Ao longo dos últimos dias, surgiram informações sobre vários episódios da segunda temporada de Enterprise. Confira tudo que foi dito a respeito de cada um, com direito a spoilers e dados da produção.
027 – Shockwave, Part II
A revista britânica SFX publicou os primeiros detalhes da conclusão de “Shockwave, Part II”. A primeira metade do episódio já havia sido longamente descrita pelos sites TrekWeb e TrekToday.
Com o capitão Archer preso no século 31, o misterioso Daniels constrói um “comunicador espaço-temporal”, que permite que o capitão se comunique com T’Pol na Enterprise.
Enquanto isso, com a NX-01 nas mãos dos Sulibans, Reed invade os antigos aposentos de Daniels na esperança de encontrar uma peça de tecnologia do século 31. O oficial de armamentos é pego no flagra, e Silik tenta usar a tecnologia para buscar instruções do ‘Future Guy’, com quem ele perdeu contato. Silik fica chocado quando o capitão Archer aparece no lugar de seu mestre.
Após uma trama envolvendo uma falsa sobrecarga do reator, a tripulação escapa de seus captores geneticamente modificados, com um bônus adicional — Silik, que agora é um prisioneiro a bordo da NX-01. Entretanto, os Vulcanos ainda estão infelizes sobre a situação, e só depois que T’Pol defende seus colegas que a missão tem permissão para prosseguir.
Conforme relatado anteriormente pelo Startrek.com, “Shockwave, Part II” foi o segundo episódio da nova temporada a entrar em produção, embora seja o primeiro a ser exibido. Suas filmagens aconteceram entre 10 e 18 de julho.
028 – Carbon Creek
O segundo episódio da temporada retrata o período de avaliação anual da tripulação, segundo informações da revista britânica SFX. Como representante do Alto Comando Vulcano a bordo da NX-01, é o dever de T’Pol avaliar Archer a seus superiores. Durante as avaliações, Archer e Trip se encontram para um drink com T’Pol e eles a convencem a contar a história de sua bisavó.
Como reportado anteriormente, a ancestral de T’Pol estava a bordo de uma nave Vulcana que observava o lançamento do Sputnik em 1957. De acordo com o produtor-executivo Rick Berman, os Vulcanos tiveram um “pequeno acidente” e foram obrigados a pousar na Pensilvânia, próximo a uma cidade de mineração de carvão chamada Carbon Creek.
Segundo informações da SFX, o Vulcano do filme “Primeiro Contato” não foi o primeiro extraterrestre a entrar em um bar terrestre. Quando visitaram Carbon Creek, os lógicos alienígenas aparentemente participaram de “atividades recreativas” e jogaram bilhar. A bisavô de T’Pol até pega um souvenir — uma bolsa vermelha.
Archer e Trip não acreditam na história e acusam T’Pol de estar inventando. Entretanto, quando volta de seus aposentos, T’Pol traz a bolsa vermelha, mostrando à audiência que a história era de fato real.
Conforme relatos anteriores, “Carbon Creek” foi o primeiro episódio da temporada a ser filmado, pois exigia apenas as participações de Scott Bakula (Archer), Connor Trinneer (Trip Tucker) e Jolene Blalock (que interpreta T’Pol e sua bisavó), do elenco fixo. As filmagens aconteceram do dia 26 de junho a 9 de julho. No dia 19, depois da conclusão de “Shockwave, Part II”, o elenco fez algumas tomadas externas adicionais para o episódio.
029 – Minefield
“Minefield” é o terceiro episódio filmado para a temporada e conta com a difícil tarefa de introduzir os Romulanos na série. Trata-se do primeiro segmento escrito pelo novo produtor-executivo de Enterprise, John Shiban (ex-produtor de “Arquivo-X”).
O episódio, que exigiu uma cansativa agenda de filmagens de uma semana e meia, mostra a Enterprise encontrando um campo minado próximo a um planeta. Quando uma das minas se prende ao casco da nave, Malcolm Reed precisa sair no vácuo do espaço para desarmá-la. Quando ele começa a ter dificuldades, Archer precisa sair para salvá-lo.
