Série Clássica
Temporada 2

Análise do episódio por
Carlos Santos



 









 

MANCHETE DO EPISÓDIO
Reciclagem excessiva produz segmento sem brilho

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Sinopse:

Data Estelar: 4657.5

Respondendo a um sinal de Socorro, a Enterprise chega a um planeta não mapeado nos limites do espaço da Federação. O grupo de desembarque formado por Kirk, Spock. Mccoy e mais dois tripulantes, é recebido por um casal de aparência humanóide. Kirk se identifica, e informa que está ali em resposta ao pedido de socorro, e em contrapartida, recebe uma ordem para entregar a Enterprise.

O capitão se recusa e então a mulher utiliza os controles de espécie de caixa que traz amarrada a cintura para dominar todo o grupo, que imediatamente fica incapaz de se mover. O homem que havia dado o ultimato a Kirk se identifica como Rojan, do Império Kelvan, localizado na galáxia de Andrômeda.

Após ter suas armas e comunicadores removidos, o grupo é liberado da influencia do campo por Rojan. Este informa que faz parte de uma expedição que tem como propósito encontrar um novo lar para o Império Kelvan, visto que este está condenado devido a aumento da radiação na galáxia de onde vem. Rojan está certo de que nossa Galáxia é uma boa opção e que será conquistada facilmente.

Ele explica que perderam sua nave ao atravessar a “Grande barreira” que cerca a galáxia e por isto pretendem usar a Enterprise para retornar para casa, numa viagem que levará 300 anos. Enquanto Rojan fala, um grupo de três Kelvans vai a bordo da nave da Frota Estelar e rapidamente assume o controle, usando dispositivos iguais ao usado pela mulher Kelvan (Kelinda) para congelar o grupo de desembarque.

Rojan ordena que o grupo seja preso em uma cela ainda no planeta. Lá, Spock tenta usar de telepatia para iludir Kelinda e fazer com que esta abra a cela. Apesar do vulcano ser repelido violentamente durante o contato, o plano funciona e após remover o cinto com o dispositivo de Kelinda, o grupo deixa a cela, apenas para encontrar Rojan e outro Kelvan, Hanar, esperando por eles.

Como punição pela tentativa de fuga, Rojan ordena a execução dos outros dois tripulantes. Hanar usa o seu dispositivo para reduzir estes dois a dois pequenos blocos geométricos. Um deles, que antes era a ordenança Thompson é esmagado por Rojan, enquanto o outro é reconstituído. Rojan avisa que novas tentativas serão punidas da mesma forma.

O grupo de descida é levado de volta a cela, onde Spock analisa a imagem captada da mente de Kelinda momentos antes de sua separação. Nesta imagem ele pôde ver criaturas enormes, com centenas de tentáculos, e acredita ser esta a verdadeira aparência dos Kelvans, que aparentemente assumiram a forma humanóide apenas para poder usar a nave, projetada para humanos.

Sob ordens de Kirk, Spock entra em um transe profundo, para que os Kelvans pensem que ele está doente e permitam que volte a nave. O plano funciona e Spock e McCoy vão a bordo. Os dois chegam à enfermaria acompanhados por um Kelvan (Tomar). Lá McCoy administra uma medicação no vulcano, e informa a Tomar que Spock em breve estará bem. Este se afasta e deixa os dois na enfermaria.

Depois de algum tempo na superfície, Kirk também é levado a bordo junto com o restante do grupo Kelvan, e após a Enterprise deixar órbita, ele segue ate a enfermaria para ver Spock e McCoy, junto com Scott, trabalhando num plano para tentar deter os invasores. A idéia é destruir a fonte de energia dos dispositivos Kelvans, que foi trazido por estes e instalado na engenharia.

Scott e Spock conseguem se esgueirar até a engenharia, apenas para perceber que o material que cerca o equipamento projetor é impenetrável. Spock e Scott preparam os reatores para liberar matéria da nave, o que ira causar a destruição da mesma quando esta passar pela grande barreira, mas deixam à decisão final a cargo do capitão, mas Kirk decide não usar o recurso.

