Que
venham os Romulanos!
Até
que haja outra série que fale da história da Federação no
"presente", os filmes de Jornada serão os responsáveis
por contar o desenvolvimento da situação a partir da chegada da
Voyager à Terra e o possível início da despedida dos aventuras da
Nova Geração. Esta é uma situação especial e inédita no
universo de criado por Gene Roddenberry. O que está para acontecer
daqui para frente, depende, por enquanto, do que veremos na tela
grande.
Os Romulanos farão parte do próximo filme. Até que enfim!
Poderemos ver como este povo extremamente inteligente, ardiloso e
orgulhoso de si mesmo vai entrar em cena na linha de frente de mais
uma jornada. No cinema, eles foram mostrados de maneira secundária
na trama. Além da especulação, quase totalmente aceita, de que a
tenente Saavik é meio Romulana, a participação de bons
personagens deixou a desejar.
A
representante do Império Romulano Caithlim Dar (de "Jornada
nas Estrelas V - A Última Fronteira") é o melhor exemplo
até agora. Bonitinha e sensual, só não é mais estonteante que a
auxiliar do comandante Klingon que tenta interceptar a Enterprise.
No final da história, a Romulana se entende com o representante da
Federação. Pelo menos para eles, encontrar o Éden, ou Vorta Vor,
não deve ter sido muito difícil...
Em "Jornada nas Estrelas VI - A Terra Desconhecida",
o embaixador Romulano está em Paris, no gabinete do presidente da
Federação junto com Sarek, o embaixador Klingon e os oficiais do
Alto Comando da Frota Estelar. Ele ajuda a pressionar para que não
haja interferência quanto ao julgamento de Kirk e McCoy,
determinado pelos Klingons. No final do filme, enquanto muitos batem
palmas para a tripulação da Enterprise e para o Império Klingon,
que acaba de selar o acordo de paz, só o embaixador Romulano está
cabisbaixo porque seu povo perdeu a oportunidade de jogar com o
conflito entre a Federação e os Klingons. As conseqüências
disso, foram apresentadas depois na Nova Geração com o
ataque Romulano a Kithomer.
Na
Séria Clássica, os Romulanos aparecem em poucos episódios,
como "Balance of Terror" e "The Enterprise
Incident". Mark Lenard apareceu magistralmente pela
primeira vez fazendo o comandante da nave Romulana (que na primeira
dublagem brasileira, se chamava nave Rômula). A dignidade de dois
homens que se enfrentam numa batalha difícil de ser evitada ao
longo da Zona Neutra e o alto custo de uma guerra é mostrada, junto
com o parentesco Vulcano-Romulano, que quase comprometeu Spock.
Outra
grande figura foi a comandante Romulana que se apaixonou pelo
Vulcano e foi vítima de sua trama com Kirk para roubarem o
dispositivo de camuflagem. Nessa, até Kirk se disfarça de Romulano
para proteger os interesses da Federação, como Picard fará anos
depois.
Na Nova Geração eles foram mais utilizados e marcaram a sua
participação em muitos episódios. Eles reaparecem com o temor do
ataque a seus postos, provavelmente pelos, então desconhecidos,
Borgs, em "The Neutral Zone".
O
comandante Tomalak, interpretado por Andreas Katsulas (o G'Kar, da
série "Babylon 5") apareceu em "The Enemy",
quando Worf se recusa a fazer uma transfusão de sangue para salvar
um membro da tripulação Romulana resgatado em Galordorn Core. Ele
volta em "The Defector", em meio a uma tentativa de
um almirante Romulano de tentar evitar um ataque surpresa à
Federação.
Entretanto, os meus preferidos que apresentam a típica figura
Romulana são Sela e Neral. Ambos estavam presentes na articulação
para deter o plano de unificação Vulcano-Romulana arquitetado por
Spock em "Unification". Sela já tinha dado o ar de
sua graça antes, em "Redemption", onde ficamos
sabendo que ela é filha da tenente Tasha Yar com um Romulano,
depois dela ter voltado ao passado a bordo da Enterprise-C.
Sela
estava também anteriormente em "The Mind's Eye",
numa articulação pirata para ajudar a família Duras na guerra
civil Klingon, quando tentaram reprogramar a mente de La Forge para
assassinar o governador Klingon. Gente boa também é a
subcomandante Toreth, da nave de guerra Khazara, participando em "Face
of the Enemy". Ela confronta a conselheira Troi,
disfarçada de membro do Tal Shiar, o serviço Romulano de
inteligência.
Veremos se algum membro do Império Romulano que aparecer no cinema
estará à altura desses personagens, ou eles continuarão a
participar de forma marginal, fazendo uma perguntinha aqui ou uma
afirmaçãozinha ali.
Pelo
que parece, as expectativas são boas. Assim, nós todos poderemos
comemorar a compensação de uma falta bastante sentida no universo
de Jornada. E, é claro, não vai falta a boa e velha cerveja
Romulana pra todo mundo.
Cláudio
Silveira escreve regularmente sobre os filmes com
exclusividade para o Trek Brasilis
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