Abertura da temporada traz aventura descompromissada, klingons e show de Spock
Sinopse
Data estelar: 2369.2
A Enterprise está atracada à Base Estelar 1 para manutenção e atualizações. Pike decide partir numa nave auxiliar para buscar a advogada que pode ajudar Una, atualmente detida, a enfrentar sua corte marcial por ter ocultado suas modificações genéticas ao entrar para a Frota Estelar. O capitão deixa Spock no comando.
Uhura detecta um sinal codificado de socorro vindo de La’An, que se diz em perigo e enfrentando uma ameaça à Federação em Cajitar IV, planeta na fronteira com o espaço klingon em que, após a guerra, federados e klingons se alternam mensalmente na exploração de suas minas de dilítio. No momento, a ocupação é dos klingons.
Spock consulta o almirante April, que proíbe a Enterprise de intervir. Mas o tenente decide roubar a nave e ir em socorro de sua colega. A tripulação concorda e simula uma falha de contenção no núcleo de dobra. Com a ajuda de Pelia, engenheira lanthaniana responsável pela inspeção, eles iniciam a ventilação das naceles. A operação dá certo e a Base Estelar 1 ordena a desatracação da Enterprise, que parte em dobra para Cajitar.
Chegando lá, Spock, Uhura, M’Benga e Chapel descem ao planeta e encontram La’An numa disputa de quem bebe mais sangria com o klingon Kr’Dogh. Ela vence e seu substituto é uma mulher klingon, a quem a humana suborna para conseguir um encontro com Greynax. La’An vê que M’Benga está por perto e reencontra a tripulação num local mais afastado. La’An revela que veio até ali para ajudar a menina Oriana, resgatada pela Enterprise dos gorns em Beta Valeo V, a reencontrar suas mães. Nisso, ela descobriu que elas foram envenenadas pela detonação de um torpedo fotônico, o que conduziu a uma conspiração de humanos e klingons para reacender a guerra entre a Federação e o Império. La’An revela que terá um encontro com um grupo klingon que por algum motivo está comprando armamento federado.
M’Benga e Chapel vão atender às mães de Oriana e acabam capturados por klingons que os levam até uma instalação subterrânea. Lá uma nave federada, possivelmente da classe Crossfield, estava sendo montada. Eles são levados à enfermaria para prestar atendimento médico a vários klingons feridos. Traumatizado por sua atuação na Guerra Klingon, M’Benga está afetado pela situação. Ele conclui que a nave federada servirá para simular um incidente interestelar com os klingons que reacenda o conflito. M’Benga e Chapel usam um soro que os torna algo como super soldados, para que possam enfrentar os klingons a bordo e chegar a uma estação de comunicação, a fim de notificar a Enterprise do plano dos conspiradores.
Enquanto isso, Uhura e Spock acompanham secretamente La’An, que vende feisers da Frota Estelar a Greynax, o líder do misterioso grupo que se denomina o Círculo Quebrado. Ele diz que precisará de mais. Uhura ouviu o que os klingons falavam entre si e descobriu que, o que quer que estejam planejando, vai acontecer no dia seguinte.
Na nave federada em posse dos conspiradores, M’Benga e Chapel chegam a um dispositivo de comunicação e codificam uma mensagem para a Enterprise, antes de partirem para uma comporta de ar, a fim de saírem. Eles notam que a nave foi lançada e está no espaço, prestes a atacar um cruzador de batalha D7 klingon. Uhura capta uma mensagem em código Morse vinda dela: é uma instrução para que a Enterprise a destrua. Spock, de volta ao comando, hesita, pois acha que isso matará M’Benga e Chapel, mas acaba ordenando o disparo, após uma perseguição. O médico e a enfermeira se ejetam pela comporta de ar e são resgatados no espaço pelo teletransporte da Enterprise. Chapel quase morre, e Spock fica muito abalado.
O capitão D’Chok, a bordo do cruzador D7, entra em contato exigindo explicações pela ocorrência. Spock explica que acabou de impedir um atentado destinado a reacender a guerra. No planeta, todos tomam sangria juntos e o vulcano convence o klingon de que está dizendo a verdade. Pelia pede para permanecer a bordo como engenheira-chefe.
