LDS 3×02: The Least Dangerous Game

Saúde é o que interessa, o resto não tem pressa

Sinopse

Data estelar: desconhecida

Encontramos os subalternos no muquifo onde costumam trabalhar (que, aprendemos, tem o nome oficial de repair bay, mas sempre será muquifo em nossos corações), onde os quatro estão curtindo uma partida honesta de Bat’leths & BiHnuchs, um RPG de tabuleiro apresentado por uma simulação do chanceler Martok, feita por ferengis. Entre as jogadas descontraídas mas agressivas narradas por Martok, Mariner tem que sair mais cedo, pois Ransom exige a presença dela imediatamente para preparação antecipada da missão do dia, enquanto Boimler aprende que Vendome, um antigo alferes da Cerritos, teve uma ascensão meteórica na carreira e acabou de ganhar a capitania de uma nave, o que deixa o subalterno bolado em pensar como foi que o boliano conseguiu o feito.

Na nave auxiliar partindo da Cerritos, Ransom recapitula a missão deles: Dulaine, o planeta de uma daquelas civilizações todas metidas as serem “geração saúde”, tem uma atmosfera que não é amigável a teleportagem, então eles têm vários elevadores espaciais em órbita, um dos quais a Cerritos precisa ajudar a consertar. Ao chegarem ao elevador, contudo, Ransom pega para si mesmo e para Mariner a tarefa de realizarem os reparos, enquanto despacha Billups e Rutherford, os engenheiros designados para a missão, para irem até a superfície tratarem com os dulainianos — o que deixa todos ali confusos e Mariner, frustrada.

Inspirado por uma conversa com Tendi, Boimler acaba cozinhando um plano para ser bem mais proativo em suas relações interpessoais (o que ele julga ter sido decisivo para a carreira de Vendome decolar) e decide que, a partir dali, vai responder sim a todo e qualquer pedido de outros tripulantes. Isso o leva a realizar partidas de springball, participar de corais bajorianos e posar nu para classes de artes plásticas na Cerritos.

Na plataforma orbital, os reparos prosseguem, mas de maneira lenta e atrapalhada, pelo fato de os federados ali não serem engenheiros especialistas na tarefa. Mariner insiste nesse ponto com Ransom, enquanto Billups faz uma comunicação de atualização deles na superfície de Dulaine, com todos os prazeres associados a eles interagirem com os habitantes do planeta.

Enquanto os reparos continuam, o bar da Cerritos está recebendo os passageiros que estavam presos no elevador, onde Boimler comenta com Tendi como a nova atitude dele está sendo produtiva. Nisso, K’Ranch, um monstruoso alien se aproxima dos alferes e pergunta se algum deles quer ser uma presa, pois a espécie dele tem um desejo insaciável de realizar caçadas e, com ele ainda na nave, está atrasado para isso. Boimler prontamente aceita, para receio de Tendi, que acha exagero se submeter a isso só para não recusar algum pedido. Boimler insiste que é boa ideia, ainda que K’Ranch passa a demonstrar uma atitude bem mais agressiva do que talvez ele tenha imaginado.

Enquanto consultava um tutorial de reparos no que parece ser o YouTube dulaineano, Ransom recebe uma mensagem de Billups, dizendo que as coisas deram uma guinada para pior no planeta, pois eles aparentemente ofenderam vários dos costumes locais acidentalmente, e os habitantes do planeta começaram a ficar bem invocados. Ransom diz que esse tipo de problema é facilmente contornável e passa apenas alguns conselhos furados. Mariner fica ainda mais indignada pela decisão de Ransom e diz para ele parar de querer irritá-la com essa atitude e eles descerem logo para trocarem de lugar com os engenheiros, mas o comandante é irredutível.

Na Cerritos, a caçada começa, com K’Ranch perseguindo implacavelmente Boimler pelos corredores da nave. O alferes encontra Freeman em um corredor e pede ajuda, mas a capitão se acalma ao saber que se trata de K’Ranch, pois ela teve um adorável brunch com ele, e Boimler precisa honrar sua palavra para com o alien.

