Profecia convence Sisko da natureza sobrenatural de sua missão em Bajor
Sinopse
Data estelar: 48543.2
Duas cientistas Cardassianas, Ulani Belor e Gilora Rejal, estão vindo a bordo de DS9 (no âmbito do novo tratado de paz entre Bajor e Cardássia) para ajudar a estabelecer um relê de comunicação próximo à abertura da Fenda Espacial no quadrante Gama, permitindo comunicações através da passagem entre os quadrantes pela primeira vez. Quark está desapontado que o Kanar (bebida típica Cardassiana) que ele tinha dos tempos da ocupação estragou.
O vedek Yarka acompanhado por Kira vem ver o comandante Sisko. O religioso diz que a terceira profecia de Trakor está para se cumprir. Parafraseando: “Quando o rio acordar, dirigido uma vez mais para o lado de Janir, três víboras retornarão para o seu ninho no céu… Quando as víboras tentarem perscrutar através dos portais do templo, uma espada de estrelas irá aparecer nos céus. O templo irá se incendiar e os seus portais se abrirão”.
A parte do rio acaba de se confirmar em Bajor e o religioso acredita que as cientistas são as víboras e que o seu experimento levará à destruição do Templo Celestial, a Fenda Espacial. Sisko não acredita muito na história (são duas cientistas e não três, para começo de conversa) e diz ao Vedek que não vai adiar o experimento. Yarka se retira e Sisko diz à major que quer que Odo apure tudo que puder sobre o Vedek (tanto a Assembléia dos Vedeks quanto a kai Winn não deram muita bola para ele, por isto ele recorreu a Sisko, como Emissário dos Profetas).
Sisko e Kira vão receber as cientistas. Em uma reunião a seguir fica decidido que algumas modificações serão necessárias no sistema de transmissão de sinais de DS9 e que a Defiant irá levar o relê para o outro lado da fenda e os testes serão iniciados. Ao final do encontro, Ulani diz que uma outra colega, Dejar, também está para chegar. Quando a cientista se retira, Kira, com uma expressão consternada, diz: “três víboras, exatamente como na profecia”.
Odo descobre que Yarka não é mais um vedek, tendo perdido sua posição porque liderou protesto contra o tratado de paz entre Cardássia e Bajor, dois meses atrás. O comissário e Sisko suspeitam que o religioso está usando a profecia para atacar o tratado. Odo também diz que o desejo de Sisko de se distanciar da sua posição de Emissário pode o estar fazendo descartar a profecia com muita facilidade. O que faz Sisko pensar.
Yarka diz a Kira que ela não pode mais manter a sua fé e o seu trabalho separados e que os Profetas a escolheram para a ajudar o seu Emissário a tomar a melhor decisão para Bajor. Dejar chega e se encontra com Gilora, Ulani, Dax e O’Brien no Quark’s. Gilora e O’Brien têm uma dificuldade inicial para preparar a estação para o experimento.
A bordo da Defiant, os últimos preparativos são tomados para o posicionamento do relê. Dax detecta um cometa, com uma alta concentração de silítio. Ela verifica que ele vai passar próximo à abertura da fenda, mas não irá atrapalhar o experimento. Kira diz sem pensar: “Uma espada de estrelas”. Sisko discretamente chama a major para uma conversa privada em sua cabine.
Sisko diz que a profecia não tem lugar na ponte da Defiant, especialmente com as Cardassianas presentes. Kira concorda, mas diz que acredita na profecia e que Sisko é o Emissário e tem uma decisão a tomar. A major chega mesmo a oferecer uma interpretação racional dos fatos envolvendo a natureza não-linear dos Profetas, mas sisko não consegue se ver como parte da fé Bajoriana e a conversa acaba quando Dax o chama para avisar do lançamento do relê.
Em DS9, Gilora e o chefe continuam a trabalhar na adaptação de um módulo de comunicação Cardassiano (gêmeo daquele agora instalado no relê) nos sistemas da estação. Gilora continua querendo fazer tudo sozinha, apesar do chefe repetir que conhece a estação como ninguém. A Cardassiana diz que os homens Cardassianos não têm jeito para ciência e engenharia, mas O’Brien mostra ser bastante capaz continuando a instalação sob os olhares agora interessados de Gilora.
Na Defiant, após ser cumprido o prazo dado por O’Brien, Dax tenta repetidamente realizar uma transmissão através da fenda para DS9, sem sucesso. Até que algo dá errado e a fenda se abre, produzindo uma perturbação gravitacional que muda a trajetória do cometa, que agora ruma direto para a entrada da Fenda Espacial. Se o silítio interagir com o interior da fenda, irá produzir uma reação em cadeia que deve fechá-la para sempre.
