Os pais separados de Star Trek estão oficialmente reatando. O conglomerado Viacom (que controla, entre outras empresas, a Paramount Pictures) e a CBS anunciaram nesta terça-feira (13) sua fusão, segundo os jornais New York Times e Hollywood Reporter.
As duas voltam a ser uma só, depois de uma década e meia “divorciadas”. No fim de 2005, elas foram separadas, o que involuntariamente também separou os dois grandes segmentos do mundo trekker — de um lado ficaram os filmes, com a Paramount Pictures, e de outro as séries, sob controle da CBS, que nominalmente detinha os direitos sobre todo o universo de Star Trek, licenciado para o cinema para a Paramount.
O namoro andava firme desde o começo do ano, mas havia esfriado por conta de resistências do então CEO da CBS, Les Moonves, que fez de tudo para derrubar os planos de fusão. Em meio a uma troca de processos judiciais (em que cada lado acusava o outro por não ter o melhor interesse de suas respectivas companhias em mente), Moonves saiu de cena após uma série de denúncias de abuso sexual, deixando o caminho livre para a retomada das negociações.
Com a fusão, surge a maior possibilidade de sinergia entre as duas pontas de produção, com importantes consequências para o futuro da saga. A mexida certamente muda os rumos de Star Trek no cinema, embora ainda não esteja claro se eles serão integrados ao que ao “universo Star Trek” que a CBS está construindo na televisão, principalmente por meio do serviço de streaming CBS All-Access. É, contudo, o mais provável dos desfechos. Antes mesmo da fusão, Alex Kurtzman já chegou a dar entrevistas sugerindo que a união de cinema e TV num universo compartilhado seria ideal.
No negócio recém-anunciado, o que houve foi a aquisição da Viacom pela CBS, e a expectativa é que a união produza economias de US$ 500 milhões para o grupo. Na fusão das duas diretorias, ficou no comando o CEO Bob Bakish, que antes comandava apenas a Viacom. E, claro, como chefe do conselho de controle da empresa está Shari Redstone, herdeira do conglomerado National Amusements, que era proprietário tanto da Viacom como da CBS.
O principal objetivo da fusão é dar maior musculatura ao grupo de comunicação para fazer frente a grandes potências, como a Disney (que andou comprando quase todo mundo e mais alguém nos últimos anos) e a Netflix (que basicamente criou do nada o mercado de streaming).