O episódio começou a ser filmado em 19 de julho, com uma semana de filmagens nos cenários interiores da nave. Um dos dias foi filmado praticamente inteiro na enfermaria, onde vários extras se passaram por tripulantes feridos a serem tratados pelo dr. Phlox (John Billingsley).
A partir do dia 26, um cenário especial foi construído para representar o casco externo da nave. Para o resto da agenda de filmagens, apenas Scott Bakula e Dominic Keating foram convocados, juntamente com o coordenador de dublês Vince Deadrick, Jr. Os atores tiveram então a difícil tarefa de atuar com os trajes espaciais que vimos em episódios como “Fight or Flight” ou “Breaking the Ice”.
“Minefield” foi dirigido por James Contner, que também comandou as filmagens de “Dear Doctor”, no ano passado.
Segundo Billingsley, o episódio promete ser emocionante. “Ele tem algo que eu acho que é muito complicado em televisão. Construímos um clímax e então nos dez minutos finais precisamos realmente ‘vai, vai, vai, vai, vai!’. Algumas vezes a televisão tem um jeito realmente estranho de desacelerar os últimos minutos e estranhamente desfazer a tensão como se o tempo real parasse e o tempo de televisão assumisse. Sempre há tempo para conversa de reflexão interior quando deveríamos realmente estar ‘vai, vai, vai, vai, vai!'”, disse o ator, em entrevista ao TrekWeb.
“Eu achei que esse episódio fez um trabalho muito bom em manter esse senso de que o relógio está tiquetaqueando, tiquetaqueando, tiquetaqueando o tempo todo até o fim, o que é algo para mim como um telespectador de séries de ação/aventura que eu geralmente vejo como um dos grandes problemas do gênero.”
Billingsley parabenizou as habilidades de Shiban. “É difícil nessa série porque realmente só temos 39 minutos para contar uma história e eu acho que é difícil algumas vezes envolver sete personagens e contar uma boa história ao mesmo tempo. Eu aprecio, claro, como um ator que quer receber seus cheques residuais, as tentativas deles de sempre nos usar em todos os episódios!”
O episódio marca a estréia dos Romulanos, embora não seja provável que os alienígenas apareçam muitas vezes ao longo da série, segundo Billingsley. “A forma como os Romulanos são introduzidos é como se eles estivessem fora do seu ambiente e eles estejam, obviamente, cautelosos a respeito de qualquer interferência”, disse Billingsley. “Tenho a sensação de que eles estão criando isso de um modo que nos permita não ter de se preocupar muito em topar com os Romulanos muitas vezes, ao contrário dos Klingons. Acho que teremos muito mais tempo com os Klingons.”
030 – A Night in Sickbay
O quarto episódio filmado na temporada teve um produção relâmpago: seis dias e meio. Ele gira em torno da luta para salvar a vida do melhor amigo do capitão Archer –seu cão Porthos.
Segundo o produtor-executivo Rick Berman em um encontro de imprensa, o cão fica doente e precisa passar a noite com o dr. Phlox. O pai preocupado, Archer, decide morar na enfermaria durante esse tempo, e acaba que um cenário de “Casal Neurótico” acaba se formando entre o capitão e o doutor.
Os dois beagles que interpretam Porthos — “Breezy” e “Windy” — tiveram um número incomum de convocações na semana de filmagem, e certamente puseram suas habilidades à prova. Os cachorros são treinadospor Cathy Pittman, da Performing Animal Troupe, uma companhia que fornece animais para o cinema e a TV. Além de “fingir doente” na enfermaria, um dos cães, Breezy, também precisou se sentar enquanto passava por uma aplicação de gel por Scott Bakula na câmara de descontaminação (para a primeira cena, quando Phlox descobre que Porthos pegou um patógeno em um planeta alienígena).
