TOS 2×20: Return to Tomorrow

Temas recorrentes criam segmento sem brilho, mas que diverte

Sinopse

Data estelar: 4768.3

Apos captar um misterioso sinal em seus sensores, a USS Enterprise segue em direção a um distante planeta com objetivo de atender ao que parece ser um sinal de socorro, entretanto, ao chegar descobrem que o planeta encontra-se morto, em função de uma catástrofe global que teria acontecido milhares de anos antes.

Mesmo assim, ao se aproximar do planeta a tripulação faz contato com um ser que se comunica por telepatia e se identifica como “Sargon”. Sargon pede então que Kirk e Spock desçam ao planeta, fornecendo as suas coordenadas, que combinam com as coordenadas de uma fonte de energia encontrada por Spock através dos sensores.

Apesar das coordenadas apontarem para uma câmara 150 km abaixo da superfície, algo além da capacidade do tele transporte, Kirk decide atender ao pedido, confiando na promessa de Sargon de que ele tornaria tal travessia possível, porém pede a Spock que fique a bordo enquanto ele investiga. Entretanto, assim que ele declara tal intenção, a Enterprise sofre uma súbita perda de energia que se normaliza quando Kirk reconsidera sua posição e “convida” Spock para descer com o grupo.

Kirk e Spock juntam-se ao Dr. McCoy e Doutora. Ann Mulhall na sala de transporte, sendo que Mulhall aparentemente parece ter sido convocada diretamente por Sargon. Eles se posicionam da plataforma de transporte, que será operada por Sargon, junto com dois guardas de segurança, mas estes ficam para trás.

O restante do grupo se materializa em segurança nas coordenas indicadas, e lá encontram uma espécie de esfera, em um pedestal, onde a consciência de Sargon está armazenada. Existem ainda mais duas esferas iguais, que contem as mentes mais brilhantes do planeta, antes da catástrofe que o dizimou, que mais tarde Sargon informaria ter sido uma guerra Global. Sargon acredita que os humanos (e vulcanos) possam ser descendentes de uma geração de exploradores que teriam deixado o seu planeta 6000 séculos atrás, para colonizar a galáxia.

Sargon também explica que os três já tiveram corpos físicos, mas agora eles existem apenas em forma de energia de pensamento pura, contidos nas esferas encontradas pelo grupo de Kirk. Depois disto, Sargon toma o controle do corpo de Kirk, transferindo sua mente para o corpo do capitão, e a mente da Kirk para a esfera onde antes estava a mente alienígena.

O metabolismo do corpo do capitão começa a se alterar, e a temperatura do corpo de Kirk sobe rapidamente, pondo sua vida em risco, mas Sargon insiste em manter o controle do corpo, ao menos temporariamente, enquanto ele e seus companheiros sobreviventes (Thalassa, esposa de Sargon, e Henoch) construiriam corpos artificiais para receber suas mentes. Para isto seriam usados também os corpos de Spock a da Dr. Mulhall.

O corpo de Kirk começa a definhar, então Sargon retorna a esfera e Kirk a seu corpo. Afirmando ter realizado uma espécie de “elo” com o alienígena, Kirk agora acredita nas intenções de Sargon, mas precisa ainda convencer seus colegas, e principalmente McCoy, a aceitar a tarefa. Eles são liberados para voltar à nave e pensar a respeito.

A bordo da nave, o grupo se junta a Scott, que assim como McCoy, também se mostra receoso, mas após um apaixonado discurso de Kirk, eles decidem prosseguir e aceitar a proposta de Sargon, e Kirk ordena que as esferas sejam levadas a bordo para a transferência. Com todas as partes na enfermaria, a troca é realizada. Sargon retorna ao corpo de Kirk, enquanto Thalassa entra no corpo de Mulhall e Henoch no corpo de Spock.

Após a transferência, os três se vêem pela primeira vez após séculos. O encontro entre Thalassa e Sargon é emocionado, mas Henoch não parece tão consternado quanto seus amigos. Os corpos de Mulhall e Kirk começam a sentir os efeitos da presença das mentes alienígenas, então estes retornam as suas esferas, menos Henoch, uma vez que o corpo de Spock pode comportar melhor tais alterações em função da fisiologia Vulcana. Henoch prepara um composto que após ser injetado, equilibra o metabolismo dos outros dois corpos e permite que Sargon e Thalassa retornem.

No laboratório da Enterprise, Henoch prepara as três injeções, mas usa uma formula diferente para Sargon. Chapel, que o acompanha, e é encarregada de administrar as injeções, percebe tal fato, mas Henoch usa o seu controle mental para fazer com a enfermeira esqueça o que viu. O alienígena planeja o assassinar Kirk, e por extensão, Sargon, e ficar com o corpo de Spock.

