TNG 7×25: All Good Things…

Entre passado, presente e futuro, Picard pode destruir (e salvar) a humanidade

Sinopse

Data estelar: 47988.

Worf e Troi saem de um encontro romântico no holodeck e encontram Picard no corredor. Ele está desorientado, pergunta em que dia estão e diz que está saltando entre momentos diferentes do tempo. Nos aposentos de Troi, o capitão tenta descrever a experiência, mas quase não se lembra mais dela. Então, ele se vê como um idoso em seu vinhedo na França, recebendo a visita de La Forge. O antigo colega foi até lá por ter sabido que Picard teria sido diagnosticado com uma doença degenerativa cerebral, síndrome irumódica. Em seguida, Picard surge na nave auxiliar Galileo acompanhado por Natasha Yar, em sua primeira visita à Enterprise-D para assumir o comando da nave. De volta ao presente, o capitão diz a Troi que estava agora mesmo com Tasha, perturbado pela experiência.

Na enfermaria, Crusher examina Picard, mas não encontra qualquer razão para as experiências que tem tido. A pedido do capitão, ela detecta um defeito no lobo parietal que poderia, no futuro, levar a várias doenças, dentre elas a síndrome irumódica. A Enterprise é então contatada pelo almirante Nakamura, que comunicou um estado de alerta amarelo para toda a Frota Estelar, por conta da detecção do envio de cerca de 30 aves-de-guerra romulanas para a Zona Neutra, além de uma anomalia espacial no sistema Devron. As ordens de Picard são ir até lá e investigar.

Eis que Picard se vê de novo no futuro, com Geordi. Ele sugere que os dois encontrem Data para discutir seus estranhos deslocamentos temporais, e eles vão até o androide, que agora ocupa a cátedra lucasiana em Cambridge. Data se oferece para ajudar na investigação.

De volta ao passado, Picard embarca na Enterprise e, enquanto assume o comando, repara mais uma vez na presença de estranhos maltrapilhos, presentes em todas as suas visões. Perturbado, ele do nada ordena que a nave entre em alerta vermelho, para o estranhamento geral – no fim, nada de anormal foi detectado, mas a Frota Estelar disparou um alerta sobre o aparecimento de uma anomalia espacial no sistema Devron. Pode ser um truque romulano, alerta Worf, e Picard decide continuar na missão original da nave, visitar a estação Longínqua.

Voltando ao presente, Picard nota que lembra cada vez mais do que está acontecendo em seus trânsitos temporais. Exames de Crusher mostram que ele acumulou cerca de dois dias de lembranças em questão de minutos, corroborando a ideia de que ele está mesmo viajando no tempo.

Na sala de observação, o capitão pergunta se alguém se lembra de ele ter dado a ordem para um alerta vermelho quando assumiu o comando da Enterprise, e Troi revela que isso não aconteceu – indicando que parece haver uma descontinuidade entre as realidades experimentadas por Picard. Mas Riker aponta que duas das três épocas têm algo em comum: a anomalia no sistema Devron. Ao fim da reunião, ele convida Troi para jantar, mas ela diz que já tem planos com Worf. De volta à ponte, Riker se mostra desconfortável. Já Picard, em seu gabinete, tem uma conversa com Crusher, em que ela demonstra preocupação com o futuro estado de saúde dele. Os dois acabam dando um beijo.

Picard então desperta novamente no futuro e insiste com La Forge que eles precisam ir ao sistema Devron. O engenheiro não entende nada e lembra que aquele é território klingon nessa época. Picard tenta conseguir uma nave com o almirante Riker, que se recusa a ajudar. Em seguida, ele procura a capitão Beverly Crusher – sua ex-esposa –, que atualmente comanda a nave médica USS Pasteur. Ela concorda em levá-los ao sistema Devron, depois que conseguem o apoio de Worf, atualmente governador da pequena colônia klingon de H’atoria. Worf concorda em ajudar se puder ir junto com eles.

