Com a proximidade da estréia do filme Star Trek novas entrevistas, seja do elenco, seja da equipe de produção, começam a surgir em vários pontos da mídia. Aqui temos alguns trechos mais importantes dos comentários do pessoal que trabalha nos bastidores, como a do executivo do estúdio Marc Evans, do diretor de elenco Abril Webster, e do produtor executivo Bryan Burk.
O executivo da Paramount, Marc Evans, é o exemplo de como o estúdio anda animado com essa nova produção e põe todas as fichas no sucesso dessa nova Jornada. A entrevista foi feita pela Star Trek Magazine.
Tirando os fãs, para o público em geral, Jornada ganhou uma reputação de ser para geeks e nerds. É uma percepção que pretende seja alterada antes do filme ou você está esperando que o filme leve a isso?
Marc Evans: “A beleza do filme, pelo menos em minha opinião, e de todos os meus colegas, é que todos nós realmente acreditamos que os trekkers vão adorar, e que nós criamos algo para eles. Bob (Orci) e Alex (Kurtzman), J.J. (Abrams), Damon (Lindelof) e Bryan (Burk) têm falado muito sobre isto. O que foi legal quanto a essa equipe (a chamada suprema corte) é a respeito de sua familiaridade com o variado universo de Jornada. Bob conhece cada detalhe deste universo, e leu provavelmente cada romance. Bryan, por outro lado, eu acredito que realmente nunca tinha visto um episódio da série original”.
“Criamos um filme que é para todos. O teaser trailer, que achei ser um golpe de gênio e, depois, o trailer que veio com Quantum Solace, servem para ambos os fins. Francamente, acho que há muito pouco trabalho para nós (do estúdio) fazermos para definir uma forma ou outra, porque eu acho que o filme faz isso, e os materiais que vamos ter no mercado fazem isso. Creio que as pessoas que nunca viram um episódio de Jornada, que nunca acreditaram que era para elas, vão assistir ao trailer e querer ir ao cinema. Os fãs e as pessoas que foram talvez fãs em algum ponto e, em seguida, perderam o interesse vão olhar para ele e dizerem, “Eu vou voltar (a ser fã)”, ou “Cara, eu definitivamente estarei lá”. Eu acho que temos um ótimo filme, que é fácil criar materiais publicitários a partir dele, e que vai dizer que irá agradar a todos”.
Em outra entrevista, o diretor de elenco Abril Webster falou sobre o trabalho que teve para escolher um ator que interpretasse Kirk e a performance de Chris Pine.
“Tornou-se muito difícil escalar um ator para Kirk, porque você realmente precisava de alguém que tivesse a ousadia que Shatner trouxe para o personagem quando foi contratado. Ele era um ator teatral que veio do Canadá. Ele dava um pequeno sorriso forçado, e você sabia exatamente de onde James T. Kirk vinha.
Vimos um monte de atores realmente bons, mas o Chris foi quem trouxe o sentido de “Eu sei o quanto bom eu sou”. Não é que isso seja como ele é pessoalmente, pois ele não é um cara arrogante, ele é muito pé no chão. Ele é muito inteligente e muito bom ator. Eu vi recentemente Smokin ‘Aces (A Última Cartada), e foi impressionante pelo personagem que ele criou, muito disposto a ir onde ele precisa ir.
Conheço Chris por um longo tempo. Eu conheci seu pai Robert quando iniciei minha carreira, seu pai é um ator maravilhoso, e você pode ver que Chris, com os seus pais, teve uma boa educação. Ele não era o típico garoto de Hollywood, representando o tempo todo. Ele tem um saudável narcisismo, em oposição a um narcisismo destrutivo: e existe tal coisa quando alguém tem um senso de si mesmo e creio que quando você possui um ator que tenha isso, ele aparece na tela”.
Falando ao site Newsrama, o produtor executivo Brian Burk comentou sobre o significado para eles de re-imaginação, do cânon, da trilha sonora e de uma possível sequência.
As palavras re-iniciar, re-inventar e re-imaginar foram mencionadas para descrever este filme. Como você abordaria o material?
Burk: “Toda essa coisa sobre estas franquias é que se quiser ser fiel ao cânon e, exatamente como em Lost, existem umas regras, e você não pode quebrar essas regras. Jornada tem o seu próprio cânon que você tem que manter. Você tem que descobrir como ser fiel, mas também dar espaço suficiente para ser capaz de criar e expandir em cima ele. Desde o primeiro passo, quando nos sentamos para conversar, houve uma grande idéia definitiva daquilo que o filme deveria ser, como fazê-lo, e como poderíamos ter certeza de que ele atrairia os antigos e os novos fãs. Tivemos conversas sobre a história e Orci dizia coisa do tipo – “Não, você não pode fazer isso”.
Jornada tem um som distinto. Quem está fazendo a trilha musical?
Burk: “Isso foi uma parte não cerebral. Michael Giacchino (Lost, Os Incríveis, Ratatouille…) é que veio a bordo para fazer a partitura. A idéia sempre foi a de abraçar o que veio antes e completá-la como qualquer outro compositor na série. Acho que Michael fez disso um grande épico, mas não é como qualquer coisa que ele fez antes”.
É muito cedo para se falar de sequel?
Burk: “Nós sempre pensamos mais além e pensamos no que podemos fazer mais, melhor e mais emotivo da próxima vez”.
Isso quer dizer que todos assinaram contrato para mais tempo?
Burk: “Bem, eu assinei (risos). A resposta é sim, todos queremos trabalhar no próximo filme, porque juntos nós não poderíamos ter tido uma experiência melhor”.
Fonte: TrekMovie