Após atravessar a grande barreira, os Kelvans usam os dispositivos em seus cintos para reduzir todo o pessoal considerado por eles não essencial a blocos, conforme já haviam feito com os dois tripulantes anteriormente, a fim de impedir eventuais tentativas de retomar a nave, além de economizar recursos durante a viagem. Rojan também deixa claro que sabia do plano de Scott, e que providências para impedi-lo já haviam sido tomadas.

Spock informa Kirk que apenas ele, Spock. McCoy e Scott foram mantidos em sua condição normal. Aparentemente sem alternativas, os homens da Frota Estelar começam  perceber que os Kelvans estão tendo dificuldades para lidar com os corpos humanos, e concluem que podem explorar este fato para tentar enganar o inimigo.

Scott começa introduzindo um dos Kelvans, Tomar, aos prazeres da bebida, McCoy, com a desculpa de curar uma anemia em Hanar, começa a injetar fortes doses de estimulantes no rapaz, e Kirk tenta seduzir Kelinda, e é surpreendido por Rojan em uma de suas aproximações. Após o incidente Spock questiona Rojan a respeito do ocorrido, durante um jogo de xadrez, tentando provocar um pouco de ciúmes no líder Kelvan.

O estratagema parece dar resultado. Rojan tenta proibir Kelinda de ver Kirk, mas ela se recusa, pelo contrario procura por Kirk novamente, enquanto Hanar tem uma explosão de raiva na ponte e desafia a autoridade de Rojan. Pouco tempo depois, Spock vai até a ponte com a desculpa de executar manutenção de rotina nos sensores da nave, e continua tentando provocar o líder dos Kelvans.

Após ser informado por Spock que Kelinda está com Kirk na sala de recreação, contrariando suas ordens, Rojan deixa a ponte visivelmente contrariado, enquanto Scott derruba Tomar com a ajuda de uma garrafa de Uísque envelhecido. O engenheiro aproveita o momento e retira o dispositivo do cinto de Tomar, mas é vencido pelo álcool antes de conseguir sair do seu alojamento e levar o artefato a Kirk.

Rojan encontra Kelinda e Kirk e inicia-se uma discussão entre os dois, que logo evolui para uma briga, que passa a ser presenciada por Spock e McCoy que chegam pouco depois à sala de recreação. Durante a luta, Kirk faz com que Rojan perceba que o fato de usarem a forma humana os está afetando, tornando-os também humanos.

Rojan aceita o fato, e a uma oferta de Kirk de levar o fato a Federação, e encontrar de forma pacifica um lugar para os Kelvans dentro galáxia. Rojam devolve o controle da nave para a Kirk, e concorda em restaurar a tripulação e levar a nave de volta ao espaço da Federação, enquanto uma nave robô será enviada para Kelvan com a proposta da Federação. Com a situação sob controle, a Enterprise inicia a viajem de volta para casa.

 

Comentários:

Um grupo de viajantes de outra galáxia vem até a nossa simpática via Láctea com o propósito de preparar uma invasão. Embora comum na ficção científica desde tempos remotos, não se pode dizer que este seja um tema que tenha muito a oferecer a Jornada nas Estrelas, mesmo a Serie Clássica., com raras exceções.

Tudo bem, que a Federação já cansou de sofrer ameaças de destruição, ou invasão de todo o tipo: Klingons, Romulanos, Metrons, maquinas de destruição e Sondas espaciais vagando pelo espaço, catástrofes diversas, crises políticas, etc, etc, etc, mas não bastasse o tema pouco original o desenvolvimento deste segmento deixa a desejar em vários níveis, criando um episodio monótono.

Primeiro deixemos claro uma questão que para alguns eventualmente escapa(quase escapou ao autor pelo menos). Jornada nas Estrelas é uma Série de TV feita por humanos, para humanos e que fala sobre humanos. Parece obvio, mas nem sempre é. Gene Roddenbery desenvolveu um modo de discutir a humanidade aplicando sentimentos ou reações humanas em supostos alienígenas, e desenvolvendo historias a partir destes contextos.

