Quando comemorou seus 20 anos de estrada, em 2019, o Trek Brasilis realizou um TB ao Vivo todo especial em que repassou sua história de duas décadas de vida. Confira!
Em resumo
Na estrada desde 1999, o Trek Brasilis é o maior, mais importante e mais tradicional veículo de comunicação on-line dedicado ao fenômeno Jornada nas Estrelas (Star Trek) em língua portuguesa. Entrevistas exclusivas com criadores, produtores, escritores e atores da franquia, assim como artigos exclusivos com informações pouco conhecidas sobre todos os aspectos dessa história de mais de 40 anos construída ao redor do universo fictício criado por Gene Roddenberry, se tornaram a marca do site ao longo dos anos.
História
O Trek Brasilis nasceu no dia 24 de setembro de 1999. Talvez a expressão “nasceu” seja mesmo mais adequada do que “foi criado”. O site surgiu quase que como por impulso. Sem esforço, sem planejamento, sem preparação. Um belo dia, ele simplesmente “nasceu”, como se o potencial para sua existência tivesse atingido massa crítica.
E foi exatamente assim. O conceito por trás do TB esteve intimamente relacionado com o que gerou o site internacional TrekToday, que naquela época também estava dando seus primeiros passos. Criado pelo jornalista Salvador Nogueira, o site tinha por meta fazer a ponte entre o mundo noticioso que circundava o universo da produção de Jornada nas Estrelas, em Hollywood, e o público brasileiro.
Essa função havia sido brevemente ocupada pelo grande site Organia, de Minas Gerais, uma das muitas inspirações do TB na web. Mas no segundo semestre de 1999, o Organia já dava sinais de que não ia concentrar sua ação no plano das notícias diárias. Se o tivesse feito, é provável que o TB nunca tivesse se formado, ou pelo menos, não naquele momento.
A comunidade trekker na época estava dividida. A Frota Estelar Brasil tentava se firmar como uma entidade “nacional”, embora a meta nunca tenha sido realmente atingida. Os fãs do Rio de Janeiro ainda estavam órfãos do Jetcom, um grande grupo de divulgação de Jornada nas Estrelas, coordenado por Cristina Nastasi, que havia encerrado suas atividades de forma prematura. O Organia era um foco em Minas Gerais, mas passava por uma séria crise interna. E era raro vermos cooperação entre os diferentes grupos, o que tornava a divulgação de Jornada extremamente fragmentária em terras brasileiras.
Não foi à toa que o Trek Brasilis ganhou esse nome. A premissa inicial do site era, por meio de atualizações diárias de notícias, oferecer ao fã, pela internet e em escala nacional, um “Norte” — uma direção a partir da qual ele pudesse se situar de forma mais abrangente no contexto do fandom brasileiro. Nada mais justo que a Terra Brasilis tivesse o seu Trek Brasilis.
O TB viveu por um ano (contando três meses sem atualizações em novembro e dezembro de 1999 e janeiro de 2000) com uma proposta bastante modesta, concentrando-se basicamente na divulgação de notícias, sem se preocupar muito com o conteúdo mais tradicional dos sites de Jornada nas Estrelas — guias de episódios, fotos, vídeos etc. Com isso, construiu uma pequena base de visitantes diários, cerca de 40.
A grande virada para o site aconteceu mesmo no primeiro aniversário, em setembro de 2000. O TB ganhou uma nova face. O visual cinza foi trocado por um design mais arrojado e elegante, com predominância em azul. O site começou a apostar no seu conteúdo fixo, com o estabelecimento de guias de episódios para todas as séries de Jornada, seções para cada série e uma iniciativa inédita no Brasil e no exterior: a criação de colunistas fixos e regulares para escrever sobre vários aspectos da franquia.
Foi praticamente um renascimento para o site. Além de Salvador Nogueira, outros se associaram ao empreendimento. O também jornalista Fernando Penteriche, ex-editor do antigo site brasileiro Base Nexus, se juntou à equipe, seguido de perto por Luiz Castanheira e Daniel Sasaki. Refletindo a filosofia inicial do TB, é interessante notar que nenhum deles morava na mesma cidade! Outros também se juntaram para compor a equipe, como colunistas ou colaboradores eventuais, trazendo ainda mais brilho e destaque ao site. Entre eles estão Gustavo Leão, Lia Matos Viegas, Adriana Portes, Susana Lopes de Alexandria, Claudio Silveira, Luiz Felipe do Vale Tavares, Jorge Saldanha, Paulo Maffia, Mariana Pedroso e Fernando Rodrigues.
Logo ficou claro que o TB não teria uma existência passageira. Além de sua impressionante massa de colaboradores (foi rara a semana em que não havia nenhum novo texto de conteúdo fixo publicado), o site ganhou destaque na mídia geral (sendo citado em jornais como a “Folha de S.Paulo”) e especializada (fazendo aparições em revistas como “Sci-Fi News” e “Replicante”, inclusive indicando alguns de seus colaboradores como produtores de material para essas publicações). Sua audiência cresceu por um fator de sete, em média, desde o início da nova fase do site.
A imagem do TB se agigantou também por conta das entrevistas inéditas e exclusivas que produziu, contando com participações de grandes nomes de Jornada nas Estrelas no Brasil e no exterior. Entre os entrevistados estavam três atores da Série Clássica (Leonard Nimoy, George Takei e Walter Koenig), o ator de Voyager e diretor Robert Duncan McNeill, os designers de produção Andrew Probert e Rick Sternbach, o escritor e produtor Michael Piller e tantos outros. Essas entrevistas não só fortaleceram a presença do TB no fandom brasileiro como levaram o nome do site ao estrelato internacional. O site chegou a conquistar o prêmio Ex-Astris-Award (distribuído pelo site Ex-Astris-Scientia), em maio de 2002 — um feito espetacular para um site com conteúdo primariamente em português.
Com três anos de existência, chegou o momento de uma nova revolução. O site foi inteiramente reformulado, mantendo algumas de suas características mais fortes dos dois anos anteriores, mas tentando reforçar ainda mais seu elo com o público. Foi uma volta às origens, com o objetivo de usar a poderosa máquina noticiosa que se tornou o Trek Brasilis em força motriz para a definitiva integração do público brasileiro de Jornada nas Estrelas.
Esse design resistiu por quatro anos, mas como a evolução, sobretudo na internet, é um processo constante, fez-se necessário reformular. Seguindo as recomendações e argumentações persuasivas de Leandro Martins (um dos grandes motores do site em sua nova encarnação), o TB migrou para um novo formato — com um blog, contando com a grande ajuda dos colaboradores Ralph Pinheiro e “Frank” Hollander Ramos.
A idéia é tornar o site ainda mais navegável e acessível, usando os novos recursos da famosa “web 2.0”, que aproxima ainda mais o leitor do publicador. Com essas modificações, que acompanham inclusive um grande “sacode” promovido na franquia pela Paramount Pictures, o TB inaugura sua verdadeira entrada no século 21.
Direitos Autorais
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