“Future Guy” abre o jogo

O site oficial de Jornada traz uma entrevista com o ator James Horan, que interpretou alguns personagens de Jornada e por último fez a imagem e voz do misterioso personagem do século 29 (o chamado future guy ou rapaz do futuro) que liderava os Sulibans, em Enterprise. Aqui alguns pontos mais importantes.

Qual foi seu primeiro personagem em Jornada?
James: “Meu primeiro personagem foi em A Nova Geração, o “Jo’Bril” no episódio “Suspicius” (Suspeitas). Como humano, também em A Nova Geração, eu fiz o tenente Barnaby em “Descent, Part II” (ainda não passado no Brasil)”.

Como foi interpretar esses personagens?
James: “Para a maioria dos personagens que fiz tive de usar máscaras e maquiagem. Também tive de experimentar um pequeno tom de voz diferente, especialmente no caso do Jem’Hadar líder de um campo de concentração num episódio duplo de DS9. O diretor me deu um tape com alguns episódios anteriores que explicavam todas as características deles e foi bom”.

Que outros personagens você interpretou em Jornada?
James: “Eu criei dois aliens que aparentemente nunca foram vistos antes. Um foi o “Jo’Bril”, um takariano de “Suspicions” episódio de A Nova Geração. Não estou certo se já houve outro takariano, mas foi um personagem e uma espécie interessante. Ele podia simular sua própria morte, podia alterar sua composição celular. Interessante personagem, não sei porque eles não foram trazidos de volta. E em um episódio de Voyager eu interpretei um tipo de alien chamado Kolaatiano. O personagem era chamado Tosin, onde contracenei com Ethan Phil (Neelix) no episódio “Fair Trade” (Troca Justa) de Voyager. Estes foram dois totalmente novos para mim. Eu não sabia o que eles eram o que estavam fazendo. O Kollatiano foi interessante porque quando a equipe de maquiagem pôs algo em mim disseram – Você não vai ter problema nenhum para respirar através desse nariz, não é? Não, eu não imaginava. Mas quatorze horas depois eu estava dizendo, – Homem, eu tenho um problema com isso”, disse brincando.

Qual foi o seu personagem favorito?
James: “Eu gostei do episódio duplo de DS9, porque teve mais de um arco para o personagem. Ele começou meio sem rumo, já que não havia muita margem de como interpretar um Jem’Hadar como o que eles são hoje. Eles são produzidos para serem guerreiros. Eles não pensam sobre qualquer coisa, não comem, per si, e não dormem, pelo menos é isso que me foi dito. Mas este personagem era um dos mais velhos Jem’Hadar. Ele tinha provavelmente dezoito anos ou algo assim quando eles somente vivem em torno de vinte ou talvez menos anos. Mas ele desenvolveu uma consciência. Ele ficou tão impressionado com o Worf , através das lutas de gladiadores, que estava encenando para o seu próprio povo. Ele disse – Eu não posso matá-lo. Isso não me interessa mais – Ele sacrificou sua vida porque ele sabia que seria uma sentença de morte para ele (episódio “By Inferno’s Light” ou Pela Luz do Inferno)”.

Você teve algum problema com a produção do Jem’Hadar?
James: “Eu não tive problemas. É uma roupa emborrachada. Tem um capuz de borracha para a cabeça e um látex para a face. Eu também não usei por muito tempo. Eu também não sou claustrofóbico em ter de vestir isso para o personagem. Então não foi problema para mim interpretar um Jem’Hadar. Agora, se fosse todos os dias, por semanas, aí eu poderia ter problemas. Mas por uma semana, que foi o que fiz, foi muito bom”.

Diga-nos sobre seu personagem em Enterprise.
James: “Eu basicamente vestia um macacão à la Michael Rennie no filme “O Dia em que a Terra Parou”. E eu continuava dizendo a todos que precisava apenas de um robô ao meu lado (sorrisos). Então eu fiz a cena. Coloquei meu cabelo preto para trás, já que eles (a produção) não estavam certos do que o homem se pareceria quando fosse revelado, porque ninguém ainda havia dito o que ele era. O que você vê é uma figura sombria que eles põe atrás de uma tela azul, ou uma tela verde, e então eles fazem efeitos ondulatórios, como se ele viesse do futuro através de algum tipo de grande força que está trazendo ele de volta ao passado. Então eu apenas uso minha voz, mas eles a alteram eletronicamente para um som fantasmagórico”.

Qual episódio da Série Original é o seu favorito?
James: “Provavelmente é o episódio com Apollo (“Who Mourns for Adonais” ou Quem lamenta por Adônis?). Esses episódios foram muito bem escritos e eram um tipo de reflexão de seu tempo. Creio que você pode fugir de coisas com mais investigação e drama, podendo mesmo se desdobrar em um melodrama. Eu não acho que seja um termo ruim, acho que seja apenas um estilo de drama. Acho que os episódios de Jornada tocaram nisso em certo grau porque é apenas um senso elevado de drama. Outra vez, eu não sinto isso ruim porque eu faço isso todo o dia. A novelas, o pessoal pode dizer, tem muito melodrama. Mas então, algumas vezes é reflexo da vida porque, quando as pessoas estão em situações estressadas ela ficam muito melodramáticas, algumas vezes”.

E o seu capitão favorito de Jornada?
James: “Bem, eu realmente aprecio o Patrick Stewart (Picard). Acho que foi uma grande escolha para o elenco, ter alguém com este peso. De fato, ele teve aquele olhar vistoso, tão dominante, assim como uma presença dominante. Ele foi maravilhoso”.

Por que Jornada teve tanto sucesso?
James: “Acho que Jornada produz estes positivos modelos de personagens. Acho que é porque ela ocupa um lugar na história da TV e provavelmente estará sempre lá de uma forma ou de outra. Creio que o sucesso de todas as séries apresentadas seja devido a existir uma fome por tal tipo de, não somente escapismo, mas de uma visão de esperança no futuro. Haverá sempre estes heróis que são parte da tripulação, que em qualquer que seja a situação, eles acham a si próprios”.

Fonte: http://www.startrek.com