Publicado em outubro de 2002


O conceito de Jornada nas Estrelas
Conheça as idéias que convenceram os executivos a produzir a série original nos anos 60, nas palavras do criador Gene Roddenberry


 









 


por Salvador Nogueira

O site americano Trek5 conseguiu colocar no ar um documento histórico: a íntegra do conceito de Jornada nas Estrelas redigido por Gene Roddenberry e apresentado à MGM em 1964. Com 16 páginas, essa é a primeira formalização por escrito das idéias de Gene para a série, contendo muitas das raízes que acabaram se manifestando ao longo dos três anos de produção.

Trechos desse documento já estavam disponíveis no livro "Star Trek Compendium" (lançado no Brasil com o título "Jornada nas Estrelas Compendium"), de Allan Asherman, mas nunca o material escrito por Roddenberry em 1964 havia sido levado ao público por completo.





Se quiser descarregar a versão original, em formato PDF (é preciso ter o programa Adobe Acrobat Reader, que você pode obter aqui), com 993Kb, clique aqui. E confira logo abaixo a tradução para o português dessa verdadeira relíquia da franquia.






Jornada nas Estrelas

Criada por:
GENE RODDENBERRY

PRIMEIRO RASCUNHO
11 de março de 1964

JORNADA NAS ESTRELAS é...

Uma série dramática de uma hora.

Ação - Aventura - Ficção Científica.

O primeiro conceito com personagens centrais fortes e outros regulares recorrentes.


E, enquanto mantém uma locação familiar central e um elenco regular, explora um espectro antológico de empolgantes experiências humanas. Por exemplo, tão variadas como ...

A PRÓXIMA JAULA. O desespero de nosso líder da série, enjaulado e em exibição como um animal, e então ofertado com uma parceira.

O DIA EM QUE CHARLIE SE TORNOU DEUS. A ocorrência acidental de poder infinito para fazer todas as coisas, nas mãos de um homem bem finito.

PRESIDENTE CAPONE. Um mundo paralelo, Chicago dez anos após a vitória de Al Capone e sua imposição de estatutos gângsters sobre a nação.

PARA ESFOLAR UM TIRANOSSAURO. Um homem moderno reduzido a uma funda e uma clava em um mundo 1.000.000 a.C.

AS MULHERES. Duplicando uma página do "Velho Oeste"; brigas e intrigas a bordo com uma carga de mulheres para uma colônia distante.

A CHEGADA. Um povo alienígena em uma sociedade alienígena, mas algo incomodamente familiar sobre a quieta dignidade de um que está sendo condenado à crucifixão.

(Vejas as próximas páginas para mais)

JORNADA NAS ESTRELAS oferece um número quase infinito de empolgantes histórias de ficção científica, completamente práticas para televisão. Como? Os astrônomos expressam desse modo:

Ff2 (MgE) - C1Ri1 x M = L/So

Ou, para colocar em termos mais simples, ao multiplicar os 400.000.000.000 de galáxias (aglomerados estelares) nos céus por uma estimativa da média de estrelas por galáxia (7.700.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000), temos o número aproximado de estrelas no universo, como o entendemos agora. E então...

...se apenas uma em um bilhão dessas estrelas for um "sol" com um planeta...

...e apenas uma em um bilhão desses for de tamanho e composição da Terra...

...ainda haveria algo próximo de 2.800.000.000.000.000.000.000.000.000 mundos com um potencial de vida de oxigênio-carbono...

...ou (pelas mais conservadoras estimativas de probabilidade química e orgânica), algo como três milhões de mundos com uma chance de vida inteligente e evolução social similar à nossa.

Ou, para colocar em uma linguagem da televisão...

JORNADA NAS ESTRELAS é um conceito "Caravana" -- construído em torno de personagens que viajam para mundos "similares" ao nosso e encontram a ação, a aventura e o drama que se tornam nossas histórias. Seu meio de transporte é a nave "S.S. Yorktown", realizando uma missão de Exploração-Ciência-Segurança bem definida e de longo alcance que ajuda a criar nosso formato.

