O pessoal do site Omelete fez uma visita ao departamento de efeitos especiais da Bad Robots, na Califórnia, e entrevistou Roger Guyett, responsável pelos efeitos especiais e pela direção de segunda unidade de Além da Escuridão, que forneceu alguns detalhes de produção do filme. Pequeno spoiler.
Durante a visita a empresa, Érico Borgo disse que foi exibido um clipe de uma cena de ação em Além da Escuridão, que lembra a queda livre do primeiro filme. Sem entrar em detalhes, nela, Kirk e um companheiro precisam cruzar em altíssima velocidade o vácuo entre duas naves usando apenas uniformes capazes de manobras simples. “Somando a esse clipe a introdução de Além da Escuridão – Star Trek, é seguro dizer que J.J. Abrams acertou outra vez: a tensão do filme é de trincar os dentes, mas sem esquecer o humor e os diálogos afiados que marcaram a série”, disse Érico.
Depois dessa abertura empolgante, Roger Guyett, responsável pelos efeitos especiais, mostrou alguns dos maiores desafios do novo filme para seu departamento, como a criação de efeitos volumétricos de água e fogo em larga escala. Mas, para ele, é tudo muito empolgante. “Agora estamos em território conhecido, então revisitar os cenários é a maior diversão, já que podemos dar a eles novas características e trabalhar com a tecnologia disponível, além de fazer tudo com uma escala maior”, disse.
Essa escala passa tanto pelo espaço, a “fronteira final” quanto pela Terra, onde conheceremos versões futuristas de outras cidades além de São Francisco. “Para criar Londres, por exemplo, mantivemos alguns marcos importantes, como o Big Eye e monumentos históricos, e tentamos imaginar como seria o desenvolvimento dos edifícios ao redor deles”.
Guyett comentou também que quase todas as cenas que mostram o elenco ao ar livre, quer sejam na Terra ou em outro planeta, foram filmadas em exteriores, já que J.J. Abrams e ele preferem sempre usar luz natural. “A luz natural dá ao filme um realismo que é quase impossível de obter em estúdio, mesmo depois que colocamos os efeitos especiais em cima”. Ele demonstrou isso mostrando sequências antes (com os atores em pequenos cenários construídos fora do estúdio) e depois dos efeitos especiais (que ampliam o escopo e a ambientação).
Como aconteceu nos últimos filmes da trilogia O Cavaleiro das Trevas, de Christopher Nolan, a sequência de Star Trek terá variação de formato no IMAX. “Temos cerca de 40 minutos filmados em IMAX, o restante é convencional, então entre essas cenas haverá a abertura da tela. No início achei que seria esquisito, mas na verdade, se você faz direito, quase nem se percebe a transição”, comentou Gyuett, que está trabalhando há 20 meses no filme.
“Você quer se desafiar a cada filme que faz – e trabalhar com J.J. Abrams é um dos maiores desafios do mundo, mas um dos mais satisfatórios, pois ele traz uma fusão perfeita entre arte e fantasia/aventura. Você consegue criar coisas realmente belas, sem esquecer do entretenimento”, completou.
O Omelete promete mais entrevistas com o pessoal de produção do filme.