Michael Dorn está empenhado em seu novo projeto, Through the Fire, uma comédia com a participação de Marina Sirtis entre outros. Após a Creation Entertainment Official Star Trek Convention em Las Vegas, ele concedeu uma entrevista ao site StarTrek.com e falou sobre o seu anos como Worf , fazendo um balanço de trabalho em A Nova Geração, em Deep Space Nine, do 25 º aniversário da série, entre outras coisas. Veja alguns trechos mais importantes.
Você acabou de voltar da grande convenção em Las Vegas. Você não vem fazendo muitas aparições em convenções dos últimos anos. Então, quanto você gosta disso? E com o 25 º aniversário de A Nova Geração se aproximando, quantos mais reuniões estarão em seu futuro próximo?
Dorn: Eu não tenho feito muitas convenções, é verdade. Mas este ano é o primeiro ano que eu estou fazendo como eu costumava fazer, e isso é por causa do nosso 25 º aniversário. É muito interessante. Nós sempre soubemos que os fãs são leais e tudo isso, mas eu acho que tem sido um verdadeiro choque para os promotores quando as grandes reuniões de convenções tem sido. O primeiro foi em Calgary, e eles esgotaram todos os bilhetes dentro de 24 horas e tiveram que colocar mais ingressos. Nós estávamos em uma arena com 6.000 pessoas ou algo assim. Eles ficaram chocados com isso. Nós não estamos chocados por isso, mas por causa disso, e estaremos fazendo mais. Neste ponto da minha vida, estas são coisas que eu posso fazer. Eles (os atores) não têm muito tempo. Você vai a lugares novos. Todos nós, ou muitos de nós estarão lá. Assim, tornou-se muito mais divertido do que antes. Antes, eu comparecia, mas eu perdi muitas coisas na minha vida em termos de aniversários das pessoas e festas, porque as convenções são sempre nos fins de semana. Então eu parei, porque eu realmente queria voltar a ter contato com os meus amigos e familiares. Agora, porém, eu tenho mais algum tempo e estou fazendo um pouco mais disso. Eu acho que nós, como um grupo, estaremos fazendo pelo menos mais três este ano. Teremos Austin, Dragon-Con e San Francisco. E então eu acho que nós temos quatro programadas para o próximo ano já.
O quanto assusta você já que faz 25 anos desde que você começou a trabalhar em A Nova Geração?
Dorn: É surreal. Realmente é. Não parece que foi há 25 anos. A única vez que você sabe que foi há 25 anos é quando você olha para as pessoas que estavam com dois ou três anos de idade e agora estão na faculdade, trabalhando e se casando. Mas por outro lado, é uma coisa incrível. O que eu refleti, apenas falando por mim, é o quão perto estivemos de todos estes anos. Isso não acontece assim neste negócio. Você tem as pessoas em sua vida que você conheceu há 25 anos, mas não é geralmente pessoas com quem trabalhou. Essas pessoas ainda estão em minha vida. Isso é mais do que apenas surreal, é realmente especial e eu sempre me sinto extremamente feliz por ter estado em Jornada em tudo.
Seja honesto: quando você ganhou o papel de Worf, com um cenário tão grande, foi dado a você o tempo, o espaço e as cenas com as quais evolvesse o personagem?
Dorn: Não. Eu basicamente ía um dia de cada vez. Meu principal objetivo era fazer o papel direito e ser tão bom quanto eu podia. Eu só não pensava no futuro. Foi um pouco difícil no início porque as pessoas estavam acertando posição, os atores, os produtores, a equipe técnica. Todo mundo estava correndo atrás. Eles estavam fazendo o seu trabalho, mas você poderia dizer que eles estavam tentando ganhar a seu futuro, basicamente. Você quer ser amigo de Data. Você quer ser amigo de Geordi. Você quer ser amigo de Picard. Você deseja alinhar-se com todas essas pessoas, porque o sentimento é que os escritores escrevem relações e, se você tem um relacionamento, eles vão escrever mais da relação para você. Pessoalmente, eu pensava: “Quem se importa? Eu vou ser esse estranho, quer dizer, um cara puto”. Felizmente, os escritores decolaram com isso. Todas as coisas que eles escreveram sobre Worf ser órfão e sendo criados por pais russos, isso é tudo coisa dos roteiristas. Eu não fiz nada sobre isso. Eu apenas dei a eles o que o personagem era, e foi isso.
Nós não vamos pedir para você passar episódio por episódio, mas quais foram os acontecimentos que intrigaram você e o desafiaram mais como um ator durante o seu tempo nas séries e qual foi a história que você desejou que nunca tivesse sido abordada ?
