De volta ao tema das viagens temporais de Jornada nas Estrelas, finalmente damos continuidade a aventura iniciada no longínquo ano de 2008, com a primeira parte deste artigo. Depois de passarmos pelos episódios da Série Clássica, vamos nos debruçar sobre os episódios da Nova Geração.
Nos tempos da TOS não havia ninguém na equipe de produção como o sr. Brannon “Anomalia Temporal” Braga, e a Série Clássica acabou possuindo apenas seis episódios que mostravam, de uma forma ou de outra, viagens no tempo. A Nova Geração seguiu o caminho já traçado previamente por Kirk e cia, e teve sua própria cota de incursões temporais.
Ao longo de todas as séries de Jornada, foram produzidos 48 episódios que lidam este tema. Claro que, em episódios como esses, os roteiristas têm um desafio adicional: evitar os famosos “paradoxos temporais” –alterações realizadas na história por um viajante temporal que afetam diretamente os personagens ou a galáxia como um todo. Algumas vezes, os roteiristas criam e resolvem paradoxos com maestria. Outras…
A primeira temporada da Nova Geração começa sua odisséia temporal exibindo o fraco episódio “We’ll Always Have Paris”, onde a tripulação descobre que experimentos realizados em Vandor IV criaram uma distorção temporal.
O efeito notado é uma série de pequenos paradoxos, onde os personagens encontram a si mesmos em momentos que variam de alguns segundos no futuro a minutos no passado ou futuro. As cenas são mostradas com um pouco de confusão –ora são momentos que se repetem, como um soluço, ora é a tripulação encontrando a si mesmo. Porém, são pequenos paradoxos previstos pelos roteiristas para mostrar as alterações no espaço-tempo que o experimento causara. Não há conseqüências visíveis, ou paradoxos maiores, mas a trama podia ter sido um pouco melhor explicada. Claro que aqui ainda não vimos uma viagem no tempo em si, mas sim pequenas distorções.**
A primeira viagem no tempo, efetivamente falando, seria mostrada no episódio “Time Squared”, da segunda temporada. No episódio, Picard é o único sobrevivente da destruição da Enterprise, que havia sido sugada por um gigantesco redemoinho, e sua fuga em uma nave auxiliar acaba o levando seis horas para o passado, onde a Enterprise ainda está intacta. O Picard do futuro sofre um violento choque, e não consegue se lembrar do que do ponto de vista dele, ainda ocorrerá.
Além disso, o computador da nave auxiliar não pode ser lido. Quando Picard do futuro é atacado por raios de energia, deduz-se que ele é a chave para a solução do paradoxo. Picard do presente ordena que a nave rume direto para o centro do redemoinho, seu alter-ego do futuro desaparece e tudo volta “ao normal”.
Mas o que seria o normal aqui? Se a Enteprise havia sido destruída, devemos concluir que a história foi alterada, criando-se uma nova realidade alternativa onde a nave permaneceu intacta. Porém, se considerarmos que a destruição da Enterprise ocorreu em uma linha temporal paralela, a trama acaba fazendo muito mais sentido, exceto pelo fato de que, se o Picard do futuro continuasse na nave até o momento em que, na linha alternativa, ela teria sido destruída, ele desapareceria do mesmo jeito, assim como o redemoinho. A decisão do Picard do presente de rumar a nave para o turbilhão, afinal, apenas acelerou os fatos, mas acaba sendo mais dramático em termos de conclusão do episódio.
Paradoxo semelhante é encontrado na próxima incursão temporal, “Yesterday’s Enterprise”, da terceira temporada –um favorito entre os fãs, onde a Enterprise-C, fugindo de naves Romulanas que a atacavam em Khitomer, acaba viajando ao futuro, alterando a história da Federação. A presença da nave no futuro cria uma linha temporal onde a Federação está em guerra com os Klingons, e Tasha ainda está viva. Ao longo da trama, a capitã da Enterprise-C é morta, e sua tripulação decide voltar ao passado, mesmo significando o sacrifício de suas vidas. Tasha, ao descobrir, através de conversas com Guinan, que deveria estar morta, decide partir com eles. A Enterprise-C volta ao passado, e a linha temporal é “quase” restabelecida –e os tripulantes da Enterprise-D nem se lembram do ocorrido.
