Embora Abrams e os roteiristas Orci e Kurtzman definam essa nova produção de Jornada nas Estrelas como aquela que irá “revigorar” ou a “revitalizar” a franquia, o co-produtor Damon Lindelof (que é trekker, diga-se de passagem) foi claro ao dizer que a franquia precisava de um reboot como Batman. Ele também falou mais uma vez a respeito da ausência de William Shatner.
Para quem ainda tenha dúvidas a palavra inglesa reboot é um termo muito usado na informática, para processar o reinício do computador, apagando tudo o que já foi feito antes. Esse termo tornou-se corriqueiro no jargão hollywoodiano, referente a antigas franquias e significando “um novo começo”.
Veja abaixo o que disse Lindelof sobre o assunto ao site Sci Fi Scanner.
Você disse que o episódio da série Lost onde o personagem Desmond viaja no tempo é uma homenagem a Jornada. Você abordou o novo filme como um fã?
Lindelof: “Eu tive uma verdadeira reverência pelo material da franquia, e o mais importante, para o quanto especial esse mundo é e quanto tempo ele tem perseverado. Assisti a vários episódios da (série) original e muitos de A Nova Geração (na qual é fã). Na primeira série de encontros que tivemos foi para discutir – Qual é o “Estado de União de Jornada” (alegoria a situação do país apresentada pelo governo ao Congresso) e se isso levou para um lugar onde as pessoas se ressentirão com o nosso envolvimento, porque estamos vindo de fora – Eu acho que é como aconteceu com Batman, a franquia do homem morcego chegou ao ponto onde havia mais pressão a respeito do mamilo na roupa do Batman do que sobre os personagens e a franquia precisava de um reboot”.
O Sr. Shatner tem mostrado o seu descontentamento por não ter um lugar no filme. Qual foi a sua reação?
Lindelof: “Shatner criou Kirk, então entendo e simpatizo com o seu sentimento sobre o que seu papel ou a falta de um papel foi para o nosso filme. Já foi dito que Kirk morreu, ele caiu de um precipício. Isso tornou incrivelmente desafiante para nós, contar a história que queríamos contar e descobrir um caminho para William Shatner, que agora está vários anos mais velho para o filme, do que Kirk estava quando morreu. Esse é um filme ambiciosamente inacreditável sobre uma escala técnica. Eu posso dizer com segurança que alcançamos o que planejávamos alcançar”, finalizou.
Fonte: Trek Movie