De volta ao passado, Picard espera encontrar Q ao manter sua rota para Longínqua, mas ele não aparece. O capitão começa a esbravejar com a entidade e então se vê na corte recriada por Q para o primeiro encontro dos dois. Picard se dá conta que os maltrapilhos que tem visto são a audiência da corte. O capitão pressiona Q por respostas, que se oferece para responder perguntas com sim ou não. Com isso, ele descobre que a crise não é parte de uma trama romulana, que Q não está colocando a humanidade em julgamento novamente e que as ações de Picard neste exato momento estão levando à destruição da humanidade. O capitão então é levado de volta ao presente.

Na sala de observação, a tripulação discute a crise. Picard se pergunta se deve simplesmente se isolar nas três realidades que está experimentando para evitar a tragédia, mas todos concordam que devem continuar fazendo o que normalmente fariam.

No futuro, Worf se junta à USS Pasteur e parte para o sistema Devron. No passado, Picard ordena que a Enterprise vá ao mesmo sistema e comunica a Riker, via rádio subespacial, que a nave irá se atrasar para buscá-lo em Longínqua. De volta ao presente, Picard se vê conversando com o comandante Tomalak, e os dois forjam um acordo para enviar cada um uma nave para a Zona Neutra a fim de investigar a anomalia do sistema Devron. A Enterprise chega e Picard solicita leituras do fenômeno. No passado, ele faz a mesma coisa, e o capitão descobre que a anomalia é maior no passado que no presente. Já no futuro, Data informa que não há anomalia alguma.

Inconformado, Picard quer alternativas, e Data sugere o uso de um pulso inverso de táquions para sondar a região em busca de qualquer sinal da anomalia. Crusher avisa que eles partirão em seis horas se nada for encontrado, e os dois têm uma discussão acalorada. A capitão lembra que Picard pode estar alucinando por conta da síndrome irumódica. Depois que Crusher sai do gabinete, Q reaparece, como um velho, e sugere que a solução do problema está em suas viagens pelo tempo – e que é Picard quem vai destruir a humanidade, não a anomalia.

No presente, Picard sugere o uso do pulso de táquions para sondar a anomalia. Surpreso pelo conhecimento do capitão, Data concorda. Logo depois, La Forge começa a ter dores de cabeça e Crusher descobre que os olhos do engenheiro estão se regenerando. Outros tripulantes também notaram que cicatrizes sumiram. E a enfermeira Ogawa perdeu seu bebê, com o feto revertendo a estágios iniciais até se desfazer. Data levanta a hipótese de que a anomalia é uma convergência temporal multifásica que gerou uma erupção de antitempo.

De volta ao passado, Picard explica a Data que se sondarem a anomalia com um pulso de táquions, verão que a anomalia é uma ruptura entre tempo e antitempo. No futuro, a Pasteur é atacada por dois cruzadores klingons. A nave é massacrada e está para ser destruída quando surge a Enterprise-D, atualizada e comandada por Riker. Ele sabia que Picard não desistiria de ir ao sistema Devron e veio protegê-los. O almirante resgata os tripulantes da Pasteur antes que ela explodisse por uma brecha do núcleo de dobra.

No presente, fica claro que vários fenômenos de “desenvelhecimento” estão acontecendo, ligados aos efeitos da anomalia. Picard conclui que a única forma de resolver a crise é colapsar o fenômeno. Q reaparece e leva Picard de volta à Terra, cerca de 3,5 bilhões de anos no passado. Era então um planeta inóspito, prestes a dar à luz sua primeira forma de vida. No céu, gigantesca, a anomalia. Q informa que ela é tão grande nessa época que ocupa o quadrante Alfa inteiro. Picard então se dá conta de que a anomalia está se movendo para trás no tempo, crescendo mais e mais no passado, e está para interromper o processo que teria originado a vida na Terra.

De volta ao passado, Picard investiga como pode ter sido o gerador da anomalia. No presente, a Enterprise-D usa um sistema de imageamento para determinar que a anomalia foi gerada por três pulsos de táquions disparados para o centro da anomalia, e parece que os três vieram da Enterprise. Picard conclui que foram os três pulsos, das três épocas diferentes, os responsáveis por sua criação.