A Enterprise contata April e Spock revela o que descobriu, bem como o sucesso na negociação de um tratado com os klingons. Estranhamente, o almirante decide não punir o tenente por ter desobedecido ordens – isso porque, sem saber, ele acaba de evitar que a Federação tivesse duas frentes de guerra simultâneas, uma vez que a inteligência da Frota Estelar também indica um ataque gorn iminente.
Comentários
“The Broken Circle” é uma clássica aventura de Star Trek, despretensiosa no que diz respeito a alegoria e subtexto, mas bem resolvida no aspecto dos personagens, dando um lugar privilegiado para Spock brilhar, na condição de capitão interino da Enterprise.
É um jeito leve de abrir a segunda temporada de Strange New Worlds, que busca retomar o arco com os klingons iniciado em Discovery, mas em roupagem inteiramente nova. E, sim, mais uma vez vemos a opção por mudanças radicais na aparência desses alienígenas, que aqui figuram como uma versão intermediária entre a metamorfose profunda que vimos em Discovery e o padrão mais homogêneo estabelecido na segunda era televisiva de Star Trek, entre A Nova Geração e Enterprise.
Os tons de pele voltaram às variações humanas típicas, as testas protuberantes continuam abarcando alguns traços mais fortes de Discovery, mas sem aquela transformação excessiva do rosto (que tinha direito a quatro narinas e uma prótese que enterrava praticamente a face toda do ator sob silicone). Vale também um destaque para as armaduras klingons vistas ao final, que parecem uma versão mais sofisticada dos trajes vistos na Série Clássica, mas incorporando traços do que viria a se tornar padrão a partir de Jornada nas Estrelas: O Filme.
Aparências à parte, também vemos aqui uma alteração significativa da forma como os membros do Império Klingon são retratados. Se em Discovery o objetivo era mostrar grande variedade étnica e cultural entre as casas, aqui eles voltam a ter uma postura mais homogênea e rasa, típica da duas primeiras eras televisivas da franquia. É bem possível que estejamos vendo apenas os klingons desse planeta fronteiriço, Cajitar IV. Ainda assim, é um pouco frustrante vê-los novamente em uma versão genérica e simplificada, depois de tanta energia e tempo de tela despendidos em Discovery para torná-los culturalmente mais diversos.
A trama começa das pontas soltas deixadas pelos dois últimos episódios da primeira temporada: La’An partindo em licença para ajudar a menina Oriana a encontrar seus pais (conforme visto em “All Those Who Wander”) e Pike lidando com o julgamento iminente de Una, depois de ela ter sido presa por ter ocultado suas origens geneticamente alteradas (em “A Quality of Mercy”).
Essa configuração permite deixar Spock no comando da Enterprise e usar La’An como ponto de partida para uma nova aventura, totalmente desconectada da situação que a levou a Cajitar IV.
Os roteiristas e showrunners Henry Alonso Myers e Akiva Goldsman buscam aqui resgatar a tensão da “guerra fria” entre o Império Klingon e a Federação vista na Série Clássica, em mais um exercício de “harmonização canônica”, por assim dizer. E o fazem reconhecendo os eventos da Guerra Klingon e trazendo traumas de alguns dos tripulantes da Enterprise que participaram dela – em particular Chapel e M’Benga, neste caso. (A Enterprise em si não se engajou no conflito, como revelado na segunda temporada de Discovery.)
Para não dizer que o episódio não explora alegorias e grandes ideias, pode-se dizer que a trama brota do fato de que os reais vencedores de uma guerra não são os que a lutam, ganhando ou perdendo, mas sim os que a incitam e faturam com ela. E aqui a história ganha algumas tintas de Jornada nas Estrelas VI: A Terra Desconhecida, em que vemos humanos e klingons conspirando juntos para sabotar o processo de paz. Mas a exploração dessa situação é bastante limitada no episódio, e a premissa, a despeito de interessante, não é original. E, do jeito que a coisa ficou pendurada aqui, é certo que os klingons terão de voltar à série mais à frente.
M’Benga e Chapel ganham seu lugar como heróis de ação, lutando com os conspiradores klingons para impedir que causem um incidente que reinicie a guerra. Entre socos e pontapés, trazem alguns elementos interessantes da relação próxima dos dois, incluindo o soro que os torna supersoldados – algo que também clama por ser revisitado adiante.