A Historia dos Kelvans funciona de forma similar, porém desta vez, a idéia é reforçar que os sentimentos e emoções fazer parte de nossa identidade enquanto seres humanos. Os Kelvans são apresentados como uma mistura de elementos conhecidos: Lógica e pragmatismo Vulcano, aliado a cultura expansionista dos Klingons, sendo a primeira a característica mais importante neste momento. Os Kelvans são, segundo Spock, uma raça intelectualmente superior e para alcançar esta superioridade sacrificaram qualquer coisa que pudesse distraí-los. Os sentidos e as emoções.

Ao fazer isto, eles se tornaram seres rígidos demais, incapazes de apreciar as pequenas coisas da vida que valem a pena, como apreciar o sabor de prato bem preparado, a beleza de uma flor, ou mesmo a liberdade de um espaço aberto. Os Kelvans se sentem desnorteados pelo simples fato de estarem em um espaço que não possam controlar. Logo precisam estar no comando, exercer o controle, para se sentirem confortáveis e por isto eles precisam conquistar e governar, como disse Rojan a Kirk. Para eles isto se tornou uma necessidade quase biológica. Os Kelvans não vieram de outra galáxia para conquistar a nossa apenas por que são aliens maus, mas por que desaprenderam outro meio de vida, incapazes que se tornaram de se adaptar ao imprevisível.

Podemos tirar dai à mensagem do segmento. Mais uma vez a Série Clássica nos alerta para a necessidade de procurar o saber tecnológico, sem abandonar, contudo a essência do que nos faz humanos, deixando claro quais concessões não podem ser feitas. É preciso manter nossa humanidade, e acima de tudo nossa identidade, mas aprender também a conviver com a diversidade. Um grande desafio enquanto raça, sem duvida.

Mas apesar de uma mensagem simbólica interessante no campo filosófico, "By Any Other Name" falha no quesito entretenimento. O segmento foi montado de uma forma que não percebemos fluidez no roteiro, e chega ao seu final lembrando um conjunto de blocos (!) que se encaixam mal e sendo menor que suas partes. O conceito central é relativamente complexo, em se tratando de Série Clássica, e o texto não alcança sucesso em tratar a questão de forma adequada.

Há um excesso de tecnobabble, sem o qual não seria possível para os cinco Kelvans dominar os mais de 400 tripulantes a bordo da Enterprise, tripulação esta que mesmo assim, precisou ser estupidificada, uma vez que sempre pareceu que o único trunfo dos Kelvans era as tais caixas nos cintos, que apesar de ser multi-direcional, precisa pegar a vitima de frente, e neste caso, estar amarrado ao cinto não é lá muito eficiente. Fora estas armas de eficiência duvidosa, nada de mais. Tanto Kelinda quanto Rojan foram dominados sem dificuldades por Kirk quando o roteiro permitiu, e seus homens já lidaram com inimigos mais capazes com menor dificuldade.

A trama também ignora algumas questões de comportamento geral dos personagens, o que não ajuda a lhe dar credibilidade. Kirk já colocou a nave em perigo antes, e varias vezes ficou claro que tanto nave quanto tripulação seria dispensáveis se a segurança da Federação dependesse disto. Este parece ser caso inequívoco deste tipo de emergência, logo não parece correto para o capitão considerar a hipótese como loucura, ao contrario, deveria ele mesmo ordenar a destruição da Enterprise.

Em seguida, vemos justamente McCoy discutindo com Kirk por não ter ordenado a destruição da nave ao passar pela grande barreira. Para o fã de Jornada, isto não parece coisa do personagem, que a esta altura já estava desenvolvido o suficiente para que pudéssemos esperar do medico certo padrão de comportamento.