O “quase” restabelecida do parágrafo anterior diz respeito a Tasha. Sua presença no passado poderia não ter causado nenhum dano visível. Porém, em episódios futuros, conheceríamos Sela, filha de Tasha! Ou seja, houve uma pequena alteração no futuro. Isso, é claro, se considerarmos que foi na verdade a Enterprise vista enquanto a Enteprise-C estava no futuro for, afinal, de uma linha paralela de tempo. Se estávamos lidando o tempo todo com a mesma linha temporal, ao voltar para o passado com a Enterprise-C, Tasha teria simplesmente desaparecido –e a capitã Garrett voltado à vida, ao menos por um breve período. Vemos, assim, que a “explicação científica” adotada até aqui pela série lida com infinitas linhas temporais coexistindo simultaneamente.
Ainda na terceira temporada, um novo tema lidando com viagens temporais seria desenvolvido –desta vez em “Captain’s Holiday”. No episódio, Picard vai em licença para Risa, mas acaba se vendo no meio da busca por um poderoso dispositivo do futuro, o “Tox Uthat”. Dois Vorgons do século 27 querem levá-lo de volta a seu próprio tempo, e sabem que Picard é aquele que pode ajudá-los. Um Ferengi chamado Sovak também procura pelo dispositivo, assim como a bela Vash –vista aqui pela primeira vez. Picard acaba descobrindo que Vash já havia encontrado o tal dispositivo, e os dois Vorgons reaparecem. Picard, porém, ao invés de entregar-lhes o dispositivo, pede à Enteprise que o destrua. Os Vorgons desaparecem deixando a impressão de que era justamente a destruição do artefato que deveria acontecer. Não há maiores conseqüência visíveis, uma vez que não sabemos como o futuro se desenrolará até o século 27.
É interessante notar que, já na quarta temporada, não vemos nenhum episódio em que a tripulação faça uma incursão temporal (tá bom, tá bom, tivemos um “engasgo temporal” em “Cause and Effect”, do Brannon Braga, que lida com a repetição interminável dos mesmos eventos, mas não chega a ser uma “viagem no tempo” propriamente dita).
Já no fraco “A Matter of Time”, da quinta temporada, a Enterprise recebe a visita de um suposto historiador do século 26, Berlinghoff Rasmussen, que ao final se revela como um inventor do século 22 que conseguiu colocar as mãos em uma nave do século 26. Não há nenhum paradoxo presente, além dos furos claros no roteiro, escrito por titio Berman. O maior deles é que Rasmussen poderia ter escolhido muitos outros meios mais fáceis para roubar tecnologia que não da nave capitânia da Frota.
A decisão de mantê-lo no século 22 parece ter sido mais sábia, uma vez que enviá-lo de volta ao seu tempo com os conhecimentos adquiridos poderia efetivamente mudar a história. Claro que a simples presença dele também poderia alterá-la, mas a linha temporal aparentemente permaneceu intacta.
Ainda na quinta temporada, um interessante episódio foi apresentado. Trata-se do já citado “Cause and Effect”, no qual a Enterprise é pega por uma anomalia que a aprisiona em um loop temporal: uma seqüência de eventos repete-se, culminando sempre na destruição da nave. É interessante notar que tal fenômeno restringe-se apenas àquela região do espaço, pois ao final do episódio descobre-se que, apesar de a tripulação ficar presa em um loop de poucas horas, no restante da Federação o tempo transcorreu normalmente, passando-se 17 dias.O conceito da anomalia é semelhante ao de “Yesterday’s Enterprise”, com direito inclusive à chegada de uma nave do passado, no caso a Bozeman. Mas desta vez a chegada da nave à linha temporal da Nova Geração não altera significativamente a história, mas é crível pensar que a colisão da Bozeman com a Enterprise, e a subseqüente explosão, é o que causa o loop temporal. O que significa que, a cada vez que a Enterprise volta algumas horas no tempo, a Bozeman retrocede 90 anos (ou seja, de volta à sua linha temporal de origem). Ao meu ver, o único ponto falho no episódio é a forma como eles conseguem descobrir que algo está errado: os tripulantes começam a experimentar déjà vu. Como apenas a pequena região do espaço onde a Enterprise se encontra está sujeita ao loop, os sensores da nave poderiam facilmente ter detectado inconsistências com as leituras de regiões mais distantes, seja pela localização de estrelas e constelações, seja por contato de algum tipo com a Federação. Afinal, fora daquela região o tempo continuava a fluir normalmente…
No ultimo episódio da 5º temporada, “Time’s Arrow”, somos a presentados a um mistério interessante: a cabeça de Data é encontrada em uma escavação na Terra, e junto a esta descoberta, alguns sinais de presença de alienígenas no fim do seculo 19. A Enterprise parte em investigação até o planeta Davidia II,que parece ter alguma ligação com o ocorrido, mas lá Data acaba, acidentalmente, enviado para São Francisco do passado onde encontrará ninguem menos do que Guinan.
