MANCHETE
DO EPISÓDIO
Episódio
mostra paranóia de Beverly
e traz de volta personagem recorrente
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Sinopse:
Data Estelar: 44161.2.
Após dar as boas-vindas ao seu mentor, o dr. Quaice, um homem idoso
triste pela perda de sua esposa e amigos, a dra. Beverly Crusher
visita seu filho, Wesley, na seção de engenharia da Enterprise.
Wesley está trabalhando em um experimento com o campo de dobra
espacial. Enquanto a doutora assiste o filho trabalhar, um súbito
flash de luz ocorre, e o projeto fracassa.
De
repente a Dra. Crusher começa a ver os tripulantes da Enterprise
sumindo, um por vez. Alguns permanecem, porém nenhum deles sabe
algo sobre os desaparecimentos. Até que a doutora se vê sozinha na
nave.
Na verdade, o experimento de Wesley jogou sua mãe em uma bolha de
dobra, onde ela está vivendo uma realidade criada por seus próprios
pensamentos.
Após duas tentativas fracassadas de resgatar a doutora, a única
esperança de recuperá-la antes que seus pensamentos a matem é a
ajuda do Viajante, um ser que compreende perfeitamente a relação
entre espaço, tempo e pensamento. Ele já havia topado com o
pessoal da Enterprise em 2364.
Graças à pronta aparição do Viajante e a consequente colaboração
entre ele e Wesley, a tripulação consegue tirar Beverly de seu
Universo pessoal.
Comentários:
"Remember Me" tenta trazer de volta um
personagem recorrente, utilizar as mesmas possibilidades abertas no
episódio "Where No One Has Gone
Before" e mostra uma paranóia pessoal da doutora
Beverly Crusher. Como se pode ver pelos elementos acima listados, o
resultado final só poderia ser o que foi: um episódio que fala,
fala, fala e não diz nada, por perder seu próprio foco e senso de
propósito.
Se tudo deu certo na primeira aparição do Viajante, em um dos
melhores episódios do primeiro ano, agora parece que os produtores
quiseram mostrar como é possível usar mal o personagem.
Ele chega do nada, nem toca no assunto de sua desaparição anterior
(em "Where No One Has Gone Before"),
troca algumas idéias com Wesley e ajuda o menino-prodígio a tirar
sua mãe de um fenômeno esquisito em que os pensamentos de Beverly
tornam-se realidade.
Ou
seja, sua volta pode ser boa para a doutora, mas para o
telespectador, não diz absolutamente nada. E não é porque o
personagem não tenha carisma ou personalidade a ser explorada; o
roteiro é que não ajuda.
Aliás, o episódio é uma prova viva de quanto pode ser perigoso e
desinteressante a idéia de juntar pensamento, espaço e tempo,
quando não há um propósito definido. Quando a idéia foi aplicada
em "Where No One Has Gone Before",
o objetivo era mostrar a capacidade da tripulação de controlar
seus próprios pensamentos. Aqui, só serve para desenrolar uma
paranóia da doutora, que acha que seus colegas de nave estão
desaparecendo.
Por
incrível que pareça, apesar de o episódio girar 100% em torno de
Beverly, não aprendemos nada de interessante sobre sua
personalidade. Só podemos pensar que, em seu íntimo mais profundo,
ela teme ficar sozinha. Mas não há razão para isso. Os escritores
simplesmente cismaram com isso e acharam que dava uma boa história.
Enganos acontecem.
A história só não é pior graças à química existente entre os
personagens, que conseguem segurar o episódio somente em seus diálogos
e interações, dispensando a necessidade de um roteiro mais
interessante ou elaborado.
O único personagem que sai ganhando é Wesley, o que é sintomático.
Vemos que ele dá mais um passo em sua caminhada rumo a um destino
diferenciado, como o Viajante havia previsto em sua primeira aparição.
A jornada de Wesley seria concluída na sétima temporada da série,
no episódio "Journey's End", que também conta com
uma aparição-relâmpago do Viajante.
Citações:
Beverly - "If
there's nothing wrong with me... maybe there's something wrong with
the Universe."
("Se não há nada errado comigo... talvez haja algo errado com
o Universo.")
Trivia:
Este episódio marca a volta do ator Eric Menyuk como o Viajante.
Ele havia participado do episódio "Where
No One Has Gone Before", da 1ª temporada, e ainda
voltaria na 7ª temporada, em "Journey's End".
Alguns
dias após a filmagem deste episódio, Gates McFadden (dra. Crusher)
descobriu que estava grávida.
O
termo "cochrane" é utilizado neste episódio. Trata-se de
uma unidade para medir a tensão do campo subespacial. Esse termo,
é claro, é uma homenagem à Zefram Cochrane, o inventor da dobra
espacial.
Aqui
ficamos sabendo que a Enterprise carrega 1014 pessoas, contando com
o Dr. Quaice, que estava a bordo neste episódio.
Ficha
técnica:
Escrito por Lee Sheldon
Direção de Cliff Bole
Exibido em 22/10/1990
Produção: 079
Elenco:
Patrick Stewart como
Jean-Luc Picard
Jonathan Frakes como William Thomas Riker
Brent Spiner como Data
LeVar Burton como Geordi La Forge
Michael Dorn como Worf
Gates McFadden como Beverly Crusher
Marina Sirtis como Deanna Troi
Wil Wheaton como Wesley Crusher
Elenco convidado:
Bill Erwin como
comandante Dalen Quaice, M.D.
Colm Meaney como tenente Miles Edward O'Brien
Eric Menyuk como Viajante
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