Outra questão que desperta duvida é, de onde vieram estes corpos usados pelos Kelvans ? Foram roubados de alguém, ou construídos por algum tipo de engenharia genética, em Kelvan, antes da viagem, ou depois de chegaram em nossa galáxia ? Segundo o próprio Rojan, eles teriam caído naquele planeta imediatamente após esta tentativa de passagem, e se esta grande barreira não permite que nenhum tipo de sinal passe através dela de onde vem o conhecimento que os Kelvans parecem ter dos humanos?

Depois que a Enterprise parte rumo a Grande Barreira - a mesma de “Where No Man Has Gone Before” - e a tripulação não essencial é reduzida aos tais blocos, (duas formas de economizar algum dinheiro, reaproveitando os efeitos óticos do segmento citado e dispensando um monte de figurantes) com base em que podemos dizer que Kirk, Spock, McCoy e Scott são de alguma forma necessários aos seqüestradores? E mesmo que fossem, estes poderiam rapidamente ser “reconstituídos”, quando e se necessário.

Tudo é forjado de forma a comportar a solução final do episodio. Sobrando apenas Kirk, McCoy, Spock e Scott para salvar o dia, cada em passa a usar as suas competências pessoais (sejam estas informais ou não) para tentar reverter a sua situação. Scott usa o seu talento como bom bebedor para embriagar o Kelvan Tomar, McCoy começa a entupir outro de remédios, Kirk como sempre, fica com a gatinha da hora, e Spock usa o seu conhecimento de psicologia e o seu aprendizado, adquirido pelos anos em conviveu com os humanos, para alfinetar Rojan. Tudo muito conveniente.

Temos ainda algumas outras questões menores que vão aparecendo ao longo do segmento, e que passam a incomodar mais na medida em que o resto da trama vai deixando a desejar, como o fato de Kirk parecer mais da fisiologia vulcana do que McCoy, o dos Kelvans não terem considerado outras raças que poderiam não gostar muito de serem conquistados, como Klingons e Romulanos, por exemplo, ou mesmo o simples fato de parecer certo exagero procurar um novo lar em outra galáxia ? Não haveria locais mais próximos para os Kelvans se mudarem?

As mudanças promovidas a bordo da Enterprise foram aproveitadas pela Frota Estelar ? Por que não deveriam, se a Federação estaria convidando os Kelvans para fazer parte dela agora ? O que levanta outra questão, pois parece que tanto Rojan quanto Kirk excederam suas autoridades, um ao propor e o outro ao aceitar tal acordo, embora tal questão possa ser de certa forma relevada, se nos quisermos imaginar que Kirk ainda levaria esta proposta ao conselho da Federação, conforme ele mesmo propôs, no inicio do segmento, (antes é claro, que Rojan tivesse assassinado uma tripulante a sangue frio, e raptado uma nave estelar).

Apesar de contar com uma seqüência antológica: nosso bravo engenheiro e Tomar Bêbados, e uma proposta de certa forma interessante, a necessidade de compactar muita coisa em pouco espaço de tempo acabou por tirar o pouco do brilho do segmento. Para funcionar, "By Any Other Name" precisa de muito boa vontade por parte de espectador para ignorar a avalanche de concessões que são feitas em nome da idéia central, mas nem sempre os fins justificam os meios. Este é um caso. Não basta só citar o “bardo”.

 

Citações:

Rojan: "We do not colonize. We conquer. We rule. There is no other way for us.”
("Nós não colonizamos. Nós conquistamos. Nós governamos. Não existe outro caminho para nó
s.")

Kirk: "A rose by any other name."
("Uma
rosa, por qualquer outro nome.")

Spock: "Humans are very peculiar. I often find them unfathomable, but an interesting psychological study."
("Humanos são muito peculiares. Frequentemente eu me sinto os desconfortável entre eles, mas é um estudo psicológico interessante.")

Tomar: "What is it?"
("O que é isto?")
Scotty: "Well, it's, um... it's green."
("Bem, isto
... é verde.")

