O jornal The New York Times (NYT), em sua última edição, publicou um artigo sobre a decisão da Paramount de parar a produção da série Enterprise e colheu opiniões, de parte do elenco e da produção que já trabalhou em algumas das séries de Jornada, sobre a situação atual da franquia. Alguns pontos mais importantes do artigo a seguir.
“Provavelmente há um certo número de fãs de ficção científica, e só”, disse o produtor-executivo de Enterprise, Manny Coto, acrescentando que nesta quarta e última temporada, a equipe de roteiristas focou histórias que eram clamadas pelos fãs por um longo tempo, acreditando que os que não sabiam do universo de Jornada já haviam abandonado a série há tempos.
“É um gênero que apela para um certo tipo de individuo (telespectador), e não há muito deles”, disse Coto. Fazendo eco aos sentimentos de Coto, o ator e diretor Jonathan Frakes (Riker) acredita que Enterprise foi prejudicada mais pelas reprises de outras séries de Jornada do que por qualquer coisa em sua premissa. Frakes concorda com a fadiga da franquia, assim como os produtores de Jornada, Rick Berman e Brannon Braga que têm repetidamente dito isso como a razão para Enterprise não ter conseguido a audiência pretendida.
Mas Jolene Blalock (T´Pol), que se identifica como uma amante de Jornada há um bom tempo, discorda. “Ficou faltando um conteúdo intrigante às histórias. Elas eram chatas”, disse Jolene. Ela sentiu que os primeiros scripts violaram fatos já estabelecidos em outras séries da franquia e lamentou que a série tenha substituído o desenvolvimento dos personagens por sensualidade gratuita. “A audiência não é estúpida”, exclamou.
O ex-produtor e ex-roteirista de DS9, Ron Moore, que agora é o produtor da série “Galactica”, disse que “Enterprise nunca agarrou as pessoas visceralmente como as outras séries fizeram”, disse Ron, que acredita que a audiência não se sentiu mais compelida a “pular em cima para ver qualquer material novo de Jornada”, o que contribuiu para o fracasso de bilheteria de “Nêmesis”. Ao mesmo tempo, a mudança demográfica da UPN fez a série mais difícil de se vender, já que o alvo das emissoras era a audiência feminina.
Ambos, Coto e Berman, disseram que estão incertos se estarão envolvidos na criação de uma próxima série de Jornada. Coto disse que ele estava desapontado por ninguém (da direção) ter se aproximado dele para falar sobre o futuro de Jornada, enquanto Berman, que diz estar trabalhando num novo filme de Jornada, disse também não estar certo se estará envolvido em outro projeto de série para TV e não tem idéia de quando isso ocorrerá, mas não expressa nenhuma dúvida de que Jornada retornará.
Fonte: TrekToday