A quinta e última temporada de Star Trek: Discovery estreia nesta quinta, dia 04 de abril e o Paramount+ lançou um especial The Read Room: Dentro do final de Discovery para mostrar os bastidores de filmagens da série, com entrevistas da equipe de produção e do elenco. O vídeo é apresentado por Wil Wheaton.
De acordo com o anfitrião, “pela primeira vez os episódios foram fortemente serializados e contam uma história única na temporada”.
Whoopi Goldberg fez uma participação especial narrando a saga de Discovery, com um resumo do que foram os quatro anos da série.
Após, Wheaton entrevistou Sonequa Martin-Green (Michael Burnham) que comentou sobre a temporada final:
Cheia de ação, com certeza. Eles diziam que, quando estávamos começando (as filmagens), que seria divertido, que teria leveza, que teríamos uma espécie de leve toque em tudo. Então, a ação é isso. E está neste pacote, nesta temporada.
Acho que parte do coração da temporada aborda questões sobre a vida, e existem as sequências de ação insanas, que nos esforçamos para irmos corajosamente aonde ninguém nunca foi.
Adoro que ainda vejamos estes personagens ainda descobrindo quem são e o que devem fazer.
Trabalho em cabos suspensos
Sonequa falou ainda sobre as cenas em que Michael caminha sobre o casco da nave ou estar flutuando no espaço, onde ela teve de usar cabos suspensos:
Não gostei quando fiz isso. Quer dizer, eu me diverti fazendo acrobacias e coreografias de luta e trabalho com cabos. Não quer dizer que não seja divertido, porque é emocionante, fiquei animada, mas é um trabalho árduo. Mas acho que é parte do motivo pelo qual seja divertido.
A diversidade de gêneros
Um dos pontos fortes em Discovery é abraçar a diversidade, diz Sonequa em relação aos diferentes gêneros na série:
Eu falei sobre a representação em nossa série tantas vezes ao longo dos anos. E é algo tão profundo quanto a experiência de fazer isso. Eu acho que nunca entendia e agora eu entendo quando olho para trás, em retrospectiva. É como se toda a vez que eu falo sobre isso, é uma benção, porque uma coisa é falar para um público específico, há mérito nisso, há necessidade para isso, mas outra coisa é ser capaz de falar para um público de massa, ser capaz de falar para tantas pessoas diferentes, ser capaz de alcançar tantas pessoas diferentes, especialmente quando você está contando uma história que tem uma verdade profunda no coração. O amor incondicional, ver os outros como mais importantes do que você, compreender que você sabe que a humanidade é inestimável e que todos são especiais. Portanto, ser capaz de fazer isso, fazer parte disso.
Durabilidade da franquia
Muitos fãs revelam que Star Trek faz parte de sua família, uniu gerações assistindo as séries. A atriz explica a razão da franquia durar tanto tempo:
Star Trek é intergeracional, e essas histórias (dos fãs) são profundas, quando as pessoas falam de seus avós se conectando com os netos, quando os pais se conectam com os filhos, quando os irmãos se reencontram, quando membros da família, como você disse, não poderiam se conectar de outra forma que não aqui, então, somos capazes de desenvolver isso. E as pessoas perguntam por que você acha que cada interação durou? Por que ainda é tão popular depois de todas estas décadas? É porque nós queremos isso. Nós queremos amor e quando o vemos gravitamos em torno dele, e também vemos o nosso potencial nele. E é por isso que eu acho que enquanto esse núcleo permanecer, a franquia continuará.
Outros membros do elenco e produção também fizeram breves comentários a respeito do que podemos esperar desta temporada final:
Diretor Olatunde Osunsanmi: A quinta temporada é diferente porque fomos capazes de ir a lugares que nunca foram vistos antes.
Produtor Alex Kurtzman: Burnham fará uma verdadeira jornada de auto descoberta liderada por uma espécie de caça ao tesouro.
David Ajala (Book): Houve um esforço real e consciente para abraçarmos a aventura e o perigo.
Doug Jones (Saru): O que eu adoro nisso é que estamos continuando com o legado de Roddenberry.
Blu Del Barrio (Dal): Isso nos permite fazer uma espécie de Ode as interações anteriores de Star Trek, onde cada episódio faz parecer uma aventura própria.
Mary Wisemann (Tilly): Temos tanto cânon para trabalhar e é divertido agora que, embora tenhamos pulado para o ponto mais distante da história de Star Trek, ainda conseguimos incorporar e trabalhar com algumas dessas ideias. Espero que os fãs tenham muito divertimento embarcando nesta aventura conosco. Acho que será uma grande recompensa.
Os efeitos especiais
Jason Zimmerman, supervisor de efeitos visuais, o diretor Olatunde Osunsanmi e Aaaron Baiers produtor executivo descreveram o trabalho da turma de efeitos visuais nesta 5ª temporada.
Zimmerman: Aprendemos muito com Discovery. Nós montamos um mapa das etapas para efeitos visuais e para postagem, como construímos coisas, como as naves são construídas e como elas se parecem, como mostrar uma batalha espacial. Foi um campo de testes muito bom e realmente ajudou a definir o tom que temos agora.
Das histórias de Star Trek sem produção virtual até chegar agora, ter tudo que você sabe na palma da mão e fazer isso em equipe tem sido uma experiência e tanto.
Osunsanmi: Discovery inovou muito. Em tudo, desde o uso de luzes LED embutidas nos cenários. Em cada temporada progressiva, isso ficava cada vez mais complexo, então, parabéns aos DPs. Eles realmente ultrapassaram os limites do que você poderia fazer com LEDs, antes que alguém pensasse seriamente sobre LEDs.
Outra coisa fascinante de como inovamos os cenários foi a parede de produção virtual que chamamos de “holodeck”. Simplesmente expande o universo de maneiras incalculáveis.
Aaaron Baiers: AR Wall nos permite criar paisagens alienígenas para Star Trek, onde há uma aventura diferente a cada semana. Há sempre uma nova espécie alienígena para visitar ou seu mundo natal. Tornou-se uma oportunidade incrível de tecnologia para explorar o que estava disponível para construir.
David Ajala e Sonequa Martin-Green comentam, sob o ponto de vista do ator, como foi gravar com a tecnologia AR Wall.
David Ajala: Por mais incrível que seja essa tecnologia, eu não tinha nada com que compará-la. Então, estávamos descobrindo a medida que avançávamos, não apenas os atores, mas os criadores e o diretor.
Eu creio que prosperamos e nos beneficiamos por ter aquelas paredes virtuais, que fizeram o mundo parecer muito mais imediato.
Sonequa: Essa tecnologia foi introduzida na quarta temporada e aqui você tem esse espaço, e acho que são mais de 11.000 telas se juntando. Era um incômodo, porque você estava olhando para ele, nosso designe de produção e nosso designe de cenário, que estavam ali para construir o mundo, e então você vai para a vila de vídeo e parecia real, parecia que continuaria ali. Parecia que você poderia colocar isso na TV.
É um feito artístico técnico, um ótimo exemplo de tecnologia e arte se unindo.
A quinta e última temporada de Star Trek: Discovery começa nesta quinta com um episódio duplo. Mas enquanto você aguarda, reveja as 4 temporadas da série disponíveis no Paramount+ e Netflix.
Fonte: TrekMovie
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