Embora a agenda de filmagens seja mais curta e menos tensa do que a de “Minefield”, certas cenas filmadas para esse episódio envolverão efeitos ópticos na pós-produção. Lembra-se do sorriso estranho de Phlox mostrado em “Broken Bow”? Um dos novos efeitos mostrará que ele também tem uma língua estranha, além de garantir uma nova aparição daquele sorriso. Além disso, John Billingsley usará uma prótese especial que irá revelar mais do que gostaríamos de saber sobre pés Denobulanos.
Quem também voltará no episódio é Vaughn Armstrong. Ele volta a interpretar o alienígena da raça Kreetassan que ele primeiro fez em “Vox Sola”, da temporada passada. Mas a filmagem teve como principais envolvidos Bakula e Billingsley, que gastaram quatro dias só entre eles. Para o ator do dr. Phlox, o curto período de filmagem foi uma boa pedida.
“Eles foram gentis de acomodar minha agenda de trabalho em Miami [onde Billingsley está fazendo um filme com Denzel Washington]”, disse. “Então , sabendo que eles iriam longe para me fazer um fator, eu tive certeza de estar totalmente preparado para o episódio, e, embora houvesse algumas tomadas difíceis e longos dias, eu não acho que houve qualquer dificuldade.”
Billingsley também comentou das novidades para seu personagem. “Nós vemos meus dedos do pé”, diz. “Eu tive que usar dedos do pé especiais e vemos minha língua, que é excêntria, eu suponho. A língua será inserida como um efeito visual, embora seja sempre difícil para mim imaginar como eles conseguem fazer isso, e meu sorriso do piloto vai fazer uma nova aparição. Um morcego fica à solta! Há muita comédia física envolvida, mas eu hesitaria em chamar o episódio todo de ‘cômico’.”
Algum background sobre o doutor também irá aparecer. “Vamos aprender mais sobre Denobulanos e vamos aprender sobre meu background peculiar de família. Acaba que também sou um terapêuta e faço um pouco de psicologia — eu começo a listar uma série de graduações, mas o capitão me interrompe.”
“A Night in Sickbay” foi dirigido por David Straiton, que também dirigiu “Desert Crossing”, na temporada passada. A filmagem foi iniciada no dia 2 de agosto e concluída no dia 8.
031 – Dead Stop
Roxann Dawson voltou aos sets da Paramount, para dirigir mais um episódio de Enterprise. É “Dead Stop”, quinto episódio da segunda temporada a ser filmado e terceiro esforço de direção da atriz que interpretou B’Elanna Torres em Voyager. Os dois anteriores foram “The Andorian Incident” e “Vox Sola”. Em Voyager, ela havia dirigido “Riddles” e “Workforce, Part II”.
“Dead Stop” provavelmente será exibido logo após “Minefield”, pois oferece uma conclusão àquele episódio. Aqui, a Enterprise seriamente danificada atraca em uma estação de reparos alienígena automatizada. Mesmo em um complexo desabitado e operado por computador, as coisas não vão como o planejado.
A produção total levou sete dias para ser filmada, dos dias 14 a 20 de agosto. Antes do início da produção do episódio, a maioria da produção, incluindo atores, estava ocupada com produção de segunda unidade para os quatro primeiros episódios.
Metade de “Dead Stop” foi filmada em sets construídos especialmente para o episódio, mostrando os interiores da estação alienígena. A outra metade se passou nos cenários da nave. O pod de inspeção visto em “Broken Bow” foi utilizado mais uma vez. Mas muito do episódio será criado na pós-produção, onde efeitos digitais trarão o aspecto de “personagem” à estação de reparos.
Mesmo durante a filmagem, alguns trabalhos de segunda unidade nos episódios anteriores foram conduzidos. Em um dia, Dominic Keating saiu de uma cena de “Minefield” para ir à enfermaria filmar para “Dead Stop”, mostrando uma cicatriz que ele teria ganho no episódio anterior.