 

Trivia:

Juliet:

'Tis but thy name that is my enemy;
Thou art thyself, though not a Montague.
What's Montague? it is nor hand, nor foot,
Nor arm, nor face, nor any other part
Belonging to a man. O, be some other name!
What's in a name? that which we call a rose
By any other name would smell as sweet;
So Romeo would, were he not Romeo call'd,
Retain that dear perfection which he owes
Without that title. Romeo, doff thy name,
And for that name which is no part of thee
Take all myself.

Romeo and Juliet (II, ii, 1-2)

Warren Stevens (Rojan): Nascido em 19 de Novembro de 1919, o ator teve participações em dezenas de série de TV e filmes ao longo de sua carreira, entre elas "Science Fiction Theater", "Alfred Hitchcock Presents", Wagon Train "Gunsmoke", "The Outer Limits", "The Man from U.N.C.L.E.", "Combat!", "The Time Tunnel", "Daniel Boone", "Voyage to the Bottom of the Sea", "Land of the Giants" "Mission: Impossible".  Stevens interpretou o Doutor Ostron no clássico Forbidden Planet (1956). O ator de 87 anos pôde ser visto recentemente no episodio Strange Bedfellows da 12 º temporada da Série E.R.,  exibido em 30 de março de  2006.

Barbara Bouchet (Kelinda): Nascida em1943 na antiga Tchecoslováquia durante a ocupação nazista, Barbara Bouchet mudou-se para os Estados Unidos ainda na infância, onde começou carreira como modelo, e pouco tempo depois começou a atuar em series de TV, como "Tarzan", The Virginian" , "The Man from U.N.C.L.E." , e "Voyage to the Bottom of the Sea". Bouchet foi a primeira atriz a encarnar a secretaria do serviço secreto de sua majestade, Moneypenny, na versão para o cinema de  “Casino Royale” (1967), primeiro filme não oficial da série James Bond. Uma parodia que contava com nomes como Peter Sellers, Ursula Andress , David Niven, Orson Welles, Woody Allen William Holden, John Huston, Kurt Kasznar (Terra de Gigantes), Jean-Paul Belmondo, Jacqueline Bisset, Anjelica Huston e Peter O'Toole.  A atriz, que teve uma pequena participação em Gangs of New York (2002), tem trabalhado bastante em produções italianas.

Robert Fortier (Tomar).: Nascido em 5 de Novembro 1926, o ator trabalhou com ninguém mais, ninguém menos que William Shatner e Adam West em “Alexandre, O Grande” da MGM, em 1968. Fortier faleceu em 1 de Janeiro de 2005, vitima de um ataque cardíaco.

Julie Crobb.: (Alferes Leslie Thompson) Esta foi a primeira aparição de Julie Crobb na TV. A Red Shirt esfacelada por Rojan neste episodio seguiria carreira, e como seus colegas, participaria de várias series de TV após seu debut em Jornada e voltaria a trabalhar com Willian Shatner em um episodio da série "T.J. Hooker" (exibida no Brasil como “Carro Comando, pela Rede Globo”).  Após dois divórcios, a atriz encontra-se casada com James Cromwell, conhecido entre os fãs de Jornada nas Estrelas por seu papel como Dr. Zefram Cochrane em Star Trek: First Contact (1996).

 

Ficha técnica:

Escrito por Jerome Bixby e Dorothy Catherine Fontana
Direção de Marc Daniels
Música de Fred Steiner
Exibido em 23 de fevereiro de 1968
Produção: 50

Elenco:

William Shatner
como James Tiberius Kirk
Leonard Nimoy
como Spock
DeForest Kelley
como Leonard H. McCoy
Nichelle Nichols como Uhura
George Takei como Hikaru Sulu

Elenco convidado:

Warren Stevens como Rojan
Majel Roddenberry
como enfermeira Christine Chapel
Barbara Bouchet 
como Kelinda
Stewart Moss
como Hanar
Robert Fortier
como Tomar
Carl Byrd
como tenente Shea
Lezlie Dalton
como Drea
Julie Crobb
como ordenança Leslie Thompson

 

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