nas Estrelas II: A Ira de Khan. A citação feita por Kirk é retirada dos seguintes versos:

Infernal world! and thou, profoundest Hell,
Recive thy new possessor - one who brings
A mind not to be changed by place or time.
The mind is its own place, and in itself
Can make a Heaven of Hell, a Hell of Heaven.
Here at least / We shall be free
We may region secure; and, in my choice,
To region is worth ambition, though in Hell:
Better to regin in Hell than serve in Heaven


 Sikhs: Uma das muitas religiões de origem Indiana, a palavra "Sikh" significa "disciplina". Não há uma hierarquização na organização clerical da religião. O fundador do Sikhismo foi o Guru Nanak Dev (1469 - 1539).

 A filosofia sikh surgiu como uma união de elementos do islamismo e do hinduísmo. Como os muçulmanos, os sikhs veneram um deus único e rejeitam o sistema de castas. A religião foi formulada por nove gurus, ou líderes espirituais que se seguiram a Nanak. O último guru morreu em 1708 e hoje o texto sagrado do sikhismo, o Adi Grantha, é venerado como um "guru vivo".  Durante a sua vida o Guru Gobind Singh estabeleceu a ordem Khalsa (o puro), os soldados-santos, da qual provavelmente Khan devia fazer parte. A ordem Khalsa ergue as maiores virtudes dos Sikhs, dedicação e consciência social. Os Khalsa são homens e mulheres que passaram a cerimônia Sikh do batismo e que seguem estritamente o Código de Conduta e de Convenções Sikh, o Reht Maryada, e que usam os artigos físicos prescritos da fé. Sendo um dos mais comuns o de não cortar o cabelo, sendo exigido aos homens que o cubram com um turbante, e o Kirpan a espada cerimonial. Também se diz que os Sikhs não fazem a barba.

 Quem tiver a curiosidade de saber como possivelmente foram as “Guerras Eugênicas” já pode matar a vontade. Em abril de 2001 a Pocket Books lançou “The Rise and Fall of Khan Noonien Singh, Vol. 1 (Star Trek: The Eugenics Wars)” e um ano depois a sequência  “The Rise and Fall of Khan Noonien Singh, Vol. 2 (Star Trek: The Eugenics Wars)” ambos escritos por Greg Cox, autor de outras novelas baseadas em Jornada nas Estrelas.

O modelo da nave Botany Bay iria aparecer novamente (remodelado com um cargueiro) em “The Ultimate Computer”. Os cenários das câmaras de animação suspensa (na realidade a moldura de uma delas) vistas no interior de tal nave seriam incorporados a o laboratório médico de McCoy posteriormente, mesmo destino da câmara de pressão vista no segmento

Mais informações sobre o personagem Khan em um material especial completo sobre Jornada Nas Estrelas II: A Ira de Khan, disponível aqui.

 

Ficha técnica:

História de Gene L Coon e Carey Wilbur
Direção de Marc Daniels
Exibido em 16/02/1967
Produção: 25

Elenco:

William Shatner
como James Tiberius Kirk
Leonard Nimoy
como Spock
DeForest Kelley
como Leonard H. McCoy
Nichelle Nichols como Uhura
George Takei como Hikaru Sulu



Elenco convidado:

Ricardo Montalban como Khan
Madlyn Rhue como Marla McGivers
Blaisdell Makee como Tenente Spinelli
Mark Tobin como Joaquin
Kathy Ahart como um tripulante
John Winston Chefe de transporte Kyle

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