O roteirista e ex-produtor executivo de Jornada Brannon Braga, em entrevista ao programa de TV G4, falou sobre seu desapontamento com a série Enterprise e as lembranças de A Nova Geração.
Durante a entrevista, Braga disse que não considera Enterprise um fracasso. “Quatro anos não é nada a se desprezar; são noventa e nove episódios. É mais do que muitas outras séries”, comparou o roteirista. “Acho que porque as outras séries terminaram todas com sete temporadas, houve uma expectativa de que essa terminaria com sete, então, a esse respeito, ela falhou, eu suponho. Mas nós a olhamos como uma série de sucesso”, afirmou, acrescentando que a equipe de produção e roteiristas esperavam por mais um ano da série. “Nós fizemos o final, que foi um tipo de profunda devoção à franquia, mas foi um pouco precipitada (a decisão do cancelamento)”.
Sobre A Nova Geração, lembrou o produtor que foi convidado a fazer parte da equipe entre a terceira e quarta temporadas, quando o episódio duplo “The Best of Both Worlds” estava sendo escrito. “Foi um grande período para vir. A equipe de produção estava muito dispersa naquele tempo. Então eu estava no lugar certo e na hora certa”, lembrou Braga, que se encontrou com o criador de Jornada, Gene Roddenberry, nesse período, mas não chegou a conhecê-lo bem.
“Eu falei a Gene que nunca tinha visto nada sobre a Série Clássica”, confessou o produtor. Aparentemente, Gene não se importou com isso. “Ele respondeu: “Então não assista”. Ele queria uma perspectiva nova para A Nova Geração. Não queria que ela fosse igual à original, queria levá-la a uma direção diferente”.
Braga acredita que os outros spin-offs da Série Clássica nunca conseguiram alcançar o mesmo sucesso de A Nova Geração. “Emocionalmente falando, ela (A Nova Geração) foi a primeira Jornada desde a clássica, e realmente a franquia nunca teve sucesso neste nível outra vez”, confessou. “O grupo de personagens foi único, a química dos personagens era nova. As séries subseqüentes tentaram replicá-la com uma variação de graus de sucesso, mas nenhuma delas jamais pôde capturar esta mágica”.
Para o roteirista, o seu episódio mais querido foi “All Good Things…”, o cliffhanger da sétima temporada e que encerrou a série. “Eu me senti envolvido em toda a série. Foi como um desafio a fazer. Acho que nós conseguimos atingir o objetivo”. Quanto à expectativa de um novo seriado, o produtor alegou não saber de rumores, nem deu garantias de que se envolveria com o projeto. “É apenas minha opinião, mas eu acho que Jornada dará uma parada por enquanto. Esperará uns poucos anos, para regenerar”, finalizou.
Fonte: TrekToday