Outro destaque do episódio é a introdução da comandante Pelia, vivida por Carol Kane, como virtual (prestes a se tornar de fato) engenheira-chefe da Enterprise. A personagem tem aparência inteiramente humana, mas comportamento muito peculiar – o que denota sua origem alienígena. Ela é uma lanthaniana, espécie recém-inventada que tem alguns ecos dos el-aurianos e sua principal representante, Guinan. A exemplo deles, os lanthanianos vivem milhares de anos e, em algum momento, alguns (inclusive Pelia) viveram na Terra disfarçados como humanos, até se revelarem como alienígenas no século 22.
A prestigiada e veterana atriz indicada ao Oscar certamente vai dividir opiniões com seu papel – haverá quem odiará e quem amará a personagem por seu comportamento franco e exótico. Como diria Saavik, “humor é um conceito difícil”, e a Pelia de Kane consegue ser engraçada e irritante ao mesmo tempo. Ora pode pender para um lado, ora para o outro, e com que frequência depende dos limites pessoais de cada espectador. O risco é grande de se tornar cansativa, a despeito de suas qualidades, se não for usada na dose certa.
Contudo, o grande personagem do segmento é Spock. A ausência de Pike e Una o colocam de forma muito clara no centro das ações, e aí as tintas vêm de “The Menagerie”, da Série Clássica, e de Jornada nas Estrelas III: À Procura de Spock, com (mais um) roubo da Enterprise.
É uma escolha questionável, não só pela falta de originalidade, mas sobretudo pela ausência de consequências de um ato de insubordinação tão elevado. Faz forte contraste com a situação de Michael Burnham, em Discovery, em que um motim a levou à pena de prisão perpétua, e mesmo com a situação do almirante Kirk, que roubaria a Enterprise em Jornada III e, em Jornada nas Estrelas IV: A Volta para Casa, por ter salvado a Terra da destruição, se safaria apenas com o rebaixamento a capitão.
Spock aqui desafia as ordens do almirante April e leva zero punição, com a justificativa de que suas ações salvaram a Federação de encarar duas frentes de guerra simultâneas. Com isso, o Comando da Frota Estelar assina dois atestados de incompetência – um por não zelar pela hierarquia da corporação e outro por não antever a importância estratégica da missão. Por mais que tirasse um pouco do brilho rebelde de Spock, melhor seria se ele tivesse convencido April da importância da empreitada, ainda que tivesse de conduzi-la de forma não oficial para evitar um incidente. É verdade que isso estragaria toda a sequência do ardil para roubar a Enterprise e a introdução inspirada de Pelia, mas é o preço a pagar para manter um mínimo de verossimilhança. (Em defesa dos roteiristas de Strange New Worlds, o mesmo Spock faria roubo similar menos de dez anos depois, em “The Menagerie”, da Série Clássica, e escaparia mais uma vez sem punição, mesmo cometendo ação sujeita à pena de morte – uma visita a Talos IV.)
Fora isso, temos aqui aquela que possivelmente é a melhor atuação de Ethan Peck como Spock até o momento – o que não é elogio pequeno, considerando o excelente trabalho que ele fez na segunda temporada de Discovery, em um dos Short Treks e na primeira temporada de Strange New Worlds. E os entusiastas da relação complicada entre Spock e Chapel não têm como não amar o que acontece aqui entre os dois.
O roteiro e os atores (Peck e Jess Bush, dupla que tem incrível química) operam em harmonia para construir a história de modo tal que em nenhum momento temos dúvida de que a situação entre eles está muito mal resolvida. E quando Spock tem de ordenar a destruição da falsa nave federada, vemos nos olhos dele que sua angústia não é pela perda de vidas, não é sequer por M’Benga – ele só pensa na dor de perder Chapel. O que é confirmado logo adiante quando ele tem de promover a ressuscitação dela na sala de transporte. Ver Spock chorar não é para toda hora, mas aqui acreditamos em cada segundo do sentimento. Muito bom. Em seguida, vemos o mesmo Peck brilhar de modo inteiramente diferente, emulando um Spock bêbado enchendo a cara com os klingons. As nuances da atuação são espetaculares.
Quanto à emotividade do tradicionalmente estoico vulcano, o roteiro atribui às circunstâncias recentes, quando ele teve de baixar seu autocontrole emocional no enfrentamento dos gorns em “All Those Who Wander”. Isso fora o fato de que Strange New Worlds se propõe a explorar um momento menos maduro do personagem, entre o Spock sorridente de “The Cage” e o (quase sempre) extremamente controlado da Série Clássica. Mas talvez nada disso seja suficiente para que alguns espectadores consigam alinhar a atual versão do personagem com sua interpretação clássica.
