por Leandro M. Pinto
Uma
recente viagem de carro pelo sudoeste dos EUA deu a este missivista uma oportunidade
de pernoitar em Las Vegas antes de continuar para o Arizona, o que conseqüentemente
permitiu uma visita ao Star Trek The Experience, o parque temático da franquia
de Jornada nas Estrelas que está instalado no Las Vegas Hilton. Assim,
uma avaliação da atração para o leitor do Trek Brasilis está na ordem do
dia, e vamos a ela. Toda
uma ala do hotel é dedicada ao parque, e a seção principal interna do The Experience
é construída seguindo arquitetura cardassiana, para servir de reprodução do Promenade
de Deep Space Nine, e ali se encontra um restaurante, lojas e a entrada das atrações
principais do The Experience: Klingon Encounter e Borg Invasion,
que são mantidos funcionando em sessões de cerca de meia hora, por todo o dia
de funcionamento do parque. Vamos a uma repassada de cada uma destas atrações. Klingon
Encounter - Sinopse No
início do século 21, um grupo de cerca de 20 visitantes do Star Trek The Experience
se preparam para entrarem em um simulador baseado na série de ficção-científica
Jornada nas Estrelas. Enquanto dois funcionários do The Experience
faziam os preparativos para embarque no simulador, uma falha energética acontece
no brinquedo, seguido de efeitos luminosos. Quando o grupo novamente consegue
perceber onde se encontra, o local não é mais a ante-sala em que se encontrava,
mas sim o padd de teleporte de uma nave federada. A oficial em controle do teleporte
alerta o grupo que eles estão agora a bordo da Enterprise, em meados do
século 24, e depois de encaminhar os dois funcionários do The Experience para
uma ala em separado para interrogatório, a oficial avisa o grupo que eles receberão
mais informações na ponte da nave. Uma
vez na ponte de comando da Enterprise, Riker e La Forge surgem na tela
principal, pois estão no momento no hangar da nave. Riker informa o grupo da atual
situação: um comandante Klingon renegado, Korath, foi o responsável pela retirada
daquele grupo do século 21, pois sua intenção era eliminar um antepassado de Jean-Luc
Picard, Capitão da Enterprise, de modo que este jamais viesse a nascer; tal antepassado
está ali entre os integrantes daquele grupo. No que o grupo foi removido de seu
tempo, Picard desapareceu em plena ponte, e embora a Riker e os demais, após descobrirem
os planos de Korath, não tenham conseguido o impedir de retirar o grupo do século
21, pelo menos conseguiram interceptar o teleporte temporal que Korath fez, o
impedindo de capturarem os humanos do século 21. A missão deles agora é evitar
que Korath prossiga com o seu plano e também providenciar para que o grupo retorne
ao seu tempo e local correto. Desta forma, enquanto a Enterprise dá cobertura,
La Forge irá pilotar um shuttle até o local da fenda temporal utilizada por Korath,
e o grupo seguirá em um segundo shuttle. A
oficial de teleporte se encarrega do console de operações enquanto o oficial que
ali estava conduz o grupo ao turboelevador da ponte. Enquanto o turboelevador
segue em direção ao hangar, naves Klingons engajam a Enterprise em combate,
o que danifica os sistemas de turboelevador após o carro onde está o grupo sofrer
bons danos. O oficial federado aciona a abertura de emergência do elevador, e
o grupo prossegue o restante do caminho a pé. Uma vez no hangar, o grupo é embarcado
em um shuttle federado, configurado para cerca de 40 ocupantes, em fileiras de
seis ou sete cadeiras. Fornece instruções sobre como devem proceder enquanto a
bordo da nave, a qual irá seguir o shuttle pilotado por La Forge de modo a entrarem
na fenda temporal e voltarem para casa. Instruções
de praxe feitas, o shuttle é fechado, e decola pelo hangar inferior da Enterprise,
seguindo o de La Forge. Contudo, os Klingons continuam engajando a Enterprise,
e ambos os shuttles fazem fortes manobras evasivas ao redor do casco da nave da
classe Galaxy, manobrando para evitar os Klingons. Em momento seguro, ambos
os shuttles entram em dobra, chegando até o local onde La Forge conseguiu definir
que se encontra a fenda temporal, uma massiva instalação alienígena. Mais fortes
manobras evasivas prosseguem para evitar os Klingons, que os seguram até lá. La
Forge consegue encontrar a fenda e ambas as naves seguem através dela para chegarem
na Terra do século 21. La Forge avisa o grupo no segundo shuttle que irá providenciar
para eles serem deixados no local de onde foram retirados, e ambos os shuttles
voam pelo céu noturno de Las Vegas até as cercanias do Hilton. Contudo, a ave-de-rapina
de Korath os perseguiu através da fenda, e dispara contra ambos os shuttles, que
fazem mais manobras evasivas, uma delas destruindo o logo do Hilton no topo do
hotel. Contudo, a Enterprise, sob o comando de Riker, surge naquele momento
e consegue destruir a ave-de-rapina. No que La Forge providencia para que o shuttle
pouse pelos fundos de um depósito até uma plataforma com simuladores de vôo na
