Introdução Com
este segundo artigo, damos agora continuidade para uma análise do segundo volume
de Star Trek: The Eugenics Wars, do qual
o Trek Brasilis já fez anteriormente a sinopse e revisão do primeiro volume.
Neste artigo, além da sinopse comentada e da avaliação, também iremos fazer uma
avaliação dos eventos ocorridos nos livros com os eventos vistos no episódio original,
e também nos mais recentes episódios de Enterprise que fazem bastante menção
das Guerras Eugênicas. Sinopse
da Trama Junho
de 1992 a Março de 1993 Encontramos
novamente Roberta Lincon no Atoll de Mururoa, no Pacífico, no momento levando
a cabo mais uma das missões que Gary Seven e ela fazem para procurar manterem
uma estabilidade na sociedade humana do final do século 20; esta em particular
é para sabotar o lançamento de um foguete Ariane IV, o qual foi adquirido por
ninguém menos do que Khan. A razão oficial seria a de lançar um mero satélite
de comunicações, mas ela sabe que o foguete leva na verdade um dispositivo de
manipulação da camada de ozônio do planeta, desenvolvido com tecnologia que Khan
roubou de Gary Seven alguns anos antes, como visto nos eventos do volume um da
trama.
Enquanto
se esquiva pela plataforma de lançamento desta abandonada base francesa que Khan
secretamente arrendou, Roberta pensa nos eventos dos últimos três anos, durante
os quais Khan conseguiu tomar o poder e passar a controlar uma região do norte
da Índia, Punjab, situada entre a China e o Paquistão, com Khan tendo feito em
Chandigarh, uma das principais cidades da região, o seu palácio e quartel-general
principal. Através de diversas tramas políticas e lutas pelo poder na Índia, Khan
obteve sucesso em até mesmo o governo indiano não conseguir questionar o poder
dele na região, o que essencialmente deu a Khan o seu próprio estado-nação. Contudo,
Roberta esbarra com alguns dispositivos de segurança que Khan colocou, e ela acaba
prisioneira deles, e tem que assistir impassível ao lançamento com sucesso da
Estrela da Manhã, o nome desta arma de destruição em massa de Khan. Após algum
tempo captiva, Roberta consegue escapar depois de usar um "plano B"
que Gary Seven providenciou para emergências como esta.
Algum
tempo depois, Khan patrocina uma conferência de diplomatas em seu palácio Chandigarh,
Punjab, na Índia, região na qual ele detém um controle o qual nem mesmo o governo
indiano consegue questionar; Ament, sua lugar-tenente, o avisa que está tudo pronto,
e que Seven e Lincon estão ocupados com desenvolvimentos na crise sérvia no momento.
O propósito da reunião é o de Khan anunciar que detém controle e influência sobre
pessoas em postos-chaves em mais de quarenta nações, especialmente através da
Ásia e do Oriente-Médio, o que o garante controle sobre praticamente um quarto
da Terra. Assim, ele agora quer ser visto como um importante jogador no cenário
internacional, ao invés apenas de líder de um país pequeno. Para sublinhar suas
afirmações e garantir a todos que está falando sério, declara também possuir a
Estrela da Manhã, depois de uma descrição de suas capacidades, faz uma demonstração
sobre a Antártida, o que serve para impressionar todos. Roberta
está na "livraria" que serve de fachada ao novo HQ de Seven em Londres,
quando dois foliões que estão participando das festividades do Dia de Guy Fawkes
entram na loja. Enquanto eles perguntavam para ela se eles tinham alguma cópia
de Far Beyond the Stars, Roberta percebe algo errado sobre ambos -- e logo
em seguida, uma luta se inicia, com eles se revelando serem agentes de Khan, na
qual Roberta chega a usar uma cópia de Chicago Mobs of the Twenties como
arma para desacordar um deles. Roberta consegue avisar Seven no andar acima, e
ambos fazem procedimentos de evacuação de emergência, acostumados que ficaram
com eventuais ataques de Khan a suas operações. Após alguma perseguição pelas
ruas londrinas, Roberta consegue despistar os agentes de Khan após Seven se teleportar
em segurança. Khan
é informado sobre o desenrolar da missão em Londres enquanto estava tendo uma
reunião governamental com Ament, que descreve para Khan como estava prosseguindo
reformas econômicas no seu recentemente dominado país ao norte da Índia. Os relatórios
são inconclusivos sobre o paradeiro de Seven e Roberta, o que deixa Khan descontente,
e Ament expõe seu desapreço pelas operações paramilitares que seu chefe parece
fazer, o que tende a pintar Chandigarh como um dos chamados "rogue-states",
o que dificulta financiamento pelo Banco Mundial para as reformas que Khan promove.
Entrementes, de São Francisco, Dr. Nicholas, o "inventor" do alumínio
transparente é levado por um grupo de oficiais da Força Aérea dos EUA para uma
instalação secreta no Arizona, onde já se encontram Jeffrey Carlson, Jackson Roykirk
e Shannon O'Donnel, que estão a trabalhar em um projeto secreto para uma nova
classe de nave interestelar baseado em pesquisas secretas resultantes de artefatos
de origem alienígena. Meados
de 1993 até o início de 1994 Contando
com o banco de dados que roubou de Gary Seven alguns anos antes, Khan conseguiu
rastrear a localização de todas as crianças que Seven e Roberta removeram do Projeto
Chrysalis em 1974. Assim sendo, Khan convocou uma reunião em seu palácio para
conhecer aqueles os quais se tornaram líderes em suas próprias nações, para assim
os oferecer para se tornarem aliados de Khan em seu esforço de trazer ordem à
humanidade. O grupo que Khan tem ali em sua presença de fato era bem diverso.