Os três alienígenas começam a fabricar os corpos artificiais, mas Sargon sente-se fraco, sendo medicado com outra dose do preparado de Henoch. A sós com Thalassa, Henoch tenta persuadi-la a ficar com o corpo de Mulhall, ao invés de ficar presa em um corpo andróide incapaz de sentir emoções pelo resto da sua existência. Apesar de lembrar-se de que o corpo que usa já tem dono, Thalassa parece fraquejar ante a perspectiva do corpo andróide.

Ela deixa a engenharia e encontra Sargon na sala de reuniões, verificando os dados da formula de Henoch, e tenta convence-lo a manter os corpos, mas Sargon cai inconsciente enquanto ela fala. McCoy chega à sala de reuniões, e ao examinar Kirk, constata que o capitão esta morto. O corpo de Kirk é levado de volta a enfermaria, onde McCoy tenta descobrir uma forma de trazer de volta a sua consciência presa na esfera onde antes estava a consciência de Sargon, de volta ao seu corpo inerte. McCoy consegue fazer com que o corpo de Kirk mantenha-se funcionando, mas é só.

De volta a engenharia, Henoch completa o corpo de Thalassa, mas esta se recusa a deixar o corpo de Mulhall. Ela procura por McCoy na enfermaria e oferece ajuda para salvar Kirk, e em troca, permitiria que ela continuasse usando o corpo que lhe foi emprestado. Quando McCoy se recusa, este é atacado por Thalassa, usando seus poderes mentais. Entretanto, subitamente ela própria percebe que o que está fazendo é errado, cessa o ataque e se desculpa com o médico.

Assim que isto acontece, eles ouvem a voz de Sargon ecoando pelo sistema de comunicação da nave. Este havia se escondido nos sistemas da própria Enterprise, quando percebeu a traição de Henock. Sargon diz que tem um plano para salvar Kirk, e Thalassa pede ao doutor que este deixe a enfermaria. Assim que ele sai, a Enterprise é sacudida. Logo depois Chapel sai de lá agindo estranhamente, e quando McCoy consegue entrar no local, Kirk e Thalassa estão de volta a seus corpos.

McCoy também percebe que os três receptáculos estão destruídos, inclusive o que continha a consciência de Spock. O doutor questiona a Kirk sobre isto, mas este diz que tal ação havia sido necessária. Neste meio tempo, Henoch ainda no corpo de Spock, está na ponte, tomando o controle da Enterprise. A pedido de Kirk, McCoy prepara uma injeção letal que deverá ser usada para matar o corpo de Spock .

Os três seguem ate a ponte, mas são impedidos facilmente por Henoch, uma vez que este é capaz de ler os pensamentos de todos, e assim esta ciente do plano concebido para matá-lo. Ele manda que Chapel, que já se encontrava na ponte, tome a seringa de McCoy que se encontra imobilizado, e injete no próprio médico, mas ao invés de fazer isto, ela injeta o composto no corpo de Spock.

Henoch tenta transferir sua consciência para outro lugar, mas é impedido por Sargon. O corpo de Spock cai inerte, e todos pensam que o vulcano encontrou o seu fim, mas Sargon o trás de volta. Sua consciência na verdade não fora destruída, e sim depositada no corpo de Chapel. Tudo fazia parte do plano para que Henoch deixasse o corpo de Spock e fosse destruído.

Após todos estes acontecimentos, Sargon e Thalassa decidem que não podem viver entre os humanos, e resolvem deixar a Enterprise e retornar ao esquecimento, nas palavras de Sargon, e após usarem os corpos de Kirk e Mulhall mais uma vez, como despedida, eles se vão, agora sem as esferas para guardar o conteúdo de suas mentes.

Comentários

Seres super poderosos que deixaram seus corpos físicos e evoluíram além da compreensão humana não são um sabor novo na Serie Clássica, tema que por sua vez levou a criação do axioma “O poder absoluto corrompe absolutamente” que também se tornou quase um tema recorrente na série que parece ter um fascínio sobre tal abordagem.

“Return to Tomorrow” é mais um segmento de Jornada que poderíamos classificar de “metafísico” que se relaciona direta ou indiretamente com vários outros da Série Clássica, misturando esses temas e levantando bandeiras que se tornaram uma identidade da série ao longo de sua existência.

A autodestruição dos ancestrais de Sargon, que não souberam lidar com os incríveis poderes que adquiriram, remete a um destes temas, já exposto anteriormente, a capacidade do ser humano de evoluir e usar os recursos advindos desta evolução de forma sabia.

