Clique aqui para visitar o
Acervo de colunas



 









 

É fácil ser santo no paraíso... (Parte III)
A completa história dos Maquis

A terceira temporada de DS9 marcou a introdução da nave estelar USS Defiant (NX-74205) logo em seu primeiro episódio, o muito bom "The Search, Part I".

A Defiant foi desenvolvida no escopo de um projeto de nave de guerra para a Frota Estelar iniciado logo após o incidente com os Borgs em WOLF359, tendo Ben Sisko como um dos responsáveis pelo desenvolvimento do projeto. O desenvolvimento da nave foi interrompido após o declínio da ameaça Borg. Quando do estabelecimento da ameaça que o Dominion representava para todo o quadrante Alfa (conforme o último episódio da segunda temporada de DS9, o excelente "The Jem'Hadar"), Ben Sisko requisitou o único protótipo construído para DS9.

A Defiant não é como nenhuma nave da Frota vista até então, sua capacidade de ataque, defesa e navegação são simplesmente INACREDITÁVEIS para uma nave com seu pequeno tamanho.

Ela também está equipada com um dispositivo de camuflagem cedido pelo governo Romulano em troca de toda a informação referente ao Dominion. Também faz parte do acordo que o dispositivo só pode ser ativado no quadrante Gama.

O episódio "The Search, Part
I" também marcou a introdução do tenente-comandante Michael Eddington (interpretado pelo ator Canadense Kenneth Marshall). Eddington foi inicialmente concebido para ser o chefe de segurança da estação quando assuntos da Frota Estelar estivessem envolvidos (ou um outro motivo seria do personagem ocupar, se necessário, a posição do Chefe O'Brien, enquanto Colm Meaney estivesse fora, trabalhando em algum outro projeto). O Comando da Frota Estelar nunca esteve satisfeito em ter Odo como chefe de segurança, sua definição particular de justiça e o seu desrespeito em geral por regras e protocolos sempre incomodaram o Comando (quem não se lembra do tenente Primmim, introduzido em similar função e varrido posteriormente para baixo do tapete pelos produtores, em "The Passenger" e "Move Along Home", ambos episódios da primeira temporada de DS9?).

Inúmeros incidentes de segurança descritos durante as duas primeiras temporadas da série e em especial o atentado a bomba e os dois raptos descritos no duplo "The Maquis" precipitaram esta decisão, de fato o Comando da Frota Estelar não confiava em Odo.

E o fato de que ao final deste mesmo "The Search, Part I" nós descobrimos que os Fundadores (os líderes do Dominion) são de fato a raça perdida de Odo, não amenizou as coisas a longo prazo para o comissário, mas isto é outra história.

Eddington se mostrou nos 18 meses em que passou em DS9 como um oficial do tipo que "faz tudo pelo regulamento", vivendo pelo seu juramento de oficial da Frota Estelar.

No início do (muito bom) episódio "Defiant", da terceira temporada de DS9, vemos o Comandante Will Riker (teoricamente de passagem na estação a caminho de Risa) e um grupo de asseclas roubar a Defiant de DS9 e rumar diretamente para as Badlands. Tal roubo tem como efeito colateral o rapto de Kira.

Algum tempo depois, na estação, Odo informa, em uma reunião a Sisko e Dukat, que de fato o raptor é Thomas Riker --
uma duplicata idêntica a William Riker criada devido a um bizarro acidente de transporte descrito no bom episódio da sexta temporada da Nova Geração "Second Chances". Tom e Will são idênticos, indistinguíveis sob qualquer exame conhecido. De fato, Tom teria tanto direito a ser o "real" Riker quanto Will. Tom é tenente da Frota e serve na nave estelar USS Ghandi.

Devido às conhecidas posições políticas de Tom, existe a suspeita de que ele seja um membro dos Maquis. Dukat está chocado. Imediatamente Sisko concorda que o Comando Central Cardassiano queira enviar naves no interior da DMZ (Zona Desmilitarizada) para realizar buscas e, como prova de boa fé, se oferece (como o homem que projetou a Defiant) para ir a Cardássia com Dukat para ajudar a localizar, desabilitar e, se necessário, destruir a Defiant.