Entre outros, ali estão Vasily Hunyadi, um ditador dos balcãs que surgiu na região
após o fim da Iugoslávia; Elijah Amin, um warlord da Somália; Alberto Gomez, um
revolucionário peruano líder de um grupo de esquerda; Chen Tiejun, uma chinesa
metida a profeta, líder de uma seita de amazonas; e Randall Morrison, um comandante
de uma milícia americana de cunho nacionalista e anti-governo federal. Todos haviam
sido previamente brifados sobre suas origens, de como foram criados no Projeto
Chrysalis, e Khan agora propunha que todos se unissem em torno de um objetivo
comum. Contudo,
a reunião acaba tendo um desenrolar bem diferente daquele que Khan desejava. Embora
compartilhando uma origem comum, aquele grupo todo simplesmente tinha agendas
de intenções completamente diferentes uns dos outros. Khan acreditava que poderia
conseguir negociar e sobrepujar qualquer diferença que eventualmente separasse
os seus irmãos de origem, mas isto se mostrou impossível. A reunião rapidamente
desandou em um caos, com ideologias e visões diferentes colidindo, com cada um
daqueles líderes discordando em praticamente tudo, e pareciam estar de acordo
apenas sobre o fato de que não iriam se submeter automaticamente a Khan apenas
por ele ser quem é, e ter sido aquele que revelou suas origens. Extremamente insatisfeito,
Khan dá por encerrada a reunião, assegurando para si mesmo que de uma forma ou
de outra, sua visão de uma utopia global iria se realizar, nem que para isto tivesse
que combater aqueles seus antigos irmãos do Projeto Chrysalis. Uma
das primeiras providências de Khan é pensar em qual destes super-humanos desafiantes
a sua liderança ele deveria atingir primeiro com um ataque através da Estrela
da Manhã -- ele chega até mesmo a iniciar procedimentos de aquisição de alvo para
uma região. Contudo, Ament argumenta a favor de usar de método mais sutil de providenciar
resposta as insolências dos que o desafiam. Khan tem que admitir para si mesmo
que esta que escolheu para ser a sua espécie de Primeira-Ministra é uma formidável
mulher, muito boa conselheira e que demonstra ter uma personalidade admirável,
tendo sido uma das poucas que já conseguiu resistir ao charme de seu líder. Entrementes,
Seven e Roberta arrumam um novo local para o seu quartel-general, em Arran, uma
ilha ao largo da Escócia; Seven decidiu ficar longe de grandes centros urbanos
para seguir algo mais low-profile e que possa evitar acabar criando danos colaterais
na população no caso de um novo ataque por Khan. Desta nova sede, eles continuam
a monitorar as atividades de Khan bem como as dos demais líderes geneticamente
modificados, e também acompanharem o progresso daquilo que Gary Seven considera
como seu Plano B.
Enquanto
Roberta se encontra com Sharron O'Donnel em Las Vegas para lhe passar algumas
informações técnicas que podem ser úteis para o projeto secreto da NASA na Área
51, informações estas providenciadas por Seven para manter o programa da DY-100
progredindo bem, Khan está com seus próprios encontros marcados. Após ser contatado
por alguns de seus agentes na antiga União Soviética, Khan está em uma região
remota da Índia, com alguns membros de seu staff, aguardando um encontro secreto
com um ex-operativo da KGB que alega ter boa informação a oferecer para Khan.
O local do encontro é um antigo complexo de palácios encrustados em cavernas,
na província de Maharashatra, na Índia central. Contudo, após o grupo estar razoavelmente
dentro do complexo, Khan descobre que o encontro é uma cilada -- armada por Hunyadi
para o eliminar. Através de cargas explosivas que destruíram um reservatório subterrâneo,
a pressão da água provocou uma reação em cadeia que deflagrou um terremoto, efetivamente
desmoronando o complexo onde Khan se encontrava. Ele mal teve tempo de tentar
escapar, e tanto Khan como um ferido Joaquim acabam presos em um bolsão de ar
abaixo de toneladas de rocha, com Khan tendo que ele mesmo escorar parte das pedras
por horas a fio antes que suas equipes de resgate retirassem os dois do local.
Após escapar, Khan é informado por Ament que o terremoto clamou a vida de mais
de 30 mil pessoas, e Khan começa a pensar em uma represália a altura ao seu inimigo. Meses
depois, Khan se encontra a bordo do Kaur, o primeiro de uma classe de submarinos
de propulsão nuclear de sua marinha. No momento, o Kaur navega no Mediterrâneo
em direção do mar Adriático, com o troco que Khan planeja retribuir a Hunyadi
-- ele pretende lançar contra a base do líder dos balcãs um ataque com um míssil
cruise UGM-109 Tomahawk, que os agentes de Khan conseguiram comprar no mercado
negro a um alto preço. Após passar facilmente por algumas regiões com minas marítimas,
o Kaur se depara com maiores dificuldades; no caso, um submarino da classe Akula,
que o governo de Hunyadi comprou da Rússia. Uma feroz batalha submarina segue-se,
e Khan no comando do avariado Kaur, após o seu Capitão acabar gravemente
ferido, consegue destruir o Akula de Hunyadi, mas não antes que tivesse
que abandonar a missão devido ao Kaur acabar ficando danificado demais
para prosseguir. Fevereiro
até o final do ano de 1994 Tendo
que enfrentar uma crescente oposição interna em seu país, Khan é aconselhado por
Ament para diminuir os crescentes gastos militares e nas pesquisas de engenharia
genética no atoll de Mururoa para se concentrar mais nos problemas domésticos.
