A editora IDW Publishing apresenta mais uma revista de sua série em quadrinhos Star Trek Ongoing. Nesta edição de nº 13 temos uma versão bem interessante dos famosos seguranças da Frota, os “red shirts” ou camisas vermelhas, vistos através de um oficial de segurança que conhecemos em Star Trek, Hendorff, o “Cupcake”. Veja um resumo do que foi essa história.
Sempre vimos os seguranças da Frota como personagens destinados a um fim rápido e trágico nos episódios, sendo um meio apenas de dramatizarem a cena. Muitas vezes sem nome, eles não aparecem além de alguns minutos na tela, mas na verdade, tem uma função importante, a de protegerem a nave e tripulação, civis e instalações contra quaisquer perigos.
Esta edição, intitulada” The Redshirt’s Tale”, nos mostra um pouco desse lado quase esquecido do universo de Jornada, através da visão de Hendorff.
Se alguém achou que a relação do número treze com os red shirts não é mera coincidência, está correto. Foi uma brincadeira dos escritores com a sina dos seguranças de Jornada.
A história, escrita por Mike Johnson, começa com Hendorff, abordo da Enterprise, gravando uma mensagem para seus pais para informar como anda sua vida na Frota. Sua mensagem é tecida de recordações sobre sua formatura, seu primeiro encontro com Kirk em Iowa e o dramático encontro com Nero.
A partir daí ele faz um comentário sobre cada personagem do filme. Menciona uma conversa com Kirk, após esse se tornar capitão da Enterprise, onde Kirk faz um “mea culpa” pelo incidente em Iowa e resolve apagar qualquer mal entendido.
Um fato interessante dessa conversa é que Kirk pergunta a Hendorff sobre a opinião da tripulação a respeito de seu comando. O segurança revela a seus pais que não foi totalmente sincero ao responder para o jovem capitão que apesar das dúvidas iniciais, todos acreditam em sua liderança. Mas o “Cupecake” vê potencial no capitão ao presenciar várias de suas ações e atitudes.
Hendorff segue fazendo uma análise pessoal sobre os demais personagens conhecidos de um jeito leve e divertido. Spock, ele o qualifica como extremamente capacitado, pouco sociável e que embora não demonstre tristeza pela morte da mãe, todos sabem que isso o afetou. Cita a genialidade juvenil de Chekov e a dúvida de estar pronto ou não para tomar uma cerveja romulana. Com Sulu, admira-se por sua destreza como navegador e um excelente lutador.
Já com Uhura revela carinho de uma grande amiga de longa data. McCoy diz causar medo na tripulação por seu jeito ranzinza e direto de lidar com os pacientes, mas que no fundo está sempre preocupado em salvar vidas e Scott quando está estressado não resiste a uma bebida oferecida por ele.
Em sua narrativa, Hendorff cita um fato que quase o matou por duas vezes, o envenenamento por uma planta nativa, ao explorar um planeta desconhecido. Sua ação heróica protegeu Spock de ser ferido gravemente, mas expôs seu corpo a maioria dos esporos venenosos. A luta pela sobrevivência foi enorme, e obrigou McCoy a aplicar um composto sintetizado do sangue de Spock como antídoto. O remédio eliminou o veneno, em contrapartida causou uma violenta reação alérgica, que quase o mata novamente.
Após recuperação, Herdorff volta as atividades, revê seus companheiros red shirts que brindam seu retorno. Todos relatam situações de perigo pelos quais escaparam e brincam com isso, exceto pela notícia da morte de um deles num acidente.
Mas Hendorff não se importa. Num discurso final, ele acalma seus pais sobre os boatos a respeito da sina dos camisas vermelhas, dizendo que o importante é que quando eles vestem o uniforme eles não sentem medo, nem ansiedade, apenas orgulho de fazer o seu trabalho e bem.
Fato curioso é que no episódio da série original, “The Apple” (A maçã), um alferes chamado Hendorff morre rapidamente e sem alarde em Gama Trianguli VI, a partir de uma planta que atira espinhos. Mas o Herdorff alternativo (interpretado por Jason Matthew) teve uma sobrevida, pelo menos até o próximo filme.
A edição de número 14 traz um pouco da vida de Scott e seu amigo Keenser. Lançamento previsto para outubro.