Ao ver outra comunicação de Rutherford com Ransom, em que o engenheiro reporta que a situação está cada vez pior, Mariner perde a paciência e decide ela própria ir resolver o rolo à revelia de Ransom. Ela faz um salto de paraquedas orbital, mas, durante a descida, Ransom a contata e diz que ela tinha razão e que é melhor eles irem ajudar Billups e Rutherford.

Para não dar bandeira de que desobedeceu ao comandante, Mariner interrompe a sua queda e tem que correr subindo de novo o elevador espacial para se encontrar com ele, o que finalmente consegue, mas toda esbaforada de cansaço, apenas para ter que voltar a realizar de novo o salto orbital com ele.

Enquanto isso, Boimler tenta se esconder no muquifo, mas acaba esbarrando no tabuleiro em que estavam jogando, o que atrai K’Ranch para o local. Um vídeo de Martok no padd do jogo acaba inspirando Boimler a não mais fugir e enfrentar o caçador em seu encalço, o que faz o alferes pegar um rifle feiser e chamar K’Ranch para a chincha no corredor — mas o alien quase que imediatamente acerta uma lança no ombro dele, que fica desesperado. Contudo, K’Ranch o informa amigavelmente de que a caçada terminou, pois a espécie dele pratica “capturar e soltar”, e apenas tira algumas selfies de lembrança do evento.

Na superfície, Mariner e Ransom finalmente chegam ao vulcão onde os locais pretendem sacrificar Billups e Rutherford, sob as ordens dos três poderes do planeta: um bebê telepata, um computador do mal e um vulcão consciente. Ransom, contudo, exige trégua e mostra que ele tem os mesmos valores dos locais ao arrancar sua túnica e mostrar o seu invejável físico para admiração dos dulainianos, com quem ele acaba conseguindo negociar o perdão aos federados.

Mais tarde, na Cerritos, Ransom admite para Mariner que não deveria ter modificado as tarefas na missão, mas a alerta de que não deve se sentir à vontade para causar só por terem se entendido bem nesta missão específica. A alferes volta ao muquifo para terminar o jogo de RPG com os colegas, onde Tendi comenta com Boimler que ele deveria passar a usar moderação na sua nova atitude, mas ele insiste que vai continuar sendo bem proativo — e já faz isso no turno seguinte do jogo, mas a simulação de Martok informa que o personagem dele acabou morrendo sem honra devido à jogada.

Comentários

Logo de saída, Tendi dá a letra de “The Least Dangerous Game”, ao afirmar que era bom estarem todos de volta e com uma pausa entre as batalhas e julgamentos. Composto por duas tramas apenas leves, o episódio cai bem como retomada da rotina em Lower Decks, e entrega bons momentos individuais.

A primeira dessas tramas, é claro, foi a que novamente colocou Ransom e Mariner tretando. Nós já havíamos visto isso antes em “Temporal Edict”, na primeira temporada, e em “Strange Energies” na segunda. A situação de “The Least Dangerous Game” se assemelha mais à da primeira, com Mariner questionando as decisões de comando do superior. Contudo, aqui ela o fazia de um ponto de vista claramente embasado por motivações diferentes: ela sabia que estava seguindo o protocolo e ele não, ao contrário da outra vez.

O racional de Ransom era compreensível na medida que ele queria provar um ponto logo de saída, mas foi muito mão pesada (como ele posteriormente admite), algo que eu sinto que não combina completamente com o seu estilo, uma vez que já tivemos inúmeros exemplos de que Ransom, apesar da pose de galã de quermesse, sabe se comportar de maneira correta quando a chapa esquenta. Claro, a trama pedia que ele fizesse o que fez, e eventualmente ele decide por fazer a coisa da maneira correta por si mesmo, mas, ainda assim, soou um tanto quanto fora de compasso, mesmo para ele.

Já a trama B foi ainda mais leve, apesar disso não ficar claro de saída, mas sim apenas quando K’Ranch se mostrou um imbatível alien caçador, porém com ética de não matar suas presas. Foi uma das típicas inversões de expectativa pela qual a série é conhecida, e o ângulo mais divertido aqui foi ver que K’Ranch era admiravelmente civilizado para um alien daqueles, ao ponto de ser um doce de pessoa com que se conviver, como Freeman pode constatar. Algo bem atípico desse tipo de personagem, visto antes na franquia, como em “Captive Pursuit”, de Deep Space Nine, e em episódios envolvendo os hirogens em Voyager.