Contudo, não é isto que ele tem em mente, e Khan quer continuar a sua campanha
para conseguir derrotar seus rivais geneticamente modificados e o grupo de Gary
Seven. Após a reunião com Ament, Khan é avisado que há um sujeito pedindo uma
audiência com ele, afirmando ter conhecido sua mãe muitos anos antes. Khan relutantemente
recebe um idoso e muito mal de saúde Dr. Willians, e constata de fato que ele
é quem afirma ser, um dos antigos braços-direitos de sua mãe no Projeto Chrysalis.
Khan não se impressiona realmente com o sujeito e não sente nada por ele além
de desprezo, mas fica particularmente interessado por duas informações que ele
trouxe: primeiro, Willians oferece para Khan informações sobre uma bactéria que
pode ser usada em guerra biológica, e além disto, Willians também confidencia
para Khan que os responsáveis diretos pela destruição do Projeto Chrysalis, e
por tabela, da morte de sua mãe, foram Gary Seven e Roberta Lincon. Tempos
depois, Gary Seven e Roberta estão providenciando uma operação para vigiarem com
mais atenção um dos rivais de Khan, o Comandante Morrison, líder de uma milícia
no Arizona. Fingindo ser uma nacionalista de extrema direita, Roberta consegue
se infiltrar no grupo de Morrison, e passa a acompanhar os planos dele. Enquanto
isto, Khan não está parado. Durante uma reunião da ONU em Genebra, na qual Vasily
Hunyadi participa, fazendo exigências para o seu enclave nos balcãs, há um atentado
contra a conferência através do uso de gás sarin, o que efetivamente extermina
todos os participantes, o líder sérvio incluso. Roberta descobre que Khan contou
com algum apoio logístico do grupo de Morrison, tendo inclusive compartilhado
com ele a tecnologia de "impedir teleportagem de Gary Seven" que conseguiu
desenvolver, e que Morrison tem mais planos para ataques biológicos em outros
alvos na Europa. Enquanto
Khan continua as pesquisas no atoll de Mururoa com a bactéria que Willians ofereceu
para ele, Seven coloca em bom uso as informações que Roberta está conseguindo
por estar infiltrada no grupo de Morrison. No momento, Seven está no Terminal
Waterloo, em Londres, no primeiro dia de operações regulares dos trens pelo recém-inaugurado
Eurotúnel. Seven tem alguma dificuldade para conseguir encontrar o agente de Morrison
na multidão lotada do terminal, mas finalmente consegue encontrar o sujeito quando
ele estava prestes a abrir no meio do saguão principal uma pequena caixa tetra-pack
contendo gás sarin. Seven consegue destruir a caixa com um tiro de seu servo,
mas o agente de Morrison escapa para dentro do trem, e após alguma caça por ele
pela composição já viajando em direção a Paris, Seven o captura. Após contatar
Guinian, que eventualmente ajuda Seven em algumas missões, ela o informa que também
conseguiu neutralizar um agente de Morrison na estação parisiense. Com isto, Seven
se teleporta do trem. Após
descobrir que seus planos foram neutralizados, Morrison entra em um modo "tudo-ou-nada",
e acreditando que tropas federais do Exército dos EUA estão prestes a atacar seu
complexo, Morrison ordena a seus lugares-tenente que tranquem seus seguidores
em bunkers, para uma espécie de suicídio-coletivo. Como era de se esperar, nem
todos os rednecks ali concordam com esta saída drástica de Morrison, e Roberta,
no meio deles, vê que a situação está ficando tensa, com muitos malucos armados
trancados dentro de um bunker. Tendo conseguido neutralizar a contramedida eletrônica
de Morrison que impedia os teleportes pelos servos, ela e Seven providenciam duas
teleportagens; primeiro, uma para estrategicamente retirar de dentro de todas
as armas a pólvora das munições, para evitar um tiroteio, e segundo, Roberta se
teleporta para fora do bunker de modo a abrir o local e salvar aquelas pessoas.
Após uma debandada em massa começar no complexo de Morrison, ela consegue o encurralar
em seu escritório, mas não antes de conseguir impedir ele de cometer suicídio. Início
de 1995 até janeiro de 1996 Ament
consegue descobrir que Khan está secretamente preparando uma espécie de solução-final,
tendo a arma biológica que conseguiu de Willians como vetor principal. Ele decidiu
que tentar unificar e pacificar a humanidade simplesmente não seria tarefa possível,
então decide que o extermínio dos humanos normais, com ataques de ICBMs levando
o agente biológico, é a saída possível para assegurar aos iguais a ele, geneticamente
imunes aquela bactéria, o domínio sobre a Terra. Alguns meses depois, Gary Seven
prepara um plano para atacar esta nova ameaça de Khan, e contando com o apoio
do grupo de super-humanas liderados por Chen Tiejun, um ataque preventivo é executado
contra a base de Khan no atoll de Mururoa. Commandos liderados por Tiejun invadem
a ilha, e uma batalha campal tem início pelo controle das instalações. Khan é
informado sobre o ataque, e ordena seu pessoal em Mururoa que coloque o plano
de lançamento dos ICBM biológicos em prática, mesmo eles ainda não estando com
um preparo ideal para lançamento. Tiejun e suas forças conseguem ter algum domínio
da ilha, mas não antes que os homens de Khan conseguissem iniciar procedimentos
de lançamento. Sem outra opção, Tiejun tem que apelar para o seu plano B, e efetivamente
consegue destruir a si mesma e toda a ilha após ativar um dispositivo nuclear
que destrói toda a base de Khan em Mururoa. As
mais recentes escaramuças entre os diversos grupos liderados por humanos geneticamente
modificados começam a criar uma situação instável no cenário internacional. Além
dos grupos de Morrison e de Hunyadi, diversos outros como os de Gomez, no Peru,
e Amin, na Somália, vão sendo neutralizados, e é apenas uma questão de tempo até
as potências ocidentais e a Rússia voltarem sua atenção a Khan. Sentido que está
ficando sem opções, e após o início de uma ofensiva de forças ocidentais e russas
contra Chandigarh, Khan decide utilizar a Estrela da Manhã para por um fim a tudo.
