O curta-metragem “Unification” foi o último de uma série de curtas-metragens produzido pelo Roddenberry Archive (autorizado pela Paramount) e desenvolvido pela OTOY, reunindo personagens como James Kirk de William Shatner, Spock de Leonard Nimoy e outros da Série Clássica que emocionaram os fãs. “Unification“ teve, até o momento, mais de 1 milhão e 600 mil visualizações.
Com a bela composição de Michael Giacchino, o curta não possui diálogo, mas apresenta um significado emotivo visual muito forte e cheio de easter eggs e referências.
Se você teve dúvidas quanto algumas cenas mostradas, o produtor do curta, Jules Urbach, explica o significado de toda a história criada pelos quatro vídeos: “765874”, “765874 – Memory Wall“, “765874 – Regeneration” e “765874: Unification“, que pretendem homenagear e reunir Kirk a Spock nos últimos momentos de sua vida, encerrando a saga dos personagens. Os primeiros curtas foram lançados em 2022 e 2023, fazendo parte de uma história única que termina em “Unification”.
Urbache, que atuou como produtor executivo e também escreveu a história de “Unification”, foi entrevistado pelo TrekMovie, onde explicou detalhes das cenas dos curtas.
Fazendo uma despedida adequada
Para Urbache, dois personagens tão icônicos como Kirk e Spock deveriam ter tido um encerramento a altura de suas importâncias na franquia. A morte de Kirk em Generations desagradou a muitos fãs, observou o produtor, e a morte de Spock num universo alternativo deixou os personagens distantes dos seus destinos. A ideia foi tentar criar uma história de fechamento mais completo para os dois personagens:
O ponto disto, emocionalmente, é que lhes damos uma despedida adequada. Foi horrível que eles tenham morrido em universos separados… Então, pensamos: ousamos fazer isto? E todos estavam bem com isto, de Shatner aos Nimoys à Paramount. Então, pareceu algo que deveríamos ter como fãs, como pessoas que amam estes personagens, como um encerramento… E faz sentido da perspectiva dos personagens que eles se conectem, e demos pelo menos duas formas para que isso seja possível.
Começando com J.M. Colt
No primeiro vídeo “765874” temos a volta da personagem J.M. Colt de “The Cage” numa realidade alternativa. O número 765874 foi baseado numa história em quadrinhos e significa o número de série da tenente Colt.
Colt foi interpretada pela esposa de Urbach, Mahé Thaissa, devido a sua semelhança física com a intérprete original (Laurel Goodwin já falecida). A personagem foi ordenança do capitão Pike durante o período em que esteve a bordo da USS Enterprise.
Para ter uma base consistente no retorno de Colt, Urbach se baseou na coleção em quadrinhos Star Trek: Early Voyages, da Marvel. Na edição #13 de 1998, Colt se vê transportada para um futuro alternativo através do portal Well of Tomorrows, e brevemente experimenta realidades e linhas do tempo. Na visão de Urbach, a personagem se torna uma “observadora” que vê diferentes momentos ao longo da história de Star Trek. Sendo assim, esse é o ponto de partida para os curtas.
O que é interessante naquela história em quadrinhos da Marvel não é sua aventura no futuro. É no caminho de volta que ela vê toda a linha do tempo de Star Trek. É esse ‘despertar’ e ver tudo e ter essa experiência.
Uma cena em “Memory Wall” mostra Spock, interpretado por Lawrence Selleck, realizando uma fusão mental vulcana em Colt, o que o faz conhecer as mesmas realidades temporais vistas por ela. Urbach explica que a novelização de Star Trek: The Motion Picture, onde descreve a fusão mental de Spock com V’Ger, dá ao vulcano um “despertar” e a habilidade de ser outro dos “observadores”:
Entre eles, eles tiveram essas experiências em que viram algo meio fora das margens, certo? E eu acho que a visão de Star Trek é basicamente explorar o desconhecido, e você quer ver o universo como ele é, e nosso lugar nele. Nem tudo é necessariamente um novo alienígena. Parte disso é como abrir sua mente.