Também valioso aqui foi o fato de que Boimler foi pareado com Tendi, uma combinação dos subalternos que precisa acontecer mais vezes, pois sempre dá boa interação entre os dois. A oriana claramente desejava ajudar o colega, mas sem realizar isso com uma atitude que seria tão ingênua que não percebesse os limites do conselho que havia dado a Boimler: pelo valor da face, ela percebeu de saída o risco potencial do que Boimler estava fazendo, algo que talvez a Tendi da primeira temporada não reconheceria de cara.

A sublinhada que eles deram ao final do episódio, com Boimler reforçando que vai agir mais pelo instinto, é algo para ficarmos de olho ao longo dos próximos episódios? Eu arrisco um palpite de que sim, e será interessante acompanhar como a equipe criativa vai trabalhar esse ângulo adicional com o personagem através da temporada e além dela.

Claro que o episódio tem as tradicionais incoerências ignoradas para efeito de trama: seria implausível os dulainianos não terem pessoal capacitado para o conserto (uma vez que até tutorial no YouTube deles tinha, ótima piada, por sinal) e havia outras plataformas orbitais com elevadores que, em tese, deveriam tornar o problema dos “passageiros esperando na Cerritos” irrelevante. Até mesmo o fato de que os passageiros poderiam ter sido teleportados para a Cerritos e, de lá, levados para a superfície em naves auxiliares foi ignorado, mas algo de caso pensado para a trama B poder ser encaixada.

O episódio também teve várias pequenas dicas do continuísmo interno de Lower Decks aqui e ali. Além do próprio Vendome, que inclusive esteve no já mencionado episódio da primeira temporada onde Ransom e Mariner bateram cabeças, houve menção direta aos eventos de Rutherford em “Envoys” e de Billups em “Where Pleasant Fountains Lie”: a equipe criativa está trabalhando bem a mitologia interna da própria série, claro.

O ponto alto do episódio acabou sendo aquilo que foi estabelecido como “miniaventura do teaser” e “cena de tag final”, ou seja, o jogo de RPG Bat’leths & BiHnuchs. Uma maneira despretensiosa de inserir o chanceler Martok na série, e JG Hertzer teve uma participação ampla novamente interpretando o klingon, considerando o número de vezes que a simulação de Martok foi utilizada pelo episódio. Nós poderíamos imaginar que o chanceler iria aparecer em eventos consequentes de “wej Duj”, mas essa opção combinou melhor com o estilo do episódio — e nada impede de Markok ainda aparecer para valer, claro, seja relativo àqueles eventos ou não.

Em tese, os subalternos jogarem RPG não seria algo diferente dos jogos de pôquer de A Nova Geração ou as idas ao holodeck de Bashir e O’Brien em Deep Space Nine, mas aqui a coisa tem uma camada adicional de irreverência que deixa muito próximo ao fandom da franquia à qual a cena pertence. Além disso, é mais uma vez Lower Decks exercitando algo que sabe fazer muito bem, que é expandir a construção de mundo em Jornada no que diz respeito ao que se passa na cultura pop no século 24.

Uma referência visual obscura que curti foi quando o ângulo da imagem em um dado momento com Ransom e Mariner sendo vistos de dentro para fora de um painel de acesso de manutenção, algo que conversa muito com cenas equivalentes em episódios da Série Clássica, como por exemplo “Who Mourns for Adonais?”, onde tivemos tomada semelhante com Uhura e Spock.

De itens menores, interessante que eles fizeram Vendome dar preferência para bolianos na sua equipe e, mesmo que isso não se estenda para o restante da sua tripulação, é algo que conversa com aquele papo de “naves da Frota de uma espécie só” visto na Série Clássica (a Intrepid, em “The Immunity Syndrome”) e em Deep Space Nine (a T’Kumbra, em “Take Me Out to the Holosuite”). O meu fanon pessoal sobre isso foi sempre que aquelas naves seriam majoritariamente de uma espécie (no caso, vulcanos), mas não apenas deles.

