Os roteiristas de Jornada XI, Robert Orci e Alex Kurtzman, falaram ao site SFX sobre como foi escrever uma história para a nova produção de Jornada e o que a diferencia do filme “Transformers”. Veja abaixo os pontos mais importantes dessa entrevista.
Kurtzman começou fazendo uma comparação com o filme dos autobots. “Cada projeto tem seus diferentes desafios”, disse o roteirista. “Creio que, no caso de “Transformers”, era como olhar este desenho, que teve 22 anos de mitologia, inspirou as crianças, e realizar uma versão do filme. De algum modo, significou retornar com essas coisas e sugerir um paradigma diferente para as pessoas que nunca viram o desenho antes. No caso de Jornada, ela tem 40 anos de história e uma base de fãs inacreditavelmente inteligente e apaixonada por tudo que é verdade ou não para Jornada. Descobrir como trazer vida nova a ela, enquanto manter verdadeiro tudo que amamos sobre Jornada, foi, obviamente, um desafio muito maior. E também maravilhoso, porque nós somos agora, de certo modo, os malucos, na posição miraculosa de trazer esses filmes que nos inspiraram, quando crianças, para toda uma nova geração”.
“Eu acordo todos os dias e vejo que somos pessoas de sorte”, comentou Orci sobre fazer Jornada XI. “Nós só entramos nesse projeto quando sentimos que tínhamos uma razão. Não entramos dizendo que iremos reinvetar isso e que não temos nenhuma idéia de como fazer. Nós entramos tendo uma idéia de por onde iríamos seguir. E aceitar fazer, obviamente, levando em conta o quanto nós teremos de mudar em termos do que os fãs esperam. É definitivamente um grande desafio e as perspectivas dos fãs é algo com que queremos ficar em contato”.
Para Kurtzman, no entanto, o desafio de produzir “Transformers” veio do fato de que não havia material humano disponível no desenho para que pudesse ser utilizado no filme. “Eu diria que Transformers foi muito mais trabalhoso, porque Jornada teve séries, filmes e livros, um mundo que foi tão estabelecido e crível como um universo real. Enquanto que Transformers nós conhecíamos os robôs e mantivemos a sua mitologia, mas não tínhamos nada sobre os humanos. A verdade é que, para que o filme funcionasse, tínhamos que enxergar o ponto de vista das pessoas. Então foi um pouco assustador tentar compreender qual a posição dos personagens em relação à série de revelações que acontecem no filme”.
“Jornada, nesse ponto, foi mais fácil, porque, de acordo com o tom, era mais claro para nós o que a franquia significava. Para ‘Transformers’ não ficou claro. Sabíamos que deveria ser engraçado e ao mesmo tempo ter um sentimento de algo real. Havia dois valores opostos desta franquia que tivemos da balencear com muito mais dificuldade do que Jornada, na qual personagens humanos são relacionados em toda a sua saga”, completou Orci.
Fonte: TrekWeb
Edição: Nívea Doria