A época é "Algum lugar no futuro". Poderia ser 1995 ou mesmo 2995. Em outras palavras, perto o suficiente do nosso próprio tempo para nossos personagens contínuos serem totalmente identificados como pessoas como nós, mas longe o suficiente no futuro para a viagem galáctica ser totalmente estabelecida (alegremente eliminando a necessidade de amontoar nossas histórias com cansativas explicações científicas).

O conceito de “Mundos Paralelos” é a chave...

...para nosso formato de JORNADA NAS ESTRELAS. Significa simplesmente que nossas histórias lidam com vida animal e vegetal, mais pessoas, bem similares às que temos na Terra. A evolução social também terá interessantes pontos de similaridade com a nossa. Haverá diferenças, claro, indo das sutis às audaciosamente dramáticas, de onde deve vir muita da nossa cor e empolgação. (E, é claro, nada disso nos proíbe de uma história ocasional “bem longe da nossa” jogada para surpreender e mudar o ritmo.)

O conceito de “Mundos Paralelos” torna a produção exeqüível ao permitir ficção científica de ação e aventura com um valor de orçamento prático pelo uso de, entre outros, elencos, cenários, locações e figurinos “terrestres” disponíveis.

Tão importante quanto (e talvez até mais, em tantos modos), o conceito de “Mundos Paralelos” tende a manter até as histórias mais imaginativas dentro do quadro de referência geral da audiência, através de elencos, cenários e figurinos reconhecíveis e identificáveis.

PERSONAGEM PRINCIPAL

Robert M. April

O “capitão do time”, cerca de 34 anos, graduado da Academia, posto de Capitão. Claramente o líder e personagem central. Esse papel é designado para um ator de grande reputação e habilidade. Um curto esboço de Robert April poderia ser “Um Capitão Horatio Hornblower da era espacial”, em forma e capaz tanto mentalmente quanto fisicamente.

O capitão April será o foco de muitas histórias - embora em outras ele possa nos levar à introdução da estrela convidada em torno da qual a história se concentre.

Uma personalidade complexa e colorida, ele é capaz de ação e decisão que podem se aproximar do heroísmo - e ao mesmo tempo viver uma contínua batalha com insegurança e a solidão do comando.

Como em homens similares no passado (Drake, Cook, Bougainville e Scott), sua fraqueza primária é uma predileção pela ação à administração, uma tentação de assumir os maiores riscos por si mesmo. Mas, diferente da maioria dos exploradores pioneiros, ele tem uma compaixão quase compulsiva pelo sofrimento alheio, seja alienígena ou humano, e precisa continuamente lutar contra a tentação de arriscar muitos para salvar um.

OUTROS PERSONAGENS REGULARES

A Oficial Executiva --
Nunca chamada de outra coisa senão "Número Um", essa oficial é mulher. Quase misteriosamente feminina, na verdade -- esbelta e sombria de um modo Vale do Nilo, idade incerta, uma dessas mulheres que irá sempre parecer igual entre os 20 e os 50 anos. Uma oficial extraordinariamente eficiente, "Número Um" gosta de se mostrar inexpressiva, fria -- é provavelmente superior a Robert April em conhecimento detalhado dos múltiplos sistemas de equipamentos, departamentos e tripulantes a bordo da nave. Quando o capitão April deixa o veículo, a "Número Um" torna-se comandante interina.

O Navegador --
José Ortegas, nascido na América do Sul, é alto, bonito, cerca de 25 anos e brilhante, mas ainda em processo de amadurecimento. Ele é cheio de humor e temperamento latinos. Ele trava uma batalha perpétua e altamente pessoal com seus instrumentos e calculadores, suspeitando de que o espaço, e provavelmente Deus também, estão engajados em uma conspiração gigante para fazer sua viad profissional e pessoal tão difícil e desconfortável quanto possível. José está sofrivelmente ciente da reputação histórica dos latinos como amantes -- e está em perigo de fracassar nessa ambição numa escala cósmica.