Kira acorda em um dos aposentos da Defiant, furiosa com Riker. Este ordena curso direto para a fronteira Cardassiana. Ao chegar em Cardássia, Dukat e Sisko se instalam em uma "sala de guerra", de onde a busca será coordenada sob a supervisão de uma oficial da Ordem Obsidiana (do original "Obsidian Order") Cardassiana, de nome Korinas.


Imediatamente se instala um confronto entre Korinas e Dukat (microcosmos da Ordem, serviço de inteligência, e do Comando Central, gabinete militar, respectivamente) quando ela mostra ter conhecimento do dispositivo de camuflagem da Defiant enquanto ele nada sabe. Sisko lhes dá uma forma de detectar a Defiant mesmo camuflada (usando o mesmo feixe de anti-prótons que os Jem'Hadar utilizaram, com sucesso, para detectar a Defiant camuflada em "The Search, Part
I").

Utilizando uma tática de despistamento coordenada com outras naves Maquis, a Defiant rompe a fronteira Cardassiana e ruma diretamente para o coração do seu território quando Kira sabota a nave que fica fora de ação ao menos por meia hora (escondida em uma nebulosa). Após os reparos, ela segue (com um vazamento de neutrinos que pode ser detectado) para o sistema Orias (continuando a utilizar táticas de despistamento no caminho) onde Riker acredita que exista uma força de invasão Cardassiana ao território da Federação sendo montada, uma operação tão secreta que nem mesmo o comando central Cardassiano tem conhecimento.

Riker leva Kira para a ponte da Defiant onde ele pode ficar de olho
nela. Kira diz que as atitudes de Riker são inconsistentes com as de um grupo (de terroristas) como os Maquis e ela afirma que ele está tentando bancar o herói e não fortalecer a causa Maquis. Pela atual disposição das naves Cardassianas devido a estratégia de despistamento dos Maquis, Sisko reconhece o sistema Orias, que acabou ficando desguarnecido, com o alvo de Riker. Dukat, após examinar os gráficos, chega à mesma conclusão e quando vai emitir a ordem para que uma nave vá investigar o sistema, Korinas reage violentamente e diz que qualquer nave (mesmo Cardassiana) que entrar no sistema Orias será destruída imediatamente, assunto confidencial da Ordem Obsdiana.

A Defiant finalmente faz uma investida direta ao sistema Orias. Ao se aproximar do sistema, Riker ordena uma varredura completa. A Defiant é detectada pelo rastro de neutrinos e encontra-se acuada com 3 naves da Ordem (oriundas do interior do sistema Orias, especificamente de Orias III, o único planeta classe M do sistema) vindo pela sua vanguarda e outras naves do Comando Central (entre elas a Kraxon) pela sua retaguarda.

O fato de que a Ordem não tem permissão de ter equipamento militar como naves de guerra deixa Dukat infinitamente curioso para saber o que está acontecendo no interior de tal sistema. Kira insiste que Riker deve fugir enquanto há tempo, Riker ordena a Defiant para o interior do perímetro do sistema.

Kira finalmente entende que Tom não está fazendo isto pelos Maquis ou com os Maquis mas sim está apenas utilizando a causa Maquis como mais uma "causa perdida frente a inimigos invencíveis" , uma mortalha para envolver a figura de um herói que ele espera se tornar. Um herói que terá uma figura distinta da de Will Riker.

A Defiant luta bravamente contra as naves da Ordem mas o reforço delas já está a caminho. Sisko e Dukat (após chegarem a um entendimento) propõem um acordo por rádio, Riker deve se entregar (junto com os registros dos sensores da Defiant relativos ao sistema Orias) à autoridade do Comando Central Cardassiano e enfrentar uma pena de prisão perpétua em um campo de trabalhos forçados (pelo fato da pena não ser de execução, Riker já reconhece algum esforço por parte de Sisko) enquanto a Defiant e sua tripulação podem partir de volta ao território da Federação.

