MANCHETE
DO EPISÓDIO
Roteiristas
dividem B'Elanna em duas
para fazer estudo da personagem
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Sinopse:
Data Estelar: 48784.2.
Quando
um grupo avançado composto por Paris, Torres e o tenente Durst
perde o contato com a Voyager, Chakotay, Kim e Tuvok se transportam
para o planeta onde a equipe estava trabalhando. Chakotay os detecta
em algumas cavernas, mas não consegue ultrapassar o campo de força
Vidiian que bloqueia a passagem.
Em um laboratório subterrâneo, um
cientista Vidiian chamado Sulan extraiu material genético de Torres
para criar uma versão inteiramente Klingon dela. Ele espera
encontrar uma cura para a mortal "fagia" que assola a sua
raça, uma doença genética degenerativa. Mas o seu interesse em
Torres não é puramente científico e ela logo percebe isso.
Presos
em outra cela Vidiian, Paris e Durst se surpreendem quando outra
prisioneira é trazida. É uma versão totalmente humana de Torres -
a outra "metade" que sobrou quando Sulan removeu o
material genético Klingon. Os guardas retornam e removem Durst da
cela, enquanto Paris tenta, sem sucesso, ajudar o amigo.
Quando Sulan volta para visitar a
Torres Klingon, ela fica espantada ao ver o rosto de Durst nele. Ele
matou o tenente e implantou o rosto do cadáver sobre o seu na
esperança de parecer mais atraente a ela. Mas, enraivecida, ela
arrebenta os laços que a mantinham presa, ataca Sulan e foge do
laboratório.
Paris
e a Torres humana são encaminhados a um campo de trabalho, mas
quando ela fica exausta volta para a prisão. Lá, a sua contraparte
a encontra e a ajuda a escapar. A humana inventa um plano para
desativar os defletores de toda a instalação, o que permitiria que
a Voyager os transportasse a bordo. As duas Torres chegam à
conclusão de que cada uma tem qualidades únicas que contribuem
para o ser inteiro.
Disfarçado de Vidiian, Chakotay
resgata Paris e eles reunem as duas Torres. Quando estão para se
transportar para a nave, Sulan atira e a Torres Klingon salta a
frente para salvar a humana. Ela morre quando chega na Voyager, mas
o Doutor consegue usar o seu DNA Klingon ara restaurar a Torres
original.
Comentários:
"Faces" soube recuperar muito bem a espécie
dos Vidiians (alienígenas introduzidos em "Phage"),
aproveitando o embalo para aprofundar a análise da personalidade
conflitante e a guerra interior existente entre as duas heranças
genéticas de B'Elanna Torres.
Mesmo
que a dúvida e os questionamentos perdurem até o final, fica claro
que cada uma de suas metades (humana e Klingon) têm integridade,
graça, espírito e força. Ela conseguiu crescer e aprender em uma
situação que teria feito muitos se desesperarem.
E o que ela descobre é que sua capacidade única está na combinação
de suas duas metades, mesma descoberta feita pelo capitão Kirk,
quando dividido em dois por um defeito do transporte, como visto em "The
Naked Time".
B'Elanna lembra muito Kira Nerys, durante os primeiros dias de Deep
Space Nine, quando a major tentava conciliar seu passado como
terrorista e seu futuro como oficial da paz.
Colocar B'Elanna e Tom Paris "no
mesmo barco" durante este episódio foi uma opção
inteligente. Os dois têm passados similares: traídos e abandonados
pelos pais (um física e o outro psicologicamente), e ambos deixaram
a Frota para se juntar aos maquis.
A
interação entre Tom e a B'Elanna humana foi adorável e o modo
como ele atuou como um oficial superior naquela missão, exigindo
ser levado para uma possível morte no lugar de Durst, foi
sensacional. Aparentemente, a fé de Janeway nele é justificável.
Entretanto, não fica claro por que a
B'Elanna Klingon aceitaria a ideologia dos Klingons com relação à
honra e à força. Afinal, ela apenas tinha a fisiologia. Ainda
assim, a interação entre as duas personalidades foi muito
interessante e Roxann Dawson interpretou muito bem uma fêmea dessa
raça de guerreiros.
A boa análise da personagem, a capacidade de entretenimento
injetada no episódio e a boa recuperação dos Vidiians como vilões
faz deste um dos melhores episódios da primeira temporada de Voyager,
embora toda a tecnologia criada para contar a história seja, no mínimo,
fantasiosa.
Citações:
B'Elanna Klingon - "Why
not let your creature out of her harness? Study her in action?"
("Por que não deixar sua criatura fora de seu cativeiro? Estudá-la
em ação?")
B'Elanna Klingon - "I'm sorry I can't replicate you a soufflé."
("Desculpe se eu não posso replicar um suflê pra você.")
Trivia:
O diretor deste episódio, Winrich Kolbe,
é o mesmo do episódio-piloto, "Caretaker"
("O Guardião"), além do episódio final da Nova Geração,
"All Good Things...".
O conceito deste episódio estava
praticamente descartado mas foi ressuscitado por Ken Biller quando
ele passou a fazer parte do time de produção de Voyager.
"Um dos problemas com a história, era que teríamos que bolar
uma maneira de dividir B'Elanna em duas sem forçarmos demais para
os telespectadores", diz Biller. "Eu logo imaginei em
utilizar os Vidiians (vistos em "Phage")
para fazer isto acontecer, pois eles têm a tecnologia viável, e ao
final o episódio acabou transformado em uma versão de "A Bela
e a Fera" no quadrante Delta."
Ficha
técnica:
História de Jonathan Glassner e
Adam Grossman
Roteiro de Kenneth Biller
Dirigido por Winrich Kolbe
Exibido em 08/05/1995
Produção: 014
Elenco:
Kate Mulgrew como
Kathryn Janeway
Robert Beltran como Chakotay
Roxann Biggs-Dawson como B'Elanna Torres
Robert Duncan McNeill como Tom Paris
Jennifer Lien como Kes
Ethan Phillips como Neelix
Robert Picardo como Doutor
Tim Russ como Tuvok
Garrett Wang como Harry Kim
Elenco convidado:
Brian Markinson como Sulan
Rob LaBelle como o prisioneiro Talaxiano
Barton Tinapp como um guarda
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