Um dos painéis mais interessantes realizados na TrekCon 2 virtual do último fim de semana foi com o produtor executivo de Star Trek: Lower Decks, Mike McMahan. A TrekCon virtual foi organizada pelo podcast 7th Rule, apresentado por Ryan Husk e Cirroc Loften, o Jake Sisko de Star Trek: Deep Space Nine.
McMahan é um superfã de Star Trek e falou sobre como era importante para ele permanecer fiel aos seus companheiros fãs ao fazer o novo seriado:
Você não quer trair ninguém, mas precisa fazer algo novo. Deep Space Nine fez algo novo, Voyager fez algo novo, Enterprise… cada um desses novos shows faz algo novo. Para mim, Lower Decks não trai Jornada nas Estrelas. Nós quebramos as regras de Jornada nas Estrelas. Somos obviamente uma comédia, mas em seu coração, este show é Jornada nas Estrelas; tudo, desde as escolhas do design, da música até as palavras que os personagens estão dizendo.
Uma das maneiras com as quais Lower Decks se uniu ao universo de Star Trek foi através de muitas referências à franquia, algo que o Trek Brasilis analisou para cada episódio (veja os easter eggs e referências de cada episódio). Durante seu painel solo, McMahan explicou por que as referências eram uma parte importante do seriado:
Muitas pessoas dizem: “Uau, há muitas referências neste seriado.” Algumas pessoas não entendem e pensam que nós achamos que as referências são engraçadas. Não achamos que as referências sejam engraçadas. Os tripulantes do decks inferiores seriam grandes fãs de todas as coisas que acontecem na Frota Estelar. Eles estariam aprendendo sobre isso na Academia. Eles estariam lendo os registros. E esta série é uma celebração de todas as coisas de Jornada nas Estrelas, para os personagens que estão nela, para o público que está assistindo e para os caras que escrevem. Quase nos sentimos como: Oh merda, nós fizemos isso, temos um show de Star Trek. Vamos nos divertir o máximo possível. Todas essas referências, para nós, são a construção do mundo. São personagens animados e bidimensionais. Como eles podem não estar animados com o Gorn? Se eles sabem tudo sobre esta nave, eles sabem tudo sobre a Frota Estelar.
McMahan disse que ele “vive e respira A Nova Geração“, e é por isso que grande parte do show é voltado para esse seriado, mas também construiu uma base para mergulhar em seriados como Deep Space Nine:
Quando descobri que podia criar uma nave da Frota Estelar em 2380 e podia usar parte do léxico visual daquela época e esse tipo de narrativa, minha primeira inclinação foi: Qual é a minha nave de A Nova Geração? Deep Space Nine é complexo. Tinha que ser A Nova Geração, este é o novo Star Trek, isso não é a Série Clássica, mas tem aspectos dela que vão ser familiares. Deep Space Nine tem que ser uma coisa totalmente diferente, não é o mesmo em uma estação da Federação. Isso é muito legal, mas você meio que não consegue isso sem A Nova Geração. Então os elementos de familiaridade são o que eu construí ao redor da Cerritos. Dito isso… Estamos constantemente na sala de escritores falando sobre como podemos chegar a Deep Space Nine. O que vai fazer sentido? Vimos isso em um flashback nesta temporada. Sinto que Mariner adoraria o Quark. Eles ficariam bêbados e acordariam em algum lugar e teriam que procurar as chaves.
McMahan falou também sobre como eles querem ir além dos maiores sucessos de A Nova Geração na segunda temporada:
Temos toda a segunda temporada escrita também e é nisso que estamos trabalhando para Lower Decks. Na primeira temporada é como se estivéssemos usando os melhores sucessos. Vamos fazer nosso episódio de julgamento. Vamos fazer nossa versão de um filme. Vamos fazer uma praga na nave. Vamos fazer todas essas coisas que eu amo, que são familiares para histórias de A Nova Geração. Mas na segunda temporada começamos a entrar em histórias do tipo Deep Space Nine e histórias do tipo Voyager e até mesmo em uma história do tipo Enterprise.
Assista ao painel completo da TrekCon 2 virtual sobre Lower Decks aqui:
Fonte: Trekmovie,com