No bar panorâmico, no futuro, o almirante Riker conversa com Crusher sobre como tentou fazer as pazes com Worf no funeral de Troi, mas sem sucesso. Picard chega afoito dizendo que sabe por que a anomalia foi criada. Data concorda com a análise e diz que, se eles correrem, podem ainda ver a formação inicial da anomalia. Riker concorda e ordena a Enterprise a voltar ao sistema Devron.

A nave chega e detecta uma pequena anomalia temporal, uma erupção de antitempo. Data sugere que os pulsos de táquions dos outros períodos deveriam ser interrompidos. Picard providencia isso, em passagens pelo passado e pelo presente, mas a anomalia segue ativa. O único modo de interromper a erupção é selá-la no ponto de convergência, levando a nave ao centro da anomalia e criando um invólucro estático de dobra. No passado, Picard convence a tripulação relutante de fazer isso. No presente, Data faz a sugestão e tudo é mais fácil. E, no futuro, Riker segue a instrução. Ao fim, as três naves são destruídas, junto com a anomalia.

Picard se vê novamente na corte de Q, que revela que o capitão teve sucesso em impedir a destruição da humanidade. O capitão diz esperar jamais estar nesse tribunal novamente, mas Q explica que “o julgamento nunca termina”. A entidade diz que a jornada dele é a de explorar as possibilidades desconhecidas da existência. Picard pergunta o que ele quer dizer, mas Q apenas responde: “você verá”. E então a entidade desaparece, e o capitão se vê novamente na Enterprise, encontrando Troi e Worf no corredor. Ele pergunta a data, e é a mesma de quando tudo começou: 47988. Aliviado, Picard vai a seus aposentos descansar, como o único a se lembrar dos eventos que ocorreram no sistema Devron. Depois, nos aposentos de Riker, o capitão se junta pela primeira vez a seus colegas para uma partida de pôquer, enquanto a Enterprise segue em sua jornada de exploração…

Comentários

“All Good Things…” é um episódio que se aproxima da perfeição ao realizar a difícil tarefa de fechar a jornada de A Nova Geração de forma significativa e ao mesmo tempo manter tudo em seu lugar, para novas aventuras no cinema.

O segmento escrito por Ronald D. Moore e Brannon Braga realiza com perfeição suas múltiplas missões, seja se conectando com o piloto “Encounter at Farpoint” de forma a estabelecer um arco que se estende por toda a série, seja trazendo o que de melhor a ficção científica pode proporcionar, ou fazendo uma delicada e comovente exploração dos personagens.

Riker e Worf em particular ganham algumas camadas extras, com o conflito em gestação nesta sétima temporada gerado pelo triângulo amoroso com Troi. Essa história ganha ainda mais ressonância quando visitamos um futuro alternativo em que a conselheira morreu, deixando os dois amigos ainda mais amargos e afastados um do outro. Também é muito legal ver um Data mais natural, relaxado e em contato com seus sentimentos, mas sem perder sua personalidade essencial, nas cenas do futuro.

Claro, contudo, que a grande estrela do episódio é Picard, que mantém um fluxo de consciência (mais ou menos) intacto durante múltiplos saltos por diferentes épocas. Patrick Stewart faz um dos seus melhores trabalhos, sobretudo quando chamado a interpretar uma versão mais idosa, ranzinza e com problemas cognitivos. Mas sua presença é igualmente notável nos segmentos do passado, que representam principalmente cenas imediatamente anteriores ao próprio piloto da série, e no presente – sofrendo a angústia de realizar essas persistentes transições temporais e reencontrando velhos colegas, como Tasha Yar, oficial de segurança morta na primeira temporada. Mecanismo perfeito, por sinal, para trazer alguns dos atores que tiveram papel importante na série, a despeito de não fazerem parte do elenco regular em seu final, como Denise Crosby e Colm Meaney (esse segundo a essa altura membro regular do elenco de Deep Space Nine como o chefe O’Brien). Ausência sentida é Wil Wheaton (Wesley Crusher), que no entanto teve uma despedida própria em “Journey’s End”.

