Dal aprende que as necessidades de muitos superam as necessidades de poucos
Sinopse
Data estelar: Desconhecida
A Protostar finalmente desliga o seu motor especial e Zero verifica que o mesmo se encontra off line e inoperante. Quando eles se questionam onde estão, Janeway pede ao computador que trace a trajetória. Eles descobrem que percorreram 4.000 anos-luz de distância e foram parar praticamente no Quadrante Gama.
Dal está em seus aposentos jogando um jogo quando Zero, Jankom Pog e Rok-Tahk entram para falar com ele. Eles dizem que querem ir para a Federação. Dal mais uma vez vai de encontro com o requerido e escolhe não acatar o que a sua tripulação está pedindo. Jankom lembra Dal que ele é um capitão auto-nomeado, o que não cai bem para Dal e o preocupa. Ele usa o fato de Murf não ter se pronunciado pra dizer que a vontade de ir para a Federação não é um pedido unânime.
Os quatro saem à procura de Murf. Dal passa pela enfermaria e encontra Gwyn deitada em uma das macas. Ela o agradece por tê-la salvado do planeta vivo, enquanto Dal diz que só o fez porque Janeway não os deixaria partir enquanto todos não estivessem a bordo. Dal avisa que limparam um beliche para quando ela estiver se sentindo melhor.
Jankom entra em um compartimento dando de cara com Murf em um local cheio de neve. Dal chega em seguida e eles chamam a Janeway para entender o que está acontecendo, enquanto Murf sai do local. A holograma diz que eles estão no holodeck, onde o programa Andoria IV está ligado. Ela explica que se trata de uma sala de simulação holográfica, com milhares de programas onde eles podem experimentar todo tipo de situação. Para exemplificar o que está falando, ela demonstra alguns programas, como saltar de paraquedas em Ceti Alpha V, lutar uma partida de gladiadores kal-if-fee, derrotar o conde Drácula ou até vivenciar um romance no estilo Jane Eyre.
Um programa chamado Kobayashi Maru salta aos olhos de Dal. Janeway explica que é um módulo de treinamento avançado da Academia projetado para testar o que os maiores capitães da Frota Estelar têm a oferecer. Ela completa no melhor estilo de psicologia reversa, dizendo acreditar que Dal não estaria pronto para esse desafio. Sugere que ele continue com o jogo bobo de cone e disco, o qual jogava anteriormente. Dal dispensa Janeway e ativa o programa.
Enquanto isso, Rok finalmente encontra Murf. Ele está comendo diversas coisas em um compartimento de carga, incluindo chimerium e granadas de fótons. Rok fica extremamente preocupada com Murf e sai à procura de ajuda. Por sua vez, Zero se encontra na enfermaria checando as lesões de Gwyn e constata que ela está curada, indagando porque ainda não saiu da enfermaria. Ela diz a Zero que está triste. Ela não se sente pertencente à Protostar e, depois do ocorrido com o pai, ela não pertence a lugar nenhum. Zero compartilha com ela sua própria experiência e a convence a encontrar um novo propósito. Apesar da habilidade de Gwyn de falar diversas línguas parecer obsoleta dentro de uma nave que pode traduzir tudo, Zero a lembra que linguagem é mais do que tradução: é interpretação.
Eles decidem juntos tentar entender a ligação do Adivinho com a Protostar. Cenas de dezessete anos atrás mostram o Adivinho se sentindo muito fraco, conversando com Drednok. Ele está preocupado por não estarem conseguindo achar a Protostar, ainda mais porque muitos falharam antes dele. Ele decide então fazer uma progênie, apesar dos protestos de Drednok, por estarem desafiando a Ordem. Dessa forma nasce Gwyndala, com o propósito de futuramente substituir o Adivinho.
