Agora é a vez de Chris Pine falar um pouco mais sobre o filme de Jornada nas Estrelas. O jovem ator de James T. Kirk concedeu várias entrevistas, onde comentou a respeito de sua visão sobre o personagem, sobre o diretor e produtor J. J. Abrams, o veterano William Shatner, a reação dos fãs quanto ao filme, dentre outros assuntos.
Pine revelou ao Variety que, inicialmente, buscou na série a base para fazer Kirk, mas percebeu que deveria seguir o seu próprio caminho e procurar fazer o personagem mais humano. “Tudo que eu estava fazendo era amontoando uma incrível quantidade de responsabilidade, sobregarregando a mim mesmo com coisas do tipo: – “Você deve se lembrar de agir desta forma e tal” – Foi quando eu pude deixar para lá aquilo tudo e aceitar os parâmetros estabelecidos por J.J. (Abrams) no início, que era trazer o que fosse especial e único sobre nós para os papéis. Isso significou abraçar a descrição de Kirk – charmoso, engraçado, líder dos homens, ao invés de uma imagem elaborada. Apenas tentar ser humano”, esclarece Pine. “Eu posso fazer tudo: gritar, chorar, rir, assumir o controle e ser vulnerável. Eu extraí o modelo perfeito”.
Quanto ao diretor, Pine é só elogios, “Alguns pedaços do filme que vi são fantásticos, e acho que J.J. (Abrams) já terminou. Creio que ele tornou-o acessível as pessoas que não são fãs e acho que ele irá satisfazer a maioria delas”, disse ao Scifi Pulse. É uma tarefa muito difícil tentar agradar a todos os fãs, tenho certeza, mas acho que a maioria deles irá ver o traçado do antigo nele, e ficarão felizes com as novas coisas que trouxemos”.
Quando assumiu o papel de Kirk, Pine disse que chegou a se corresponder com William Shatner, dizendo o veterano ator que “compreendia o tamanho do sapato que estava calçando”. Pine lembra de Shatner quando assistia com seu avô a série T. J. Hooker e considera o ator como “aquele que originou o papel” e que ele está apenas pegando um pedaço. O jovem ator admitiu que ficou um pouco preocupado quando começou a trabalhar como Kirk. “Era sem dúvida assustador, mas J.J. definiu estes parâmetros, no início, dizendo que, essencialmente, os parâmetros estavam apenas em você. interpréte-os; traga a sua própria individualidade sobre o papel. Em muitos aspectos, é uma derrota, perder a coisa já feita, porque as pessoas adoram Shatner, que fez um ótimo trabalho, mas tudo que posso prometer é que fiz o meu melhor, e penso que o que fiz é genuíno para mim, verdadeiro para o personagem, e esperemos que vá repercurtir em algumas pessoas”.
Já para o site Collider, Pine falou sobre o que acha da reação dos fãs ao filme e o que sentiu a entrar numa produção de blockburster, “Não sei se eles irão ou não aceitar. Eu sinto o calor que está por trás disso. Tenho visto postagens sobre o assunto nos dois sentidos. As pessoas encontram-se animadas sobre o filme ou já dando o dedo pra ele. Ele será o que deve ser, e as pessoas irão gostar ou não. Eu estou realmente orgulhoso disso e pelo que vi acho que fizemos um ótimo trabalho”.
“Creio que quando você tem a oportunidade de trabalhar em algo com muito dinheiro é extraordinário porque você está com o melhor dos melhores. Você tem a melhor produção designers, você tem os melhores atores trabalhando junto ao seu lado, você tem um dos melhores diretores de Hollywood hoje, você tem uma equipe de vestuário que é fora de série. Então, é como ser uma criança e ter tudo ao seu alcance. Quando vi pela primeira vez a ponte de comando e eu não era fã quando criança, por isso, não era tão sagrado para mim como era para muitos outros, mas eu, de certo modo, tive uma espécie de experiência extracorporal. É muito bonito conseguir fazer o que você faz”.
Pine disse a revista Star Trek Magazine o que o atraiu para aceitar fazer o papel de Kirk, “Acho que aquilo que os escritores Bob Orci e Alex Kurtzman fizeram de bom para Jornada, e fizeram também maravilhosamente com Transformers, foi que eles escreveram personagens tão fortes, que não importa quão grandes são os efeitos, você nunca perde de vista o aspecto humano da história. Imediatamente em nossos filmes, todos os personagens são apresentados em seus aspectos mais humanos. O interesse por Kirk surgiu porque ele é o homem comum confrontado com um enorme épico, uma tarefa difícil, uma oportunidade e um desafio, e ele teve uma escolha muito difícil para fazer. Acontece em uma grande escala, como “tentar salvar o planeta Terra”, coisa do tipo”.
Prosseguindo Pine em sua definição sobre o jovem Kirk, “Acho que o que é ótimo nisso é que ele é inseguro, é ferido, é arrogante, e é impertinente. Ele tem todas essas coisas ao mesmo tempo, e é herói, mas um herói muito humano. Quem olha para isso pode ver-se em James T. Kirk. Isso é o que era ótimo nele. Não está longe de mim mesmo, e creio que o personagem não está longe de ninguém. Quando confrontado com um grande desafio, a escolha é sua, ir em frente e tentar enfrentá-lo com a cabeça erguida, ou não. Você tenta e faz o melhor que pode”.
“Há muito humor e muita ação no filme, mas o que realmente me excitou no personagem foram duas cenas centrais no início, que definem James T. Kirk com “T”. Essas foram as cenas mais emocionantes, e as que eu estava mais ansioso para fazer”.
Fonte: TrekMovie