O Médico da Nave --
Phillip Boyce, um improvável viajante espacial. Com idade de 51, ele é global e inspiradamente cínico e faz questão de se entreter totalmente com suas próprias fraquezas. O único real confidente do capitão April, "Bones" Boyce se considera o único realista a bordo, mede cada novo pouso em termos de incômodo relativo, em vez de empolgação.

O Primeiro Tenente --
O braço direito do capitão, o comandante de nível funcional de todas as funções da nave desde a administração da ponte à supervisão do menor e mais baixo detalhe. Seu nome é "Sr. Spock". E sua primeira visão dele pode ser quase assustadora --uma face tão pesada e satânica que você quase poderia esperar que ele tivesse um tridente. Provavelmente meio Marciano, ele tem um complexão levemente avermelhada e orelhas semi-pontudas. Mas estranhamente -- o temperamento calmo do Sr. Spock é um contrate dramático a sua aparência satânica. De toda a tripulação a bordo, ele é o mais próximo de ser um igual do capitão April, física e emocionalmente, como um comandante de homens. Sua fraqueza maior é uma curiosidade quase felina sobre qualquer coisa sutilmente "alienígena".

A Ordenança do Capitão --
Exceto por problemas no vocabulário naval, "Colt" deveria ser chamada de "yeowoman"; loira e com formas que nem um uniforme pode esconder. Ela serve como secretária, repórter e bibliotecária de April, e sem dúvida gostaria de servi-lo em departamentos mais pessoais. Ela não é boba; ela é muito feminina, perturbadoramente feminina.


Extraído das ordens do capitão Robert M. April:
-------------------------------------------------------------

III. Você está doravante designado, efetivação imediata, para comandar a seguinte: A S.S. Yorktown.

Classe Cruiser -- Massa 190.000 tons
Tripulação -- 203 pessoas
Propulsão -- dobra-espacial (máxima velocidade de 0,73 ano-luz por hora)
Alcance -- 18 anos em velocidades de patrulha galáctica
Registro -- Terra, United Space Ship

IV. Natureza e duração do comando:

Exploração da galáxia e investigação Classe M: 5 anos

V. Você irá patrulhar o nono quadrante, começando por Alfa Centauri e indo até o limite pinial exterior da galáxia.

VI. Você irá conduzir essa patrulha para realizar primariamente:

(a) Segurança da Terra, via exploração de inteligências e sistemas sociais capazes de uma ameaça galáctica, e

(b) Investigação científica para adicionaro o corpo de conhecimento da Terra de formas de vida e sistemas sociais, e

(c) Dar qualquer assistência requerida às várias colônias terrestres nesse quadrante, e exercer os estatudos apropriados que afetam essas naves federadas de comércio e mercadores que você possa contatar no curso de sua missão.

VII. Consistente com o equipamento e as limitações de sua nave da classe Cruiser, você irá confinar seus pousos e contatos a planetas com condições, vida e ordem social similares às de Terra-Marte.


Algumas considerações de formato e orçamento...

CENÁRIOS. Nosso formato é talhado para produção prática e fatores de custo. Uso de cenários de palco, cenografia externa e outras locações é simplificado pelas ordens "Classe M" do capitão April. E nosso próprio conceito de "Mundos Paralelos". A maioria das permissas de histórias listadas podem ser obtidas em locais de cenografia externa de estúdio comuns e em cenários como a Rua do Início dos 1900, a Vila Oriental, Cowtown, Forte da Fronteira, Sala de Desenho Vitoriana, Floresta e Margem de Rio.

PALCOS. A incrível latitude inerente das histórias no conceito também serve a considerações práticas ao permitir adaptações razoavelmente simples de histórias para encaixá-las as construções atuais do estúdio. Por exemplo, interiores e exteriores temporariamente disponíveis após um filme "Egípcio", um épico de "horror", ou mesmo um telefilme incomum, poderiam ser usados para atender às necessidades de um número de premissas de história listadas aqui.