Tentando encontrar seu companheiro desaparecido, a tripulação descobre que os responsáveis pelo sumiço acidental do andróide são alienígenas que se alimentam de energia mental humana (Arghhhh !!!). Picard, La Forge, Troi e a doutora Crusher acabam também indo para o século 19, onde encontrarão Data, e eventualmente a caverna onde sua cabeça de foi encontrada. Durante um conflito com os alienígenas, a cabeça do andróide é arrancada, e todos, à exceção de Picard, voltam para o século 24, onde a cabeça encontrada na caverna no inicio da primeira parte é recolocada no corpo do androide. Eventualmente, eles conseguem trazer Picard de volta e destroem os alienígenas.
Concebido como Cliffhanger para o fim da quinta e inicio da sexta temporada da TNG, Times’s Arrow pode ser considerado um episodio bem divertido, principalmente se esquecermos as maciças e pesadas doses de radiação Tecnobubble deste segmento. Ao menos o episodio não envereda pelo caminho comum das alterações da linha temporal, bláh, bláh, bláh,,,,,,,. O que sobra são excelentes momentos onde vemos nosso androide favorito se sair muitissímo bem precisando se virar no passado, muito mais “descolado” que seus amigos viriam procurar pelo androide. Ainda alguns bônus, como a participação de Marc “Gul Dukat” Alaimo, e uma hilariante homenagem ao escritor Mark Twain, e também ao menos badalado mas não menos importante, Jack London.
Por outro lado a consciência de que o androide irá “morrer” causa uma discussão interessante sobre como se dá a percepção deste fato, tanto para seus amigos, que obviamente veêm a provavel “morte” de Data como algo ruim, mas que curisosamente é algo bem vindo para o androide, pois em seu modo singular de perceber as coisas a mortalidade é algo que o complementa como “Humano”, colocando em pauta mais uma vez um dos motes mais bem sucedidos da Nova Geração ( e de Jornada nas Estrelas como um todo) , que é a questão de como encaramos nossa mortalidade, e como ela faz parte da definição do que é “ser humano”.
Pena que como sempre, o Tecnobubble atrapalha. A insistência com pseudo ciência e a necessidade quase patologica de criar explicações e teorias mirabolantes quebram constantamente o ritmo de Times’s Arrow .Isto ao menos não atrapalha o fechamento do segmento, com Data voltando a vida, e uma interessante explicação para o relacionamento entre Picard e Guinan. Todas as arestas temporais são aparadas e no fim temos um episodio muito divertido abrindo a sexta temporada da TNG.
Ainda na Sexta temporada temos “Timescape” . Enquanto o comandante Riker responde a um chamado de SOS de uma nave Romulana, Picard, Troi, Geordi, e Data estão voltando de uma conferência a bordo de uma nave auxiliar. Este começam a experimentar pequenos fenômenos temporais a bordo.
Quando conseguem encontrar a Enterprise, esta parece congelada frente a uma ave de Guerra que parece estar disparando contra a nave da Federação. Eles vão a bordo e desvendam o mistério, que envolve uma espécie alienígena que existe em outra dimensão de tempo. Acidentalmente, embriões desta espécie ficaram presos no núcleo do motor Romulano . A partir da tentativa de seus “pais” de salvarem as entidades presas no núcleo toda confusão é formada. Geordi é imobilizado por um dos aliens, mas Picard, Troi e Data conseguem executar um plano que salva a Enterprise e restaura o “Continuum Espaço Tempo”.