Kira novamente pede a Riker que seja oficial da Frota uma última vez e pense em sua tripulação, ele aceita os termos do acordo. Pouco antes de se teletransportar para a Kraxon, para enfrentar sua pena, ele dá um beijo em Kira, a qual promete que um dia de alguma forma irá tirá-lo de lá.

Dentre os seis episódios de DS9 que têm os Maquis como foco principal, este é o que apresenta a menor intensidade dramática, optando por algo mais na veia do "Thriller de Ação" (um subconjunto do que muitos gostam de chamar de "DS9 Comic Book") com elementos de trama lembrando filmes como "Caçada ao Outubro Vermelho" e "Fail Safe".

Porém, nos termos desta proposta, dá conta do recado de forma exemplar, com algumas reviravoltas de trama bem aplicadas e uma bela direção de Cliff Bole (o mesmo do clássico da Nova Geração, "The Best Of Both Worlds").

Por sólidas razões o nome de Thomas Riker deveria obrigatoriamente constar no topo da lista de recrutamento dos Maquis, e um membro tão especial só poderia ser utilizado em algo tão audacioso e com óbvias e imediatas possibilidades táticas, como o roubo da Defiant.

Sisko e Dukat trabalham muito bem juntos (com diferentes agendas) novamente e a "supervisão" da representante da Ordem Obsdiana Korinas é de dar arrepios. No papel de Korinas, temos Tricia O'Neil (a Capitã Rachel Garrett da Enterprise-C do episódio clássico da terceira temporada da Nova Geração, "Yesterday's Enterprise") em grande forma.

O personagem em foco no episódio é sem dúvida Tom Riker e o roteirista Ronald D. Moore optou corretamente por creditar as motivações do personagem em um particular (e talvez o mais fundamental) elemento da condição humana: nossa individualidade (em que ela é baseada? De que forma e a que preço nós a obtemos?).

Colocando Riker e Kira (nossa "Especialista em terrorismo de plantão") juntos, foi fácil apresentar este ponto. Apesar de não ter gostado dos flertes de Riker e Kira e do seu "beijo de despedida", isto não chega a incomodar. De uma forma geral, um belo episódio.

A verdade sobre os planos secretos da Ordem Obsidiana no sistema Orias (sem dúvida o elemento mais interessante de todo o episódio) seria revelada mais tarde, na terceira temporada de DS9 no LEGENDÁRIO episódio duplo "Improbable Cause"/"The Die Is Cast".

Tom Riker, Ro Laren e Sito Jaxa nunca mais foram citados durante a série.

A quarta temporada de DS9 trouxe os Klingons de volta aos seus dias de conquista e o rompimento do tratado de Paz de Kithomer estabelecido entre o Império Klingon e a Federação (conforme o episódio duplo de abertura da quarta temporada: "The Way of the Warrior").

Imediatamente um clima extremamente tenso se instalou entre os dois governos, com conflitos armados mas sem uma declaração aberta de guerra. Por outro lado os Klingons iniciaram um conflito em grande escala com os Cardassianos, o que levou a economia de Cardássia ao colapso.

Os Maquis se aproveitaram desta conjuntura e expandiram suas bases nas Badlands, se tornando cada vez mais agressivos e audaciosos a cada ataque. O sonho de um dia as colônias Maquis proclamarem independência nunca esteve tão vivo.

Em "For the Cause", episódio clássico da quarta temporada de DS9, um importante carregamento de replicadores industriais ofertados pela Federação a Cardássia (que tenta se recuperar após a recente invasão Klingon) irá passar por DS9 rumo ao seu destino, enquanto cresce o rumor de que os Maquis querem esta carga. Sisko ordena a Odo que prepare um esquema especial de segurança e que Worf saia em patrulhas periódicas a DMZ.