“Dead Stop” foi escrito por Mike Sussman e Phyllis Strong, a dupla por trás dos episódios “Strange New World” e “Detained”, da primeira temporada.
Billingsley também falou ao TrekWeb sobre esse episódio. “O que estamos filmando agora fala sobre o quanto a nave ficou terrivelmente danificada que precisamos obter reparos imediatamente. Vamos a uma estação de reparos que acaba tendo um segredo.”
“Estamos procurando desesperadamente alguém que possa consertar a nave porque estamos muito longe de qualquer instalação conhecida. Chegamos e parece ser tudo computadorizado e eles concordam em consertar a nave. Eles parecem estar fazendo um excelente trabalho e parecem estar pedindo pouco em troca. E então, claro, há uma virada misteriosa quando percebemos que algo sinistro está acontecendo!”
032 – Marauders
Este é provavelmente o episódio que está atualmente em fase de filmagens na Paramount. Ele lida com a volta de um dos principais antagonistas da série, os Klingons. O TrekWeb conseguiu uma sinopse exclusiva do episódio. Confira.
O episódio começa conforme a Enterprise é enviada para uma colônia mineradora Quonset, após um mercador Kreeteesan informá-la de que seria um bom lugar para obter um reabastecimento de deutério, após os recentes danos que a nave sofreu. Ao chegar, Archer, Trip e T’Pol levam um shuttlepod para as cercanias da colônia e encontram Tessic, o administrador da instalação.
Tessic é cortês e ansioso por ajudar, mas informa Archer de que todas as reservas de deutério que estão à mão foram prometidas a outro comprador. Archer garante que um acordo justo é possível, mas Tessic não está disposto a negociar. Um associado, Maklii, sugere que talvez a equipe da Enterprise possa oferecer alguma ajuda reparando duas das bombas de deutério, que estão desativadas.
Trip volta ao shuttlepod para encontrar Q’ell, uma criança de dez anos, que se interessou pela nave. Os dois começam a falar sobre naves e Trip se apresenta como o engenheiro-chefe da nave estelar em órbita. Q’ell demonstra que está familiarizado com naves e quer aprender a pilotar o shuttlepod. Trip concorda em levá-lo para uma volta quando eles voltarem à Enterprise.
Enquanto isso, E’Lis –uma médica– visita Phlox na enfermaria para obter alguns suprimentos médicos, como gel dermalina, hexatriol, um hit de neurochoque e um presente, que ela está relutante em aceitar de cara por pensar que é muito caro. Phlox questiona o porquê de alguns suprimentos. Hexatriol, por exemplo, é usado em queimaduras de plasma. E’Lis garante que o deutério, quanto ignitado, pode ser similar a plasma.
Mas logo a cautela dos colonos é revelada, quando Klingons se materializam na colônia, liderados por Korok. Eles começam a pilhar e disparar para o ar, e Tessic os recebe amavelmente. Tessic explica que Korok está adiantado e que as bombas danificadas de deutério os atrasaram.
Tessic mantém Korok distante de onde Archer e sua equipe estão se escondendo e explica a situação ao Klingon. Archer, Trip e T’Pol observam de dentro, mas apenas T’Pol pode ouvir o que está endo dito lá fora: Archer e Trip estão impressionados pela excelente audição Vulcana.
Mas a conversa logo se torna violenta, quando Korok ameaça os mineiros a pegar o deutério em uma semana antes de partir. Maklii está ferido do incidente e é levado para dentro, e E’Lis o trata.
Archer confronta Tessic, que revela que Korok e seu bando tem roubado a maioria do deutério pelos últimos cinco anos e mal deixam o suficiente para que os colonos sobrevivam no inverno. Tessic diz que eles tentaram resistir no passado, mas quatro dos colonos morreram lutando com os Klingons. Archer parece interessado em ajudar (embora ele não o diga), já que o mundo natal dos mineradores é muito distante para oferecer assistência. Ele entra em contato com Malcolm na Enterprise, que informa que a nave Klingon entrou em dobra…