Este segmento segue a mesma trilha de “Cause and Effect”, mas sem conseguir a mesma eficiência. Culpa do Pesado Technobubble usado sem nenhum melindre durante todo o segmento, que quebra constantemente o ritmo da historia tornando-a cansativa. O episodio em si não acrescenta nada seja aos personagens, seja ao background já estabelecido da Nova Geração e sequer funciona como entretenimento. Efeito temporal = nenhum.
O próximo da lista é “Firstborn”. Este começa com Worf tentando explicar convencer empurrar goela abaixo de Alexander a responsabilidade deste vir a se tornar um guerreiro Klingon, mesmo que este não esteja dando a mínima para isto. Picard percebe os problemas de seu oficial e sugere uma visita ao posto avançado klingon Maranga IV onde irão acontecer festividades típicas da cultura dos ancestrais de Worf, achando que isto pode despertar o interesse do menino.
Uma vez no posto avançado os dois são atacados por ladrões. Em desvantagem Worf é ajudado por um Klingon que após derrotar os ladrões se identifica como K’mtar, amigo do irmão de Worf, e enviado para protegê-lo de uma eventual tentativa de atentado, perpetrada por Lursa e B´Ethor. K’mtar logo se mostra preocupado com o futuro de Alexander e se oferece para ajudar worf na tarefa de guiá-lo no “Caminho do Guerreiro”, enquanto a Enterprise parte em busca das duas Klingons.
No fim das contas worf descobre que K’mtar é na verdade seu filho, Alexander que voltou ao passado para tentar mudar a si mesmo e impedir a morte do pai no futuro, que ele julga ser sua culpa. Worf impede o velho Alexander de matar o Alexander jovem, e o convence de que está satisfeito com o futuro do filho.
Tai um episodio que os fundamentalistas da viagem do tempo gostariam de discutir: Num dado momento o Alexander do futuro estava disposto a matar o Alexander do passado (ou do presente). O que aconteceria se Worf não o tivesse impedido ? De acordo com o Paradoxo do Avó, ao matar o jovem Alexander, o futuro de onde ele veio deixaria de existir, e ele não poderia então ter voltado ao passado. Entretanto existem os seguidores da teoria das diversas linhas temporais, e neste caso, a morte do jovem Alexander nada mudaria no futuro de onde ele veio, mas alteraria a linha temporal onde o episodio se passa. Cada um escolha a sua teoria.
Chegamos então ao aclamado “All Good Things”, indicado a quatro prêmios Emmy e vencedor de um Hugo em 1995. A trama é a na visão do autor deste artigo, ao mesmo tempo simples e complicada. A parte simples tem a ver com Picard se movendo entre passado, presente e futuro graças a vontade de “Q”, simplesmente por que ele o “Q”.
A parte complicada tem a ver com “Anomalia engolidora de existência” que ameaça consumir a tudo e a todos. Na verdade a tal anomalia serve de cenoura a ser perseguida pelo nosso bravo capitão com o fim de dar ao espectador algum mistério ao longo do episodio.
O que é significativo aqui é que podemos viajar com ele e conhecer possíveis “futuros” para os personagens da TNG. Perceber como estas pessoas evoluíram dá uma idéia de continuidade, uma percepção de que eles ainda estarão lá mesmo depois que a serie se for.
Vamos nos abster de fazer uma sinopse mesmo que resumida bem como comentar o valor deste segmento, primeiro por qualquer fã de Jornada já conhece AGT de ponta a cabeça, e segundo por que uma sinopse tomaria muito tempo, fugindo ao objetivo deste artigo.
Ao que interessa: Teria mesmo Picard viajado no tempo ? A dinâmica do episodio nos mostra que não. Analisando alguns fatos simples chegamos a esta conclusão: A cada salto de Picard, notamos que este totalmente integrado ao ambiente. Tanto as pessoas a sua volta estão cientes de quem ele é naquele especifico período, assim como ele também está perfeitamente assentado. Um exemplo disto é que logo no primeiro salto que acompanhamos, ele está ciente de que Geordi tem filhos, e de quanto tempo eles deram baixa na Enterprise.