Voltando ao filme Generations
O curta “Regeneration” nos traz de volta ao final de Star Trek: Generations como uma ponte para “Unification”. O vídeo acrescenta algo não mostrado no filme, a seção do disco da USS Enterprise-D acidentado na superfície de Veridian III, enquanto naves rebocadoras se preparam para levá-lo. Nesse meio tempo, outra nave chega ao planeta trazendo Spock.
Spock vai ao túmulo de Kirk e pega seu distintivo. Novas cenas aparecem, e vemos um Spock de Star Trek: The Motion Picture, após a fusão mental com V’Ger, tendo um flashback ou premonição da nave Enterprise caindo em chamas no planeta Genesis.
Manter a mente aberta é a chave para “Unification”, de acordo com Urbach:
Filmamos isso de uma forma muito específica para que não haja nada que o prenda a ser uma interpretação. Isso é a vida após a morte ou não? Você pode ler das duas maneiras. Você pode ver como Kirk sendo ressuscitado de seus ossos, como você vê na terceira temporada de Picard, ou pode ser totalmente na mente de Spock em seu leito de morte. Ou pode ser o equivalente à vida após a morte de Star Trek. Fomos muito cuidadosos em como filmamos cada cena para que você tenha essa ambiguidade. Eu tenho minha própria interpretação disso, mas todos concordamos que deveríamos deixar os espectadores decidirem o que estão vendo.
Ele também explicou como essa abordagem é um grande motivo por trás da falta de diálogo:
Obviamente não há diálogo. Essa foi uma escolha. Todo mundo não queria diálogo, então, não há como te prender a uma interpretação específica.
“Unification” completando o círculo
Para reunir Kirk e Spock novamente, segundo Urbach, um elemento atemporal era necessário para transpor as barreiras dos universos, do tempo e espaço e ser o fio condutor da história. Esse elo atemporal foi o personagem Gary Mitchell, interpretado originalmente (mas com ajudinha do CGI) por Gary Lockwood, hoje com 87 anos. Mais uma vez, a equipe de Urbach usou outra história em quadrinhos como base. “A Perfect System” é uma história em quadrinhos lançada pela IDW Publishing em 2022, que traz um Mitchell sobrevivente de “Where no Man Has Gone Before” e embora ainda brinque de deus, ele parece mais evoluído, mais consciente de sua nova forma. Urbach explica:
Nesta cena, ele completou o círculo. Ele está meio que brincando de deus e aprendendo sobre o futuro da humanidade… Ele está olhando para todo o futuro de Star Trek e todo o tempo… E ele é muito responsável por tudo que você vê depois [em ‘Unification’]. Gary Mitchell também viu nossa realidade do mundo em que todos esses personagens vivem, assim como Colt e Spock. Sua contribuição é que ele viu o suficiente para passar informações. Então, não é fazer algo como Q e estalar o dedo para ressuscitar Kirk, mas passar informações que permitem que o resto disso se desenrole. E, novamente, filmamos isso de uma certa maneira, então, não há nada específico que o prenda a isso como sendo a vida após a morte ou algo literal, então, novamente, você pode ler das duas maneiras.
Várias cenas dos curtas anteriores passam rapidamente, como uma espécie de recapitulação do que estava acontecendo. Depois a história segue para os restos mortais de Kirk recuperados de Veridian III e mantidos em estase. Em Picard, o corpo de Kirk está na Instalação Daystrom Station pertencente a Seção 31. Isso nos traz de volta a Gary Mitchell. Urbach explica que a entidade divina dá início às coisas enviando informações “ao grupo que está segurando o corpo de Kirk em Daystrom“.
Colt do universo Kelvin
Na cena seguinte temos Colt olhando as informações a respeito do corpo de Kirk, mas ela está com um uniforme diferente, o que é explicado por Urbach:
Colt está em um uniforme Kelvin porque isso está na linha do tempo Kelvin, mesmo que você tenha as leituras do Prime Kirk da Estação Daystrom de 2401… Esta não é a mesma Colt. Ela não andou do Prime para Kelvin, ela é do universo Kelvin. Assim, como há Zachary Quinto sendo Kelvin Spock, esta é a Kelvin Colt. E ela não está no Instituto Daystrom, mas esses dados, essas informações são o que ela está olhando.
