Nascido
na Inglaterra em 1923, o físico e educador Freeman Dyson é
conhecido por seu trabalho especulativo sobre civilizações
extraterrestres. Entre estes trabalhos está a teoria da
"Esfera Dyson" (ou "Concha Dyson"), um
conceito publicado por ele em 1959 e que foi explorado no episódio
"Relics", do 6º ano da Nova Geração.
Seus pais eram músicos e compositores. Quando jovem Dyson estudou
na Universidade de Cambridge, uma das mais conceituadas da
Inglaterra, mostrando uma grande paixão pela matemática. Em
1943, os estudos em Cambridge tiveram que ser interrompidos, pois
Dyson foi convocado para combater na 2º Guerra pela Real Força Aérea
Britânica. Formado como bacharel em matemática por Cambridge em
1945, Dyson veio para os Estados Unidos em 1947 para estudar física
na Universidade Cornell, em Ithaca, Nova York, e depois Princeton.
Dyson
retornou para a Inglaterra em 1949 para ser pesquisador junto à
Universidade de Birminghan, mas foi chamado para ser professor de
física na Universidade Cornell em 1951 e dois anos depois no
Instituto de Estudos Avançados, IAS, o mesmo que abrigou Albert
Einstein depois que ele abandonou a Europa e passou a trabalhar
nos EUA.
Freeman Dyson tornou cidadão americano em 1957.
Em uma vida inteiramente dedicada à estudos de exploração e
colonização do Sistema Solar e além, Dyson estudou maneiras de
procurar evidências de vida extraterrestre inteligente pelo
cosmo. Ele escreveu diversos livros, incluindo "Disturbing
the Universe" (1979), uma autobiografia; "Weapons and
Hope" (1984); "Origins of Life" (1985) e
"Infinito em Todas as Direções" (1988), recentemente
publicado no Brasil.
A Esfera
A Esfera Dyson foi originalmente proposta em 1959 por Freeman
Dyson na revista Science, no artigo "Busca por Fontes
Estelares Artificiais de Radiação Infravermelha" como uma
maneira para que uma civilização avançada utilizasse toda a
energia irradiada de seu Sol. Seria uma esfera artificial
maior do que o tamanho do diâmetro da órbita que um planeta
percorre em volta do Sol.
A esfera consistiria em uma concha de coletores solares em torno
de uma estrela, e toda a energia coletada seria utilizada para
criar um enorme habitat com uma quantidade inesgotável de
energia. Em nosso Sistema Solar, uma Esfera Dyson com um raio de 1
Unidade Astronômica (UA, o equivalente à distância média entre
a Terra e o Sol, 150 milhões de km) teria uma superfície de pelo
menos 272 milhões de bilhões de km², em torno de 600 milhões
de vezes o tamanho da superfície de nosso planeta.
A proposta original simplesmente assumia que tendo os coletores
necessários em volta da estrela para absorver sua luz, não seria
necessário construir uma esfera completa e fechada, como visto em
"Relics". Junto com Ron Moore e a produção da Nova
Geração, esse tipo de engano é comum por parte de muitos
autores de ficção-científica.
Até hoje, nossos telescópios obviamente não localizaram nenhuma
Esfera Dyson pelo espaço afora, mas você pode ler sobre três
estudos para a procura delas em http://www.seti-inst.edu/.
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