Outra “lembrança” do segmento envolve uma rápida aparição de Tomalak, vilão recorrente vivido por Andreas Katsulas, que pôde fazer uma ponta graças ao envolvimento periférico dos romulanos com a trama.

Fazendo jus à condição de episódio final da série, não vemos qualquer contenção de despesas para a história. Filmagens em locação (com Picard e seu vinhedo) se combinam a cenários caprichados construídos em estúdio (como a casa de Data em Cambridge e a ponte da USS Pasteur) para dar vivacidade à trama, capturada com muita sensibilidade pelo diretor Winrich Kolbe. Também são destaques os figurinos, que incluem futuros (e alternativos) uniformes da Frota Estelar, bem como reconstituições dos trajes usados nas duas primeiras temporadas para os segmentos ambientados no passado.

A trama de viagem no tempo é envolvente, nos mantém presos durante uma hora e meia sem se arrastar e traz elementos pouco usuais mesmo em ficção científica, como o conceito do antitempo – premissa maravilhosa que permite termos uma ameaça que nasce modesta no futuro para terminar como uma catástrofe de escala galáctica no passado. O mecanismo, além de criativo, ajuda a manter o suspense, desafiando o espectador (como Picard) a compreender o que está havendo. Nesse sentido, não é muito diferente do formato de “Encounter at Farpoint”, com Q dando cutucadas ocasionais em Picard para a solução do mistério – com a diferença importante de que a história aqui é muito mais épica, dramática e pessoal do que a crise da estação Longínqua.

Por falar em épico, não dá para passar sem falar nos efeitos visuais fantásticos do segmento, que nos traz até mesmo uma Enterprise-D reformada, e com três naceles, para uma emocionante batalha contra dois cruzadores klingons. Essas tomadas, bem como as que mostram a anomalia temporal e a Terra primitiva, são todas muito bem realizadas, mantendo a audiência firmemente presa à história.

Como ponto negativo nos valores de produção, vale mencionar que a maquiagem de um Picard idoso e barbado não ficou tão convincente, e mais estranha ainda ficou a versão do almirante Riker – muito artificial, mas dentro do que era possível com as técnicas em voga na época. Os demais em sua versão mais velha, Crusher, La Forge e Worf, cumpriram a missão. Interessante notar que Worf sofreu diversas modificações em sua prótese craniana ao longo da série, mas o chefe de maquiagem Michael Westmore optou por uma versão híbrida para as cenas ambientadas no passado, com as protuberâncias similares à versão final, mas um cabelo mais curto, como o de Worf da primeira temporada.

E aqui vemos um ótimo exemplo de uma história que consegue ao mesmo tempo ser ousada e modesta. Ousada porque define destino e trajetória de personagens por algo como 30 anos após os eventos de A Nova Geração. Mas modesta por tratar todos esses eventos, já de saída, como realidades alternativas – aliás, é curioso o esforço para tornar até mesmo o passado uma realidade alternativa, de forma a não conflitar com o que vimos em “Encounter at Farpoint” (e acaba pegando um caminho diferente neste episódio).

Com isso, os roteiristas mantiveram o caminho livre para que futuros criadores explorassem os personagens e o futuro do universo ficcional como bem entendessem – até porque esse episódio final tem a peculiaridade de servir como último degrau numa caminhada para levar o elenco de A Nova Geração aos cinemas, com um filme por sinal escrito pela mesma dupla e lançado no mesmo ano em que a série terminou – Jornada nas Estrelas: Generations, de 1994.