Então, agora a cena de introdução completa o ciclo, conforme ele explica:
O que Gary Mitchell inicia é como essa cena termina. Então, há o começo e o fim desse prólogo. Colt na linha do tempo Kelvin, visto que é iniciado a partir do que Gary Mitchell fez.
Kirk no jardim
E agora nos encontramos em um jardim com um oficial em uniforme da era dos filmes da Série Clássica caminhando. Logo ficamos sabendo que se trata de James T. Kirk (interpretado pelo ator Sam Witwer junto com maquiagem digital OTOY), visto pela última vez em Star Trek Generations.
Urbach confirma que este é o Kirk Prime, “definitivamente ele mesmo e consciente, depois de Generations“, o que significa que ele não está no Nexus.
Kirk encontra um grupo de pessoas, nenhuma das quais é, à princípio, reconhecível. Um homem de cabelos brancos, que está um pouco à frente da multidão usando um uniforme de gala da Frota do final do século 24 não é Data como alguns sugeriram. Este personagem (interpretado por John Daltorio) é creditado como “Crusher”. Urbach não ofereceu nenhum detalhe, exceto para dizer que ele é “um descendente de Beverly Crusher”.
Mas, afinal, que lugar é este? Kirk se depara com Saavik, com Robin Curtis reprisando o papel Star Trek III e Star Trek IV. Saavik está mais velha. Urbach diz sobre como podemos interpretar ver a Saavik mais velha neste lugar:
Há pelo menos duas interpretações. Uma é que isso é o paraíso, ou a versão ateísta de Gene Roddenberry de algum tipo de vida após a morte. Outra é que o corpo que estava no Instituto Daystrom foi ressuscitado como um Kirk literal e físico. E isso é no futuro, e é por isso que você vê um Saavik mais velha e não está vendo pessoas de seu passado como Magro. Pelo menos ambas são plausíveis e fomos cuidadosos em garantir isso enquanto filmávamos. Então, Saavik está mais velha, isso pode ser no futuro, não sabemos exatamente, tudo o que sabemos é que em 2401 [em Picard] ninguém havia tirado o corpo de Kirk de Daystrom.
Urbach explicou ainda o tema está em aberto, de modo que você está livre para interpretar:
Eu poderia bancar o advogado do diabo para explicar por que isso poderia ser algum tipo de vida após a morte. Como se você olhasse para Richard Matheson — que escreveu “The Enemy Within” da série original — ele teve uma grande influência nisso… Em sua versão da vida após a morte de seu livro What Deams May Come, as pessoas podem aparentar qualquer idade, então, sempre há essas duas interpretações. Fomos muito cuidadosos para que nada contradissesse nenhuma delas.
Sobre o vulcano apresentado a um Kirk surpreso, é o filho de Saavik com Spock (chamado Sorak, interpretado por Mark Cinnery). Ele veio baseado em outro romance Star Trek:
O filho de Spock com Saavik estava em um roteiro inicial para Star Trek IV e eu conversei com os Nimoys e eles têm certeza de que a intenção de Leonard para Star Trek III e Star Trek IV é que isso fosse o que aconteceu. E dado que isso está lá e Saavik e Spock se casam no romance “Vulcan’s Heart”. E no episódio ‘Sarek’ de A Nova Geração, Picard menciona que ele deveria estar no casamento de seu filho.
Urbach fala da importância de Saavik para a história do curta:
Eu sempre quis que Robin estivesse lá, porque se você está levando isso ao pé da letra e vai enviar apenas uma pessoa para ficar com Spock, a família de Spock sempre foi destinada a estar lá naquela multidão. E para mim eram Saavik e seu filho. É por isso que ambos estão lá… E, obviamente, é uma bela peça de atuação da parte de Robin e Sam.
O alienígena com uniforme da Frota que Kirk encontra, é Yor (“Terra Firma Parte 1”, Discovery), um Soldado do Tempo da Frota Estelar pertencente ao universo Kelvin, cerca de 120 anos após os eventos de Star Trek Into Darkness. Ele cruzou universos para o Prime e Kelvin, mas estes saltos lhe causaram sérios problemas de saúde que o levaram à morte no universo Prime.
