As estrelas da série A Nova Geração, Marina Sirtis (Troi) e Levar Burton (La Forge), numa entrevista em vídeo apresentada no stand de Jornada na Convenção de Ficção Científica DragonCon, no início de setembro, disseram que não esperam pôr novamente seus uniformes em alguma outra produção de Jornada, e Burton acredita que a franquia precisa de “um bom descanso”.
Os atores, na entrevista, expressaram suas frustrações com o trabalho do diretor do filme Nêmesis, Stuart Baird, de quem Burton disse ter se gabado por não ter pesquisado sobre qualquer episódio para um trabalho prévio. E quando perguntado sobre a fraca arrecadação do filme, declarou “isto foi porque ele desagradou”.
“Ele não desagradou tanto quanto Insurreição”, acrescentou Marina, dizendo ainda que ela sentiu sono ao assistir ao premier do nono filme de Jornada (Insurreição). Mas ambos concordam que o roteirista de Nêmesis, John Logan não teria falhado para o décimo filme, e colocaram a culpa no diretor dizendo que Baird “não sabia nada” sobre Jornada… tanto é que ele chamava o personagem de Burton de “Laverne” (ao invés de La Forge), ironizou Marina.
Para Burton, o apelo da interação dos personagens de A Nova Geração foi coisa que Baird não levou em consideração, e completando disse Marina, “Gene (Roddenberry) sempre dizia que essa é uma série de pessoas”.
Sobre a última produção de Jornada (Enterprise), Sirtis disse que quando ela apareceu no episódio final não acreditava que fosse o último, “Pessoalmente eu pensei que fosse um bom episódio. E apenas não acreditava que fosse o último”. E quando perguntada sobre qual foi o problema do script de “These are The Voyages…”, Marina desconversou. “Para ser honesta, eu acho, e creio que Burton vai concordar comigo, que nós já lemos muitos scripts que não deram certo. E se alguma coisa não começa bem não tem muito o que consertar”.
Marina disse que ela ainda estaria trabalhando em Jornada se pudesse, e que Burton que, para ela, tornou-se um grande diretor. E perguntado sobre os rumores de um novo filme prequel, ela encorajou os fãs a escreverem para a Paramount e dizerem o que eles gostariam de ver, ao invés de esperarem que façam o próximo filme exclusivamente para jovens.
“A síndrome de Wesley Crusher multiplicou-se por oito!”, disse a ex-Troi em tom irônico. Já Burton tem esperanças que com as novas pessoas na direção da Paramount, o elenco de A Nova Geração pudesse aparecer uma vez mais. “Eu imaginava que dariam a oportunidade para nós fazermos nossa última tentativa”, disse.
Sobre o futuro de Jornada, Burton lembra que a emissora não queria que Gene Roddenberry tivesse, na série original, uma mulher negra, um russo, um asiático e um alien juntos na ponte de comando, mas Gene lutou por isto, insistindo que a Enterprise deveria refletir o mundo, no qual as pessoas estão todas juntas. “Eu acho que nós necessitamos da visão de Gene agora mais do que nunca. O que foi inerente à filosofia de Jornada foi que havia respeito pela diversidade. Os líderes do mundo deveriam considerar uma página do livro (da vida) de Gene”, finalizou.
Fonte: TrekToday