frente de uma tela com uma representação da Deep Space Nine sendo projetada, o
grupo ouve a comunicação de Jean-Luc Picard, de volta à Enterprise, agradecendo
os serviços de todo o grupo entre o qual o seu antepassado se encontra. Após o
grupo desembarcar do shuttle federado, os confusos funcionários do The Experience
os recebem, aliviados por não terem “perdido” os visitantes, embora não lembram
bem do que ocorreu. Enquanto conduzem o grupo para um elevador dos fundos do Hilton,
uma televisão próxima passa um telejornal local, onde repórteres questionam oficiais
da Força Aérea dos EUA a respeito de estranhas naves avistadas nos céus de Nevada
naquela noite. Impressões
e Avaliação Um
simulador que não tem apenas uma experiência de vôo muito boa, mas que também
alia isto aos familiares elementos de nossa franquia favorita: eis o que Klingon
Encounter tem a oferecer ao visitante do Star Trek The Experience. Algo
pelo qual Klingon Encounter não deve ser avaliado, é pela trama per se,
obviamente, que ocorre em algum momento entre a segunda e sétima temporada de
A Nova Geração. Afinal de contas, como em qualquer típica atração como
esta, “trama” é apenas algo tênue para sustentar a interatividade, e não dá para
esperar fidelidade ao C&C ou qualquer lógica rígida: existência da franquia
no próprio passado de seu universo, Jean-Luc Picard desaparecer mas sem outras
conseqüências, nave da classe Galaxy voando na atmosfera de um planeta,
combate aéreo nos céus de Las Vegas: o absurdo é grande, mas tais imprecisões
passam completamente inócuas. Apesar
disto, é importante também considerar que uma das coisas que garante uma excelente
imersão é justamente a preocupação dos criadores de Klingon Encounter de
oferecerem uma elabora interação direta do público com o ambiente, antes que a
parte de simulador de vôo sequer comece: o simulador é apenas metade da experiência
como um todo. A outra metade é você poder estar “a bordo” da Enterprise,
e uma vez que a coisa se inicia, com você surgindo em um padd de teleporte em
uma sala de transporte da nave, com uma oficial federada liderando a coisa, a
sensação de “wow” é forte: repentinamente, você sai dali por corredores absolutamente
reais de uma típica classe Galaxy, até entrar na reprodução absolutamente
fiel da ponte da Enterprise-D. Eu
confesso até que não sabia em que prestar atenção: se na comunicação de Riker
e La Forge (Jonathan Frakes e LeVar Burton novamente nos papéis),
ou se no ambiente geral da ponte. Fiquei perto do console tático, normalmente
operado por Worf. Enquanto Riker e La Forge se dirigem ao grupo, ambos os oficiais
federados ali “trabalham” nos consoles, e observei enquanto a Tenente operadora
de teleporte acessava alguns dos painéis de ciências, no fundo da ponte. A experiência
de interação continua no turboelevador (que, como o padd de teleporte, é maior
do que seria para poder comportar um grupo de dezenas de pessoas), e depois até
o embarque no simulador. O
simulador propriamente dito é como a típica atração desta classe de parques temáticos:
uma cabine com capacidade para cerca de 40 pessoas, em suportes hidráulicos, e
cercada de telas de projeção reversa – no caso do shuttle federado, telas na frente,
no topo e partes das laterais, o que garante uma boa imersão na experiência. O
curioso sobre o brinquedo é que, pelas próprias características originais dos
shuttles federados, a cabine do simulador, tanto externa como internamente, fica
consideravelmente realista. Olhando para frente do shuttle, todo o campo de visão
fica coberto pela visão das telas. Isto, aliado aos bruscos movimentos sincronizados
garantem realismo da simulação de vôo. O
filme projetado começa com a visão do hangar da Enterprise, e mostra o
shuttle de La Forge sempre à frente, fazendo fortes manobras perto da Enterprise
durante combate, por inúmeros efeitos tecnoblábicos espaciais e estruturas enormes,
e depois pelos céus de Las Vegas. A experiência é realmente impressionante, especialmente
quando o vôo está fazendo rasantes pelo casco da nave federada. No
todo, uma atração realmente agradável e que deixa uma impressão única no fã de
Jornada nas Estrelas, pela experiência de imersão no universo de A Nova
Geração. É de se notar que apesar de Klingon Encounter ter sido elaborado
em meados dos 90, não fica devendo em nada aos melhores simuladores deste tipo,
em parques temáticos como os da Universal ou Disney. Na verdade, ele demonstrou
ser bem superior ao seu equivalente mais próximo que existe na Disneylândia original
e no Walt Disney World Resort, na Flórida: o Star Tours, baseado na trilogia clássica
de Star Wars, já demonstra a idade que tem (foi inaugurado em 1987), tanto que
a Lucasfilm e a Disney começam a planejar um forte upgrade da atração, que deverá
conter elementos da nova trilogia. Borg
4D - Sinopse Por
meados da década de 2370, um grupo de cerca de vinte pessoas é encaminhado até
um remoto posto avançado federado próximo à borda entre os quadrantes Beta e Delta.