Urbach confirmou que Yor é uma espécie de guia para onde Kirk estará indo:
As notas que dei a Sam [Witwer], o que quer que tenha acontecido, qualquer que seja a consciência de Kirk… Sua presença neste espaço não é por muito tempo. E é por isso que ele parece um pouco perplexo, pois está se ajustando a essa coisa. E ele começa a ficar cada vez mais confortável com o que está acontecendo. É quase como Orfeu indo resgatar Perséfone no Hades, e Yor é como Caronte (o barqueiro) . É muito parecido com isso, onde ele não teve muito tempo para se ajustar a onde está.
Quando Kirk chega a Yor, ele recebe seu antigo distintivo. Como Spock havia recuperado esse distintivo no túmulo de Kirk em “Regenerations” é de se presumir que, de alguma forma, Yor encontra Spock, que lhe dá o distintivo. Urbach explicou:
Nossa interpretação é que Spock guardou aquele distintivo e o trouxe para a linha do tempo de Kelvin. E Yor — como estabelecido em Discovery — pode viajar pelo tempo e por universos. E Yor apresenta o distintivo a Kirk — seja uma explicação metafórica/espiritual, ou literalmente — mas vem de Spock segurando-o até o fim. A implicação é clara, Spock quer ver Kirk. E talvez Spock tenha armado tudo isso porque ele é Spock e pensa em sete dimensões.
Mas Urbach adverte novamente, que isso, assim como as demais cenas, poderiam ser vistas de diferentes maneiras:
A maneira literal é apenas uma interpretação. Na interpretação espiritual, usando a visão de Richard Matheson da vida após a morte, você pode criar matéria e criar coisas. Se você pensar em todas as peças, alguns desses elementos se tornam um pouco mais claros. Mais importante, queríamos que as pessoas experimentassem a emocionalidade disso. Então, isso não é para ser como, ‘Oh, é isso ou aquilo.’
Três Kirks
Agora temos o momento crucial do curta, Kirk se encontra em algum tipo de túnel com seu eu mais novo da Série Clássica e um outro Kirk de Star Trek II. Segundo o produtor, a cena se baseia no clássico filme 2001: Uma Odisseia no Espaço:
Muito disso veio de Carlos Baena, o diretor. Ele e eu amamos 2001. Se você olhar para a peça de três minutos que fizemos para “2001 Uma Odisseia no Espaço“, você pode ver o amor que temos por esse filme. E é uma grande parte de como abordamos isso e Star Trek.
Urbach confirma que todos os três são interpretados por Sam Witwer em vários trajes (e cabelos), novamente usando a tecnologia OTOY para recriar o visual original para seus rostos, mas mantendo sua performance. Urbach fala sobre como este encontro dos Kirks foi desenhado a partir de 2001 :
Inicialmente não haveria três Kirks. Queríamos mostrá-lo olhando para si mesmo, talvez o Kirk da série original, e, então, se fizermos isso como em 2001, ele vai se ver em idades diferentes, então, estendemos para três.
O produtor ainda descreve o lado metafórico dos Kirks, permanecendo apenas o que veio de Nexus:
É muito no sentido, onde seu katra, seu espírito está sentindo essas coisas. Em Star Trek, há diferentes instâncias em que eles usam o transportador para reintegrar personagens, há um pouco disso. Então, quando você vê os outros dois Kirks desaparecerem, é porque Kirk descobriu quem ele é. Ele é o Kirk de Generations. Essas outras sombras ou ecos dele são reais, no sentido de que elas existiram e são parte de quem ele é. Mas é algo como, “Não, eu não estou vivendo nesses tempos diferentes. Eu estou vivendo no agora, neste agora.” Então, obviamente, é abstrato, mas há uma parte disso que clama pela ideia de, mesmo de uma forma física e literal, Star Trek exigir que você seja desintegrado para seguir em frente quando você está dividido em diferentes partes do tempo ou sua própria personalidade está em apenas um lugar e um tempo.