Um episódio razoável, embora não entregue um todo melhor que a soma de seus bons momentos individuais, mas que cai bem como episódio despretensioso para estar no início da temporada.

Avaliação

Citações

“Uh, just because you said you were going to say yes to the next person who asked you to do something doesn’t mean you have to do this. You can do the next one.”
“Eh, you’re right… is what the old Boimler would have said.”
(Oh, só porque você disse que iria dizer sim para a próxima pessoa que te pedisse algo, não quer dizer que você precise fazer isso. Pode fazer o próximo.)
(É, você está certa… é algo que o antigo Boimler teria dito.)
Tendi e Boimler, no que ele aceita a proposta de K’Ranch para ser caçado

“Thanks again for the mimosas.”
“My pleasure. Happy hunting.”
(“Obrigado novamente pelas mimosas.”)
(O prazer foi meu. Boa caçada)
K’Ranch e Freeman, ao se encontrarem durante a caçada

“Climbing wall? For real? This stupid society built on exercise and wellness.”
(Rocódromo? Sério? Essa sociedade estúpida construída em torno de exercícios e bem-estar.)
Mariner, desabafando sobre os dulainianos em dificultarem gratuitamente o acesso ao elevador

“Wow. Psychic baby, evil computer and a volcano? You guys ever heard of overkill?”
“It provides a system of checks and balances!”
(Uau. Bebê telepata, computador do mal e um vulcão? Vocês já ouviram falar em exagero?)
(Isso oferece um sistema de confiança e equilíbrio!)
Mariner e o vulcano sentinente, sobre o sistema de governo do planeta

“I confidently enter the bar and demand bloodwine.”
“The bartender rips your arm off and kills you with it. It is not an honorable death since, technically, you have died by your own hand.”
(Eu entro no bar confiante e demando sangria.)
(O balconista arranca o seu braço e o mata com ele. Não é uma morte honrosa pois, tecnicamente, você morreu por sua própria mão.)
Boimler e o Martok virtual do jogo de RPG