Nele, o grupo é primeiro instalado em uma ante-sala de avaliação biológica, na
qual Holodoc, o EMH Mark I que fora da USS Voyager, os recepciona em um
monitor. Holodoc informa ao grupo que eles foram selecionados para um importante
projeto de biotecnologia, pois o DNA dos integrantes deste grupo possuem características
que, se bem desenvolvidas, pode gerar uma resistência natural a nanoprobes Borg,
tornando assim a assimilação impossível. Tal
avanço científico está sendo possível graças aos esforços dele mesmo, garante
Holodoc. Mas a falastrice típica do EMH Mark 1 é interrompida quando um oficial
federado informa que sensores de longo alcance detectaram uma nave saindo de dobra,
se dirigindo ao posto avançado. Logo, um cubo Borg surge no monitor, e a tripulação
coloca a base em alerta vermelho. Enquanto vociferam seu costumeiro slogan de
resistir é inútil, os Borgs engajam a estação federada, e começam a desembarcar
drones. Combate se segue, e a seção da estação onde o grupo está parece sofrer
bons danos, e depois de uma perda de energia, Holodoc consegue restabelecer contato
com os oficiais escoltando o grupo. Ele ordena os federados levarem o grupo para
um shuttle para imediata evacuação do local. Nisto,
o oficial da Frota, já armado com um rifle feiser, conduz o grupo por escuros
corredores da estação, e no caminho até o hangar, encontram drones Borgs, primeiro
apenas assimilando a tecnologia, mas depois voltando sua atenção aos federados,
que respondem fogo e oferecem combate para dar cobertura ao grupo poder chegar
até o shuttle. Uma oficial federada instrui ao grupo sentar-se nas cadeiras disponíveis
de um massivo “shuttle”, e colocarem os óculos que lhes são oferecidos. Isto feito,
ela segue para um console. Apesar de a oficial conseguir decolar a nave, um raio
trator a captura e o shuttle é trazido para dentro do cubo Borg, com o massivo
interior do cubo ocupando a grande tela a frente dos passageiros. A parte frontal
do shuttle é destruída, e pequenos drones aéreos entram no local, espalhando nanoprobes.
Enquanto os passageiros ali começam a sentir na pele os efeitos iniciais de assimilação,
uma Rainha Borg é montada no local, e informa os recém-assimilados que agora eles
irão fazer parte da Coletividade Borg e irão atingir um estágio a caminho da perfeição.
Enquanto
o processo ocorre, uma fraca imagem do Holodoc surge, que informa o grupo que
ele conseguiu encontrar uma maneira de transmitir uma mensagem para eles, e que
por eles contarem com uma natural resistência a nanoprobes, eles devem lutar contra
a assimilação o quanto puderem, pois ajuda está a caminho. A comunicação de Holodoc
é interrompida pela Rainha, que informa que ninguém consegue resistir a assimilação.