Picard também esta ciente de que Data agora reside em Cambridge. Ele está ciente dos fatos que teriam acontecido naquele período de tempo. Ao voltar ao passado, ele também está ciente de fatos futuros, como a eventual morte de Tasha Yar. Podemos pinçar diversos outros exemplos, mas creio que estes bastam para comprovar que um especifico Picard não esta viajando no tempo, mas que na verdade, vários Picards de várias épocas diferentes (ou realidades alternativas diferentes) estão tendo contato com fatos passados e futuros. O raciocínio seria análogo aos “Profetas do Templo Celestial” de DS9 que não vem o tempo de forma linear e não tem a concepção dos termos passado, presente ou futuro como os “seres lineares”.
Já a tal “anomalia anti-tempo” que surge no futuro, acabando com a existência é o típico dispositivo de trama da TNG que sempre corre o sério risco de afundar bons episódios, devido a necessidade insana de criar teorias estapafúrdias e desnecessárias. Felizmente neste caso o dano foi mínimo. A questão para efeito deste artigo é que diferente do que afirma “Q”, Picard não poderia ter criado a tal “anomalia” nos termos em que foi colocado. Picard somente começa a perseguir a tal anomalia após a mesma já existia no passado, ou em outras realidades alternativas e a busca que culminou com esta tentativa não existiria se ele não tivesse sido empurrado pelo Continuun para aquele ponto.
A solução para tal paradoxo está no próprio episodio. Bastaria ao invés de roteiro tirar da cartola as tais “Ondas de Taquions Convergentes” e assumir a premissa que o Picard do futuro realmente tivesse ficado maluco, e partido em uma busca por algo que até então só existia em sua cabeça. A explosão da Pasteur poderia ser a fonte da tal anomalia, que ai sim poderia se manifestar em diversas realidades alternativas. A partir deste ponto, “Q” passaria a conduzir Picard pelos três períodos diferentes de tempo para dar e ele chance de encontrar uma solução. Tal premissa estava nas entrelinhas do episodio, e daria mais sentido às afirmações de “Q”, e embora insinuada, foi deixada de lado.
Sem levar tanto em consideração a física quântica, “torcer” o tempo e espaço de forma com o segmento faz, ao apresentar as três Enterprises oriundas de tempos diferentes aparentemente em “fase temporal” , embora tenha efeito dramático reconhecido não parece a melhor saída para o episodio.
Podemos assumir que, dado a percepção de cada Picard de seu tempo, conforme explicado no inicio, e da impossibilidade de, em sendo o tempo linear, as três naves estarem juntas e ao mesmo tempo em épocas distintas, resta a conclusão de que são Enterprises de linhas de tempo alternativas, e que teriam sido destruídas em sua linha de tempo. Um estrago e tanto, mas o restante do episodio não aponta para isto, mas sim para um “mágico” realinhamento de todos os elementos vistos no segmento. A bem da verdade, da forma como ficou não chegou a comprometer o episodio, mas que muita coisa ficou mal explicada, ficou.
Foram ao todo dez episódios temporais, embora alguns listem “Tapestry” como um destes episódios, mas decidimos aqui não tratar tal segmento neste bojo, pois entendemos que o conceito do episodio não se encaixa no tema.
Nada exagerado em termos de números, e com um saldo qualitativo positivo, se olharmos que destes, “Yesterday Enterprise” e “All Good Things” são favoritos absolutos dos fãs, “A Matter of Time”, “Cause and Effect” , “Time’s Arrow” , “Timescape”, e “Firstborn” são regulares para bons. Mesmo que os sofríveis “We’ll Always Have Paris”, “Captain’s Holiday” e “Time Squared” façam parte desta herança, não dá dizer a TNG jogou tempo fora com este tema, no fim das contas.
Proxima Parada: Deep Space 9
“Artigo originalmente escrito por Fernando Rodrigues e complementado por Carlos Henrique B. Santos”