Em 2012, o físico da NASA, Harold White, revelou que ele e sua equipe estavam trabalhando em um projeto de uma nave que viajasse através das estrelas usando um motor de dobra real, semelhante aos das séries de Jornada. Agora ele teve a colaboração de um artista para criar um novo design, mais realista do que a nave USS Enterprise. Veja detalhes.
Com nossas tecnologias de propulsão atuais, o vôo interestelar é impossível. Mesmo com a nova tecnologia dos propulsores de íons ou através de explosões nucleares, seria necessário quantidades enormes de combustível e massa para chegar a qualquer estrela próxima. E para complicar existe ainda um limite físico, a velocidade da luz. Por isso, precisamos de uma alternativa. Uma que nos permita viajar extremamente rápido sem quebrar as leis da física.
O Dr. White e outros físicos alegam ter descoberto brechas em algumas equações matemáticas e usando o conceito do motor de Alcubierre, indicam que dobrar o tecido do espaço-tempo é de fato possível.
Trabalhando no Johnson Space Center, da NASA, White está tentando encontrar uma prova dessas lacunas por meio de um instrumento chamado Interferômetro de Campo de Dobra White-Judy, que poderá gerar uma microscópica bolha de dobra.
Seu projeto ainda está em fase experimental, mas isso não significa que não possa imaginar como seria a Enterprise na vida real, de acordo com sua matemática.
O artista gráfico Mark Rademaker, da Concept 3D, se juntou à equipe de White para criar o desenho do que pode vir a ser a Enterprise “real” – por eles chamada de IXS Enterprise. As imagens mostram uma aeronave acoplada ao centro de dois gigantescos anéis que seriam responsáveis por sua propulsão
Segundo White, o modelo usado por Rademaker é uma variação do conceito original de Matthew Jeffries, que aparece num quadro de naves Enterprise no filme Star Trek: O Filme. “Talvez uma experiência de Jornada dentro de nossa vida não seja uma possibilidade tão remota”, disse o animado físico.
Comprovada sua aplicabilidade, significaria que seríamos capazes de visitar o planeta Gliese 581g (localizado na zona habitável de sua estrela) distante 20 anos-luz, em dois anos ou alcançar o sistema Alpha Centauri (distante cerca de 4,5 anos-luz) em duas semanas.
As expectativas de White e sua equipe são grandes: novos cálculos indicam que é improvável que um mecanismo de dobra possa resultar na aniquilação de estrelas (um temor que surgiu há algum tempo) e que a quantidade de energia necessária para as viagens não seja tão grande quanto se pensava ou que venha a gerar forças avassaladoras ou problemas indevidos dentro da bolha, “Quando o campo for ligado, ninguém será arremessado contra as paredes”, disse o cientista.
Durante uma conferência no SpaceVision 2013, White apresentou um roteiro do que eles precisam seguir para alcançar esse objetivo final.
Fonte: Gizmodo, Sploid, Tecnomundo.