O tema “Poder absoluto corrompe absolutamente” a esta altura já é nosso velho conhecido, e já foi visitado direta ou indiretamente em “Charlie X”, “Where No Man Has Gone Before”, “The Squire of Gothos”, “Space Seed”, “Who Mourns for Adonais?”, entre outros, eventualmente usando uma roupagem diferenciada, mas passando sempre por esta questão.

Diante desta perspectiva, a descrição de Sargon de como a sua raça foi destruída assume um tom profético alinhado com a cruzada de Gene Roddenberry relativo à sua forma de ver o futuro da humanidade. Se a Serie Clássica é um libelo no sentido de afirmar a crença neste futuro, é também uma forma de constantemente relembrar a necessidade de desenvolver nossa sabedoria de forma a administrar corretamente os frutos do desenvolvimento tecnológico que ainda está por vir, de forma a viabilizar este futuro.

O saber tecnológico pode levar a raça humana onde nenhum homem jamais esteve, e quem sabe um dia encontrar novas vidas e civilizações, ou pode também nos levar a auto aniquilação total sendo necessário desenvolver sabedoria necessária para caminhar na direção correta. Um desafio e tanto sem dúvida alguma.

Dado o recado, passemos para o próximo ponto. A percepção de que os seres humanos (e Vulcanos, e talvez até outras raças) possam ser descendentes de uma mesma raça ancestral é uma proposta interessante se não cientifica ao menos filosoficamente, algo que seria abordado em “Who Mourns for Adonais?” e não só em Jornada mas para além dela. Tal teoria era uma certa “moda” na época como podemos constatar em publicações como “Eram os Deuses Astronautas?” de Erich von Däniken, em que o autor teoriza a possibilidade de as antigas civilizações terrestres serem resultados de incursões alienígenas (ou astronautas) no passado da Terra, ou mesmo em series de TV como Battlestar Galactica lançada anos mais tarde, mas ainda com esse mote.

Voltando a Série Clássica, o trio de sobreviventes Sargon, Thalassa e Henoch precisam agora de um corpo para voltar a caminhar entre os vivos e neste ponto o segmento toca (ou não) de forma sutil em uma questão delicada que Rodenberry habilmente evitava tratar de forma direta a todo custo mas não perdia uma oportunidade de levantar o tema de forma mais disfarçada. De que é feito o ser humano? A alma existe?

A tal “energia de pensamento” dos três sobreviventes, que reúne todas as informações, memórias, conhecimento, realizações, sentimentos e personalidades de cada um deles, seria a alma ? E se for, se esta “energia” pode ser simplesmente transferida para outro corpo físico, isto poderia ser considerado uma espécie de reencarnação? Questões interessantes, que o segmento aponta de forma subliminar, mas evita discutir, como sempre.

De qualquer forma, o episódio faz eco com “What Are Little Girls Made Of?”, da primeira temporada da série. Lá, Roger Corby, sem alternativas para sobreviver, transfere a sua consciência para um corpo androide, mas ao fazer isto, a essência que o torna um “ser humano” é perdida. Aqui, Henoch e Thalassa não compartilham do sentimento de nobreza de Sargon por terem esta mesma percepção.

Estes se tornaram quase Deuses, mas o preço a ser pago parece agora ser alto demais. Uma mensagem sobre as pequenas coisas para as quais não damos importância, mas que nos fazem humanos, e que por isto devem ser preservadas. Mensagens similares serão encontradas no segmento anterior, By One Other Name, porem de um outro ponto de vista.

Menos simples são as diversas considerações que esta questão trás. De acordo a linha humanista adotada pela Série Clássica, um androide (como Ruk – “What Are Little Girls Made Of” – ou Data ), mesmo sendo capazes de tomar suas próprias decisões e tendo consciência de sua existência,  não podem ser considerados humanos por que lhes faltam esta essência, e os androides Roger Corby,  Thalassa, Henoch, e Sargon, mesmo tendo estas consciências não podem ser considerados humanos, o que nos torna humanos ? Qual é o elo que falta? Questoes que ficam no ar para aquele que quiserem se aventuraras pelos caminhos tortuosos da filosofia.

Deixando o terreno filosófico e passando a questão entretenimento. Em termos de diversão o segmento nos proporciona um texto dramático. Sargon nos é apresentado como um homem de espírito nobre, capaz de realizar grandes sacrifícios pessoais em nome do bem comum, um personagem muito similar a figura do Lendário Rei Arthur. Neste sentido e não por acaso os personagens Sargon e Kirk tem as mesmas características. Tal sensação nos leva a estender de forma inconsciente nossa simpatia por Kirk a Sargon.

