Em uma entrevista exclusiva a revista WIRED, na edição que sairá em agosto, o ator e escritor Simon Pegg falou a respeito de seu trabalho em Missão Impossível, mas comentou também como anda a produção do próximo filme de Jornada, Star Trek Beyond e relembrou o falecido ator Leonard Nimoy.
Veja a seguir os trechos da entrevista relacionados ao novo filme. Não há spoilers.
Quais são as suas lembranças de Leonard Nimoy?
Apenas uma alma verdadeiramente amada. Minha memória favorita dele é de mim, Chris [Pine] e ele. Nós estávamos filmando na fábrica da Budweiser em Los Angeles e voltávamos para nosso trailer uma noite, e Leonard adormeceu, sentado, no figurino de Spock. Ele estava roncando baixinho, e eu e Chris sentados lá não querendo fazer um som porque ele estava dormindo, apenas ficamos olhando um para o outro, “É o Spock … e ele está roncando”. [Risos] É um dos destaques da minha carreira, para atuar com um personagem que conheço desde que eu era uma criança.
Você está escrevendo Star Trek 3. Como descreveria ao ser dada essa responsabilidade?
Aterrorizante.
Isso te faz considerar o significado do Universo de Jornada?
Você é forçado a pôr em foco o que ele é realmente. E é uma história muito humana. Escrevendo para personagens como Spock e Kirk, você está ciente de que tem literalmente 50 anos de história lá. Você quer avançar, mas ao mesmo tempo tem que triturando-o com o que veio antes.
A série de TV foi pioneira na forma como lidou com questões sociais contemporâneas da época. Você tem prestado atenção às notícias agora?
Eu não acho que você tenha que prestar atenção em particular (para questões sociais contemporâneas), porque essas coisas surgem inconscientemente de qualquer maneira. Qualquer expressão de arte sempre reflete as preocupações e os temores do subconsciente coletivo do tempo.Uma razão para Jornada ter se tornado um fenômeno é que é um universo abrangente. É muito idealista, tolerante, super-integrado – embora ainda seja conduzido aparentemente por seres humanos brancos! Mas o impulso dele (Gene), o desejo de Roddenberry era fazer deste mundo futuro onde a noção de integração não seria mais um problema. Quer dizer – ter uma insignea um alferes piloto russo a bordo da Enterprise, no auge da guerra fria? Isso foi como utopia. Eu acho que Jornada caracterizou o primeiro beijo interracial na TV. Então, eu quero ter certeza de continuar fazendo isso, e manter o sonho de Roddenberry vivo.
Você pode dizer sobre o que é o filme?
Nós não estamos na fase de roteiro ainda. Ainda estamos na fase de esboço da história. Muito em breve vamos ter que começar a colocar palavras na boca desses personagens, e é assustador.Temos três meses. E nós temos a produção inevitavelmente batendo na porta dizendo: “O que estamos projetando? O que estamos fazendo?”
A Enterprise ?
[Risos] Nós podemos começar com isso: o cenário da ponte. Isso é óbvio. Mas então, “Quantas naves espaciais estão nisso?” “Er, eu não sei … cinco?”