USO SEGUIDO DE CENÁRIOS E LOCAIS. Onde as condições de um cenário ou uma locação particularmente vantajosos ocorrerem, ou onde um "mundo" particularmente empolgante for criado, JORNADA NAS ESTRELAS pode faze três ou quatro histórias lá.

A NAVE. A "S.S. Yorktown" é, claro, um cenário fixo a ser amortizado durante a vida da série. Para economizar, o cenário básico será projetado de forma que todas as cabines, salas de oficias e passagens possam ser readereçadas e reutilizadas.

ATERRISSAGENS. A nave ficará em órbita no espaço, raramente pousando em um planeta. Aterrissagens são feitas por um pequeno (e transportável) veículo foguete de reconhecimento. Geralmente, a visão da audiência das aterrissagens e aparições serão aquelas da tripulação da controle, ou seja, por instrumentos ou em uma "tela" (permitindo o uso de filmes em estoque selecionados). Também para economia, as cenas de miniaturização da nave será planejadas para uso máximo, também amortizadas durante a vida da série.

ELENCO. Embora seja bobo dizer que nunca faremos um episódio de "monstro", a maioria da escalação do elenco será bem rotineira. Quando requeridas, variações "alienígenas" serão obtidas via enchimentos, perucas e artefatos simples de maquiagem. Mas, novamente, nosso formato geral se mantém "Mundos Paralelos" e (como sempre em drama de qualidade) as mais incomuns, exóticas e chocantemente empolgantes diferenças sempre vêm da ação e da reação.

LINGUAGEM. Estabelecemos um aparelho "telecomunicador" no início da série, um pouco mais complicado do que um pequeno radio transistor carregado em um bolso. Um simples "desmisturador de via dupla", parece converter todas as línguas faladas para o inglês.

ARMAMENTO. Igualmente básico e simplificado. A nave está armada com raios laser apenas para auto-proteção. Armas portáteis da tripulação são rifles e pistolas com um ajuste e irão disparar simples balas, projéteis explosivos ou partículas hipodérmicas que irão tontear ou tranquilizar. Armamento alienígena, porque a gravidade e as condições minerais e vegetais serão similares às da Terra, seguirá um padrão geral terrestre. Vai de arpões, arcos, espadas e lanças a variações de armas de fogo. De vez em quando, é claro, podemos oferecer uma variação surpresa, como um civilização bem avançada que ainda usa armaduras feudais e espadas como modo de vida.

FIGURINO. Vestimentas alienígenas são basicamente reconhecíveis, ou seja, também seguem o conceito de "Mundos Paralelos". Tipos pastorais, indígenas ou vikings de alienígenas iriam gerar roupas próximas daquelas vestidas em períodos similares em nossa própria evolução social. Uniformes da tripulação são "navais" em aparência geral, atrativamente simplificados e utilitários. Novamente, variações surpresa são possíveis também.

Dados sobre a SS Yorktown ...

Como com a Dodge City de GUNSMOKE, ou o Hospital Geral Blair de KILDARE, podemos nunca acabar explorando todas as cabines, departamentos e frestas de nossa nave. A questão é -- trata-se de uma comunidade inteira em que podemos a qualquer momento levar nossa câmera por uma passagem e encontrar um ator convidado ou personagem secundário (cientista, especialista, tripulante comum, passageiro ou clandestino) que pode nos propelir a uma história.

De vez em quando uma história irá acontecer exclusivamente na Yorktown, como por exemplo no enredo em que uma estranha "inteligência" conseguiu vir a bordo e está trabalhando para dominar as mentes de certos tripulantes-chave. Ou o transporte de uma pessoa ou um material que oferece um perigo crescente para a nave e nossos personagens.

A construção interior é utilitária em vez de exótico, com algumas poucas indicações apropriadas de controles avançados e instrumentos. Há galerias, salas de recreação, uma biblioteca, uma unidade hospitalar e laboratórios científicos, além de ítens esperados como a ponte, a sala de comunicação e os aposentos dos tripulantes, sempre com um suave sabor naval.