A Defiant volta à estação para que Sisko e cia. possam avaliar a situação. O’Brien diz que consegue modificar os feisers da Defiant de forma a produzir um feixe largo o bastante para vaporizar o cometa por igual e não produzir a sua fragmentação (o que pioraria muito a presente situação, o que também não recomenda o uso de raios tratores). Enquanto trabalhando na Defiant sozinhos, Gilora começa a flertar descaradamente com o chefe O’Brien. Ela diz que o chefe parecia estar interessado, como costume entre os Cardassianos, pelo nível de irritabilidade que ele demonstrou com relação a ela desde o início. Ambos então entendem que houve um caso de “mal-entendido intercultural” e Gilora se retira completamente sem graça (especialmente por saber agora que o chefe tem mulher e uma filha).
Dax entra no escritório de Sisko, que está lendo profecias Bajorianas relacionadas ao Emissário e ele identifica algumas que “com uma certa interpretação” já até se realizaram. Sisko está cada vez mais preocupado, mas quando Dax diz que ele não pode deixar que tais profecias tomem a decisão por ele, Sisko desliga o terminal e volta para a Defiant. Os feisers disparam. Mas eles disparam uma rajada convencional que fragmenta o cometa em três partes que continuam o seu caminho, rumo à fenda. O sistema de armas da Defiant fica totalmente inoperante.
O’Brien checa o seu trabalho e se lamenta por aparentemente ter cometido um erro elementar. Mas Gilora (sob os protestos amistosos de Ulani) diz que não foi culpa do chefe e que Dejar (na realidade uma agente da Ordem Obsidiana) sabotou os feisers, com o propósito de impedir o sucesso da missão, uma vez que a Ordem é contrária ao tratado em primeiro lugar. Dejar é levada para uma cela para posterior confirmação.
Sisko e Kira tomam um módulo auxiliar da Defiant e tencionam uá-lo para produzir um campo subespacial ao redor dos fragmentos, para guiá-los em seu curso e impedir que o silítio possa interagir com a Fenda Espacial (a Defiant é muito grande para tal manobra). Dax toma o comando da Defiant e os espera do outro lado, no quadrante Alfa. O plano funciona, apesar de ter ocorrido algum vazamento do mineral dentro da fenda, sem maiores danos. O’Brien fica surpreso ao começar a captar o sinal de teste do relê –aparentemente o silítio interagindo com o interior da fenda produziu um filamento subespacial que funciona como um portador de onda, finalmente permitindo a comunicação através dela.
Quando isto acontece Kira diz que de fato a profecia se realizou e agora ela e Sisko trazem uma nova interpretação. As “três víboras” são na realidade os três fragmentos do cometa. E o “templo se incendiou” através da reação do silítio, “para nunca mais se fechar”, permitindo então a comunicação através da fenda. “E tudo isto porque o Emissário usou a ‘espada de estrelas'”, diz Kira em deslumbramento. “E Trakor viu tudo isso, três mil anos atrás”, conclui Sisko.
Mais tarde O’Brien leva Gilora para a comporta de atracação e ela diz que ficará bem com relação ao “caso Dejar” e que Keiko é uma mulher de sorte. Yarka se desculpa com Sisko, dizendo que a sua posição política prejudicou a sua interpretação da profecia. Diz também que a quarta profecia de Trakor também vai se realizar e que ela diz: “O Emissário irá enfrentar um julgamento de fogo e terá que escolher entre…”.
Comentários
Aqui temos um grande “vencedor” que utiliza, com grande competência, diversas características únicas da série DS9 dentro do franchise de Jornada nas Estrelas: os Profetas, Sisko como o seu Emissário e a fé Bajoriana (servida em microcosmo por Kira). O episódio traz uma nova luz para relacionamento entre Kira e Sisko antes e depois deste ponto e faz Sisko aceitar o título de “Emissário” (ainda que de forma desconfortável e incerta) pela primeira vez. Um desnecessário flerte entre Gilora e O’Brien (e alguns outros detalhes, como a natureza intrinsecamente técnica da história) atrapalham, mas não tiram o brilho do segmento. Mais detalhes, sem precisar “usar a espada de estrelas para incendiar o templo celestial” no processo, nas linhas abaixo.
Tivemos que esperar 61 episódios para que Sisko encarasse o seu papel de “Emissário dos Profetas” e que Kira mostrasse claramente os seus sentimentos por trabalhar com um ícone religioso do seu povo, mas as respostas obtidas foram tão satisfatórias e consistentes com o que conhecemos dos dois personagens que a espera, se não se faz justificada, ao menos se faz perdoada.