Trivia

  • O título refere-se a “The Most Dangerous Game” (A caça mais perigosa), um conto de 1924 sobre um caçador que é caçado em uma ilha por um aristocrata russo. A história é frequentemente referenciada na ficção científica, inclusive em numerosos episódios de Star Trek, nos quais humanos ou outras espécies sencientes são caçados por esporte, incluindo “The Squire of Gothos”, da Série Clássica, “Captive Pursuit”, de Deep Space Nine, “The Killing Game”, de Voyager, e ” Rogue Planet”, de Enterprise.
  • O jogo Bat’leths & BiHnuchs, é uma adaptação do clássico jogo RPG (role-playing game) Dungeons & Dragons. Entretanto, ele também incorpora elementos do jogo de tabuleiro Star Trek: The Next Generation – A Klingon Challenge, um jogo de tabuleiro VHS interativo, que acontecia na USS Enterprise-D, que apresentava o ator de Gowron, Robert O’Reilly, interpretando um personagem klingon diferente, e Jonathan Frakes como Riker. O jogo incluía instruções gravadas e interações com um klingon chamado Kavok, que tinha comandado a Enterprise e a estava levando para o Qo’noS. Cabia aos jogadores detê-lo antes que ele começasse um novo conflito com a Federação.
  • BiHnuch significa covarde. A palavra foi pronunciada pela primeira vez por K’mpec em referência a Worf, no episódio “Sins of the Father”, de A Nova Geração.
  • A faixa klingon de Mariner parece ser baseada no adorno tradicional klingon, sem grande pino metálico, visto pela primeira vez em Jornada nas Estrelas: O Filme, e como o usado por K’ehleyr no episódio “The Emissary”, de A Nova Geração.
  • Uma das figuras klingons em miniatura no jogo Bat’leths & BiHnuchs está empunhando uma lança de gin’tak, como visto pela primeira vez no episódio “Birthright II”, de A Nova Geração.
  • Como em “Envoys”️, de LowerDecks, este episódio apresenta os dois copos/goblins de vinho de sangue comumente usados, o tipo anterior, de “Redemption I” de A Nova Geração, e o tipo posterior de “Apocalypse Rising”, de Deep Space Nine.
  • G. Hertzler retorna à voz de Martok, creditado como “Martok” (com as aspas), porque no episódio afirma-se que era uma imitação feita por um ferengi. Ele já havia dublado outro personagem em Lower Decks, o capitão drookmani, no episódio “Terminal Provocations”, da 1ª temporada.
  • Gowron é referenciado como um pacote de expansão do jogo.
  • Com base nos comentários do Boimler, parece que o verdadeiro Martok ainda está servindo ativamente como o chanceler klingon.
  • Tendi menciona que o antigo capitão da USS Inglewood foi transformado em um bebê por uma fenda temporal, o que pode ser uma referência ao episódio “Rascals”, de A Nova Geração, no qual um acidente de transporte transforma vários personagens em crianças. Também poderia ser um aceno para a Série Animada, ao episódio “The Counter-Clock Incident”, no qual a Enterprise viaja para um universo negativo e todos começam a envelhecer ao contrário e, em determinado ponto, a maioria da tripulação é de bebês.
  • O grupo avançado de Ransom chega ao elevador orbital na nave auxiliar Death Valley, ️mas, momentos depois, Billups e Rutherford partem na nave auxiliar Joshua Tree.
  • A manobra de paraquedismo de Mariner se assemelha brevemente à cena no filme de 2009, Star Trek, onde Kirk, Sulu e Olsen realizam um paraquedismo orbital até Vulcano e sabotam a plataforma de perfuração da Narada.
  • As três armas klingons empunhadas por Tendi, Rutherford e Boimler são, respectivamente, um mek’leth, visto em “First Contact“️, uma faca de cerimônia hegh’bat, vista em “Night Terrors” e uma arma de lâmina sem nome, vista pela primeira vez nos aposentos de Worf em “Reunion”. Os episódios citados são de A Nova Geração.
  • Vendome foi um alferes boliano visto em seis episódios anteriores de Lower Decks, incluindo o episódio final da 2ª temporada.
  • Boimler disse que Vendome é o cara que é atingido com uma lança em missões avançadas, descrevendo os eventos do 3º episódio da 1ª temporada, “Temporal Edict”. No final do episódio, Boimler também é atingido por uma lança.
  • A nave de Vendome, a USS Inglewood, é presumivelmente outra nave da classe da Califórnia e nomeada em homenagem à cidade de Inglewood, na Califórnia.
  • K’ranch (Nolan North) foi inspirado em Tosk, do episódio “Captive Pursuit” de Deep Space Nine. O reptiliano Tosk atraca em Deep Space Nine para reparos em sua nave para fugir dos caçadores que o perseguem. Neste episódio, Boimler desempenha o papel de Tosk. Mas K´ranch também tem alguns traços de hirogen, uma espécie nômade de caçadores que percorreu enormes distâncias no Quadrante Delta e que apareceu em vários episódios de Voyager.
  • O nome K´ranch é na verdade um termo cunhado pelos escritores para combinar ketchup e ranch, um molho de salada americano.
