A revista britânica SFX destacou, em sua última edição, o filme “A.I.”, de Steven Spielberg, mas trouxe também uma matéria especial, que incluiu três fotos dos bastidores de Enterprise, a nova série de Jornada.
Confira abaixo a tradução da matéria da SFX, assim como as novas imagens da revista. Como bônus, você vê também o material visual da última TV Guide americana.
da SFX
Como a série é ambientada 200 anos antes da Nova Geração, os designers aparentemente tentaram adicionar uma qualidade retrô, dizem os rumores, adicionando um volante no leme da nave. Limitações tecnológicas neste período também tiveram de ser consideradas. Escudos ainda não foram desenvolvidos, deixando apenas cobertura do casco para proteção. Eles terão como velocidade máxima dobra 4,5, o que significa, como diz Archer, “Netuno ida e volta em seis minutos”. A nave tem teletransportes, mas eles só foram utilizados para mover carga e a tripulação fica nervosa ao pensar em ter de usá-los. Os feisers, na forma de pistolas de fase, serão introduzidos no piloto da série, “Broken Bow”. Ao contrário dos rumores, haverá um tradutor universal. Entretanto, ele não funciona muito bem, traduzindo errado e muitas vezes sofrendo uma pane completa.
“Sempre caminhamos por uma linha estreita em termos de desenvolver coisas que são menos avançadas do que as do tempo do capitão Kirk”, diz Berman das difíceis tecnológicas que eles fizeram. “Você sabe, há uma grande ironia sobre desenvolver coisas que você não quer que sejam mais avançadas do coisas que você sabe que vão aparecer em 90 anos, digamos, na época de Kirk. Esse é um problema que temos agora mesmo. O computador que estava sobre a mesa da capitã Janewat era mais tosco que o que está na minha mesa atualmente. Há telefones celulares que são muito mais compactos que os comunicadores que o capitão Kirk usava.”
Desenvolver uma série baseada no passado de um universo estabelecido criado ao longo de 40 anos levou Berman e Braga a um campo minado de problemas de continuidade. Não são apenas os avanços em nossa própria tecnologia, que fazem algumas coisas da Enterprise original parecerem com certeza primitivas, mas os desenvolvimentos em técnicas de maquiagem (os Klingons em Enterprise serão o tipo a que nos acostumamos desde que os filmes começaram), e a passagem do tempo em si fez de certos “fatos de Jornada” muito problemáticos.
Berman e Braga parecem determinados a fazer um novo começo; comentários feitos em uma recente entrevista coletiva sem dúvida despertaram medos entre os membros da comunidade de fãs que estão determinados a fazer do universo de Roddenberry o seu próprio universo. Na série original foi estabelecido que em 1996 metade da raça humana foi morta nas Guerras Eugênicas. Bem, o que você faz? Você presta atenção a isso, ou simplesmente se desvia? “É preciso ver em uma base de caso a caso”, diz Braga.
Berman tem sua própria opinião a respeito do assunto: “Há tantos livros escritos que se você realmente estudá-los, verá que eles se contradizem, que a história entre o capitão Kirk e o presente já foi discutida em episódios, em livros e em novelas. E temos que ter algum grau de liberdade sobre o quão perto ficaremos dessas coisas, porque elas muitas vezes se contradizem”. Em nenhum lugar está o desejo de começar de novo mais do que na decisão da dupla dinâmica de tirar as palavras “Star Trek” do título.
Mais inovações podem incluir um passo mais distante das trilhas de orquestra. Em vez disso, os produtores estão considerando usar uma trilha mais contemporânea. Um trailer contou com uma música de fundo de um rock leve americano. Vamos esperar que essa abordagem “Dawson’s Trek” não seja levada para a série.
Em um front diferente, temos os detalhes das menos contenciosas adições ao franchise. A sensação de “submarino” dos sets tem duas salas não-familiares com relação aos outros shows, a Sala de Armamentos e a Sala de Situação –assim como novas características, como cadeiras que deslizam de uma estação a outra. Nosso espião trek descreveu como o orçamento parece mais com o de um filme pequeno do que com o de um episódio normal, dizendo que os sets são realmente opulentos e que alguns, incluindo um enorme porto espacial, foram construídos apenas para o piloto.
Também haverá um cachorro a bordo. O precioso confidente do capitão, ele é Porthos. O cachorro é um acessório masculino para o que a estrela principal Scott Bakula descreveu como o “mais próximo de Kirk de todos os outros capitães”.
A especulação já começou sobre se a série terá o estilo da episódica Voyager, ou se as histórias seguirão arcos multi-episódicos, típicos de Deep Space Nine. Berman e Braga estiveram no set recentemente dizendo que a razão pela qual ainda não havíamos ouvido falar dos Suliban, e quem é o misterioso vilão do futuro, estão no coração da nova série, de modo que algum tipo de história contínua é inevitável.
Nosso espião revelou que várias ex-estrelas de Jornada que antes dirigiram episódios foram chamadas para fazer episódios para a nova série. LeVar Burton está entre os chamados, e aparentemente Roxann Dawson e Robert Duncan McNeill já concordaram. Segundo nosso espião Trek haverá vários personagens menores que serão recorrentes ao longo da série. Esses incluirão a enfermeira Nancy Struthers, assim como um conjunto de quatro ou cinco extras que serão usados para cenas em geral, para fornecer subliminarmente um senso de continuidade que faltou em Voyager.
Imagens da TV Guide
Fontes: Section 31, TrekToday e TrekWeb