O roteiro faz uma opção interessante de começar tendo a realização da profecia como algo inconcebível, colocando tanto Kira quanto Sisko nesta posição inicialmente. À medida que chegamos a cada final de ato do episódio, mais e mais evidências se acumulam no sentido de que a Profecia irá se “realizar”. E o comandante e a major vêm reavaliar as suas posições, por diferentes motivos e percorrendo diferentes caminhos. O roteiro utiliza também os outros personagens de forma completamente consistente com as suas personalidades (cortesia do “mestre da caracterização” René Echevarria, em uma participação não-creditada).
Sisko começa a pensar, quando Odo (o observador da condição humana da série) faz o comentário absolutamente verdadeiro de “que todo indivíduo tem uma agenda pessoal que influencia em suas atitudes, mesmo que não esteja ciente disto”. Depois, na conversa com Kira a sós, em que a fé da major nele se faz clara e presente pela primeira vez, deixando-o quase sufocado. Em seguida, quando ele próprio começa a pesquisar sobre profecias envolvendo o emissário, vem Dax (a voz da ciência da série) tentando fazê-lo esquecer a profecia, mas ele já não está mais tão certo. Ao final “algo” acontece durante a “pilotagem dos fragmentos” que o faz repensar a sua posição como o Emissário.
Falando com Yarka e depois com Sisko na cabine, Kira mostra o quanto foi difícil trabalhar para o comandante todo esse tempo, lidando com ele de uma maneira absolutamente secular. Quando ela admite isso para Sisko, a reação do comandante é indescritível, receando até imaginar a provação pela qual ela passou todo esse tempo. Em seguida, Kira tenta oferecer uma explicação totalmente científica para sustentar a veracidade da profecia, para tentar fazer com que Sisko faça a “coisa certa”, apesar de em seu coração não acreditar em tal explicação. O que é excruciante de se assistir. O final da cena em Sisko nega todas as crenças de Kira, incluindo a dele como Emissário, é drama da melhor qualidade, drama do tipo que um mero comentário nunca fará justiça, tem que ser visto para ser totalmente apreciado.
O episódio funciona (e aí reside a sua beleza) não porque a “profecia se realizou”, mas porque Kira e Sisko acreditaram que ela se realizou. A profecia é extremamente vaga e tosca, deixando claramente aberta a sua interpretação. Sua “realização” ou não passa a ser uma “questão de fé”, como deve ser sempre em uma história envolvendo questões espirituais. Dax e O’Brien com certeza têm uma história bem diferente para contar sobre a tal missão.
O final, quando Yarka admite o seu erro de interpretação (e os motivos envolvidos em tal erro), fortalece a seriedade da religião Bajoriana e dá uma diferente conotação a sua expulsão da Assembléia dos Vedeks (especialmente por que Winn é a kai de Bajor e foi ela quem negociou o tratado entre Bajor e Cardássia).
Em um episódio que traz o teste de um aparato tecnológico e com três cientistas Cardassianas, além de O’Brien e Dax com várias falas, seria inevitável um grande uso de “tecnobaboseira”. Ainda que claramente excessiva, tal “tecnobaboseira” não foi fatal para o episódio, pois não foi usada como uma maneira fácil de produzir e eliminar “Falsa Encrenca”(TM).
Os pontos críticos são o “minério mágico” do cometa que pode “reagir” com a Fenda Espacial e o fato da tal “inversão da Fenda Espacial” causar uma mudança na trajetória do cometa. Ambos são estabelecidos e se mantêm constantes em suas características até o final, onde são plenamente justificados pela Profecia (ainda que permaneçam incertos dentro da ciência conhecida).
O módulo auxiliar faz um papel que a Defiant não poderia fazer, devido à proximidade dos fragmentos e a necessidade de um vôo delicado e de precisão. A utilização de um “campo subespacial” (elemento fundamental de qualquer vôo em velocidade de dobra) é a de um mero “campo de força” para guiar os fragmentos e impedir a interação da fenda com o tal “mineral”.
(Um uso muito mais abstrato de um campo deste tipo –que nem é capturado de forma clara pelos efeitos visuais– se dá no episódio “All Good Things…”, último da Nova Geração, para tentar fechar uma “erupção de antitempo”.)
A dúvida final é se o tal campo subespacial afetaria (especialmente dentro da Fenda Espacial) o princípio da inércia ou não (o episódio assume que não –ver também “Emissary”, onde um campo similar é utilizado para deslocar a estação até a boca da Fenda Espacial, reduzindo naquela ocasião a sua massa inercial).