Com efeito, várias das bolas levantadas aqui voltariam a aparecer no futuro da franquia de uma forma ou de outra – Picard no vinhedo, sua síndrome irumódica, a exploração de “possibilidades desconhecidas da existência”, o romance entre ele e Beverly Crusher, um retorno de Q, La Forge casado e com filhos e a relação entre Riker e Troi, para citar só alguns –, mostrando como, ao mesmo tempo em que foi um final espetacular para A Nova Geração, “All Good Things…” serviu como inspiração para muito do que seria desenvolvido depois com esses personagens – para não falar em influências que foram parar em alguns ícones da cultura pop, como o Universo Cinemático Marvel.

Avaliação

Citações

“That is the exploration that awaits you; not mapping stars and studying nebulae, but charting the unknown possibilities of existence.”
“Q, what is it that you’re trying to tell me?”
“You’ll find out.”
(Essa é a exploração que o espera; não mapear estrelas e estudar nebulosas, mas mapear as possibilidades desconhecidas da existência.)
(Q, o que você está tentando me dizer?)
(Você verá.)
Q e Jean-Luc Picard

Trivia

  • A versão final do roteiro é datada de 10 de março de 1994, e as filmagens se deram entre os dias 11 de março e 5 de abril.
  • Brannon Braga e Ronald D. Moore escreveram este episódio e algumas versões do roteiro de Jornada nas Estrelas: Generations Isso os levou a muitas vezes misturar as histórias.
  • Versões iniciais dessa história incluiriam o ataque borg a Wolf 359 como uma quarta linha do tempo. Segundo Brannon Braga, Hugh também teria aparecido e ajudado a resgatar Picard dos borgs naquela linha do tempo. A história também teve origem em uma proposta de Ronald D. Moore no começo da temporada em que Q enlouquecia, fazendo o universo se descarrilar. Os outros personagens se viriam em um lugar bizarro, com Q como um morador de rua sentado próximo a uma lata de lixo e dizendo “eu costumava ser um superser, eu costumava ser um superser”. Embora Michael Piller não tenha gostado da história, ele gostou da ideia de trazer Q de volta para fechar a série.
  • Michael Piller também teve influência na escrita da segunda metade do episódio. “A primeira versão de ‘All Good Things…’ era muito similar por uma hora, mas a segunda hora vagava sem uma direção de história clara. Eu queria que Ron e Brannon fossem mais ambiciosos e sugeri a ideia de Picard trabalhando com diferentes versões de si mesmo em diferentes períodos de tempo para resolver a crise.”
  • Uma linha cortada das cenas ambientadas em 2364 teria estabelecido que a dra. Selar estava a bordo na época, atuando como oficial médica-chefe, à espera da chegada de Crusher.
  • Tomalak, interpretado por Andreas Katsulas, não aparecia em A Nova Geração desde a quarta temporada. O ator estava ocupado interpretando G’Kar em Babylon 5, mas encontrou tempo para fazer sua cena rápida neste episódio.
  • Colm Meaney, de volta brevemente a A Nova Geração depois de virar membro do elenco regular em Deep Space Nine, comentou: “Foi estranho, muito nostálgico. Eu achei que foi um jeito muito poderoso de A Nova Geração terminar. Achei que era uma grande história e um episódio incrível. Cobriu muito terreno e deixou você pensando.”
  • Várias mudanças foram feitas nos cenários para representar a Enterprise da primeira temporada no episódio. As faixas atrás da cadeira do capitão foram removidas, as cadeiras das estações de operações e leme voltaram a uma posição mais reclinada, os armários de equipamentos nas laterais da ponte foram também modificados. Só a cadeira do capitão e as demais cadeiras de comando não foram alteradas para ter sua aparência original. Na engenharia, gráficos como o da grande mesa na engenharia, assim como outros detalhes, também não foram modificados para o estado em que estavam em “Encounter at Farpoint”.