Para além de Spock (o óbvio protagonista do episódio), também vale destacar a distribuição de funções para todos na trama. Com Pike e Una afastados nos primeiros minutos, sobra bastante espaço para todos, e mesmo quem aparece menos, como Ortegas (que neste episódio fica no nível da recorrente Mitchell em termos de importância), tem o que fazer.
Os valores de produção são aqueles que nos acostumamos a esperar da série, com cenários espetaculares e grandes efeitos visuais, e a direção de Chris Fisher é competente, apesar do excesso de entusiasmo com sequências intermináveis de luta.
Entre acertos e erros, “The Broken Circle” cumpre o papel de entregar uma aventura divertida (ligeiramente enfadonha apenas nas sequências intermináveis de luta de Chapel e M’Benga) e recolocar as peças no tabuleiro para o que prometem ser os grandes arcos da temporada – a resolução da crise com Una, a relação entre Spock e Chapel, os desafios do pós-guerra com os klingons e a ameaça dos gorns. Não é uma abertura tão apaixonante e rica em subtexto quanto a do primeiro ano, mas cumpre o serviço de manter a série rica em sabores variados e na exploração do cânone de Star Trek.
Avaliação
Citações
“If you’re going to steal a starship, do it correctly.”
(Se você vai roubar uma nave estelar, faça do jeito certo.)
Pelia, para Spock
Trivia
- O episódio termina com uma dedicatória a Nichelle Nichols, que interpretou Uhura na Série Clássica e morreu em 2022.
- Anson Mount solicitou uma presença menor no primeiro episódio, por conta do nascimento de sua filha, em dezembro de 2021. Akiva Goldsman e Henry Alonso Myers levaram isso em consideração e escreveram a abertura da temporada com presença mínima do capitão Pike. Com a situação de Una não resolvida, isso permitiu que Spock ganhasse os holofotes.
- As filmagens deste episódio começaram em 1º de fevereiro de 2022, nos CBS Stages Canada, instalação da CBS Studios em Mississauga, nos arredores de Toronto.
- As cenas em Cajitar IV foram filmadas em estúdio, usando a famosa AR Wall (“parede de realidade aumentada”), capaz de projetar cenários virtuais no entorno dos atores em tempo real.
- A enfermaria e os corredores usados para representar a falsa nave federada, pelos quais transitam M’Benga e Chapel distribuindo sopapos nos klingons, são os mesmos que compõem os cenários fixos de Discovery, mas redecorados para esta função. Eles ficam num estúdio diferente do que abriga os sets de Strange New Worlds, nos Pinewood Toronto Studios.
- Segundo o showrunner Henry Alonso Myers, a ideia de colocar M’Benga e Chapel em uma longa sequência de combate corpo a corpo foi inspirada em parte no fato de que Babs Olusanmokun é bicampeão panamericano na modalidade jiu jitsu brasileiro. O ator nigeriano viveu um tempo no Brasil e fala português.
- A equipe de maquiagem deu grande diversidade aos klingons figurantes deste episódio, representando diversas eras, com testas similares às vistas em Jornada nas Estrelas: O Filme, Jornada nas Estrelas III: À Procura de Spock e o visual consagrado a partir de A Nova Geração, além de outras variações.
- O diretor Chris Fisher comentou sobre o desafio de reintroduzir os klingons para Strange New Worlds, buscando uma estética mais simples e mais próxima do que foi visto no passado da franquia. “Embora eu tenha pessoalmente amado o visual dos klingons em Discovery, aquele visual não ia funcionar para nós, porque somos uma série orientada a personagens, queríamos que os klingons pudessem de fato expressar emoções e não ter tantas próteses e efeitos visuais. Então nós realmente movemos os klingons de criaturas a personagens.”
- Outros alienígenas figurantes em Cajitar IV incluem telaritas (também repaginados, lembrando mais a versão vista na Série Clássica, incluindo as mãos com três dedos), vulcanos, bolianos e órions.