  • O capacete de K’ranch lhe deu informações sobre os alvos, semelhantes às do Predador.
  • Parece que K’ranch está mantendo em seus aposentos a bordo da USS Cerritos um crânio de mugato, que apareceu nos episódios “A Private Little War”️, da Série Clássica, e “Mugato, Gumato”, de Lower Decks, e um crânio andoriano muito grande, como em “The Andorian Incident”, de Enterprise.
  • O enredo de Boimler lembra George Costanza no episódio “The Opposite”, de Seinfeld, como observado em uma entrevista de Mike McMahan e Jack Quaid.
  • Boimler pesa 61,2 quilos, como adivinhado por Lars Lundy.
  • A missão da semana era reparar os levantadores orbitais no planeta Dulaine, que tinha uma atmosfera que não permitia o teletransporte. Mariner apontou ,e Ransom concordou, que estes eram elevadores espaciais. Embora os elevadores espaciais tenham sido mecionados durante décadas como uma solução real para entrar no espaço e tenham sido incluídos em muita ficção científica, eles são bastante raros em Star Trek, só aparecendo de forma proeminente no episódio “Rise”, de Voyager.
  • Quando Ransom diz para ter cuidado para não se tornar acidentalmente um rei, é especialmente irônico para Billups, que tem evitado ascender ao trono de Hysperia, como visto no 7º episódio da 2ª temporada de Lower Decks.
  • Rutherford disse que estava se divertindo tanto no planeta que ele acha que deveria se transferir para diferentes divisões novamente, referenciando o episódio “Envoys” da 1ª temporada, quando ele passou o tempo explorando as divisões de comando, ciências e segurança na Cerritos antes de retornar à engenharia.
  • Matt e Kimolu, os belugas, retornam após sua primeira aparição nas Operação Cetáceo no episódio final da 2ª temporada.
  • A aparência dos dulainianos brinca com uma série de histórias em torno dos tipos de culturas baseadas na saúde de Star Trek. São claramente projetados para emular raças como os edos, do planeta Rubicun III, que apareceram no episódio “Justice”, de A Nova Geração, cuja maioria dos representantes aparecia escassamente vestida.
  • Além disso, os governantes dos dulainianos — um vulcão sensciente, chamado Morgo, um bebê psíquico, chamado Nandrick, e um computador sensciente, chamado 355, se assemelham a várias culturas encontradas em Star Trek que adoravam uma dessas entidades como líder, o que poderia ser visto como uma mistura de algumas culturas e líderes da era da Série Clássica, especialmente o oráculo, de “For the World is Hollow and I Have Touched the Sky” e Vaal, de “The Apple”. Neste planeta, as três entidades juntas fornecem um sistema de controle e equilíbrio.
  • O springball é mais parecido com o raquetebol do episódio “Rivals” de Deep Space Nine do que o springball bajoriano, do episódio “For the Cause” de Deep Space Nine, que é jogado com um capacete e uma luva em vez de uma raquete.
  • Boimler concorda em jogar no time de “springball” da nave, com personagens vestidos com trajes muito parecidos com o traje de Bashir no episódio “Rivals” de Deep Space Nine.
  • O canto de lamentação bajoriano, ouvido no episódio, pode estar ligado, ou ser o mesmo canto de morte bajoriano, mencionado no episódio “The Next Phase”, de A Nova Geração, e realizado pela major Kira em “Battle Lines”, de Deep Space Nine.
  • Depois que apareceu pela primeira vez em “Second Contact” e foi nomeado e reapareceu em “I, Excretus”, Arjun, que usa um turbante, aparece brevemente nos episódios “First First First Contact” e “neste episódio.
  • A aparência da tripulação boliana da ponte do capitão Vendome é variada. Há bolianos sem listras na cabeça, como os vistos nos episódios “Data’s Day”️ e “Ensign Ro”️, e bolianos com listras, como os de Repression”, de A Nova Geração, e do filme Jornada nas Estrelas: Insurreição.
  • A fita adesiva amarela e preta para limitar o espaço ainda existe no futuro, como a deste episódio, com o delta da Frota, e também já tinha sido vista no episódio anterior, “Grounded”, e em Jornada nas Estrelas III: À Procura de Spock.

Ficha Técnica

Escrito por Garrick Bernard
Dirigido por Michael Mullen

Exibido em 01 de setembro de 2022

Título em português: “O Jogo Menos Perigoso”

Elenco

Tawny Newsome como Beckett Mariner
Jack Quaid como Brad Boimler
Noël Wells como D’Vana Tendi
Eugene Cordero como Sam Rutherford
Dawnn Lewis como Carol Freeman
Jerry O’Connell como Jack Ransom
Fred Tatasciore como Shaxs
Gillian Vigman como T’Ana (apenas crédito)

Elenco convidado

J.G. Hertzler como Martok
Troy Baker como Sherwyn
Nolan North como Lars Lund e K’ranck
Paul Scheer como Andy Billups

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Trivia de Maria Lucia Rácz
Revisão de Nívea Doria

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