  • A plataforma de dois degraus da Enterprise-D do futuro acabou sendo reutilizada para Jornada nas Estrelas: Generations, e elementos daquela ponte também foram vistos antes em “Parallels”.
  • A ponte da USS Pasteur é uma redecoração da ponte da nave mercenária vista no episódio duplo “Gambit”.
  • As cenas do vinhedo com Picard e La Forge foram gravadas na Callaway Vineyard & Winery, em Temecula, Califórnia, em 21 de março de 1994.
  • A produção de Jornada nas Estrelas: Generations começou enquanto esse episódio estava sendo filmado, com as cenas ambientadas na Enterprise-B.
  • O documentário Journey’s End: The Saga of Star Trek: The Next Generation também foi filmado principalmente durante a produção deste episódio, o que levou a atritos entre o elenco e a equipe de filmagem, incluindo uma briga entre Patrick Stewart (exausto de ter dirigido o episódio anterior e com forte presença neste aqui) e uma equipe de câmeras do programa Entertainment Tonight.
  • Esse é o único episódio final das séries da segunda era televisiva de Star Trek, comandada por Rick Berman, a não ser dirigido por Allan Kroeker, que dirigiu os finais de Deep Space Nine, Voyager e Enterprise.
  • Programada para durar 16 dias, a gravação do episódio acabou se estendendo por mais um, para filmar cenas na corte de Q (galpão 16) e na Terra primitiva (galpão 18). Para esse dia, os únicos presentes foram John de Lancie e Patrick Stewart.
  • Há apenas três cenas que não incluem Picard no episódio: Troi e Worf entrando no turboelevador, uma cena com Data e Geordi na engenharia e uma no bar panorâmico da Enterprise-D do futuro, com o grupo debatendo a briga de Riker com Worf.
  • A breve cena em que Riker aparece sem barba é uma reutilização de uma tomada feita para “The Arsenal of Freedom”, da primeira temporada.
  • O fim da produção de A Nova Geração aconteceu em 6 de abril de 1994. O elenco ganhou folga de dez dias antes de voltar para as filmagens de Generations.
  • Em 2005, Brannon Braga chegou a dizer que achava ser este episódio o melhor de Star Trek que ele escreveu. Tanto ele como Ronald D. Moore acharam que o segmento foi superior ao filme Generations. O episódio também é um favorito de Rick Berman, que o descreveu como “o melhor fechamento de temporada que já tivemos”.
  • Damon Lindelof, produtor de Star Trek (2009) e cocriador de Lost, admitiu que escreveu um episódio para aquela série (“The Constant”) inspirado neste episódio.
  • O produtor Kevin Feige, do Universo Cinemático Marvel, disse que uma de suas inspirações para Vingadores: Ultimato (2019) foi este episódio.
  • O episódio ganhou o prêmio Hugo de 1995 como melhor apresentação dramática. Ele também disputou quatro Emmys, vencendo na categoria de efeitos visuais e perdendo nas de composição musical, edição e design de figurino.
  • No Canadá, além de ser exibido nacionalmente pela CityTv, o episódio foi transmitido no estádio de beisebol de Toronto, o SkyDome, para um público de 40 mil fãs.
  • Este é o único episódio de A Nova Geração que ganhou uma adaptação em quadrinhos, pela DC Comics.

Ficha Técnica

Escrito por Ronald D. Moore & Brannon Braga
Dirigido por Winrich Kolbe

Exibido em 23 de maio de 1994

Título em português: “Tudo que É Bom…”

Elenco

Patrick Stewart como Jean-Luc Picard
Jonathan Frakes como William Thomas Riker
Brent Spiner como Data
LeVar Burton como Geordi La Forge
Michael Dorn como Worf
Marina Sirtis como Deanna Troi
Gates McFadden como Beverly Crusher

Elenco convidado

John de Lancie como Q
Andreas Katsulas como Tomalak
Clyde Kusatsu como Nakamura
Patti Yasutake como Alyssa Ogawa
Denise Crosby como Tasha Yar
Colm Meaney como O’Brien
Pamela Kosh como Jessel
Tim Kelleher como Gaines
Alison Brooks como Chilton
Stephen Matthew Garvin como alferes
Majel Barrett como voz do computador

Enquete

TS Poll - Loading poll ...

Edição de Maria Lucia Rácz
Revisão de Susana Alexandria

Episódio anterior