Contudo, no que Khan estava prestes a iniciar os procedimentos, Gary Seven consegue
se teleportar para a presença do líder eugênico para lhe propor um comprometimento.
Durante a conversação, Khan questiona como é que Gary Seven pode ter passado todos
estes anos estando tão perto dos calcanhares dele assim, e Seven pede para ninguém
menos do que Ament explicar para ele. A explicação vem na forma de Ament se transformar
em uma gata preta bem na frente dele, relevando que todo este tempo, a mulher
que Khan pensava ser mais uma super-humana originária do Projeto Chrysalis, era
na verdade Ísis. Gary Seven havia plantado a informação falsa nos dados que Khan
roubara anos antes, o que efetivamente garantiu que Khan acabasse colocando como
sua lugar-tenente a agente de Gary Seven. Ele não deixa de admirar Seven por sua
engenhosidade, e o congratula por ter sido um adversário de valor. Embora
Khan tivesse ficado relutante a princípio, em ter que negociar com este seu antigo
inimigo, mas sua atenção é conquistada por Seven quando este expõe os detalhes
de sua proposta. Seven explica que em troca de Khan destruir a Estrela da Manhã
e desistir de seu ataque a camada de ozônio do planeta, ele está disposto a oferecer
para Khan e cerca de 80 de seus seguidores uma nave de hibernação, a DY-100, que
horas antes, Roberta conseguiu roubar das instalações americanas na Área 51, com
a ajuda de uma muito relutante Sharonn O'Donnel. Após alguns procedimentos, Gary
Seven teleporta Khan e alguns de seus seguidores que sobreviveram ao ataque a
Chandigarh, para a DY-100 em órbita da Terra, e Khan a batiza de SS Botany
Bay. A bordo, Roberta já trabalhava para os preparativos da nave deixar órbita,
e ir automaticamente para um sistema estelar inabitado a cerca de 100 anos-luz
da Terra, onde Khan pode recomeçar a vida e construir uma nação para si e seus
seguidores, e depois de algum tempo, a nave parte. Algumas semanas mais tarde,
Gary Seven anuncia que está se aposentando da função de Supervisor, e passa o
cargo para Roberta, que inclusive ganha a sua própria companhia felina transmorfa,
na forma de um novo agente que Seven providenciou para vir ajudar sua antiga assistente.
Após
isto, encontramos Gary Seven pela última vez quando ele, antes de retornar para
seu planeta, decide fazer uma visita temporal a ninguém menos que James Kirk,
que retornara para a Enterprise após conseguir deter a destruição de Sycorax
devido ao ataque Klingon, e de Spock ter comandando a Enterprise em neutralizar
um contra-ataque do cruzador Klingon à colônia de super-humanos a qual eles estavam
visitando. Seven e Kirk trocam algumas figurinhas sobre as considerações das missões
que tiveram, e finalmente Kirk anuncia para a líder de Sycorax que a Federação
irá oferecer para eles o status de aliado preferencial e propor vários tratados
de colaboração, mas que a oferta de ingresso na Federação não será realizada,
dada à política federada a respeito. Finda a missão de Kirk ali, Gary Seven parte
para casa, e a Enterprise se põe a caminho. Análise
e Avaliação E
com este volume dois de Star Trek: The Eugenics Wars, concluímos a trama
criada por Greg Cox para retratar os eventos relacionados a esta notória
passagem no cânone e cronologia de Jornada nas Estrelas. Ainda que é nítido
que este volume dois trata-se de uma trama no geral bem mais redonda e resolvida
do que o volume um, também é de se considerar que ela dificilmente pode ser lida
isoladamente, por estar extremamente amarrada ao volume anterior, claro. O volume
um agiu muito mais como setup para as ações no volume dois do que como uma história
per se, e em contraste com o volume dois, as ações do volume anterior ficam até
mesmo bem melhor contextualizadas. De fato, a história é mesmo apenas um único
livro dividido em duas partes, essenciais uma para a outra.
Os personagens aparecem
mais resolvidos do que no primeiro volume, especialmente Khan -- aqui o temos
em um estilo bem mais familiar a nós, acostumados a ver aquela figura carismática
e de presença imponente, retratado por Ricardo Montalban no episódio original
Space Seed e mais tarde em Jornada nas Estrelas II: A Ira de Khan.