Na outra ponta está Henoch, um sobrevivente da facção rival de Sargon, movido por motivos menos nobres. Diferente da dupla Sargon-Kirk, o elo Henock-Spock é deliciosamente contraditório. Jamais houve em Jornada nas Estrelas personagem tão nobre como o Spock, que vê no controle total da emoção e no uso da lógica a chave para um mundo melhor. Henoch é a antítese destes valores. Egoísta e amoral, ele coloca o seu bem estar à frente de tudo.

Tal situação permite a Leonard Nimoy brilhar em uma caracterização totalmente fora do contexto de seu personagem. Ele consegue dentro do mesmo espaço saltar de um personagem para outro com facilidade e competência admiráveis. Henoch é claramente outra pessoa, nas reações, no tom de voz, nos trejeitos, em tudo enfim. Um trabalho difícil se realizar mas onde o ator consegue atingir nota máxima, algo facilmente perceptveil pela reação de repulsa que o ator consegue causar na audiência quando “veste” outro personagem.

Quem não consegue o mesmo sucesso é Shatner que costuma sofrer um pouco com cenas como a que precisa simular a primeira troca de corpos com Sargon. Além disto, Shatner não tem o mesmo sucesso que Nimoy enquanto Sargon ocupa seu corpo, a bordo da Enterprise. O Sargon-Kirk sempre foi muito mais Kirk do que Sargon. Deve-se descontar o fato de que, como já foi dito antes, as características de ambos são muito parecidas e que dramaticamente um bom vilão (ou antagonista) sempre oferece mais possibilidades para o ator.

Mas Shatner tem um bom e importante momento no segmento. A cena onde estão reunidos para decidir se aceita ou não ceder seus corpos é um grande vencedor do segmento e o discurso de Kirk define de forma inequívoca o que “é” Jornada nas Estrelas e poderia estar no lugar do famoso “Space, The Final Frontier…”. Muitos se perguntam qual seria a “essência” de Jornada nas Estrelas, e pode-se dizer seguramente que parte dela está contida no discurso do Capitão Enterprise nesse episódio.

O espírito aventureiro de Kirk, o respeito e paixão pela vida, e a forma passional que McCoy tem de defender esta agenda pessoal, em detrimento de qualquer outra coisa e firmeza de propósito e caráter de Spock, baseados eu sua razão absoluta, tudo isto é mostrado de forma limpa clara e cristalina com o tema de abertura da Série fazendo fundo para as palavras de Kirk, enfim uma cena fundamental para a franquia.

Embora tenha iniciado com um tom solene o roteiro arrefece um pouco ao adocicar o relacionamento entre Sargon e Thalassa, dando-lhe talvez um tom um tanto quanto juvenil. Muitos dirão que o amor nos deixa tolos, e deve ser mesmo verdade, mas aqui essa abordagem pareceu um pouco fora de sincronia com o restante do contexto reduzindo um pouco o alcance do segmento.

O segmento muitas vezes parece flertar com uma obra shakespeareana, com momento de traição e um final trágico no melhor estilo Romeo e Julieta como podemos perceber em a sua cena final com desaparecimento dos últimos representantes de uma raça após passaram milênios esperando apenas para morrerem de forma vazia na ponte da Enterprise, ou esquecidas como diz Sargon.

O Diretor Ralph Senensky, a essa altura já bem familiarizado com Jornada nas Estrelas faz um bom trabalho com uma abordagem ligeiramente diferente aqui em especial na cena da sala de reunião onde consegue fazer um ótimo trabalho de plano e contra plano, essencial para eu o resultado fosse alcançado, bem como utilizar muito bem as várias tomadas da Dr. Ann Mulhall aproveitando muito bem a beleza da atriz convidada, Diana Muldaur, que merece credito não só por isso mas também por demonstrar extrema competência em seu trabalho. Seria muito fácil apresentar uma caracterização que apontasse para personagem frágil e meramente funcionasse como elemento de trama, mas Muldaur consegue imprimir credibilidade a Ann Mulhall com maestria. E Majel Barrett que aqui consegue bastante tempo de tela para sua Christine Chapel e também vai bem

Uma duvida que pode pairar para alguns é por que os sobreviventes não foram depositados em corpos androides antes, ao invés de ficaram presos em uma esfera esperando serem resgatados? Ou mesmo por que será que uma tão avançada civilização não poderia ter deixado o planeta atrás de outro lugar para viver? Para uma civilização que foram as estrelas milênios antes, este deveria ser um feito simples e fácil.