Após o final da reunião, Odo e Eddington informam a Sisko (em particular) de que suspeitam (com evidências meramente circunstanciais até este ponto) de que a namorada de Ben, Capitão do cargueiro Xhosa, Kasidy Yates, está fazendo contrabando para os Maquis. Sisko se recusa a permitir a instalação de vigilância eletrônica nos aposentos dela mas autoriza Odo a fazer uma "inspeção rotineira de saúde" na Xhosa se a oportunidade se apresentar.

Naquela mesma noite (um já perturbado) Ben Sisko cozinha o jantar para Jake e Kasidy em seus aposentos e em certo momento tenta (com um "Tato de Elefante") descobrir algo mais sobre as rotas de entrega de Kasidy para depois desconversar percebendo a bobagem que já ia fazendo.

Na primeira chance que têm, Odo ordena uma inspeção de saúde na Xhosa. Alegando um prazo de entrega muito apertado ela pede autorização diretamente a Sisko, que a deixa ir. Porém, ele envia a Defiant com Worf e Eddington atrás dela.

Um pouco depois, Ben e Jake têm uma conversa, um tanto quanto enigmática para Jake, em que Ben assegura a seu filho que o relacionamento entre os dois nunca irá mudar, aconteça o que acontecer.


A Defiant segue a Xhosa até as Badlands, onde eles observam o cargueiro transportar sua carga para uma nave Maquis, provando que de fato Yates os está ajudando com alimentos e remédios (como determinado pelos sensores da Defiant).

Quando Sisko é informado da traição de Kasidy ele fica devastado, sabendo que a Xhosa vai fazer uma nova entrega a noite ele planeja segui-la pessoalmente enquanto Eddington ficará em DS9 para supervisionar o carregamento dos replicadores (na realidade a idéia original era de que Eddington iria na Defiant enquanto Sisko ficaria na estação, mas Eddington consegue convencer Sisko do contrário, usando o subtexto de que não poderia garantir a segurança de Kasidy se um conflito armado se iniciasse).

Entretanto, Sisko ainda tenta impedi-la de partir (através de subtexto, sem revelar nada do plano é claro) convidando-a para uma viagem a Risa, Kasidy diz que têm que realmente fazer esta entrega. A Defiant segue novamente a Xhosa até as Badlands, onde o cargueiro aguarda seu contato.

Depois de esperar por mais de cinco horas, Kasidy instrui um dos seus oficiais a enviar uma mensagem codificada, quando a Defiant se descamufla e Ben, Odo e um destacamento de segurança abordam a Xhosa.

Juntando as informações já conhecidas com as ordens de Kasidy, Sisko descobre que o plano todo o tempo foi minar sua concentração e finalmente tirá-lo da estação enquanto os Maquis roubavam o carregamento de replicadores.

Em DS9, Eddington tonteia Kira, coloca a estação em silêncio de rádio e consegue desviar a carga para um cargueiro Vulcano que some sem deixar rastro. De volta à estação com a Defiant, Sisko (que deixou a Xhosa e toda a sua tripulação nas Badlands) está a ponto de explodir com o ocorrido quando chega uma transmissão de Eddington.

Eddington diz que explicar as suas motivações pessoais não é o motivo de sua chamada e pede que Sisko deixe os Maquis em paz. Algo que Sisko obviamente não pode fazer. Qualquer comboio da Federação (ou não) atravessando com uma carga importante a DMZ (ou em suas proximidades) é um alvo primário para os Maquis, agora mais bem organizados do que nunca.

Eddington afirma conhecer muito bem Sisko, a Frota Estelar e a Federação:

- Eu conheço você. Eu já fui como você, mas então eu abri os meus olhos. Abra os seus olhos, Capitão. Por que a Federação é tão obcecada com os Maquis? Nós nunca lhe fizemos mal. E mesmo assim nós somos constantemente detidos e acusados de terrorismo. Suas naves estelares nós caçam por toda a BADLANDS e nossos simpatizantes são assediados e ridicularizados. Por que? Por que nós deixamos a Federação, e esta é uma coisa que vocês não podem aceitar. Ninguém deixa o paraíso. Todos deveriam querer ser membros. Mas que diabos, vocês querem até os Cardassianos como membros. Vocês estão somente lhes enviando os replicadores pela certeza de que um dia eles irão ocupar o seu "lugar reservado" no conselho da Federação. Sabe, de certo modo vocês são piores do que os Borgs. Pelo menos eles avisam sobre seus planos de assimilação. Vocês são mais insidiosos. Vocês assimilam pessoas, e elas nem mesmo sabem disto.