Colocando de lado tais elementos de trama (alguns duvidosos, outros nem tanto), o único real problema que tivemos entre os personagens foi aquele devido ao “mal-entendido intercultural” entre O’Brien e Gilora. A idéia de que são as fêmeas Cardassianas que dominam as ciências e que tal raça demonstra interesse entre si através de contínuas discussões reflete falta de imaginação do roteiro, para dizer o mínimo. O fato de Gilora delatar Dejar caiu bem com a sua personalidade, como apresentada no episódio.
Les Landau parece realmente merecer o título de “diretor de atores de Jornada”, arrancando uma boa performance de cada ator envolvido (exceto Scoggins, é claro). Os efeitos visuais do segmento foram claramente erodidos pelo passar do tempo, especialmente aqueles envolvendo o cometa, que parece que nunca foram interessantes em primeiro lugar. Apesar disso, a visão sob um ponto de vista externo de Kira dentro da cabine do módulo foi bem interessante.
Brooks e Visitor ficaram com o destaque absoluto. A já citada cena na cabine de Sisko é uma das mais bem atuadas de toda a série, mostrando do que os dois são capazes quando têm material à altura para trabalhar. Os demais atores regulares também foram bem, sem exceções.
Tracy Scoggins foi um claro elo fraco, cheia de caras e bocas. Em especial a reação de sua personagem quando O’Brien revela ser casado é simplesmente ridícula. Wendy Robie foi extremamente jovial e simpática, uma interessante Cardassiana, ampliando o espectro de caracterizações de sua raça no franchise. Erick Avari trouxe um personagem com grande determinação, mas sem cair no clichê do fanatismo, ficando com o destaque da semana dentre os atores convidados. Jessica Hendra, ainda que não no nível de Tricia O’Neil em “Defiant”, fez também um bom serviço como agente da Ordem Obsidiana (aliás, cuja revelação como tal, não foi a menor surpresa dentro do episódio).
O começo do teaser com Quark saudando a possibilidade de ter mais Cardassianos na estação foi bem do jeito do Ferengi, mas nada excepcional. A posterior cena em que Morn é dito ter sofrido de “intoxicação alimentar devido ao Kanar grátis do Quark” foi absolutamente hilária. Belo trabalho cômico aqui.
O tratado entre Bajor e Cardássia continua não fazendo muito sentido (e nunca vai fazer), mas pelo menos aqui (nesta missão em particular) o interesse Cardassiano é francamente justificável, uma vez que o Dominion é uma grande ameaça a todo o quadrante Alfa, e Bajor possui Deep Space Nine localizada na borda da Fenda Espacial em território Bajoriano. A partilha de ciência e tecnologia (superior ao que a Federação teve a oferecer a Bajor até aquele momento –como atesta o próprio chefe O’Brien) com o povo de Kira deve ter soado todos os alertas possíveis dentro da Ordem Obsidiana. A Ordem também não deveria estar querendo chamar a atenção do Dominion (como ficará bastante claro no duplo “Improbable Cause” e “The Die Is Cast”, mais à frente na série).
(Entretanto o protesto de Yarka contra o tratado dois meses atrás parece incompatível com o grande segredo das negociações, comentado em “Life Support” por Winn, que foram tornadas públicas aparentemente há menos de dois meses.)
Não existe problema em ter três cientistas Cardassianas autorizadas pelo seu governo a bordo da Defiant, uma vez que a Federação tem um tratado com tal governo e elas estavam (a princípio) agindo de boa fé e partilhando tecnologia de ponta. O problema não foi Dejar conseguir sabotar a nave, o problema foi ela ser pega de forma tão rápida e fácil, apesar do ímpeto de Gilora e o “medo” de Ulani terem deixado claro quem era a real “víbora” na história.
Pela primeira vez Dax comanda a Defiant e ela fica muito bem naquela cadeira. A fala final de “Destiny” é cumprida no último episódio de Deep Space Nine: “O Emissário vai enfrentar um julgamento de fogo e terá que escolher entre…”. A outra idéia citada ao final do episódio, de que “os Profetas de fato querem a paz entre Bajor e Cardássia”, é uma que de tempos em tempos foi levantada implicitamente ao longo da série até o seu final. E em uma nota pessoal, ao final da série, um tratado entre esses dois povos faz mais sentido (e justiça à série como um todo) do que Bajor entrar na Federação.