Também tivemos os protagonistas anteriores, Gary Seven, Isis e Roberta Lincon,
em níveis de desenvolvimento diferentes do que primeiro vimos em Assignment:
Earth, algo que o primeiro volume já nos proporcionara, e também diferente
disto do primeiro volume, com esta equipe meio que considerando que os tempos
estão mudando e que a hora da eventual aposentadoria do Supervisor Gary Seven
se aproximava. Não foi surpresa, portanto, acompanhar Roberta assumir este cargo
ao fim da trama, tendo inclusive ganho sua própria companhia felina, como que
para substituir Isis, que na verdade sempre esteve mais ligada a Seven do que
necessariamente a equipe como um todo. Também interessante foi ter visto alguns
dos lugares-tenente de Khan que apareceram apenas como figurantes em Space
Seed, como Joaquim, e saber como seria a relação deles com o seu líder. No
que diz respeito a trama geral, eu tenho a impressão de que os livros de Greg
Cox podem decepcionar aqueles que estariam esperando por uma guerra mais "tradicional"
no sentido de ser amplo conflito militar aberto -- isto, estes livros não tem.
Na trama que Greg Cox nos proporciona, aprendemos que as Guerras Eugênicas
foram mais operações de inteligência, ações de sabotagem, escaramuças eventuais,
joguetes políticos do que batalhas em campo aberto, embora em dadas ocasiões também
houve destas. Este estilo não me desagradou, realmente, pois sem dúvida combinou
com a opção de Cox de tentar contextualizar as Guerras Eugênicas com os
eventos históricos reais de nosso próprio universo. E isto, é claro, para não
falarmos no uso por parte de Cox de praticamente cada evento cânone do universo
estabelecido de Jornada que tivesse a ver com o final do século 20, indo
desde os episódios originais da Série Original até acontecimentos vistos
em episódios de Deep Space Nine e Voyager. Isto
é um ponto importante de uma trama deste tipo, eu penso. Afinal de contas, estamos
com uma história da qual nós evidentemente já sabemos o que basicamente acontece
no final: de uma maneira ou de outra, Khan será derrotado e irá partir em exílio
na DY-100. Assim, aquilo que buscamos aqui é sabermos como isto ocorreu, e poder
acompanhar tais eventos em conjunto com eventos reais os quais realmente vivenciamos
e testemunhamos garantiu a The Eugenics Wars um "look-and-feel"
consideravelmente próximo, realista, como se tivéssemos uma parcela do universo
de Jornada nas Estrelas na qual nós realmente faríamos parte. Greg Cox
não fez economia em utilizar eventos históricos recentes como pano-de-fundo para
a sua trama, bem como até mesmo pequenos detalhes corriqueiros de nosso dia-a-dia
de final do século 20 e início do 21. A trama B a respeito da construção da nave
DY-100 também foi claramente pensada de modo a justificar de alguma maneira a
construção de tão avançada nave em nossos dias, o que ficou de maneira geral satisfatória,
ainda que aqui e ali tenha meio que "puxado o envelope" do plausível
para a tecnologia dos dias de hoje. Já
em relação as partes do livro que se passam no século 23, até que ponto foi necessário
esta trama se desenrolando na Enterprise e sua missão em Sycorax? Pouco,
no meu ver. Tanto é que Greg Cox parece colocar tal trama B bem mais de
lado neste volume dois, pois temos bem menos cenas na Enterprise neste
volume: apenas o prólogo, uma seqüência de batalha entre a Enterprise e
os Klingons no meio do livro, e o epílogo. Entendo que Cox desejava ter
com esta trama B uma situação de conexão com eventos no "presente" do
universo de Jornada, mas seja como for, isto não foi o bastante para afastar
a impressão "utilitária" de apenas servir de moldura para a trama principal,
sem ser extremamente interessante per se -- apenas a interação entre os tradicional
trio acho que se destaca nela. Enfim,
esta segunda parte de Star Trek: The Eugenics Wars - The Rise and Fall of Khan
Noonien Singh foi bastante satisfatória, e por si mesma, fica com uma avaliação
de 3 em 4, bem colocado. O
contexto de Eugenics Wars em relação ao cânone e cronologia de Jornada nas Estrelas Depois
de dois primeiros anos no máximo mornos, e de um muito fraco terceiro ano, agora
no seu quarto ano Jornada nas Estrelas: Enteprise parece que está finalmente
aflorando como uma boa série e a qual demonstra o real potencial de ser uma prequel
desta importante franquia de ficção-científica, e este bom resultado sem dúvida
é conseqüência do trabalho de seu novo produtor, Manny Coto, responsável
por bem vindas mudanças nos valores de produção da série. Um
dos arcos de história mais recentes resultantes da nova proposta de Coto
para a série tratou justamente de eventos relacionados com as Guerras Eugênicas.
Desde Space Seed, o episódio da Série Original que primeiro citou
o tema, e mais tarde o segundo filme para cinema, Jornada nas Estrelas II:
A Ira de Khan, não havia uma trama em episódios de Jornada nas Estrelas
que lidasse tanto com o tema ou suas conseqüências, e de maneira tão direta, coisa
que sempre ficou mais relegada ao universo expandido da franquia, através de obras
como os dois volumes de Star Trek: The Eugenics Wars. Assim,
como os três episódios do arco eugênico de Enterprise fazem menção direta
à questão, é de se imaginar que inconsistências com os livros devem surgir devido
a pontos específicos de suas tramas não combinarem com eventos previamente estabelecidos
nos livros. A idéia agora é fazermos uma avaliação de trechos dos episódios para
vermos até que ponto estas inconsistências ocorrem. Inicialmente,
após se assistir todos os episódios relevantes, um ponto em geral já fica claro.