Dorn: O desafio foi a de um filho, ter um filho, porque Worf não era um grande pai. Ele basicamente levou seu filho para outro lugar. Isso foi um grande desafio e os episódios foram muito bons. A evolução de Worf foi grande, especialmente em Deep Space Nine. Foi simplesmente fantástico. Ser pai, eu pensei, era um verdadeiro desafio. O que eu desejaria que não fosse abordado? As pessoas podem esperar que eu diga ser o romance Worf-Troi, mas eu realmente gostei disso. Eu senti que foi uma coisa boa, porque Troi não era como Worf. Isso funcionou para mim, mas para Marina não, claro. Ela e Jonathan (Frakes) achavam que isso foi estúpido. Não houve nada, realmente, que eu gostaria que eles não tivessem feito. Mas houve um episódio que eu gostaria que eles não tivessem feito, felizmente eu não estava nele. Que foi “Code of Honor” (Código de Honra).
Falando de sua campanha para arrecadar fundos ao projeto Through the Fire, você tem várias celebridades de Jornada ligadas a essa comédia. Quem são essas pessoas?
Dorn: Marina Sirtis iria fazer a minha melhor amiga. Armin Shimerman e sua mulher, Kitty Swink, vão estar nele. Há uma parte maravilhosa para Nana Visitor. Ela faz uma decoradora que está baseada em um amigo meu. Este personagem seria tão amargo quanto qualquer um que já conheci. Robert Pine estará também. Robert e eu trabalhamos juntos em CHiPs. Ele esteve em Voyager (e Enterprise) e seu filho é Chris Pine (Star Trek). Anne-Marie Johnson (parceira de Dorn no roteiro) nunca esteve em Jornada, mas ela fará o meu encontro casual. Ela tem estado, por um longo tempo, fazendo séries como J.A.G e um monte de sitcoms. Eu acho que haverá alguns mais atores de Jornada envolvidos, mas eu ainda não estou em posição de contato com as pessoas e dizer: “Isto é o que vamos fazer”.
Vamos voltar para a Jornada. Você se surpreendeu quando disse “Sim” para Rick Berman, quando ele lhe pediu para se juntar ao elenco de Deep Space Nine?
Dorn: Fiquei surpreso, muito surpreso. Deixe-me colocar desta forma … Talvez surpreso não é a palavra certa para isso. Eu estava muito bem com isso depois que eu disse que nunca iria ficar na maquiagem de novo. Eu faço uma piada sobre essa situação dizendo: “Oh Deus, eu disse que nunca faria isso e eles me disseram o quanto de dinheiro eu ia ganhar e respondi: Oh, OK. Não tem problema”. Mas, realmente, o dinheiro nunca realmente entrou nisso. Rick acabou ligando e perguntando: “Você consideraria voltar?” Eu apenas disse: “Sim, com certeza”. E eu não sei porque. Talvez seja apenas porque eu já tinha estabelecido que estávamos indo só para fazer os filmes (A Nova Geração) e não haveria mais nenhum dia de maquiagem. Eu já tinha botado na cabeça que o personagem estava encerrado. Quando Rick chamou … Eu acho que eu fiquei surpreso por dizer “Sim”. Mas não fiquei pensando algo como: “Oh meu Deus, o que estou fazendo?” Foi mais como, “Sim, isso parece ótimo. Vamos falar sobre isso”.
Como um conjunto diferente de trabalho, quanto diferente foi uma experiência com A Nova Geração em contrapartida com Deep Space Nine para você?
Dorn: Deep Space Nine foi mais do que um set em geralmente costuma ser. O cenário de A Nova Geração foi totalmente diferente. Por alguma razão, nós realmente ligamos um com o outro. Acho que foram nossas personalidades entrelaçadas. Não é como se tomássemos a personalidade um do outro. Não foi nada assim, mas foi o caminho que estávamos trabalhando para nós, como um elenco, definitivamente, e como as pessoas, também. Deep Space Nine, apesar de cada um dos indivíduos serem pessoas muito legais, como um elenco, houve uma separação definitiva. Certos atores passavam o tempo com outros. Outros atores ficavam colados com esta ou aquela pessoa. Individualmente eles eram maravilhosos e eu tenho estado junto com todo mundo. Eu ainda faço isso. Mas foi um trabalho muito sério e quieto quando eu cheguei lá. Quem sabe de onde veio esse comportamento? Provavelmente era do capitão. As estrelas geralmente ditam a forma como o jogo é jogado. Avery (Brooks) é um cara muito sério, e por isso eu acho que eles apenas tomaram esse tom. Quando eu cheguei lá, pensei: “Oh, meu Deus, não. Eu não posso fazer isso”. Eu era daqueles que agia assim: “Se vocês querem para ficar quietos, tudo bem, quando eu não estiver por perto. Mas quando eu estiver por perto, vamos ter um pouco de diversão”. Não foi como se estivéssemos brincando e fazendo piadas, mas só gostávamos um do outro e você apenas ria, e você fazia a experiência ficar muito mais fácil de fazer, especialmente com as longas horas.”
Última pergunta: você já viu a primeira temporada de A Nova Geração em Blu-ray?
Dorn: Não. Eu estou olhando para o box-set agora, mas eu não tive a chance de colocá-lo ainda para assistir.