Dal e Jankom estão no holodeck escolhendo a tripulação da simulação dentro da ponte da Enterprise-D. Dal pede ao computador que escolha alguns dos melhores que existem. Aparecem então a oficial de comunicação Uhura, a chefe médica Beverly Crusher, o chefe de segurança Odo e o oficial de ciências Spock. A primeira tentativa de Dal é um desastre, começando por ele querendo ignorar o pedido de socorro da USS Kobayashi Maru. Jankom vibra no momento que a tripulação ameaça se motinar e ameaça contar a todos sobre a avaliação final de Dal. Dal não permite que isso aconteça e reinicia a simulação decidido a vencer.
Zero e Gwyn estão discutindo os motivos possível para o Adivinho precisar de um motor tão potente. Eles chamam Janeway para auxiliá-los e acabam descobrindo que ela não tem nenhum registro sobre a missão inicial da Protostar. Da mesma forma, a informação do motivo da nave ter sido enterrada em Tars Lamora está indisponível. Embora a memoria dela não esteja danificada, essas informações foram classificadas como confidenciais, não sendo possível acessá-las. Gwyn propõe dar uma olhada para ver se consegue o acesso. Nesse meio tempo, Rok chega na ponte e questiona Zero sobre a situação de Murf. Ele informa à Rok que uma pessoa que engoliu granadas de fóton certamente explodiria em uma explosão de raios gama e deixaria de existir.
Enquanto isso, Dal e Jankom já estão na simulação de número quarenta e dois e contando. Dal não quer desistir de forma alguma porque seria sacramentar o que todos estão pensando: o fato dele não ser apto a sentar na cadeira do capitão. Por volta da simulação de número noventa e nove, Jankom dá um basta querendo acabar com a brincadeira. E acrescenta que talvez se Dal escutasse de vez em quando a sua tripulação, ele faria melhor. Dal acaba expulsando Jankom do holodeck e segue com as simulações, aproveitando para pedir um novo engenheiro. O computador prontamente providencia, fazendo aparecer Scotty.
Rok reencontra Murf e se mostra muito preocupada com ele por não saber o que fazer. Murf acaba explodindo, mas sobrevive, o que leva Rok a pensar que ele pode ser indestrutível. Rok, Murf e Jankom se juntam a Zero, Gwyn e Janeway na ponte da Protostar no momento em que eles descobrem que existe um fluxo de dados que não foi convertido e está escrito na linguagem do mundo natal de Gwyn. Ela não entende como isso pode ser possível, dado que ela e o pai nunca encontraram a Frota Estelar antes, pelo menos no conhecimento dela. No fim, com incentivo de Zero, Gwyn descobre como liberar o acesso aos dados confidenciais da Janeway.
Finalmente Dal consegue montar uma solução para o cenário de Kobayashi Maru e derrota os klingons, somente para aparecer outra nave klingon que estava camuflada. Mas com o pensamento rápido de Spock a atender a um pedido de Dal, eles são teletransportados para a recém chegada nave. No final eles conseguem derrotar os Klingons, e Dal ordena que a Enterprise-D faça uma limpeza enquanto eles escoltam a Kobayashi Maru de volta à segurança. Porém, ao sentar-se na cadeira do capitão e levantar os pés, ele acidentalmente aciona os feiser e destrói a Enterprise. Dal não entende o que pode ter feito de errado, pois tentou a todo custo vencer o cenário e passa a acreditar que não é um bom capitão. Mas a conversa com Spock que frisa que as necessidades de muitos superam as necessidades de poucos acaba levando-o a perceber que um bom capitão coloca as necessidades da tripulação antes de si mesmo. Conclui, dessa forma, que ele precisa passar a usar mais os ouvidos do que a boca. Só depois do programa ser desativado é que Dal descobre pelo computador que o Kobayashi Maru não foi projetado para ser vencido, mas sim para testar como alguém reage a uma situação desesperadora.
Imediatamente Dal vai ao encontro a sua tripulação para falar a respeito da solicitação que eles tinham feito anteriormente e acaba se deparando com todos na ponte em volta de diversas informações que o computador está mostrando. Eles acreditam que levarão meses para ler todos os dados. Jankom deixa escapar para Gwyn que eles têm que agradecer Dal por ter voltado por ela, do contrário ela não estaria ali naquele momento ajudando. Gwyn percebe que, ao contrário do que Dal falou, foi ele quem tomou a decisão de resgatá-la.