Aquilo que fica implícito pela descrição vista em Space Seed do futuro
referente a década de 1990 não combina em praticamente nada com o que de fato
ocorreu, o que é obviamente compreensível. Contudo, Greg Cox optou por
racionalizar da melhor maneira possível tais eventos reais com os eventos descritos
em Space Seed. Já o novo arco de Enterprise parece seguir uma linha
que combina mais com o que o episódio original deixa implícito, mas isto é algo
que falaremos com mais detalhes a seguir nos comentários dos diálogos.
oo
Algo
que também podemos notar ao vermos estes episódios é que o arco de Enterprise
cita muito mais as Guerras Eugênicas como um evento distinto do que Space Seed
o faz -- o episódio da Série Original se concentra mais sobre a figura
de Khan, e as evidências sobre o que ocorreu na década de 1990 não vão além do
necessário para ajudar a caracterizar o personagem. Desta forma, e considerando
que Manny Coto iria certamente balizar seu argumento para sua trama com
os eventos de Space Seed, os fatos vistos no arco eugênico de Enterprise
certamente entrarão em conflito muito mais com os livros do que com o episódio
original. Embora
Greg Cox em momento algum de ambos os livros utilizou o termo "augment",
eu vou o fazer para designar de maneira uniforme tanto os humanos geneticamente
modificados dos livros quanto os dos episódios originais. The
mid 1990's was the era of your last so-called world war. The
Eugenics Wars. Of
course. Your attempt to improve the race thought select breeing. Oh,
wait a minute, not "our" attempt, Mr. Spock... a group of ambitious
scientists; I'm sure you know the type: devoted to logic, completely unemotional... All
right, gentlmen, as you were...! Spock,
McCoy, e Kirk, Space Seed Isto,
por si só, já entra em conflito com muita coisa no cânone e cronologia das séries,
o qual indica claramente que a III Guerra Mundial que ocorreu na Terra se deu
em algum momento entre cerca das décadas de 2020 e 2040, como Jornada nas Estrelas:
Primeiro Contato demonstra, por exemplo, e diversos outros episódios da franquia
que mencionam assuntos que ocorreram entre o final do século 20 até por volta
da década de 2030. Talvez a única maneira de racionalizar este ponto seria considerar
que McCoy afirmara "Eugenics Wars" logo após a fala de Spock para o
corrigir, ou seja, esclarecer que aquele conflito foi uma guerra distinta da "última
guerra mundial", que viria a ocorrer anos depois, segundo outros pontos do
cânone da franquia. It
appears that they were in suspend animation when the ship took off. Scotty
para Kirk, Space Seed Isto
é algo que aparentemente Greg Cox teve que abrir mão, pois como vimos,
Roberta foi quem fez com que a Botany Bay decolasse para atingir órbita,
para aí então Khan e demais augments irem a bordo. Como Scotty não pareceu estar
completamente certo da informação, isto foi imprecisão o bastante para servir
aos propósitos do autor. I
find no record whatsoever of a SS Botany Bay. Spock
para Kirk, Space Seed
cc
Greg
Cox cobriu bem este ponto ao fazer com que a construção do protótipo da classe
tenha se dado através do programa secreto governamental que ele descreve nas passagens
de seu livro. Isto combina também com o fato destacado em The Augments,
onde Soong afirma que a Botany Bay seria apenas um mito, o que corrobora
a informação de que Spock teria tido dificuldades para encontrar qualquer referência
que fosse a respeito da nave. Your
Earth was on the verge of a dark ages. Whole populatins were being bombarded out
of existence. A group of criminals could have being deal with far more efficience
than wasting one of their most advanced spaceships. Spock
para Kirk, Space Seed Dois
pontos a avaliarmos aqui. Primeiro, Spock descreve como seria a década de 1990;
uma racionalização cínica de modo a carregar um certo exagero pode ser feita para
explicar a sua descrição de "a beira de uma idade das trevas" e "populações
inteiras sendo exterminadas", especialmente se considerarmos todo o século
20 na equação. E em segundo lugar, a questão levantada por Spock diz respeito
a decisão de Gary Seven de ter literalmente roubado a DY-100 para a oferecer para
Khan, dando assim a ele uma saída no mínimo inusitada. In
1993 a group of these young supermen did seize power simoutaniasly on over 40
nations. Well,
they were hardly supermen... they were agressive, arrogant...went into battle
against themselves. Because
the scientists overlooked one factor... superior habilities breeds superior ambitions. Spock
e Kirk, Space Seed Um
ponto importante que Greg Cox teve que considerar aqui foi esta fala de
Spock, que afirma que em 1993, augment tomaram o poder em mais de 40 nações. Ele
não teve como retratar isto pelo valor da face, contudo -- muitos destas "tomadas
de poder" foram mais na forma de "warlords" como os que houveram
nas guerras civis da Somália e diversos países dos Balcãs, além também de pessoas
de influência em outros, e até mesmo na forma de meros "líderes de milícias
nacionalistas" nos Estados Unidos, por exemplo. Portanto, em relação aos
livros, não podemos considerar que cada um destes 40 países tiveram seus governos
diretos controlados de maneira categórica e uniforme por augments. De sua parte,
os eventos vistos no arco eugênico de Enterprise não mencionam nada sobre
quantidade de países ou situações específicas que entrariam em contradição com
esta informação de Spock. Name
-- Khan, as we know him today. [Kirk acena para Spock mudar a imagem na tela] Name -- Khan
Noonien Singh. From
1992 through 1996, absolute ruler of more than a quarter of your world, from Asia
through the Middle East. The
last of the tyrants to be overthrown. I
must confess, gentlemen. I've always held a sneaking admiration for this one. He
was the best of the tyrants... and the most dangerous. They were supermen in a
sense. Stronger, braver, certainly more ambitious, more daring. Gentlemen,
this romanticism about a ruthless dictator is... Mr.
