Star Trek Sem Fronteiras: cartazes e Justin Lin

cartaz 1O estúdio parece dar os primeiros sinais de que irá decolar o marketing de Star Trek Sem Fronteiras. Esta semana tivemos uma entrevista com o diretor Justin Lin falando um pouco mais sobre o filme e o lançamento de cartazes promocionais às vésperas do Cinema.con, uma convenção comercial patrocinada pela National Association of Theater Owners.

Em uma nova entrevista ao Film International Journal, que tem como  destaque a CinemaCon esta semana em Las Vegas, o diretor Justin Lin compartilha mais algumas dicas sobre sua adesão ao projeto de Jornada, bem como mais algumas informações sobre a trama do filme.

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Lin falou a respeito da equipe anterior, sob a batuta do diretor Bob Orci, que deixou o comando da produção no final de 2014 e o pedido de J.J. Abrams para que ele assumisse o projeto:

lin jornal“Vou ser muito claro: Eu não sei o que veio antes de mim. Nós, basicamente, tivemos que começar de novo, e foi um dos pontos de venda para mim ... nós tivemos que começar do zero. Uma missão limpa, não teria me animado mais.

[…]

Recebi o telefonema de J.J. e ele meio que estabeleceu a missão. Por falta de um termo melhor – e eu acho que essa foi a céu aberto – foi um pouco de uma missão de resgate.

Eu acho que algo tinha dado errado e eles queriam começar de novo. Depois de “Velozes e Furiosos, eu fui como quem acabara de terminar algo e já entrando no terceiro filme de uma franquia, mas se havia uma franquia onde eu queria fazê-lo, seria esta.

Foi o chamado de JJ que abalou alguma coisa na minha cabeça, e eu percebi que ‘Star Trek’ é uma grande parte de mim … era algo no qual eu fui convidado para fazer e estava feliz por aceitar.

Mesmo com a programação tão apertada, este era o trabalho que eu sabia que estava indo contribuir para criar o próximo capítulo”

Lin aborda uma das coisas mais controversas que aparece na teaser trailer de dezembro – a destruição da Enterprise.

“Fazendo isso, você percebe porque os personagens estão na ponte da Enterprise por tanto tempo na série. É a casa deles, e claro, a primeira coisa que fiz foi matar a casa deles.

Mas eu não vim dizer ‘Vamos destruir’. Era mais como, ‘Vamos desconstruir’ … [Simon Pegg, Doug Jung, e eu] sentimos que sendo este o 50º aniversário de ‘Star Trek’, vamos desconstruí-la e espero reconstruí-la de uma forma que reafirma porque nós a temos adorado por meio século. Essa conversa foi a um monte de lugares diferentes, e um dos lugares mais interessantes foi a própria Enterprise.

Lembro-me de vê-la quando criança e dizer, ‘Isso é uma nave espacial bacana, mas parece muito magra. É construída para o combate? Levei um tempo para perceber que eles não estão lá para lutar. É a nave de um explorador, então é claro que ela se parece com isso.”

Ao crescer assistindo Jornada, Lin diz ter a chance de realizar alguns sonhos sobre o gerenciamento desses personagens:

“Quando o filme começa, estamos a dois anos e meio da missão de cinco anos, então eles já tem estado juntos por algum tempo desde a última vez que os vimos. É interessante que nós estamos trabalhando numa espécie de universo paralelo, onde temos os recursos da série de TV em termos de relacionamento dos personagens, mas estamos criando nosso próprio cânon.

Magro é o meu personagem favorito, porque eu sempre o via como o tio ranzinza que nunca tive. Por isso, foi uma diversão falar com Karl [Urban] sobre onde McCoy está indo e onde ele está agora. Eu quase sinto como se eu estivesse fazendo fan filme de grande orçamento. Temos que ter Magro e Spock tendo a conversa que eu sempre queria que eles tivessem.

Sempre quis ver Sulu sair mais da ponte. Contribuir para isto é interessante.