Nisso, Rok-Tahk toca em uma das imagens que aciona uma gravação mostrando Chakotay como capitão da Protostar e a Janeway holográfica ao lado dele, o que a leva perceber que a tripulação atual não foi a sua primeira.
Comentários
Após a fuga épica no último minuto do episodio anterior, a expectativa para esse segmento se manteve alta. E já vale comentar aqui a eficiência como cada um consegue contar sua história em particular, mas ainda está conectada aos eventos anteriores, comentando vários aspectos de elementos de trama sugeridos. E ainda preparar o próximo segmento quase como um mini cliffhanger para o próximo episódio. Fazer tudo isso condensado em 25 minutos exige muito planejamento e sensibilidade.
Mais uma vez Prodigy consegue manter o seu fator “uau” de qualidade no quesito “continuidade emocional”, dando a sequência adequada aos eventos do segmento anterior. Se a fuga dos jovens tripulantes da Protostar é um sucesso, o roteiro acerta ao apontar que eles obviamente estão mais perdidos do que antes, apesar de livres do Adivinho.
Mas é importante notar como a série consegue focar no que realmente interessa, apostando na inteligência dos espectadores e usando o tempo de forma eficiente. Aqui isso fica claro mais uma vez quando os eventos saltam de assombro por não saberem onde estão para a pequena discussão entre eles poucos momentos depois.
Cronologicamente não sabemos quanto se passou entre um evento e outro, mas fica claro que Rok, Jason e Zero discutiram o assunto em algum momento. Porém, o roteiro poupa tempo ao não mostrar essa conversa, apostando na inteligência de quem assiste e na sua capacidade de preencher essa lacuna sem nenhuma dificuldade, sem a necessidade de “linhas de texto” que justifique isso.
Essa pequena encrenca (e mais uma vez, Murf, que está virando quase um “Deux-ex-machine”) nos leva a um momento que tem vida em sim mesmo, para além da série. No encontro ocasional do holodeck começa uma jornada épica de vinte minutos, e praticamente um episódio dentro do episódio.
É necessário sublinhar como a dinâmica da apresentação do holodeck é extremamente eficiente em começar a preparar o fã de longa data para o que está por vir, apresentando situações relativamente familiares para quem acompanha Jornada há mais tempo, mas também utilizando a versatilidade que a técnica de animação permite, criando sequencias vertiginosas que conversam de forma eficiente com um publico jovem e que eventualmente não conheça o passado de Star Trek. Cria, portanto, um aperitivo capaz de abrir o apetite dos mais variados tipos de espectadores.
Mas voltando aos eventos do holodeck. Começamos pela aparição colossal da ponte da Enterprise D, anunciando com pompa e circunstância a serie de eventos e reverencias que passamos a presenciar a partir desse instante. É claro: não há coração trekker que não acelere frente a frente com um Kobayashi Maru.
Na sequência, o segmento aposta na reverência à nostalgia, trazendo personagens icônicos daquilo que podemos chamar de séries clássicas de Jornada nas Estrelas: Uhura, Spock, Odo e Crusher (essa um pouco menos, mas temos a Big equilibrando). E logo depois Scotty, trazendo a bordo da Protostar (e de Prodigy) não só nostalgia, mas uma tentativa de comunicação e conexão com o universo de Jornada.
Não à toa, a primeira aparição é a de Uhura, oficial de comunicações. Reparem que a trama paralela envolvendo Gwyn e Zero, também fala fortemente de comunicação e que o problema de Dal afinal de contas era conseguir ouvir (e se comunicar com) seus companheiros. O segmente atua em vários níveis, mas aqui o tema é comunicação, um dos temas da “essência” de Jornada em todos os seus melhores momentos. Também podemos ler nas entrelinhas do roteiro uma tentativa de comunicar a mensagem de que “Podemos parecer diferentes, mas sabemos onde está o nosso coração”. Talvez seja essa a mensagem mais importante do segmento.