Até “Destiny” Sisko fugia do seu papel como “Emissário” como “o diabo da cruz”. Após este episódio ele começa a participar de cerimônias religiosas (apesar da forma ainda relutante), já antecipando as surpresas que o seu futuro poderia lhe trazer. Em “Accession” (que conta com a última aparição de kai Opaka na série) ele percebe a incrível importância que ele tem para o povo Bajoriano e acaba assumindo o papel de vez. Em “Rapture” ele passa por experiências de tamanha magnitude que o seu papel como “Emissário” se torna tão importante para ele quando o de pai e de oficial da Frota Estelar. Os episódios “Destiny”, “Accession” e “Rapture” são coletivamente referidos pelos Niners (como se autodenominam os fãs da série) como a “Trilogia do Emissário”.
“Destiny” é mais um excelente episódio de DS9 que coloca Sisko de forma inequívoca na rota do seu destino final no último episódio da série e traz à tona os conflitantes sentimentos de Kira por ser comandada pelo Avatar da sua religião. Traz uma bela história que produz reflexão, discutindo com sensibilidade vários assuntos relevantes que se ajustam de forma mais natural a Deep Space Nine do que às outras séries do franchise.
Avaliação
Citações
“It’s hard to work for someone who’s a religious icon.”
(É difícil trabalhar para alguém que é um ícone religioso.)
Kira
“Where you see a sword of stars, I see a comet. Where you see vipers, I see three scientists. And where you see the Emissary, I see a Starfleet officer.”
(Onde você vê uma espada de estrelas, eu vejo um cometa. Onde você vê víboras, eu vejo três cientistas. E onde você vê o Emissário, eu vejo um oficial da Frota Estelar.)
Sisko
“The fourth prophecy says that the Emissary will face a fiery trial, and that he will be forced to choose between…”
(A quarta profecia diz que o Emissário vai enfrentar um julgamento rigoroso, e que ele será forçado a escolher entre…)
Yarka
Trivia
- “Destiny” teve a sua origem em uma história e roteiro escritos por Cohen & Winer, material comprado durante a segunda temporada de DS9 e que por vários motivos nunca entrou em produção. René Echevarria lembra que o problema do rascunho original é que a história tratava de uma profecia envolvendo algo maravilhoso. Uma espécie de um milagre e que Sisko iria fazer parte dele (a profecia original é aquela referida nas falas finais do episódio). Foi Ron Moore que veio com a idéia de uma profecia envolvendo uma iminente tragédia, o que focou o episódio. A idéia de Sisko desconfortável com a sua posição de “Emissário” para o povo Bajoriano se integrou sem problemas também.
- Echevarria teve um papel fundamental em todos os episódios envolvendo Sisko e a fé religiosa. Desde a sua entrada (após o final de A Nova Geração) na terceira temporada de DS9, ele se dedicou a esta linha de história. Mesmo que de forma não creditada, a sua participação em episódios como “Destiny”, “Accession” (quarta temporada), “Rapture” (quinta temporada) etc. é indiscutível.
- Um dos cenários inicialmente construídos para a Defiant foi o de uma cabine genérica para tripulantes. Com três paredes móveis e uma fixa (aquela relativa ao corredor a nave), um diretor poderia mover ou tirar qualquer dessas “paredes” para dar diferentes visuais à “cabine da semana”. O efeito do cometa foi produzido graças a utilização de um modelo físico com o exterior de uma rocha e o interior transparente (ou, melhor dizendo, translúcido) como o de um cristal ou de uma pedra de gelo. O transmissor, vedete do episódio, é simplesmente o “observatório solar” do filme “Generations”, com algumas reformas.
- Tracy Scoggins já era conhecida na época da produção do episódio por sua Cat Grant em Lois & Clarke: The New Adventures Of Superman e depois participaria de Babylon 5 em sua quinta e última temporada como a capitã Elizabeth Lockley. Erick Avari tem outras duas participações em Jornada até o momento: como B’Ijik em “Unification, Part I” (da quinta temporada de A Nova Geração) e como Jamin em “Terra Nova” (da primeira temporada de Enterprise).
Ficha Técnica
Escrito por David S. Cohen & Martin A. Winer
Dirigido por Les Landau
Exibido em 13 de fevereiro de 1995
Título em português: “Destino”
Elenco
Avery Brooks como Benjamin Lafayette Sisko
René Auberjonois como Odo
Nana Visitor como Kira Nerys
Colm Meaney como Miles Edward O’Brien
Siddig El Fadil como Julian Subatoi Bashir
Armin Shimerman como Quark
Terry Farrell como Jadzia Dax
Cirroc Lofton como Jake Sisko
Elenco convidado
Tracy Scoggins como Gilora
Wendy Robie como Ulani
Erick Avari como Vedek Yarka
Jessica Hendra como Dejar
Balde do Odo
Enquete
Edição de Mariana Gamberger