Eu não tinha percebido o quanto a franquia era uma parte de mim até que coloquei os personagens nessas diferentes situações.

O elenco é maravilhoso. Eles tem muito respeito com o que veio antes nestes personagens, mas também são talentosos e trabalham duro. Não poderia ter melhores colaboradores”.

O diretor tocou no assunto de Leonard Nimoy – um participante nos dois últimos filmes – e como sua morte veio afetar o filme.

“É algo que você vai ver no filme. E, obviamente, afetou todo mundo, porque ele tem sido uma grande parte de nossas vidas. Há uma tentativa de reconhecer isso, de alguma forma.”

Quanto a incluir ou não referências da série original no novo filme, disse.

“Não houve um esforço consciente para se afastar ou se aproximar de alguma coisa. Eu adoro o Star Trek de JJ, mas quando tive a oportunidade de fazer o meu filme, eu pensei na missão de cinco anos. Vamos sair para o espaço! JJ foi capaz de explorar muito (as referências) nos dois filmes, mas a Enterprise não havia completado uma missão. Então, isto é que está levando o filme a qualquer outra coisa. Quando jovem, uma das coisas mais bacanas sobre Jornada é que descobríamos novos planetas e novas espécies. Então, isto tornou-se a força guia do filme. Vamos trazer coisas que você não viu ainda no universo de Jornada”.

Em relação a escolha de Idris Elba para o papel de vilão.

O desafio com um conjunto como este é que não há muito do patrimônio real. Então, a gente necessitava de alguém com muita presença. Idris realmente foi a minha primeira escolha. Quando falei com ele pelo telefone, senti que tínhamos uma conexão. Me lembro de discutirmos sobre o personagem e sua filosofia. Seu personagem tem um ponto de vista válido. e vai de encontro a nossa concepção original de desconstrução de Star Trek e da Federação. E para fazermos isso, tivemos de questionar o que é a Federação, por que ela existe, se é verdadeiramente uma coisa boa ou ruim.

O que o filme atual pode contribuir para o futuro da franquia e com a série de TV.

Quando entrei para este projeto, achei que havia um livro de regras. Mas creio que parte do que JJ fez era não ter um livro de regras. Ele queria explorar e foi nisso que Simon, Doug e eu entramos. O que eu aprendi fazendo Sem Fronteiras é que a Jornada que amava desde criança vive na TV. Ela teve o formato da TV. Por um breve instante, houve uma outra ideia de história que nós realmente pensamos, mas eu percebi que a ideia específica não se encaixava no tipo de meio ambiente que filme está. Assim, eu mal posso esperar para ver esta série, porque tem pessoas que podem contar tipos de histórias deste meio (TV). Com Sem Fronteira, estamos esperando encontrar uma jornada apropriada para estes personagens e encaixá-la dentro de um filme de grande orçamento. O que acho tão excitante sobre o futuro de Jornada é que ela atravessou múltiplos meios. A maior esperança é que você poderá assistir Jornada na TV, e se você quiser ver uma versão no cinema, você assiste o filme. Ou poderia ter a experiência da realidade virtual.

Perguntado se gostaria de continuar trabalhando na franquia, Lin respondeu.

Neste momento, eu sinto que isto é provavelmente para mim. Velozes e Furiosos foi diferente. Estava tentando construir alguma coisa. Eu sinto que quando terminei este filme (Star Trek), estarei ansioso para ver onde a franquia vai. Ser capaz de ser parte disto e não desgastar minha animação inicial é maravilhoso, tanto quanto ser capaz de contribuir com alguma coisa para a franquia. Porque eu sei que Jornada estará lá quando eu sair.

O CinemaCon, o encontro anual da  Associação Nacional de proprietários de cinema nos Estados Unidos, lança amanhã em Las Vegas mais algumas obras de arte do filme.

O pessoal do ComingSoon.net esteve lá  e conseguiu estas imagens exclusivas.

O site USAToday relata que no evento haverá palestras com Simon Pegg e J J Abrams sobre o filme. Vamos aguardar.

 

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