Sobre as aparições dos personagens de outras séries, é preciso fazer algumas considerações. Não há como negar que em um primeiro momento essas participações têm um efeito quase narcótico, dependendo da série com a qual o espectador se identifica mais. Mas não tem como não abrir um sorriso vendo esses representantes da primeira era de ouro da franquia em ação, a bordo da Big D e enfrentando o “no win scenario” mais uma vez e juntos. A catarse é absoluta.
Entretanto olhando, e principalmente ouvindo com mais calma, começamos a perceber um ruído na comunicação. Embora a intenção de usar as vozes originais dos personagens pareça boa, ela acaba criando alguns problemas: primeiro, os personagens parecem estar tendo uma conversa totalmente diferente uns dos outros – e estão mesmo, de forma que o encaixe dessas vozes em seus tons não funciona muito bem.
Fica nítido para quem presta mais atenção nos diálogos que são só um conjunto de frases soltas, com exceção de Crusher, que foi dublada pela própria Gates McFadden mas com falas escritas para esse segmento, o que torna ainda mais explicita a diferença de tom dos demais, causando alguma desconexão. Isso fica ainda mais evidente na cena na qual Dal e Spock estão conversando a bordo da nave klingon, momento em que fica nítido que os diálogos não fazem muito sentido e causam no mínimo, estranhamento.
Mas para quem consegue identificar as falas e episódios de onde elas saíram o estrago é maior, pois não há como não abandonar o segmento de Prodigy e divagar na lembrança desse ou daquele episódio que vem à mente de cada um.
Por outro lado, a dinâmica que vemos lembra em muito as interações dos vídeos games modernos e nesse caso é bem provável que gerações mais jovens sem tanto contato com Jornada e mais acostumados a esse tipo de cenário dos jogos atuais não sejam tão sensíveis a esses efeitos. Sendo assim, dependendo do ponto de vista que se olhe essa decisão, pode ser um grande erro ou grande acerto, mas na média podemos descrever essa decisão como discutível.
Discutível também por que todos os eventos no holodeck tomam um tempo que podia ser melhor usado no desenvolvimento da segunda trama envolvendo Gwyn e Zero em sua busca por decifrar os mistérios da Protostar (tirando Gwyn de uma depressão no processo), um dos grandes temas da série até aqui. O roteiro consegue dar conta disso, mas um pouco mais de tempo a essa história não faria mal algum.
Principalmente porque mais uma vez a história sugere algumas possibilidades interessantes, começando pelo Adivinho. Inicialmente apresentado como o vilão, fato sedimentado quando esse abandona a própria filha, Solum apresenta mais uma camada aqui que pode ser trabalhada em outra direção, deixando claro que ele está numa espécie de cruzada para salvar sua espécie. Para isso, tanto a Protostar quanto a filha são peças fundamentais no processo. Certamente veremos como esses elementos se encaixam no futuro.
As ações de Murf até o momento aleatórias são na verdade fundamentais para o desenvolvimento da trama. Aqui é ele que dessa vez acaba levando Dal ao holodeck, fator fundamental para a história. Além disso, possivelmente o evento das granadas terá algum tipo de pay off para o personagem. Mas o fato é que tudo que cerca Murf parece aleatório demais para ser aleatório mesmo. Veremos.
Por fim temos a aparição de Chakotay, que mais do que um simples rosto conhecido, traz mais um elemento à trama. O fato de existir uma tripulação anterior, algo não tão surpreendente assim, mas ligando ao fato de que existem informações no computados da Protostar escritas na língua do povo de Gwyn e Solum, nos leva à conclusão que existem pontos interessantes a serem conectados nos episódios que estão por vir.
No geral, “Kobayashi” apresenta uma decisão que tanto pode ser um copo meio cheio ou meio vazio, mas tem grandes momentos, diverte e acrescenta elementos interessantes e que devem ser fundamentais para o desdobramento futuros.
