Numa entrevista ao site Entertainment Weekly, Benedict Cumberbatch falou um pouco mais sobre seu papel como John Harrison e o contrasta com o papel vivido por Malcolm McDowell em Star Trek Generations, Soran. Ele também compara o desejo dos fãs de terem detalhes do filme, como uma criança querendo mais doces.
Cumberbatch mostrou uma impaciência de Sherlock para perguntas sem respostas em virtude do segredo imposto pela direção do filme. “É dolorosamente irritante”, disse o ator. “Acredite em mim, eu preferiria falar sobre o papel, a história fantástica e todas as coisas que J.J. [Abrams] fez aparecer. E assim todos ficariam muito animados sobre o filme como eu fiquei. Mas, então, é claro que eu acho que haveria um telefonema vindo do escritório de J.J. … ”
Apesar das imposições, Cumberbatch apoia o esforço de Abrams em razão de um entretenimento maior ao público. “A mística é raro agora, não é? Não há muitos enigmas no mundo moderno”, disse. “Eu, pessoalmente, gostei muito de ver Super 8 e não saber a história e depois sendo hipnotizado por ela … [mas] nós vivemos no mundo moderno, que é um lugar de supersaturação e agora as pessoas, especialmente os Trekkies, querem saber tudo antes que deles testemunharem por si próprios. É estranho para mim. Penso nisso como criança com uma caixa de chocolates e sem saber qual o melhor para ela. Eles comem três e continuam a comer até ficarem doentes … e os doces se foram. ”
“A indefinição e as nuances carregam o mistério para o papel, também”, disse Cumberbatch. “Ele é um homem como arma de destruição em massa, um terrorista com uma causa”. Após esse filme, Cumberbatch se juntará a uma galeria de vilões de Jornada, incluindo Tom Hardy, Christopher Plummer, F. Murray Abraham, Eric Bana, Christopher Lloyd e, um dos ídolos de Cumberbatch, Malcolm McDowell. Em 1994, McDowell fez Dr. Tolian Soran, o gênio desequilibrado que matou o capitão James T. Kirk em Star Trek: Generations.
“O que atores como McDowell fazem é não resistir ao bigode virado (referência ao cientista maluco)”, disse o ator inglês. “É muito fácil sair com uma mera loucura [no papel de vilão], eu tentei com este papel procurar por algo inquietante e investigativo. Ele tem uma grande história, meu personagem. Eu não posso dizer quem é o cara, mas sua história tem algo incrível – e duramente moderno – parábolas. E o melhor de tudo, foi muito divertido. Interpretar um cara não bonzinho é muito divertido. Mas é tudo que posso dizer.”
Fonte: Trek Movie