Kirk coloca seu distintivo completando seu caminho por este mundo, com uma fala ao fundo do próprio Kirk dizendo: “Sempre há possibilidades”. Esta frase dita por Spock deu a Kirk esperança de conseguir o impossível no final de Star Trek II. Urbach fala sobre esta adição:
Enquanto fazíamos isso, sentimos que precisávamos de algo aqui, porque muita da conexão entre a morte de Spock e Kirk e Star Trek II é uma parte instrumental e influente da emoção dessa cena. Está na mente de Kirk. Ele está reproduzindo essa fala enquanto se reconecta onde Spock está.
O encontro final
Chegamos ao segmento final e mais emocionante do curta-metragem. Kirk está agora no Universo Kelvin (Star Trek Beyond) em New Vulcan, onde Spock Prime e outros vulcanos viveram após a destruição do planeta natal (Star Trek 2009).
A parte referente ao planeta onde Spock viveu e morreu foi baseado nos quadrinhos Legacy of Spock da IDW, lançado pouco antes da estreia do filme Star Trek: Beyond. O escritor dos quadrinhos, Mike Johnson, também foi consultor de “Unification”. Nos quadrinhos, Spock abraça um novo propósito nesta linha do tempo alternativa com a descoberta de um novo planeta natal para o povo vulcano.
O local do descanso final de Spock foi criado pelo designer de produção de Picard, Dave Blass. “Dave construiu para nós a cama e o quarto mais lindos de Spock”, disse Urbach. Blass trabalhou juntamente junto com Mike e Denise Okuda na criação do quarto, além de colocarem alguns easter eggs, como a caixa que o Spock (Zachary Quinto) recebeu quando foi informado da morte de Spock Prime em Beyond. Mas esses elementos tem um significado maior do que apenas easter eggs:
Você tem que colocar a caixa lá dentro, senão as pessoas não saberão que é logo antes de Spock morrer ou que está na linha do tempo Kelvin. Essa caixa foi a primeira coisa que eu pedi para a equipe de produção construir porque se isso não estiver lá, não vamos necessariamente saber que estamos no Universo Kelvin.
O aperto de mão entre Kirk e Spock tem um significado profundo em relação a Star Trek: The Motion Picture:
Há aquela cena de The Motion Picture, aquele sentimento simples. Tem que haver aquele índice ou chave para as pessoas olharem para isso. Eu não sabia se elas iriam, mas as pessoas imediatamente captaram tudo isso. É aquela sensação de amizade deles. Para mim, aquela cena em The Motion Picture é onde Spock se torna humano e ele humaniza o vínculo deles. É daquela experiência de fusão mental com V’Ger que Spock volta e se torna seu irmão… Aquele foi um grande momento para ambos. Então aqui, eles estavam enviando mensagens um ao outro de que eles estavam voltando para aquilo, sem uma palavra sendo dita.
Para Urbach, esta cena também pode ser vista de maneiras diferentes:
A ideia é que Spock não estava necessariamente esperando por isso, mas estava torcendo por isso… Novamente, há duas interpretações. Uma é que ele está morrendo e há um plano literal de Missão: Impossível que está acontecendo há muito tempo e levou a esse exato momento acontecendo fisicamente. E há outras interpretações possíveis. Ele poderia estar apenas em seu leito de morte e tendo alucinações. Tudo isso pode estar em sua mente enquanto ele está morrendo, até mesmo Kirk no jardim.
Juntos, os dois olham para o pôr do sol em New Vulcan, compartilhando esse momento final. Então, tudo isso significa a ressonância emocional desse momento:
Para mim, e acho que para muitos fãs, era importante vê-los juntos e vê-los juntos de uma forma significativa. E é aí que a peça realmente termina. E pelo que temos visto das pessoas comentando, funcionou. Eles estão juntos e isso é uma coisa linda.
Podem haver mais curtas
Urbach diz que eles podem fazer mais filmes para a série, mas esse momento com Kirk e Spock é a “cena final”, acrescentando:
Este é o ápice de tudo o que possivelmente teria acontecido com esses personagens, e não estamos dizendo o que aconteceria depois. Há absolutamente mais que queremos contar, então, eu espero que eles continuem com mais para a parte do meio desta peça que conecta o começo e o fim que mostramos até agora é algo que gostaríamos de explorar.
“765874: Unification” foi escrito e produzido por Jules Urbach e dirigido por Carlos Baena.
Para mais informações você pode acessar o site oficial Roddenberry Archive.
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