Avaliação
Citações
“Why would you need someone who speaks a few languages on a ship that can translate all of them?”
“Ah. But language is more than translaton, it is interpretation.”
(Por que você precisa de alguém que fale alguns idiomas em uma nave que pode traduzir todos eles?)
(Ah. Mas a linguagem é mais do que tradução. É interpretação.)
Gwyn e Zero
“If you’re gonna poke around in my head I’ll need some coffee first.”
(Se você vai bisbilhotar na minha cabeça, vou precisar de um café primeiro.)
Holograma Janeway
“That the needs of the many outweigh the needs of the few.”
“So a good captain puts the needs of the crew first before himself?”
(Mas as necessidades de muitos superam as necessidades de poucos.)
(Então um bom capitão coloca as necessidades da tripulação antes de si mesmo?)
Holograma Spock e Dal
“I’m suddenly realizing… you aren’t my first crew.”
(Estou percebendo de repente…vocês não são minha primeira tripulação.)
Holograma Janeway
Trivia
- Alguns dos programas do holodeck da Protostar incluem Andoria 4, Ceti Alpha V, uma luta vulcana chamada kal-if-fee (fazendo referência à música em “Amok Time” da Série Clássica), a ambientação do Conde Drácula e dos romances de Jane Eyre (o favorito da holograma Janeway, fazendo referência ao programa “Lambda One” usado pela Capitão Janeway em Voyager).
- Além desse episódio de Prodigy, Star Trek Discovery teve em sua quarta temporada um episódio chamado “Kobayashi Maru”. Ambos remetem à famosa simulação da Academia da Frota de mesmo nome, vista pela primeira vez em Star Trek II: A Ira de Khan. No caso desse episódio, a simulação acontece a bordo da USS Enterprise-D.
- Esse episódio foi dedicado a Rene Auberjonois, James Doohan, e Leonard Nimoy.
- Gates McFadden fez a voz da Dra. Beverly Crusher, enquanto as vozes de Spock, Uhura, Odo e Scotty foram retiradas de diversos episódios e filmes listados a seguir. Spock: “The Immunity Syndrome“, “Balance of Terror”, “The Enterprise Incident”, “The Ultimate Computer”, “Journey to Babel”, “The Doomsday Machine”, “The Changeling”, “Obsession”, “The Enemy Within”, Star Trek II: The Wrath of Khan, e TNG: “Unification II”; Uhura: “Balance of Terror”, Star Trek II: A Ira de Khan, “The Gamesters of Triskelion”, “The Enterprise Incident”, “The Mark of Gideon”, “Space Seed”, e “The Trouble with Tribbles”; Odo: “Shadowplay”, “Heart of Stone”, “The Way of the Warrior”, “Call to Arms”, “What You Leave Behind” e “Things Past”; Scotty: TNG: “Relics” e TOS: “The Doomsday Machine”.
Ficha Técnica
Escrito por Aaron J. Waltke
Dirigido por Alan Wan
Exibido em 6 de janeiro de 2022
Título em português: “Kobayashi”
Elenco
Brett Gray como Dal
Ella Purnell como Gwyn
Jason Mantzoukas como Jankom Pog
Angus Imrie como Zero
Rylee Alazraqui como Rok-Tahk
Dee Bradley Baker como Murf
Jimmi Simpson como Drednok
John Noble como Solum (The Diviner)
Kate Mulgrew como Kathryn Janeway
Elenco convidado
Robert Beltran como Capitão Chakotay
René Auberjonois como Odo
James Doohan como Scotty
Nichelle Nichols como Uhura
Leonard Nimoy como Spock
David Ruprecht como Capitão do Kobayashi Maru
Bonnie Gordon como voz do computador
Gates MaFadden como Dra. Beverly Crusher
Brook Chalmers como klingon 1
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Edição de Mariana Gamberger
Revisão de Roberta Manaa