Nisto, uma outra comunicação se inicia, e em monitor paralelo do shuttle a imagem
da Almirante Janeway surge, enquanto uma nave da classe Intrepid abrindo
caminho por entre o cubo é possível de ser avistada à frente do shuttle. A
Rainha e Katie começam mais um de seus girl-talk, enquanto a Voyager oferece
combate aos Borgs no local. Janeway ordena disparos de torpedos quânticos contra
a posição da Rainha, que parece se teleportar antes do impacto, mas os danos aos
Borgs já permitem à Voyager ativar o seu próprio raio trator para remover
o danificado shuttle do local, e ambas as naves se afastam enquanto o Cubo acaba
destruído por completo. Após a Voyager providenciar para o shuttle ser
hangarado, Janeway congratula os passageiros por terem conseguido resistir a assimilação,
possibilitando uma grande vitória contra os Borgs. Impressões
e Avaliação Da
mesma maneira que Klingon Encounter, um dos grandes pontos fortes de Borg
Invasion é a interação direta do público com o ambiente, com a primeira parte
da experiência. No caso de Borg Encounter, passamos a uma ambientação no
universo da franquia por volta de meados da década de 2370, após o final de Deep
Space Nine e Voyager, e Jornada nas Estrelas: Nêmesis. Desta
forma, a ambientação é adequada ao momento cronológico: displays LCARS mais sofisticados,
uniformes e equipamentos pós-Jornada nas Estrelas: Primeiro Contato, e
poraí vai. O senso de urgência da atuação dos atores é ainda maior: além de oficiais
federados armados e em modo no-nonsense, há também drones Borgs, assimilando a
estação e os federados que tentam interferir, e o desenrolar disto ocorre bem
ao redor do grupo visitante. A
segunda parte da atração é realizada em um cinema 3D, que faz às vezes de “shuttle”
para deixar a estação. A audiência coloca os óculos, e o filme projetado mostra
a ação do shuttle tentar se afastar da estação apenas para ser trazido a bordo
do Cubo, sua frente destruída, e drones Borgs entrarem para iniciar assimilação.
Neste ponto, sistemas das poltronas entram em ação: elas se movem, além de jatos
de ar saírem pelas laterais na altura do pescoço, e protuberâncias levemente salientes
se fazerem sentir no estofamento da cadeira, como probes de assimilação; certamente
que a sensação não é exagerada e não chega a ser incomoda, mas até que serve bem
de “moldura” para a suposta sensação de assimilação. E
considerando que a simulação aqui não é tão intensa em movimento de ação como
a de Klingon Encounter – apesar dos efeitos sensitivos da poltrona – como
qualquer típico filme em 3D de atração de parque temático precisa ter bom “eye
candy”. Os efeitos em si do filme são competentes, e no nível que se encontra
das produções mais recentes em Jornada nas Estrelas, com foram os efeitos
em CGI em Voyager e Enterprise. Um ponto de destaque de Borg
Invasion é a participação de Roberto Picardo, novamente na pele holográfica
de Holodoc; como sempre, demonstra seu talento e está muito bem no papel, apesar
do necessário tom algo mais dramático na performance, para intensificar a atuação.
Como é de se esperar, também no filme estão Alice Krige reprisando seu
papel de Rainha Borg, e Kate Mulgrew novamente como Kathryn Janeway, já
como membro do Almirantado federado, tal qual estabelecido em Jornada nas Estrelas:
Nêmesis. No
frigir dos ovos, apesar de compartilharem uma mesma estrutura (interpretação mais
show projetado), Borg Invasion consegue se diferenciar bem de Klingon
Encounter, e complementa bem a experiência de imersão no universo de Jornada
nas Estrelas que o Star Trek The Experience pode oferecer ao visitante.
