Robert Hewitt Wolfe é um roteirista e produtor de televisão mais conhecido por seu trabalho nas séries Deep Space Nine e Andromeda. Numa rápida entrevista ao site IGN, Wolfe compartilhou suas memórias no tempo em Deep Space Nine, incluindo a criação dos arcos de histórias, a influência dos atores no enredo e falta de interferência do estúdio.
Wolfe entrou em Jornada quando seu roteiro “A Fistful of Datas” foi aprovado para A Nova Geração, o que o fez receber a proposta para fazer parte da equipe criativa de Deep Space Nine.
Nos cinco anos seguintes, Wolfe trabalhou na série com Michael Piller e Ira Steven Behr. Nesse perídodo, ele escreveu trinta e sete episódios, sendo um dos maiores responsáveis pelo grande arco de história da Guerra do Dominion. Ao final da quinta temporada ele se retirou da franquia.
Segundo Wolfe, os escritores de Deep Space Nine tinham mais liberdade para produzir suas histórias do que em algumas outras séries devido a que a falta de interferência do estúdio. “Em Deep Space Nine, não tivemos praticamente nenhuma nota do estúdio nenhuma vez”, disse Wolfe. “Eles em grande parte apenas nos deixavam fazer o que quiséssemos. As coisas corriam muito bem.”
Uma coisa que os produtores da série perceberam rapidamente foi que ter os personagens em uma estação espacial estacionária em vez de estarem em uma nave viajando, liberavam os escritores para criarem histórias mais serializadas. “Nós rapidamente percebemos que ficar em uma estação espacial significava não terminar histórias a cada semana”, disse o roteirista. “Se você estiver em uma nave, você deixa o planeta em que a aventura está acontecendo a cada semana, e, portanto … não há uma narrativa que revisite essas histórias ou é muito raro de acontecer. Em nossa série, nunca deixamos o lugar, e as pessoas que estavam nela também não saiam por muito tempo, então rapidamente … nós construímos mais narrativas serializadas. Eu acho que é algo que foi apenas uma conseqüência natural da premissa.”
Alguns elementos da história tiveram tempo suficiente para começaram a se definir no início da série. Segundo Wolfe, eles foram a religião, a política Bajorana e a situação do Dominion, que foi criada a partir de segunda temporada.
Outros elementos da história foram desenvolvidos como resultado dos próprios atores, incluindo o romance Odo e Kira. Cenas de Odo foram feitas com “essa admiração e desejo por ela que pegou muito rapidamente”, disse Wolfe, “e [nós] pensamos: ‘Bem, OK, isso é uma grande relação … vamos seguir com isso.”
Fonte: TrekToday