Sir Patrick Stewart conversou com a radio CBC do Canadá, nesta semana, onde comentou sobre as questões atuais abordadas em Star Trek: Picard. Embora, é de se esperar que, nesta próxima temporada, a produção mantenha a linha de histórias que façam reflexão sobre nossos problemas modernos, Stewart não gostaria de ver a situação da pandemia do coronavírus como tema da série envolvendo Picard:
“Eu não encorajaria isso. Este é um momento perturbador, assustador e triste para muitos milhares de pessoas. Eu me sentiria desconfortável se fizéssemos disso um tema da segunda temporada de Star Trek: Picard. É muito mais sensível, perturbador e assustador do que algumas das outras questões com as quais lidamos, que são mais de natureza política”.
Patrick Stewart também acredita que seu personagem Jean-Luc Picard teria respondido à disseminação do COVID-19 “muito mais rápido do que o governo dos EUA ou o governo do Reino Unido”.
“Havia bons exemplos em todo o mundo de como lidar melhor com essa situação perigosa e difícil, e não foi o que aconteceu. Acho que Picard não hesitaria em encontrar, se não soluções, pelo menos maneiras de minimizar o risco e o perigo para os indivíduos”, disse ele na entrevista.
Em uma crítica às atitudes iniciais de descaso de alguns governos no mundo, Stewart chamou esses atrasos de “profundamente desconcertantes [e] preocupantes” e disse que o fato de o primeiro-ministro britânico Boris Johnson ter testado positivo para o COVID-19 mostra que o vírus “não respeita o poder”.
Mas, na opinião do ator, os governos parecem ter acordado para a gravidade do problema. “Mas, aos poucos, parece haver agora uma janela que poderia ajudar a acreditar que a situação está sendo tratada agora, como deveria ter sido desde o início e levada a sério, e não apenas algo com o qual discutir pontos políticos”, disse o ator que encontra-se em isolamento social.
O também produtor executivo Akiva Goldsman, em entrevista à revista Vulture, quando perguntado, caso ele escrevesse um episódio sobre a pandemia, o que Picard faria, respondeu na forma de um relato no diário do capitão:
“Diário do Almirante. A quarentena se estende. Sistemas essenciais continuam a falhar. E embora muitos de nós estejamos acostumados a longos períodos de isolamento, a proibição de contato físico, para não mencionar nossa incapacidade de deixar a nave, está começando a se desgastar até mesmo para os membros mais experientes da tripulação. A comunicação remota floresce – mas ainda lembro que não há substituto para um olhar direto ou a garantia de um toque amigável. Estou encorajado pela resiliência da equipe. Apesar das dificuldades, eles continuam a trabalhar em suas estações; produtividade e rotina podem ser um excelente bálsamo para o medo. E eles tem medo, como poderiam não ter? A ameaça que enfrentamos é real, sem fim imediato à vista. Mas isso não a torna infinita. Pelo contrário, este período de escuridão terminará, tão certo quanto começou. O medo desaparecerá e ficará só na memória. Nós sobreviveremos, mais fortes, talvez mais conscientes das conexões profundas que sempre tivemos. E chegará o momento em que, mais uma vez, endireitaremos esta nave e navegaremos juntos para o futuro, desconhecido e brilhante”.
Para quem aprecia a ciência na ficção científica, a série da Web Science vs Cinema conversou com o elenco e produtores executivos de Star Trek: Picard, sobre como permanecer fiel à ciência. O episódio também apresenta especialistas em diversas áreas discutindo tópicos científicos do programa, incluindo supernovas, produção de vinho, atmosfera de Marte e consciência quântica.
Você pode assistir toda a primeira temporada de Star Trek: Picard pela Amazon Prime Video. A segunda temporada ainda não tem data de estreia.
Fontes: TrekMovie, Vulture e CBC