Restaurante,
Lojas e Afins Como
Este Missivista e Sua Trupe ainda tinham que dedicar tempo a visitar mais atrações
gerais da cidade e a movimentação da Las Vegas Strip, tudo durante a única noite
que poderíamos estar por lá, não foi possível fazermos um test-drive do Quark’s
Bar, o restaurante do Star Trek The Experience. Contudo, um colega de fandom
que também já esteve em Las Vegas me comentou: Leandro, o restaurante é decente,
mas nada estelar – apenas um típico american bar & grill, com um menu equivalente
ao que se pode encontrar em um restaurante destes. Uma rápida examinada no
cardápio exposto me mostrou também que poucas comidas pareciam ser “cânones” –
não reconheci muito do que estava lá, exceto pelos suspeitos de sempre, como “Klingon
Bloodwine” e “cerveja Romulana”, mas fora isto, parecia ser drinques, saladas,
steaks e grelhados convencionais em apresentações mais exóticas. Na realidade,
vale mais pela experiência que é comer em um local que é uma reprodução do Bar
do Quark, no Promenade de Deep Space Nine. A
loja do The Experience, como é de se imaginar, é bem fornida e variada,
e além dos típicos souvenires de parque temático, como chaveiros, canetas, canecas
e camisetas, conta também com merchandising variado da série, como reprodução
de props, maquetes de naves, itens colecionáveis, jóias, e poraí vai. Considerei
os preços muito salgados em diversos itens, até mais do que se poderia esperar
de uma loja destas em Las Vegas. Por exemplo, os típicos box-sets de temporadas
das séries de Jornada estavam sendo vendidos por inaceitáveis cento
e setenta dólares em média...! Estes mesmos box-sets têm preço sugestão nas
boas lojas de DVD por volta de cento e vinte dólares, e com algum bater de perna,
dá para encontrar por cem ou um pouco menos – preço que ainda assim já é mais
do que a média para temporadas de séries de TV, considerando que outras boas séries
como The West Wing e Stargate SG-1, por exemplo, possuem temporadas com preços
por volta dos cinqüenta, sessenta dólares, quando muito. Agora, a loja do The
Experience cobrar cento e setenta dólares por uma temporada? Absolutamente
inacreditável que alguém possa aceitar pagar tal valor. O
Museu do The Experience não é exatamente uma atração em separado, mas faz
parte do “corredor de espera” para as filas tanto do Klingon Encounter
quanto do Borg Invasion. Grandes painéis e vitrines ao longo dos corredores
contêm uma considerável coleção de props, figurinos e objetos diversos de todas
as manifestações de Jornada nas Estrelas. Apesar de a instalação um tanto
quanto “de canto” não sugerir grande importância, a coleção é bem numerosa e variada,
e serve bem como distração enquanto se espera a fila andar. Contudo, quando fui
praticamente não havia fila – tanto é que não me importava realmente às pessoas
passarem na minha frente na área de fila enquanto eu estava observando alguma
das vitrines em particular. Há
também disponível em tempos recentes um “backstage tour”, que ocorre três vezes
ao dia. Mediante ticket em separado, o backstage tour leva o visitante a um passeio
pelos bastidores de ambas as atrações principais do The Experience, bem
como sala de maquiagens, com um guia oferecendo explicações de como são os procedimentos
internos das atrações. Conclusões Um
escapismo meramente despretensioso e divertido foi o que considerei do The
Experience, apesar de considerar que a atração dificilmente teria maneiras
de prender a atenção por mais do que um dia, quando muito – não é grande o bastante
para além disto, a não ser que a pessoa fique incessantemente repetindo os dois
passeios principais depois de uma ida em cada um deles, e de passar pelo restaurante,
loja e backstage tour. Mas foi bem interessante, e é certamente algo que não tem
como haver equivalente em convenções dedicadas a Jornada nas Estrelas,
por razões óbvias. Muito
tem se comentado a respeito dos rumores sobre o eventual iminente fechamento do
The Experience, e tais rumores certamente são conhecidos de todos ali.
Os funcionários com quem conversei comentaram que isto sempre deixa uma natural
preocupação no ar, mas não chega a ser nada de realmente novo, desde que houveram
mudanças no controle acionário do Las Vegas Hilton. Contudo, a nova reestruturação
da Viacom e CBS incluem planos para a venda da Paramount Parks, que controla o
Star Trek The Experience, e assim, mudanças podem ser realmente inevitáveis
no futuro. É de se considerar que a atração como um todo pode estar tendo menor
público de algum tempo para cá, e a nova política de preço pode ser uma tentativa
de se atrair mais público. Na época da inauguração do The Experience, o
ingresso de 14,95 dólares dava direito apenas a um único passeio no Klingon
Encounter; hoje, o preço único de 33,99 inclui tanto Klingon Encounter
como Borg Invasion, e dá direito ao visitante passar o dia inteiro repetindo
ambas as atrações. No
todo, uma experiência agradável que deve satisfazer qualquer fã de Jornada
nas Estrelas que sempre desejou saber como seria interagir um pouco com os
elementos deste rico universo de ficção-científica. Particularmente, não acredito
que apenas o The Experience por si mesmo justificaria o custo de viagem
e hospedagem até Las Vegas; mas caso os colegas fãs de Jornada já planejem
viajar para Las Vegas em si, que certamente tem muito a oferecer, ou mesmo para
aquela região do sudoeste dos EUA em geral, então uma visita ao The Experience
é parada realmente obrigatória. |