- O planeta Cajitar IV é mencionado como um mundo cogerido pela Federação e o Império Klingon, em regime de revezamento. Não parece ser um arranjo muito estável, mas reflete diversos outros acordos vistos antes em Star Trek. Em “The Trouble With Tribbles”, da Série Clássica, o planeta de Sherman é submetido a uma concorrência a fim de determinar qual potência irá desenvolvê-lo. E em Jornada nas Estrelas V: A Última Fronteira, conhecemos Nimbus III, o “Planeta da Paz Galáctica”, cogerido por federados, klingons e romulanos.
- O modelo do cruzador de batalha klingon D7 usado em tela é a mesma versão criada para a segunda temporada de Discovery, baseada, é claro, no design original criado por Matt Jefferies para a Série Clássica.
- O traje que La’An usa em Cajitar foi originalmente criado para Georgiou (Michelle Yeoh) no episódio “Point of Light”, da segunda temporada de Discovery.
- A falsa nave federada é identificada por Jena Mitchell como possivelmente sendo da classe Crossfield – a mesma classe de naves a que pertenciam a USS Glenn e a USS Discovery. Apesar de ter uma seção disco similar, as naceles são bem diferentes, e não há aqui um casco secundário. É possível que essa seja a versão tradicional da classe Crossfield, fortemente modificada no caso da Glenn e da Discovery para incorporar a tecnologia do motor de esporos. Alternativamente, é possível que o Círculo Quebrado tenha construído essa nave a partir de peças avulsas obtidas de várias naves da Frota Estelar, conferindo esse aspecto misto em sua arquitetura.
- M’Benga apresenta uma estimativa de mortos durante a Guerra Klingon pelo lado da Federação: 100 milhões de mortos.
- Cabe ao médico também dar a Spock seu alaúde, como uma forma de terapia por música. Veríamos o vulcano explorar seu interesse pela música em vários momentos da Série Clássica, mais notoriamente tocando para Uhura cantar em “Charlie X” e participando de uma jam session com hippies espaciais em “The Way to Eden”.
- A introdução da comandante Pelia representa a primeira vez que ouvimos falar nos lanthanianos, uma espécie ultra longeva. Mas a Série Clássica já nos apresentou um aparente humano que viveu milhares de anos: Flint, do episódio “Requiem for Methuselah”.
- Na carta estelar em que aparece a “provável” nave de ataque gorn, vemos que ela está nas vizinhanças do sistema Cestus, que seria atacado por esses alienígenas anos depois no episódio “Arena”, da Série Clássica. Naquela região também está o sistema Galdonterre, mencionado no episódio “Blood Oath”, de Deep Space Nine.
- Este é o primeiro episódio a mostrar Uhura como alferes, indicando que entre a primeira e segunda temporadas ela se formou na Academia da Frota Estelar.
- O segmento também introduz um novo chefe de transporte, Jay, vivido pelo ator trans não binário Noah Lamanna. Ele substitui Kyle, vivido pelo ator André Dae Kim, que deixou Strange New Worlds para trabalhar na série Vampire Academy.
- A membro do Círculo Quebrado Jen é vivida por Hannah Spear, que interpretou a irmã de Saru, Siranna, além da mãe de Su’Kal, em Discovery.
Ficha Técnica
Escrito por Henry Alonso Myers & Akiva Goldsman
Dirigido por Chris Fisher
Exibido em 15 de junho de 2023
Título em português: “O Círculo Quebrado”
Elenco
Anson Mount como Christopher Pike
Ethan Peck como Spock
Jess Bush como Christine Chapel
Christina Chong como La’An Noonien-Singh
Celia Rose Gooding como Nyota Uhura
Melissa Navia como Erica Ortegas
Babs Olusanmokun como Joseph M’Benga
Rebecca Romijn como Una Chin-Riley
Elenco convidado
Adrian Holmes como Robert April
Carol Kane como Pelia
Izad Etemadi como instrutor corpulento
Rong Fu como Jenna Mitchell
Emma Ho como Oriana
Andrew Jackson como D’Chok
Alex Kapp como computador da Enterprise
Kyle Kass como Kr’Dogh
Noah Lamanna como Jay
Cihang Ma como Livian
Tiffany Martin como chefe sênior
Jamillah Ross como Lukata
Samer Salem como inspetor Gilan
Hannah Spear como Jen
Alex Spencer como Greynax
Nicolas Van Burek como extremista klingon
Abbas Wahab como Ror’Queg
Laura Wilson como Stell
Russell Yuen como Tafune
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Edição de Maria Lucia Rácz
Revisão de Susana Alexandria