Mas esses são problemas menores que podem ou não afligir o espectador dependendo do seu estado de espirito.  Return To Tomorrow é um segmento que na pratica reúne (ou requenta) vários temas recorrentes da Serie Clássica tentando apresentar alguma coisa que pareça diferente, mas não é. Esse é copo meio vazio. O Copo meio cheio é um segmento que tem bons valores, boas atuações, alguma trama de intriga e um bom desenvolvimento que entrega uma boa hora de diversão.

Avaliação

Citações

“Let’s get back to this solid rock business.”
(Vamos voltar ao negócio de rocha sólida.)
McCoy

“We faced a crisis in our earlier nuclear age. We found the wisdom not to destroy ourselves.”
(Nós enfrentamos uma crise em nossa era nuclear. Nos encontramos a sabedoria para não destruir a nós mesmos.)
Kirk

“There comes to all races an ultimate crisis which you have yet to face… One day our minds became so powerful we dared think of ourselves as gods.”
(Virá para todas as raças uma crise final, a qual vocês ainda terão que enfrentar… Um dia nossas mentes se tornaram tão poderosas que ousamos pensar que éramos Deuses.)
Sargon

“Risk. Risk is our business. That’s what the starship is all about.”
(Risco. Risco é o nosso negocio. É a razão se de ser desta nave estelar.)
Kirk

Trivia

  • “Who Mourns for Adonais?” aponta para a possibilidade de sermos todos descedentes de astronautas que teriam vindo para a Terra há milênios. “Return to Tomorrow” mantém a linha Eram os Deuses Astronautas do outro segmento, como podemos notar pelas origens dos nomes dos convidados especiais.
  • Thalassa era uma filha de Aether e Hemera. “Thalassa” é também a palavra grega para “mar” e um pequeno satélite natural do planeta Netuno, descoberto pela sonda Voyager 2 em 1989.
  • Henoch é a adaptação do nome bíblico Enoque (Chanoch ou Hanokh). Nascido na sétima geração depois de Adão, filho de Jarede, e pai de Matusalém. Gênesis, capítulo 5, versos 22-24: “E andou Enoque com Deus, depois que gerou a Matusalém, trezentos anos, e gerou filhos e filhas. E foram todos os dias de Enoque trezentos e sessenta e cinco anos. E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou.”
  • Sargon (Sargão) da Acádia (2334 a.C. – 2279 a.C.) foi um dos reis da Suméria, considerada a civilização mais antiga da humanidade, localizada na parte sul da Mesopotâmia (atual Iraque), situada entre os rios Tigre e Eufrates. Evidências arqueológicas datam o início da civilização suméria em cerca de 5000 a.C.
  • A atriz Diana Muldaur (Dr. Ann Mulhall) retornaria à Série Clássica no episódio “Is There In Truth No Beauty?” como dra. Miranda Jones. A atriz substituiu a dra. Beverly Crusher na segunda temporada da Nova Geração, onde viveu o papel da dra. Katherine Pulaski. Muldaur recebeu duas indicações ao Emmy por sua participação na série L.A. Law (1986-1994) onde viveu a personagem Rosalind Shays.
  • James Doohan mais uma vez mostra seu talento ao emprestar a sua voz para Sargon.
  • Este foi o primeiro episódio que teve a presença do ator George Takei, após a sua ausência devido às filmagens de Os Boinas Verdes (1968).
  • O primeiro pouso do homem na Lua, citado por Kirk, só viria a acontecer um ano após este episódio ter ido ao ar pela primeira vez.

Ficha Técnica

Escrito por John Kingsbridge
Dirigido por Ralph Senensky

Exibido em 9 de fevereiro de 1968

Título em português: “Retorno ao Amanhã”

Elenco

William Shatner como James Kirk
Leonard Nimoy como Spock
DeForest Kelly como Leonard McCoy
James Doohan como Montgomery Scott/Sargon (voz)
Nichelle Nichols como Nyota Uhura
George Takei como Hikaru Sulu
Majel Barrett como Christine Chapel

Elenco convidado

Diana Muldaur como dra. Ann Mulhall
Cindy Lou como Enfermeira

Revisitando

Cérebro de Spock

No Cérebro de Spock, podcast da rede Trek Brasilis, “Return to Tomorrow” tem uma trilha de comentários em áudio por Muryllo Von Grol e Leandro Magalhães. Você pode ouvir o áudio do podcast assistindo com o episódio sincronizado para acompanhar os comentários dos participantes do podcast a medida que este vai sendo exibido.

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Edição de Ricardo Delfin

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