Spock, we humans have a streak of barbarism in us. Appalling, but there, nevertheless. There
were no massacres under his rule. And
as little freedom. No
wars until he was attacked. Gentlemen. [Risadas]
Mr. Spock, you misunderstand us. We can be against him and admire him all at
the same time. Illogical. Totally. Kirk,
Spock, Scotty e McCoy, Space Seed Esta
longa seqüência de diálogo na reunião do staff da Enterprise nos diz bastante
sobre quem foi de fato o convidado que eles tem a bordo da nave naquele momento,
e sobre o qual lemos nos livros de Greg Cox. Há alguns pontos sólidos sobre
a biografia de Khan aqui, através dos quais o autor teve que encaixar sua trama.
Primeiro,
se diz claramente o período que Khan esteve no auge do poder, entre 1992 e 1996,
e que é basicamente o período de tempo do Volume dois de Star Trek: The Eugenics
Wars. Depois disto, temos a informação de que ele foi o "último"
dos tiranos a cair. Na falta de evidência em contrário, devemos assumir que ele
teria sido o último relacionado as Guerras Eugênicas. De fato, o autor fez com
que diversos dos rivais de Khan fossem sendo derrotados ao longo da trama, fazendo
com que ele fosse o último a sair de cena. Após
isto, há Kirk mencionar que ele foi o melhor e mais perigoso. Isto foi interpretado
por Greg Cox da maneira que através de Ament, a parcela da Índia que lhe
serviu de nação imediata até que passou por um período de prosperidade, antes
que a queda de Khan colocasse tudo a perder, e de fato, ele foi retratado como
o mais perigoso augment do período. Também importante são alguns dos fatos destacados
por McCoy e Scotty, que "não houve massacres sob seu regime" e que "não
houve guerra antes de ele ser atacado". Ambos os fatores foram trabalhados
por Cox de maneira a retratar os eventos de The Eugenics Wars combinassem
com isto. Exceto talvez pela demonstração de força de Khan no início para os delegados
que ele convocou a seu palácio, as primeiras confrontações no livro que poderiam
já classificar como "Guerras Eugênicas" foram deflagrados por outros
augment que não Khan. Soong
used to work at Cold Statin 12... top secret medical research station. Isn't
where Starfleet keeps a stockpile of infections diseases? Along
with genetic engineering embryos... leftovers from the Eugenics Wars. It's been
kept from the public for obvious reasons. Archer
e Reed, Borderland Este
é o primeiro ponto do arco eugênico de Enterprise com o qual temos inconsistência
com os livros The Eugenics Wars. Segundo a trama dos livros, a principal
pesquisa com os embriões geneticamente modificados se deu no Projeto Chrysalis,
e depois disto, Khan tentou mexer com alguma coisa nas suas instalações no atoll
de Mururoa. Como vimos em cada livro, ambos os locais foram destruídos por dispositivos
nucleares, o que faz com que não dê para racionalizar que a "sobra de embriões"
que foi parar na Cold Station 12 tenham vindo destes locais. A única maneira de
relacionar estes embriões do arco de Enterprise com os livros de Greg
Cox é considerar que eles teriam sido encontrados no palácio de Khan em Chandigarh,
após a tomada destes por forças ocidentais e russas. I
didn't realize you shared the humanity's reactionary attitude towards this field
of medicine. On
the contrary... we used genetic engineering on Denobula for over two centuries, to generaly
positive effect. But
you don't approve of what I've done. You've
tried to redesing your species... the first time that was tried on Earth, the
results were 30 million deaths. Soong
e Phlox, Borderland Esta
fala de Phlox combina bem mais com os eventos vistos em Space Seed do que
com os livros. Segundo consta, 30 milhões de pessoas teriam morrido em conseqüência
das Guerras Eugênicas, mas este número é alto demais para combinar com os eventos
vistos nos livros, onde as guerras são descritas como tendo sido bem mais low-profile
do que o até então imaginado. Um conflito que matara esta quantidade de pessoas
e teria envolvido tantas nações certamente poderia ser classificado como uma "guerra
mundial", o que combina com o que Spock originalmente afirmou em Space
Seed, ainda que não tenha sido a "última" destas, como ele também
afirmou. What
kind of people are these? [a respeito do sindicado Órion] I
would say there not unlike some of your ancestors... judging from your accent. Well,
if I remember my history, these augments that you loved so much had plenty of slaves. They
were more like subjects. Huh...
but treated like slaves. Trip
e Soong, Borderland Tal
descrição de Trip e Soong de como os augment exerciam seu controle sobre as populações
que controlavam não entram em choque contra nenhuma obra previamente colocada.
Não temos nada contra isto em Space Seed, considerando que não apenas Khan
era um líder augment no poder, e nos livros de Greg Cox, daria para
considerar que vários dos rivais augment de Khan podiam ter populações sob um
julgo praticamente escravizado, ainda que ele próprio não tivesse, coisa que foi
respeitada por Cox em sua trama, de acordo com informações do episódio
original. Some
claim humanity rose against the augments... others say the augments
began fighting among themselves. Whoever start it, the war devasted Earth...