Outros trampolins para histórias...

O MUNDO PERFEITO. Aterrissando nesse planeta particular, o capitão April e a equipe de reconhecimento de JORNADA NAS ESTRELAS encontram uma civilização similar à Terra por volta de 1964. Mas com algumas incomuns exceções -- aparente ordem perfeita, sem crime, sem problemas sociais, sem fome ou doença, um lugar de pessoas completamente ajustadas e charmosas. Na verdade, tão agradáveis e ordeiras que algo tem de estar errado. A investigação nessa direção mostra Robert April capturados e submetido a incrível barbarismo policial, até mais chocante pelo contraste. Apenas lentamente fica claro que nossos viajantes descobrem que toparam num exemplo similar à novela "1984", mas com todas as arestas aparadas, ou seja, completamente eficiente, também um comunismo completamente despótico levado ao extremo.

MR. SOCRATES. O mais incomum mundo no Universo, uma sociedade secretamente em contato telepático com a Terra por séculos, selecionando e duplicando em formas de vida inteligentes os mais incomuns intelectos produzidos pela história da humanidade. Em uma única rua alguém poderia encontrar pessoas como Júlio César, Napoleão, Florence Nightingale, Gêngis Khan, Thomas Jefferson, Carry Nation e Adolf Hitler. O que a princípio parece ser pura fantasia aos protagonistas de JORNADA NAS ESTRELAS, rapidamente se torna um jogo muito real e mortal quando eles começam a perceber que essa é uma forma do "Coliseu Romano", em que os participantes são todos "Gladiadores", as apostas são vida e morte, e os jogos estão para começar.

O ESTRANHO. Após decolar de um planeta, a SS Yorktown segue para outro planeta no mesmo sistema solar. Não antes disso começa a ficar claro que uma inteligência alienígena conseguiu vir a bordo com o objetivo de dominar as mentes de tripulantes-chave -- visando a usar nossa nave para atacar uma civilização rival no outro planeta. Na verdade uma história de "terror", nós enfatizamos a sutileza desse ataque sobre a inteligência, atingindo um ponto em que as suspeitas mútuas ameaçam a nave inteira.

A ARMADILHA HUMANA. Uma história de travessia desértica, levando membros de nosso grupo de um ponto de um planeta a outro. Mas o que parece ser um planeta como a Terra e totalmente inofensivo rapidamente se transforma em cem milhas de medo e suspeita, conforme o capitão April e tripulantes começam a encontrar estranhas aparições. Na verdade mais que aparições, essas são prazeirosas armadilhas que se tornam tão reais quanto carne e osso. O que quer que um homem queira irá aparecer diante dele, como água, comida, uma mulher, um parente há muito perdido, ouro ou até uma forma de tomar o poder. As armadilhas ficam cada vez mais sutis, a ponto de nossa tripulação quase nos destruir pela total inabilidade de separar a realidade que eles devem ter das aparições que vão destruí-la.

CAMELOT REVISITADO. O planeta de Hermes II, uma ordem social incrível que é vastamente moderna em muitos aspectos, mas retém a cavalaria, armaduras e outras características similares à Idade Média. Um toque de "A Connecticul Yankee in King Arthur's Court". Quando nossos viajantes estelares param brevemente para investigar e então se tornam cada vez mais envolvidos numa rede de práticas sociais arcaicas, a ponto de alcançar o momento em que estão envolvidos demais em jogos de lança e espada para preservarem as próprias peles.

100 A.B. Ou, "Um Século Após a Bomba" -- um paralelo assustador em que examinamos o que pode ser nosso próprio mundo algumas décadas após um holocausto atômico.

KENTUCKY, KENTUCKY. Uma colônia terrestre em um planeta no grupo Sirius é visitada pela SS Yorktown cinquenta anos após a colonização. Um ataque por selvagens de estilo Viking destruiu e espalhou os colonos, reduzindo eles a uma vida de forte de madeira na "fronteira". Não disposto a arriscar a SS Yorktown, o capitão Robert April tenta, com um pequeno grupo, reagrupar e liderar os colonos em defesa.

