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Borgs a bordo, parte II

Na data estelar 51978.2, a USS Voyager quase é destruída em uma elaborada emboscada por Arturis, um alienígena que ajudava a traduzir uma mensagem fragmentada, recebida da Frota Estelar. De fato, ele planejava atrair a nave para o espaço Borg, onde seria assimilada. Isso era uma vingança contra Janeway devido à aliança temporária com a Coletividade na derrota da espécie 8472, que possibilitara a assimilação do planeta de Arturis.

Alguns meses mais tarde, a tripulação da Voyager lança uma missão ambiciosa e de alto risco para invadir uma esfera Borg e roubar a tecnologia transdobra. Entretanto, os Borgs rapidamente detectam o plano e persuadem Seven a voltar à mente coletiva, ameaçando assimilar Janeway e sua tripulação. A jovem é então capturada e levada à Unimatriz 01, onde a Rainha Borg revela que sua permanência na Voyager foi intencional, a fim de entender a natureza da resistência humana. Seven não aceita voltar à Coletividade e é resgatada por seus amigos, que obtiveram sucesso em sua missão de obter a tecnologia.

Algum tempo depois, o intrépido grupo de humanos encontrou um cubo severamente avariado, em que todos os zangões adultos estavam mortos. Entre os sobreviventes estavam apenas crianças assimiladas, as quais foram prematuramente liberadas de suas câmaras de maturação. Elas tentam roubar o defletor de navegação da Voyager a fim de reparar sua nave e voltar à Coletividade.

          

Janeway descobre que o cubo fora infectado por um vírus, responsável pela morte dos zangões adultos. Também toma conhecimento de que a tentativa das crianças em voltar aos Borgs é inútil, uma vez que a colméia as considera defeituosas e irrelevantes. Seven as convence a vir a bordo da Voyager para ajudá-las. O Doutor remove seus implantes cibernéticos e elas começam a retomar suas vidas.

Na data estelar 54014.4, Seven of Nine vivencia o que pensa ser um sonho, mas descobre a existência da Unimatriz Zero - um lugar onde certos zangões vão durante seus ciclos de regeneração e podem existir como indivíduos.

Vendo isso como uma oportunidade de destruir os borgs, a capitã Janeway fala para Seven contatar esses zangões. Lá ela encontra Axum, um antigo conhecido que a informa sobre a mutação recessiva que originou a Unimatriz Zero. Explica que a Rainha Borg está tentando localizar e destruir esse santuário e pede ajuda à capitã, que concorda em auxiliá-los na resistência.

A tripulação da Voyager desenvolve um vírus que permitiria a esses zangões mutantes manter sua individualidade após acordar do ciclo. Janeway, Tuvok e B'Elanna se transportam para uma nave Borg a fim de dispersar o vírus no plexo central --dispositivo que liga todos os zangões a bordo à Coletividade.

O grupo avançado acaba assimilado e a Rainha tenta convencer Janeway a fazer os ocupantes da Unimatriz Zero se renderem. Ao final, o grupo é resgatado com sucesso, com a ajuda dos zangões (agora liberados), e uma guerra civil toma o lugar da estabilidade Borg...

Enfim, a presença desses seres cibernéticos em Voyager supera as séries anteriores. Trata-se de inúmeros conflitos dos quais Janeway sempre consegue se safar, com uma certa vantagem sobre a Coletividade. A própria USS Voyager utiliza tecnologia Borg.

Essa nave, assim como sua tripulação, tornaram-se únicas no universo de Jornada. Representam a sobrevivência (característica primordial da natureza humana) e a capacidade de superar adversidades sem o "benefício" de uma mente coletiva.

Daniel Sasaki é co-editor do Trek Brasilis