Co-produtor de Voyager aposta em J.J. Abrams

O site Comic Book Resources publicou uma entrevista exclusiva com o co-produtor da série Voyager, Bryan Fuller, que comentou sobre a situação da franquia.

Como foi que você chegou a trabalhar em Jornada?

Fuller: “Um dia eu estava assistindo a série Deep Space Nine e pensei que pudesse trabalhar na franquia. Alguma coisa me deu um clique e escrevi um script e o submeti ao estúdio. Então fui convidado a trabalhar lá. Eu não queria estar na televisão como escritor tanto quanto eu queria ser um escritor de Jornada.”

O que você acha a respeito do declínio da franquia?

Fuller: “Eu creio que a situação agora é bastante encorajadora e estou me referindo a direção de JJ Abrams em reinventar a franquia, a qual situação é desesperadora. Basicamente, o que aconteceu na franquia foi que estava em mãos de pessoas que haviam feito o seu trabalho nela e estavam continuando a fazer a mesma coisa e não olhando para expandir. Uma das promessas de Enterprise era que iria ter toda uma nova conduta, com diferentes aventuras e diferentes personagens. E então, eu vi o piloto e achei que eles apenas mudaram o paradigma levemente o bastante para que pudessem argumentar que era diferente, mas não sob profunda análise. A razão de Jornada estar perdendo força por um longo tempo foi porque não estava sendo alimentada o bastante e J.J. Abrams irá dar este sopro de energia que ela necessita e merece. O universo de Jornada é um lugar muito fértil para contar histórias. Havia muitas coisas inovadoras em Deep Space Nine e por isso ela é minha série favorita. Foi uma série muito mais baseada no personagem. Para mim, vem a Série Clássica, Deep Space Nine e então A Nova Geração e depois Voyager. Havia elementos de Voyager que eu adorei. Acho que ela atingiu seu sucesso criativo com Sete de Nove e seu relacionamento com a capitã Janeway. Eu achei muito mais interessante do que qualquer outro relacionamento capitão/tripulação, excetuando o de Kirk/Spock. Eu adorei Kirk e Spock. Eu amei Picard e Data, embora eles fossem apenas uma variação de Kirk e Spock. E não havia nenhum relacionamento icônico em Deep Space Nine, porque todos os personagens eram muito fortes. Se eu estivesse de estar ao lado de um capitão de Jornada, esse seria a Janeway. Ela foi muito divertida. Eu adorei a complexidade do personagem. Adorava quando ela tomava parte e nem sempre tinha as decisões certas. Algumas vezes ela estava reagindo emocionalmente e outras vezes estrategicamente. Ela possuía muitos defeitos e por isso a série foi criticada. Me desculpem estar falando muito sobre Jornada. Mas eu poderia falar o dia inteiro dela”, comentou o escritor, que agora trabalha na série “Heroes”.

Fonte: TrekWeb