RAZÃO. No grupo Isaac IV, um mundo em que a vida inteligente morreu, deixando uma socidade robótica perfeitamente funcional. Um problema há muito especulado na Terra, isso requer detalhada investigação e análise, mesmo que seja arriscando o grupo de reconhecimento da nave fingindo serem eles mesmos robôs. Pode um robô ser capaz de sentimento emocional? Pode ser capaz de racionalizar em termos humanos? O que acontece quando uma sociedade robótica eficiente descobre espiões de carne e osso entre eles?

REASON II. Uma extensão, possivelmente a segunda parte da história anterior, mostrando a luta dos últimos sobreviventes humanos, ajudados pelo grupo de reconhecimento de nossa nave, em número inferior e relativamente indefesos enquanto tentam retomar o controle de seu planeta. Pode um homem, áspero e desmoralizado, ainda ser um mestre?

UMA QUESTÃO DE ESCOLHA. Outra história de armadilha, ou seja, um planeta em que a vida inteligente não atingiu grande sucesso material mas em vez disso aprendeu o poder de viver e reviver de novo e de novo em modos diferentes qualquer parte de sua vida passada que queira. Esse é um veículo para o estrelato do capitão Robert M. April, quando ele é introduzido à chance de fazer certas coisas de novo e de novo.

O RADIANTE. Uma história de amor, a paixão de um tripulante por uma mulher angelical em um planeta "Jardim do Éden" -- com o único detalhe de sua química incluir rádio em quantidade letal. O homem que se tornou sua amante poderia viver de seis semanas a seis meses, e não mais.

UMA QUESTÃO DE CANIBALISMO. Visitando a colônia terrestre em Regulus, o grupo de descida de April fica sabendo que criaturas similares a vacas criadas em fazendas são na verdade seres inteligentes. Mas os colonos, que construíram seu império basicamente no suprimento e na venda dessa carne, se rebela contra a tentativa de libertar seu "gado".

O ESPELHO. Quase colisão com outra Yorktown em um curso exatamente oposto. Não só é a mesma nave, mas tripulada exatamente pela mesma tripulação. Poderia você encarar você mesmo após descobrir que sua sobrevivência depende de matar a si mesmo?

TORX. A primeira grande ameaça à Terra. Uma inteligência alienígena, dizendo ser puro pensamento sem corpo, que "devora" inteligências, deixando para trás um idiota sem salvação. Perto da inanição por éons, esteve procurando freneticamente exatamente o tipo de "comida" que a Terra poderia fornecer em quantidade.

A LOJA DE ANIMAIS. Exatamente duplicando a St. Louis, 1916, uma cidade em que as mulheres são tão completamente mestras que os homens têm o status de animais de estimação. Algo como uma sátira sobre "pessoas e cães", essa história mostra homens tratados desse modo, presos em canis, outros vestidos e perfumados e tratados como cãezinhos de madame, contanto que continuem a adular, apreciar e amar altruisticamente.

KONGO. Nos "Vellhos Tempos da Plantation" do Sul, com a ligeira exceção de serem brancos selvagens os embarcados e vendidos no mercado de escravos. Parte de nossa tripulação é aprisionada, são identificados como fugitivos e vendidos como mão-de-obra doméstica e para plantation.

O PLANETA VÊNUS. O processo de evolução social aqui é centrado no amor -- e os membros homens da nossa muito humana tripulação encontram o que parece ser o máximo em satisfação amorosa nas artes perfeitamente desenvolvidas desse lugar com mulheres incrivelmente bonitas. Até que começam a imaginar o que aconteceu com todos os homens lá.

INFECÇÃO. Uma tripulante mulher descobre que está grávida e tem a crescente percepção de que poderia ser a larva de um alienígena, usando seu corpo como alguns insetos que plantam seus ovos em outros insetos vivos.