millions perishid. And when it was over, people like you... were feared. Humans
will always fear you. They fear your power, your intelect. They fear you because
yorre everthing they want to be, but they can't. Witch why I brought you here. Soong
para os seus Augments com dez anos de idade, Cold Station 12 Não
posso dizer que Manny Coto ou seus roteiristas fizeram de maneira proposital,
mas é curioso observar que a fala de Soong aqui parece mencionar implicitamente
tanto o que conhecemos das Guerras Eugênicas através do episódio original (humanity
rose against the augments) com o que conhecemos através dos livros de Cox
(augments began fighting among themselves), com cada hipótese combinando
com uma fonte. Seja como for, nada entra em contradição direta com isto, a não
ser mais adiante, onde Soong corrobora a informação de Phlox que a guerra teria
sido bem mais devastadora do que foi retratado nos dois volumes de The Eugenics
Wars. I
think Soong is heading to Cold Station 12. Isn't
where he used to work? It's
a medical facility run by Starfleet and the denobulans. Several diseases are stockpiled
there for research purposes. It's
the embryos from the Eugenics Wars that Soong's after. I
thought Soong stole the embryos. He
took 19... but there are over 1.800. That's
why he took the incubators with him. Why
these embryos were not destroyed after the war? At
the time, that was too controversial. Earth's governments could not decide in
how to handle the issue, so they were put in cold storage. Archer,
Trip e T'pol, Cold Station 12. Aqui
temos um pouco mais de desenvolvimento em cima da questão de "embriões excedentes"
da guerra, com as razões para a sua não destruição e a quantidade relacionada.
Apesar de a grande quantidade envolvida tornar ainda mais difícil se poder combinar
esta sobra com os eventos vistos nos livros, ainda assim nada entra em conflito
direto contra a racionalização de um eventual estoque extra no palácio de Khan.
ccc
I
don't know what you've been told about Earth, but you are not going to be punished. That's
not what my father said. Soong
is not your father. What
do you mean? Your
biological father was Nicholas Kovaslosci. He was a geophscist. How
do you know that? We
got the information from Soong's computer. Your mother's name was Eurina. She
was an athelte... won the silver medal in the olympcs. We have lots of historical
data on both your parents, you can look at it. Archer
e Udar, Cold Station 12 Este
é um ponto importante em relação a inconsistências entre os livros de Greg
Cox e o arco de Enterprise. Aqui, Archer consegue descobrir dados sobre
os pais biológicos de um dos augments, mas pelo que foi visto ao longo dos dois
livros, a existência de tal informação teria a mesma dificuldade da existência
dos embriões excedentes; apenas a racionalização de que tais dados se encontrariam
também no palácio de Khan capturado ao fim do conflito poderia se encaixar de
maneira razoavelmente satisfatória aqui. You
might be interest to know that Udar became quite a student of Earth's history.
He's being reading about the Eugenics Wars. I
thought Soong gave him the whole story. I'm
quite familiar with the subject myself... when human intelect and human instinct
where out of sync. Many people where killed. The
official number was 30 million... some historians says it was close to 35. I
understand Earth abandoned genetic engineering. Phlox
e Archer, Cold Station 12 Nada
de muito diferente neste ponto, com um diálogo entre Archer e Phlox que apenas
corrobora ainda mais a versão de que o conflito foi bem mais catastrófico do que
o visto nos livros. É curioso notar que tal versão dos fatos faz com que a década
de 1990 do universo onde se passa Enterprise combine mais com a original
deixada implícita pelo episódio original da Série Original. Uma década
de 1990 que teria tido um conflito que matou coisa de 30 milhões de pessoas teria
tido um impacto tão grande que tais anos 90 teriam sido bem diferentes dos nossos
anos 90 reais, e dos anos 90 plausíveis das Guerras Eugênicas dos livros de Cox. Are
you familiar with the name Botany Bay? It's
a penal colony on the shores of Australia. It's
also the name of a pre-warp vessel, launched at the end of the great wars... the
ship carried many of our brethren, including Khan Noonien Singh. Botany
Bay is a myth. There's no evidence it ever existed. All
records of the launch were destroyed. They didn't want to be followed. Even
if you're right, the ship was lost, never to be heard from again. Malik,
Persis e Soong, The Augments Esta
é a única vez no arco de Enterprise que é feita menção direta a Khan ou
os eventos relacionados a ele. O fato de tais eventos serem apenas um rumor e
um mito combina tanto com o que foi visto em Space Seed, com os tripulantes
não sabendo logo de cara a natureza da missão da nave que encontraram, como também
combina com a maneira que Gary Seven arranjou para que Khan e seus augments tivessem
acesso ao protótipo DY-100. They
were engenired to be this way. Superior habilities breeds superior ambitions.
One of their creators wrote that... he was murdered by an augment. Archer
para Soong, The Augments cc
Embora
nenhum evento nos livros de Greg Cox possa ser diretamente relacionado
a este ponto que Archer cita, é interessante observar a relação direta entre este
trecho e Space Seed, onde Spock cita a mesma frase que Archer menciona
aqui, embora na ocasião do episódio original, não houve obviamente nenhuma indicação
de que esta frase do vulcano seria uma citação a algo previamente escrito. Para
concluir, não se pode considerar que os dois volumes de Star Trek: The Eugenics
Wars estejam completamente de acordo com aquilo que agora o arco eugênico
de Enterprise estabelece como C&C relativo as Guerras Eugênicas. Não
é algo que é errado per se, obviamente, uma vez que a política oficial da Paramount
para cânone e cronologia é que livros não são cânone. Contudo, é de se considerar
também que fora o fato da magnitude do conflito, não parece existir nenhuma incoerência
tão grande que faça com que a trama escrita por Greg Cox fique completamente
fora do plausível em relação ao oficialmente estabelecido no C&C, de modo
que na opinião deste missivista, tais eventos ainda podem ser considerados como
uma boa descrição em mais detalhes do que ocorreu durante os anos 90 do universo
onde ocorre a série Jornada nas Estrelas. |