Ao que Sisko responde em uma forma "100% Sisko":

- Sabe, senhor Eddington. Eu não ligo a mínima para o que você acha da Federação, ou dos Maquis ou de qualquer outra coisa. Tudo que sei é que você traiu o seu juramento, o seu dever e a mim. E mesmo que leve todo o resto da minha vida, eu irei vê-lo perante uma corte marcial que irá condená-lo e enviá-lo a uma colônia penal, onde você irá passar o resto dos seus dias envelhecendo, pensando se de fato uma nave cheia de replicadores realmente valeu a pena.

Ao final do episódio Sisko se encontra com Kasidy, que voltou com a Xhosa sozinha, sem a tripulação. Ela diz que voltou pelo relacionamento dos dois e deixa o hangar de carga escoltada por seguranças rumo à prisão.

Sisko permanece completamente arrasado sozinho no Hangar de Carga.

(Existe também uma divertida trama secundária envolvendo a primeira aproximação entre Zyial (a filha bastarda mestiça Bajoriana/Cardassiana de gul Dukat, agora residindo em DS9 sob a tutela de Kira, e o nosso favorito alfaiate Garak.)

Este episódio exemplifica de forma perfeita a efetividade de DS9 enquanto série de drama e a dos Maquis enquanto antagonistas. Neste episódio não existem claramente vilões e heróis, apenas reais pessoas agindo segundo suas convicções pessoais.

Uma mercadora como Kasidy me parece um alvo óbvio de recrutamento para os Maquis, especialmente para uma causa humanista com a qual é possível atrair um bom número de simpatizantes. Sem esquecer o fato de que ela tinha um relacionamento pessoal com o Capitão Sisko, que poderia se tornar uma "cartada importante" em algum momento futuro (como de fato se tornou).

O importante é lembrar que eles (os produtores) usaram uma personagem recorrente como colaboradora e ao fim do episódio confirmaram o fato e a mandaram para a prisão, belo trabalho. O episódio exibe o que acontece quando a vida pessoal e profissional de Ben Sisko entram em choque, aqui vislumbramos: suas prioridades, a importância do seu relacionamento com Jake, o medo de ter escolhido a pessoa errada para Jake e para si mesmo e finalmente o fato dele tentar livrar a cara de
Kasidy de todo jeito (porém sempre dentro da legalidade) até o último momento e ainda permitir que ELA FIZESSE a escolha de voltar e enfrentar as conseqüências pelo que fez.

Eddington soube pegar Sisko em seu ponto fraco e fazer o seu trabalho, Sisko têm todo direito de ficar infinitamente furioso com Eddington. O desenvolvimento de Eddington ao longo dos 18 meses que esteve em DS9 foi o de um oficial "absolutamente certinho, sempre pelo regulamento", o que, por algum mérito de execução no qual é um pouco difícil pôr o dedo, acaba por aumentar o choque da traição e não torná-la óbvia como poderia se imaginar a principio.

Os motivos e oportunidades do seu recrutamento são óbvios. As motivações de Eddington são as de um herói procurando uma "causa maior e mais nobre", não foi o primeiro e nem seria o último oficial da Frota Estelar a acreditar que a Federação de fato abandonou os seus colonos da DMZ a própria sorte.

Eddington é provavelmente o melhor "personagen-traidor" da história de Jornada e o seu discurso final é INESQUECÍVEL. Muito pouco detrata deste episódio, talvez a não tão boa atuação de Penny Johnson como Kasidy Yates seja um ponto negativo.

Gosto um bocado da trama secundária e da simetria entre o afastamento entre Sisko e Yates e a aproximação de Zyial e Garak.

Continua...

 

Luiz Castanheira é editor do Trek Brasilis